Devocionais da Semana 30 de novembro à 06 de dezembro de 2025

Devocionais da Semana

Domingo, 30/11: A Pedra Angular.

Leitura Diária: I Pedro 2:1-3

Em I Pedro 2, o apóstolo nos apresenta a Deus, como pedras vivas, esta denominação era dada para as principais pedras da construção de um edifico. Sendo assim, nós os que cremos somos transformados em pedras vivas e participamos da edificação do Reino de Deus. Porém é importante observarmos que a pedra angular é Jesus, essa pedra que foi rejeitada pelos homens é motivo de tropeço para os que não creem, mas para os que creem Ele é uma pedra preciosa.

Isto ocorre, porque nós somos geração eleita de Deus. Antes, nós não éramos povo, mas agora Deus nos separou como filhos. E isso deve nos conduzir a santificação. Pedro aponta isso como o motivo pelo qual devemos nos sujeitar as autoridades constituídas, e vivermos de modo digno de sermos chamados cristãos.

Como vimos na semana passada, essa carta foi escrita inicialmente aos cristãos que haviam sido expulsos de Jerusalém e dispersados ao longo da Ásia menor por volta de 62 a 64 d.C., porém sua mensagem é tão atual, que parece que foi escrita para nós nos dias de hoje. A intenção de Pedro era ministrar palavras de encorajamento aos seguidores de Cristo que estavam sofrendo por conta das duras perseguições que viviam, iniciada em Jerusalém pelos judeus, e que só foi aumentando gradativamente como uma bola de neve, se espalhando pelo império romano e chegou ao seu ponto máximo, quando Nero Cézar culpou os cristãos por um incêndio que ele mesmo havia provocado. O apóstolo Pedro tinha conhecimento de causa, pois já havia sido ameaçado, preso e espancado. Além disso, viu muitos de seus companheiros serem mortos e a igreja ser dispersa. Porém, tinha plena convicção de que nada poderia abalar a sua fé no Cristo ressurreto. O homem que antes cometeu vários erros e que era completamente instável, havia realmente se transformado em pedra, assim como havia sido profetizado por Jesus em João 1:42

Jesus só chama Simão de Pedro mais tarde, após Pedro fazer a seguinte declaração registrada em Mateus 16:16: “Tu és o Cristo, o filho do Deus Vivo”. No verso 18 Jesus diz o seguinte: “Pois também eu te digo que tu és Pedro…”.

É com base nisso que Pedro escreve palavras de esperança e conforto à igreja perseguida e os exorta a continuarem leais a causa de Cristo! Muitas vezes Deus permite que passemos por provações com o intuito de nos ensinar. Ele corrige os filhos que ama e, em determinadas situações, é a única forma que Ele encontra para chamar nossa atenção. C.S. Lewis tem uma frase que expressa isso com exatidão: “Deus sussurra em nossos ouvidos por meio de nosso prazer, fala-nos mediante nossa consciência, mas clama em alta voz por intermédio de nossa dor; este é seu megafone para despertar o homem surdo.” Essa é a mensagem central da primeira carta de Pedro em seus 5 capítulos.

 

Segunda-feira, 01/12: Pedras Vivas, na semelhança de Cristo.

Leitura Diária: I Pedro 2:4-5

Pedro começou sua primeira carta observando os privilégios espirituais de seus leitores. Baseado nessas bênçãos, ele continuou a exortar estes cristãos. Seus leitores tinham sido purificados através da obediência à verdade e precisavam amar uns aos outros com amor fervoroso e sincero. Eles tinham renascido espiritualmente através da palavra de Deus, descrita por Pedro como uma semente incorruptível. Normalmente, uma semente plantada apodrecerá quando a planta germinar. A palavra de Deus, contudo, é viva e permanente, como foi observado por Isaías 40:6-9. Ela não somente é viva, no sentido de persistir para sempre, mas também é capaz de produzir vida espiritual naqueles que a obedecem.

À luz do seu renascimento espiritual e a necessidade de amar uns ao outro, obrigou aos discípulos a se afastarem daqueles mesmos traços de caráter que são contrários a tal amor. Ao mesmo tempo, eles precisavam ter o mesmo desejo ardente do leite puro da palavra que uma criança recém-nascida tem do leite de sua mãe. Como cristãos, eles já tinham “experimentado” a bondade de seu Salvador!

