Devocionais da Semana 14-20 de dezembro de 2025

Devocionais da Semana

Domingo, 14/12: Não vivemos mais no pecado.

Leitura Diária: I Pedro 4:1-2

Em I Pedro 4, o apóstolo começa nos exortando a dedicar o tempo que nos resta de vida sobre esta terra, na vontade de Deus. Ele lembra que anteriormente nossa vida pertencia a prática do pecado, mas agora não. Após diversos e maravilhosos conselhos ele cita mais uma vez o exemplo de Jesus Cristo, ao falar sobre o sofrimento. Mostrando que é melhor sofrer fazendo a vontade de Deus do que sofrer por causa do pecado. Encerra nos alertando sobre o julgamento da casa de Deus. Ele faz o alerta dizendo: “se ao justo é difícil ser salvo, que será do ímpio e pecador?”. Portanto, estejamos atentos.

Os cristãos precisam assumir a atitude que Cristo tinha, recusando o pecado. Os descrentes acharão estranho que os cristãos não estejam continuando nos mesmos pecados que cometiam no passado e podem até mesmo falar mal deles por causa de sua mudança de conduta. Precisamos ter a consciência de que tanto crentes como descrentes serão julgados pelo Senhor. É por esse motivo que o evangelho foi pregado para que, em vista deste julgamento, os homens possam ter vida espiritual. Pedro afirma que o Senhor também pregou ao povo que vivia no tempo de Noé, que foi um pregador da justiça, e através dele, o Espírito de Cristo pregou àqueles que viveram antes do dilúvio, mas eram espíritos na prisão.

 

Segunda-feira, 15/12: Sofrimento do crente e o castigo dos ímpios.

Leitura Diária: I Pedro 4:3-5

O sofrimento de Cristo foi real porque Ele tinha uma natureza humana. Nós, os cristãos precisamos ter o mesmo pensamento de Cristo (Fp.2:5) para combater o bom combate e sair vitoriosos.

Aqueles que servem a Deus fielmente em meio ao sofrimento tomam diferentes atitudes com relação ao pecado. Este não mais tem poder sobre eles.  Isso não significa que jamais pecaremos novamente, mas que os que sofrem por Cristo devem estar com sua vida voltada para fazer a vontade de Deus, não para seguir seus desejos pecaminosos. Nossos desejos não podem mais nos dominar.

As “dissoluções” citadas no versículo 3 falam de um comportamento vergonhoso e insolente na vida de uma pessoa.

Pedro, então, faz questão de também lembrar das festas intermináveis onde abundam bebedeiras, imoralidade, sexo fora do casamento. Tudo isso se constituem em atos condenado por Deus e que prendem o homem no pecado trazendo sobre ele as terríveis consequências desses atos. 

Ao falar sobre a idolatria ele traz uma ideia tão terrível que até as autoridades civis da época as abominavam. Se para eles era algo abominável, Deus, naturalmente, odeia muito mais todo tipo de idolatria (Ex.20:3-5; Dt.7:25; 32:16,17).

Os ímpios não conseguem entender a vida transformada dos cristãos, porque, ao contrário dos cristãos, que vivem para agradar a Deus, eles vivem sem pensar na consequência eterna que terão seus atos. Enchem sua vida de más obras, que não têm valor eterno algum, por isso é que geralmente zombam daqueles que se recusam a seguir seu estilo de vida frívolo e maligno, porém, Pedro os adverte de que hão de dar conta. Eles pensam que podem fazer o que bem entendem, mas estão muito enganados. Tudo que fazem acarretará duras consequências. Um dia, eles estarão diante de Deus, não terão desculpas e darão conta de toda sua maldade (Ap.20:11-15).

 

Terça-feira, 16/12: O Evangelho pregado aos mortos.

Leitura Diária: I Pedro 4:6

São quatro as principais interpretações sobre o que Pedro quer dizer com “mortos” no versículo 6. Primeiro, que há uma relação entre o evangelho pregado neste versículo e a declaração que se faz sobre Jesus em I Pd.3:19,20. Portanto, tem-se que este versículo se refere a Cristo oferecendo a salvação àqueles que viveram antes da era cristã. No entanto, é preciso ressaltar que nada nas Escrituras indica que alguém recebe uma “segunda chance” para ser salvo depois da morte. Segundo, nessa interpretação podemos, com certeza, ver que essa pregação está ligada a I Pd.3:19,20, mas o versículo trata de Jesus pregando somente para os justos do Antigo Testamento.

As duas outras interpretações consideram que este versículo não está ligado a I Pd.3:19,20. Elas veem aqui que Pedro está falando do evangelho que foi pregado aos cristãos que eram mortos até então, mas que agora estão vivendo com Deus.

Mas talvez a melhor de todas as interpretações seja a de que Pedro está referindo-se àqueles que estavam mortos espiritualmente, ou seja, o evangelho foi pregado a todos que estavam, estão, e estarão mortos, a fim de que eles pudessem renascer espiritualmente e não tenham desculpas no dia do julgamento.

 

Quarta-feira, 17/12: Preparados para o fim.

Leitura Diária: I Pedro 4:7-11

Nesses versículos, o Apóstolo afirma que nós só estaremos preparados para o fim se mantivermos uma relação íntima com Deus, sendo sóbrios e vigiando em oração; e isso vai ser refletido no amor intenso uns para com outros. Jesus pode vir trazendo consigo Seu juízo a qualquer momento. Por essa razão, todos precisam estar preparados para dar conta do que fizeram em sua vida. Os cristãos devem controlar seus desejos pecaminosos porque não tarda a volta do Senhor. Esse é o motivo para que Pedro exorte seus leitores que sejam prudentes e estejam empenhados em buscar a Deus em oração. Os cristãos devem fazer o máximo que puderem para manter seu compromisso de fazer o bem uns aos outros, e não devem deixar que coisa alguma os impeçam de fazer isso.

Quando ele diz que “o amor cobre multidão de pecados” está dizendo, não é que o amor de um cristão pode expiar os pecados de outros cristãos, porém, ao contrário, e isso entendemos quando ele cita um provérbio do Antigo Testamento (Pv.10:12), isso nos faz lembrar que o amor nos leva a não pecar.

Nos dias do Novo Testamento, a hospitalidade significava apenas prover teto e alimento aos viajantes por dois ou três dias, sem esperar pagamento algum em troca. Ser hospitaleiro de fato era algo que requeria sacrifício. Por esse motivo, muitos que demonstravam esse ato de gentileza aos estrangeiros às vezes reclamavam pelas suas costas do trabalho que eles estavam dando. Em sua carta, Pedro exorta os cristãos a servir uns aos outros de bom grado.

Logo a seguir, ele fala dos dons que recebemos de Deus, e essa é uma das passagens mais sucintas, porém abrangentes, que falam sobre os dons espirituais dos cristãos. O que ele cita aqui é algo tremendo, ainda mais em uma sociedade que se torna cada vez mais seletiva e individualista. O plano de Deus para nós é que cresçamos por meio dos relacionamentos, não de isolamento. A cada cristão é dado um ou mais dons, para que um possa edificar o outro. Despenseiros são mordomos ou administradores que darão conta por terem usado ou não seu dom para a glória daquele que concedeu a eles.

Pedro exorta então aqueles que ensinam aos outros, a verdade de Deus, devem fazê-lo com reverência, para que seus ouvintes respeitem a Palavra de Deus. Segundo o poder que Deus dá, e os cristãos devem usar esse poder para fazer vontade do próprio Deus, e não confiar em suas próprias forças, isso os levará a Glorificar a Deus como um Cristão.

 

Quinta-feira, 18/12: Acerca do sofrimento

Leitura Diária: I Pedro 4:12-14

Nos versículos que se segue Pedro instrui os cristãos acerca do sofrimento. Algumas aflições que passamos por amor a Cristo são consequências naturais. Devemos esperá-las. Outras, contudo, virão especificamente de Jesus e terão consequências graves e eternas, elas virão sobre os ímpios e os cristãos, mas com resultados bastante diferentes.