Contudo, nem todos têm a mesma apreciação por Jesus. Para alguns, Ele é precioso, mas para outros, é uma pedra de tropeço e uma rocha de ofensa. A diferença não está em Jesus; e sim no coração das pessoas que ouvem Sua mensagem. Pedro, então, descreve Jesus como uma “pedra viva,” assim fazendo uma ligação com a profecia de Isaías 28:16. Ainda que Deus escolhesse Jesus para ser a pedra principal do alicerce de sua casa espiritual, a nação judaica, como um todo, rejeitou Jesus como o Cristo. Pedro observa que a rejeição dos homens não anulou a escolha de Deus, mas Ele continua descrevendo os cristãos como “pedras vivas”, na semelhança de Cristo, aquilo que o povo de Israel deveria ter sido. Todos os cristãos, em toda parte, constituem uma casa espiritual, a igreja. O apóstolo então combina outra figura, descrevendo aqueles mesmos cristãos como sacerdotes que oferecem sacrifícios espirituais nesse “templo vivo”, através de Jesus Cristo, nosso sumo sacerdote celestial (Hb.4:14). Ele também descreve seus leitores exatamente do mesmo modo que o povo antigo de Deus, a nação de Israel, foi descrito (Êx.19:5-6). Sob o novo pacto, a igreja é o povo escolhido de Deus, uma nação santa, possessão exclusiva de Deus. Que privilégio é pertencer a Deus, liberto do poder das trevas, e ter a oportunidade de proclamar Sua majestade aos que estão em nossa volta!

 

Terça-feira, 02/12: A pedra angular.

Leitura Diária: I Pedro 2: 6-8

Somos pedras vivas, pois Cristo nos constituiu assim, porém Jesus é a Pedra angular, a pedra principal sobre a qual repousa o canto do edifício.

Uma pedra é selecionada para ser a pedra angular do edifício, ela precisa ser grande e sólida e, geralmente, uma que é quadrada e trabalhada com cuidado; e essa pedra é comumente colocada com cerimônias solenes, então, talvez, em alusão a isso, é aqui dito por Deus que Ele colocaria essa pedra no alicerce. As solenidades presentes foram as que acompanharam a grande obra do Redentor. Aqueles que creem nessa pedra jamais serão confundidos, não serão envergonhados. Essa pedra foi colocada em Sião para sustentar todo o edifício. Isso, significa a união de judeus e gentios em uma fé, batismo e esperança, de modo a formar uma igreja ou templo para a adoração a Deus através da mediação de Cristo.

Esse é o motivo, que aquele que tem uma fé viva, uma fé produtiva de amor e obediência, não deve ser confundido. Para todo aquele que crê com tal fé, essa “Pedra Angular” é preciosíssima. Ele a tem em alta estima e isso o traz infinita vantagem. Mas para os que são desobedientes, ou seja, quem não crê e desobedece ao evangelho, as palavras do salmista são cumpridas; “a pedra que os construtores rejeitaram”. Aqui nos leva a compreendermos que Pedro está praticamente dando nomes, os principais sacerdotes, anciãos e escribas judeus, pois eles eram chamados de construtores, porque era seu ofício edificar a igreja de Deus entre os judeus (Sl.118:22). Mas eles rejeitaram a pedra aqui mencionada, e não a deram lugar no edifício; porém, Ele é feito “cabeça da esquina”, e toda a sua oposição a ela é vã.

Não é apenas colocado ao pé da esquina, para apoiar os dois lados do edifício erguido sobre ela, mas na ponta da esquina, para cair e triturar em pó aqueles que a rejeitam; e por isso se tornou uma pedra de tropeço e pedra de ofensa. Isso significa que para os incrédulos e desobedientes é essa mesma pedra que irá esmagá-los e levá-los ao chão. E foi exatamente isso que Simeão disse ao apresentar Jesus em Lucas 2:34 “Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel, e para sinal que é contraditado”. Quem, desobedece à palavra, tropeça. Deus designou que aqueles que rejeitam a Cristo tropeçam n’Ele, e caem na miséria e na ruína. “Aquele que não crer será condenado”, esse é um decreto inalterável do Deus do céu.