Ao que parece, os leitores de Pedro ficaram surpresos ao saber que teriam de sofrer por serem cristãos, principalmente pelo modo como já estavam sofrendo. A palavra grega traduzida como “ardente prova” é a mesma que foi usada para descrever o “fogo intenso” que purifica o ouro de suas impurezas (I Pd.1:6,7). O objetivo do sofrimento na vida do cristão é provar seu verdadeiro caráter, limpá-lo das manchas do pecado e fazer com que a pureza da natureza de Cristo nele se revele. Por isso é que os cristãos devem esperar o sofrimento e preparar-se para ele. O fato de que esses cristãos se alegravam em meio às aflições é algo evidente, e Pedro deixa isso claro ao usar o verbo grego alegrar-se no modo imperativo, exortando-os a continuar alegrando-se. O sofrimento fará parte da vida do cristão até a volta de Jesus (Rm.8:18-22). Ao pensarmos sobre isso, nossos pensamentos imediatamente se voltam para o retorno de Cristo e o fim do mundo que foi citado no versículo 7. Num sentido, a volta de Cristo está sempre próxima porque não sabemos quando Ele voltará, porém temos a certeza de que esse dia chegará. Nosso sofrimento então terá sua recompensa, se sofremos como cristão seremos bem-aventurados, mas se o sofrimento for como ímpio então o sofrimento que virá depois será bem maior ainda do que aquele que passamos aqui.

Os cristãos podem sofrer injustamente aqui por Cristo, no entanto, Pedro os chama de bem-aventurados, porque grande será o seu galardão no mundo vindouro (Mt.5:10-12). Quando os cristãos sofrem injustiças por amor a Jesus, eles acabam descobrindo que a íntima comunhão que têm com Deus durante esse período será um refrigério para seu espírito.

 

Sexta-feira, 19/12: Glorificando a Cristo através das perseguições.

Leitura Diária: I Pedro 4:15-16

“Que nenhum de vós padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como o que se entremete em negócios alheios”. Pedro volta a falar da verdade antes mencionada em I Pd.2:20 e 3:17, para mostrar que a virtude não está no sofrimento propriamente dito, mas o que conta realmente é o sofrimento que passamos pelo nome do Senhor pelo fato de sermos cristãos. Nenhum de seus leitores devia supor que a simples punição pelo pecado aplicada pelas autoridades civis traria alguma honra a Deus. O termo cristão no Novo Testamento era pejorativo (At.11:26; 26:28). O simples fato de ser cristão já era motivo de punição com a morte. A história nos mostra que muitos foram mortos por terem admitido ser cristãos nos tempos em que eles eram perseguidos pelo governo.

“Não se envergonhe”, ou seja, não tenha vergonha alguma de ser um “cristão”, ao contrário, tenha orgulho disso, e use este nome que é escarnecido como um meio ou instrumento para glorificar a Deus. Os destinatários desta epístola ao invés de ficarem surpresos por causa da perseguição, deveriam regozijar-se por serem capazes de participar de algum modo dos sofrimentos de Cristo, aquele que sofreu por amor à justiça. De fato, os cristãos são abençoados em tal sofrimento (Mt.5:10-12). Quando sofremos pelo nome de Cristo antes que por nossos próprios pecados, glorificamos a Deus através do nome de cristão.

No meio desta perseguição, será muito importante que os irmãos tenham intenso amor uns pelos outros, praticando a hospitalidade e usando seus dons, tanto os naturais como os milagrosos, em benefício dos irmãos e da glória de Deus. Contudo, o amor não “ignora” os pecados de nosso irmão; antes protege-os por meio da correção e do perdão (Tg.5:19-20).

 

Sábado, 20/12: O tempo do julgamento.