 

Quarta-feira, 03/12: Geração Eleita.

Leitura Diária: I Pedro 2:7-9

O apóstolo Pedro nesses três versículos diz tudo o que precisamos saber para compreendermos nossa responsabilidade ao sermos salvos por Cristo, e feitos “pedras vivas” assim como Ele é. Temos aqui quem nós somos, e qual é a nossa missão no mundo: Somos geração eleita, com isso ele mostra que pertencemos a um povo eleito pelo próprio Deus. Por seu amor e sua graça fomos escolhidos dentre todas as pessoas da terra para sermos a sua Igreja. Qualquer crise de identidade pode ser resolvida com as palavras de Jesus: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; ao contrário, eu vos escolhi a vós outros” (Jo.15:16).

Porém, além de sermos escolhido em Cristo, para fazermos parte dessa nação especial de Deus, também fomos constituídos como sacerdócio real. O sacerdote era o único que podia entrar na presença de Deus e mediar o pecado do povo. Pedro utiliza aqui o conceito de sacerdócio real presente no livro de Êxodo, a qual através de Moisés, Deus disse a Israel: “Vós sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa” (Ex.19:6). Israel fracassou nessa missão, apostatando e rejeitando o Messias. Mas todos os que creem em Jesus como o Filho de Deus, o Salvador, recebem o privilégio de serem sacerdotes reais.

No judaísmo um rei não era sacerdote, e um sacerdote não era rei. Mas, como vimos em devocionais anteriores, ao analisarmos a Epístola aos Hebreus, o Messias é Sacerdote e Rei, seu sacerdócio é superior, Ele é o eterno Sumo Sacerdote. Zacarias profetizou: “Será revestido de glória; assentar-se-á no seu trono e dominará, e será sacerdote no seu trono” (Zc.6:13). Servimos a esse Rei e somos o próprio sacerdócio, no sentido de que temos o privilégio de entrar na presença de Deus por intermédio de Jesus Cristo (I Tm.2:5; Hb.10:19-25).

Nós somos nação santa, isso significa que somos separados para servir a Deus, e essa é a nossa real ocupação. Aqui, Pedro toma emprestada a linguagem de Êxodo 19:6 e Deuteronômio 7:6. Fomos escolhidos por Deus para a salvação e santificação. Nós somos povo de propriedade exclusiva de Deus: não estamos desgarrados, não pertencemos a qualquer um. Nós temos um dono, nós somos propriedade do próprio Deus, somos um bem precioso para Ele, fomos comprados pelo sangue de Jesus Cristo. Ele não nos divide com ninguém, somos só d’Ele.

No versículo 9 há uma expressão grega que transmite uma ideia de “preservação”, seria algo como “eu preservo para mim”, no sentido de uma ação contínua de tomar posse daquilo que é seu. Não somos valiosos porque somos capazes, somos valiosos porque pertencemos a Ele. E isso contrasta com aqueles que rejeitaram a “Pedra Angular”.

 

Quinta-feira, 04/12: O Povo Escolhido

Leitura Diária: I Pedro 2:10-12

Jesus já havia descrito seus discípulos como a luz do mundo (Mt.5:14,16). De modo semelhante, Pedro referiu-se ao privilégio dos cristãos de proclamar “as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz”. Então, Pedro explica como seus leitores podem ser a luz do mundo.

Nos versículos 11-12, se encontra o princípio básico por trás das exortações de que os cristãos precisam abster-se de paixões carnais e manter conduta exemplar diante dos incrédulos. Ele oferece três razões para estas exortações: Os cristãos são peregrinos e forasteiros e não residentes permanentes e cidadãos deste mundo; Paixões carnais fazem guerra contra a alma; e para que os incrédulos possam ser influenciados favoravelmente pela conduta dos crentes que são luz que bilha nas trevas.

 

Sexta-feira, 05/12: Sujeição as autoridades.

Leitura Diária: I Pedro 2:13-20

Pedro não se contenta em exortar de um modo geral como visto nos versículos anteriores, mas, nos versículos seguintes 13-17, ele escreve sobre a responsabilidade dos cristãos para com o governo civil. Ele continua nos versículos 18 até ao 25 a descrever a conduta apropriada dos servos para com seus senhores.

Os servos precisavam ser submissos aos seus senhores, ainda que esses senhores fossem duros e cruéis. Se os servos fossem tratados injustamente por seus senhores, Deus se comprazeria quando esses servos suportassem pacientemente tal sofrimento por amor de sua consciência para com ele, recusando-se a retribuir o mal com o mal. Que responsabilidade difícil! Mais adiante, Pedro nota que Jesus nos deu o exemplo perfeito, sofrendo como um malfeitor ainda que não tivesse cometido nenhum pecado (3:21-22). Jesus se submeteu a tal sofrimento sem ultrajar seus perseguidores ou ameaçar retribuição. Todavia, mesmo que venham a sofrer porque praticam a justiça, serão felizes.

 

Sábado, 06/12: O Exemplo de Jesus Cristo.

Leitura Diária:  I Pedro 2:21-25

Embora muito mais poderia ser dito sobre I Pedro 2, o que nos chama a atenção, é que Pedro nos fala do exemplo deixado por Jesus, principalmente em tempos de aflição que a Igreja tem de enfrentar nesse mundo. Ela precisa cumprir sua missão e se fazer jus ao título recebido do próprio Senhor Jesus. O apóstolo não diz que este foi o único motivo pelo qual Cristo sofreu, mas que era muito importante o Seu exemplo para nós que seriamos resgatados por Ele.

A palavra traduzida como “exemplo” não ocorre em nenhum outro lugar do Novo Testamento, e significa adequadamente “uma cópia escrita”, como é definida para crianças; ou um esboço para um pintor preencher; e então, em geral, um exemplo, um padrão de imitação. Nosso dever como cristãos é o de segui-lo, como se pisássemos exatamente atrás d’Ele, e que colocássemos nossos pés exatamente onde estavam os d’Ele. O significado é que deve haver a imitação ou semelhança mais próxima. As coisas nas quais devemos imitá-lo são aqui especificadas, sofrer injustamente e suportar tal tratamento com paciência e mansidão; e não somente isso, mas, também ser, puro e impecável como Ele era. Pedro voltou-se à questão crucial de como os cristãos devem se conduzir dentro de seus lares e fora dele.

Suportar o sofrimento é uma parte do chamado dos cristãos nesta vida (Rm.8:17; II Tm.3:12), assim como era parte do chamado de Cristo (Jo.15:18-20). Esse chamado ao sofrimento e à persistência é baseado na experiência e no exemplo de Cristo no sentido de que os cristãos estão unidos a Ele tanto nos sofrimentos quanto na sua ressurreição (II Co.1:5; 4:10; Fp.3:10-11).

Mas, sem dúvida, podemos afirmar que existe sofrimento proveniente do erro humano, é o sofrimento que provém do fato de errarmos em relação a nós e em relação aos outros. O sofrimento que surge da mentira, da vingança, da ameaça, do julgamento injusto etc. Creio que este tipo de sofrimento é o que mais largamente está espalhado entre nós. É o sofrimento que nós mesmos causamos por estarmos fazendo o jogo das ideias que desumanizam o homem.  Não é desse sofrimento que nos é falado aqui. Muito menos é sobre o sofrimento que nos é dado passar por sermos fracos fisicamente: a doença, a solidão, a velhice etc. Pois, mesmo com os maiores cuidados e as melhores chances de vida, a doença é algo de que ninguém escapa.

O exemplo de Cristo fornece um padrão de como cada cristão deve entender a sua própria vida. Para isso fomos chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de cada um de nós, deixando-nos exemplo, para que sigamos os seus passos. Ele mesmo, Cristo Jesus, levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, Ele é mais do que um exemplo, Ele é quem carrega os pecados.  O exemplo de Jesus é o sofrimento causado pela vivência da fé.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Devocionais da Semana 17-23 de agosto de 2025

Devocionais da semana 02-08 de fevereiro de 2025

Devocionais da semana 02-08 de novembro de 2025