Leitura Diária:  I Pedro 4:17-19

“Já é tempo que comece o julgamento”, na Bíblia isso nem sempre significa condenação. Quando se refere aos cristãos, significa a avaliação das obras, para que recebam o galardão (I Co.3:10-15).

Percebemos que ao longo de toda a sua carta, Pedro diz que aqueles que ainda não fazem parte da família eterna de Deus estão sendo desobedientes em suas obras (I Pd.2:7,8; 3:1,20). Ninguém merece ser salvo ou pode ser salvo por meio de suas próprias obras (Ef.2:8,9). E já que todos merecem ser condenados, a única forma de sermos salvos é pela graça de Deus. Se Deus não poupou Seu próprio povo do julgamento, imagine qual será o fim dos Seus inimigos que não forem justificados por Ele? (Sl.1:4-6; Ap.20:11-15).

Nos versículos finais, Pedro usa dois argumentos que avançam de um fato certo para outro ainda mais certo (isto é, do menor para o maior) para apontar a abençoada condição dos cristãos mesmo em vista da perseguição. Ele observa que a casa de Deus, a igreja, seria julgada por meio da perseguição que viria. Pode-se esperar que o povo de Deus seja preservado do sofrimento, contudo, se o povo de Deus não pode escapar ao “julgamento”, que veio em forma de perseguição, é mais certo ainda o fato que o desobediente será “julgado” por Deus naquele dia final.

Por raciocínio semelhante, se a pessoa justa só é salva com dificuldade, qual será o fim do injusto? Pedro observa então que aqueles que sofrem por amor da justiça podem suportar tais dificuldades do mesmo modo que Jesus suportou seu sofrimento. Eles devem confiar suas almas ao seu Criador fiel que fará justiça no julgamento final. A casa de Deus é a Igreja (I Tm.3:15; I Co.3:16; e I Pd.2:5). O julgamento deve começar no santuário (Ez.9:6; Jr.25:15-29). O início do julgamento é a perseguição dos cristãos, como nosso Senhor havia dito (Mt.24:8-9); mas esse julgamento não é para condenação: “Quando somos julgados, somos castigados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo” (I Co.11:32); é a prova ardente, “que é muito mais preciosa do que o ouro que perece”, o fogo refinador da aflição. Compare a passagem em Jeremias já mencionada: “Pois eis que na cidade que se chama pelo meu nome eu começo a castigar; e vós ficaríeis impunes?” Compare também a pergunta do nosso Senhor: “Porque, se fazem isto à árvore verde, o que se fará com a árvore seca?”. “O justo” tem provação, mas a solução é certa, e a entrada no reino finalmente abundante. A conclusão é que, visto que os piedosos sabem que seus sofrimentos acontecem pela vontade de Deus, para seu bem, para castigá-los a fim de que não pereçam com o mundo, eles devem confiar em Deus alegremente em meio aos sofrimentos, perseverando em fazer o bem.

O comprometimento de nós mesmos com Deus é ser, não em quietismo indolente e passivo, mas acompanhado de ações ativas. Não é que conformamos com o sofrimento, mas é que glorificamos a Deus ao sofrermos como justos. Deus é fiel às promessas da sua aliança, e como a Sua promessa é de nos guardar em todo o sofrimento, Ele, portanto, é o nosso Sustentador Todo-Poderoso. É Ele, e não nós, que mantém nossas almas firmes em meio a todas as tribulações.

O pecado destruiu a relação espiritual entre nós e o Criador, porém, a fé restaura essa relação; de modo que o crente, vivendo para a vontade de Deus, repousa implicitamente na fidelidade do seu Criador.

Deus julga tudo segundo a Sua natureza. Ele quer que tudo esteja de acordo com a Sua natureza. É um princípio solene. Nenhuma graça, nenhum privilégio muda a natureza de Deus; e é preciso que tudo seja conforme a essa natureza, ou então que seja, ao fim, banido da Sua presença. A graça pode tomar-nos à natureza de Deus, e é o que ela faz. A graça dá-nos a natureza divina, de sorte que há em nós um princípio de conformidade absoluta com Deus.

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