Devocionais da Semana 17-23 de agosto de 2025
Devocionais da Semana
Domingo, 17/08: Jesus o Sumo Sacerdote
Eterno.
Leitura Diária: Hebreus 5:1-2
No capítulo 5 da Epístola aos Hebreus, o
autor mostra como Jesus Cristo é superior ao ministério sacerdotal da antiga
aliança. Ele começa mostrando que Cristo não se fez sacerdote, mas, como Arão,
também Cristo, foi chamado por Deus para ser sacerdote.
E como é difícil para o judeu entender
isso, de que os seus sacerdotes foram descontinuados e despedidos por Cristo;
Agora nem Anás nem Caifás é alguma coisa, mas somente Cristo. E por causa dessa
dificuldade em entender a mudança, é que o autor os exorta sobre seu progresso
atrasado na fé. Ele explica a função do sumo sacerdote na antiga aliança, e
mostra que, devia oferecer sacrifícios pelo povo e por seus próprios pecados.
Neste aspecto Jesus continua sendo superior, visto que n’Ele não há pecado pelo
qual precisava oferecer sacrifícios.
“Sacerdote segundo a ordem de
Melquisedeque”, significa que ele não conheceu o pecado e tronou-se mediador de
uma aliança superior sendo capaz de interceder por cada um de seus irmãos. Por
esse motivo é que vem a advertência nos versículos finais do capítulo quando
ele encerra repreendendo os seus leitores por causa da sua demora em aprender a
Palavra de Deus, pelo tempo que receberam a mensagem já deviam ser mestres,
contudo continuavam aprendendo sobre rudimentos básicos da fé.
Segunda-feira, 18/08: A função do Sumo
Sacerdote.
Leitura Diária: Hebreus 5:3-4.
Um sumo sacerdote deve ser uma pessoa
chamada por Deus. Ele representa o povo e, assim, deve identificar-se com sua
natureza humana. Mas também representa Deus para o povo e, por isso, deve ser
chamado por Deus para Seu serviço. A principal referência no início do capítulo
é a do trabalho do sumo sacerdote no Dia da Expiação, único dia do ano em que
um sacerdote entrava no Santo dos Santos para expiar os pecados do povo e
interceder por ele mesmo.
Arão foi nomeado para a função de
sacerdote pelo próprio Deus (Ex.28:1); assim também seus sucessores
(Nm.20:23-28; 25:10-13). Aqueles que desafiaram o chamado de Arão ou nomearam a
si mesmos como sacerdotes foram mortos por Deus (Nm.16).
A epístola desenvolve o Sacerdócio do
Senhor Jesus, comparando-o com o de Aarão, mas evidencia as diferenças, embora
haja uma analogia geral entre eles, e um tenha sido a imagem do outro. Desde o
capítulo 4 quando começa a seção que destaca o ministério Sacerdotal de Cristo,
essas diferenças são evidenciadas de forma clara e objetiva.
Ao reconhecermos o significado de Cristo
assumir o Santuário Celestial como Sumo Sacerdote, nossa visão de cristianismo
eleva-se bem acima dos demais cristãos que ignoram essa doutrina. Interpretamos
correta e equilibradamente o maior plano arquitetado no Universo, que é o de
salvar o pecador, quando compreendemos a centralidade do santuário na teologia
bíblica. Encontramos esta comparação nos versos 1 a 10; depois, embora a base
do raciocínio seja amplificada e desenvolvida, a continuação deste é interrompida
até o fim do capítulo 6, onde prossegue a comparação com Melquisedeque, e onde
é verificada a mudança da lei, consequência da mudança de sacerdócio, e isso
inclui as alianças e tudo o que se refere às circunstâncias dos Judeus.
Terça-feira, 19/08: Jesus está acima de
todos
Leitura Diária: Hebreus 5:5-6
Cristo não chamou a si mesmo para o
ofício de Sumo Sacerdote; o Pai o chamou. Tanto o Salmo 2:7 como o 110:4 são
citados aqui para provar esse fato. O primeiro também é citado em Hebreus 1:5,
para provar a superioridade de Cristo em relação aos anjos; agora, o autor usa
a citação para afirmar o relacionamento especial de Jesus com Deus Pai. Já a
citação do 110:4 destaca a natureza eterna do sacerdócio de Jesus. Ele é e será
o Mediador entre nós e Deus para sempre.
O Sumo Sacerdote estava,
hierarquicamente, acima dos sacerdotes. Jesus está acima do Sumo Sacerdote,
mesmo de Arão, e consequentemente, de todos os outros que existiram. Embora não
fosse da linhagem de Levi, Jesus era da ordem de Melquisedeque, ou seja, designado
por Deus.
Deus ordenara a Arão para ser o
representante maior da nação judaica diante d’Ele (Êx.2:1; Lv.8:1-9,24). Jesus
foi nomeado para ser representante das nações do mundo; nosso representante!
Por esse motivo é que o escritor fica perplexo no final do capítulo, pois, não
dá para entender, como pode Jesus passar por tão grande sacrifício, clamor,
lágrimas, orações e súplicas e os crentes não progredirem no crescimento
espiritual? Deus quer nos dar alimentos sólidos, mas ficamos com as papinhas
teológicas que não condizem mais com o tempo da nossa fé. Apesar do tempo
decorrido, alguns não cresceram tanto quanto deviam para poder apreciar os
ensinos mais adiantados da fé. O crescimento é uma garantia de que não iremos
mais voltar ao erro.
Quando vem a afirmação “o sacerdote,
tomado de entre os homens”, não está falando sobre Cristo, mas sim daquele com
o qual Ele é comparado. Esse sacerdote é estabelecido para os homens em coisas
que dizem respeito a Deus, para que ele ofereça dons e sacrifícios pelos
pecados, sendo capaz de sentir as misérias dos outros porque ele mesmo está
rodeado de fraquezas, e é por isso mesmo que oferece sacrifícios tanto por si
mesmo como também pelo povo. Além disso, esta não é uma honra que alguém pode
tomar para si, pois é outorgada, tal como foi a Arão.
Quarta-feira, 20/08: Anorexia espiritual
Leitura Diária: Hebreus 5:7-8
Cristo não ofereceu sacrifício por si
mesmo, mas ofereceu por nós. Todo o clamor, lágrimas, orações e súplicas de uma
vida e morte de obediência foi porque Ele se compadeceu da humanidade caída.
Foi ouvido e Seu sacrifício aceito por causa de Seu temor, Sua obediência
reverente. Ele foi resgatado da morte pela ressurreição. Jesus não precisava
aprender a obedecer como se antes fosse desobediente, mas teve de passar pela
experiência de obedecer à vontade do Pai como homem. Ele aprendeu a natureza da
obediência.
Tem gente que deve ter anorexia
espiritual, tem medo de ganhar peso bíblico daí fica raquítico na fé, sem
forças nenhuma diante dos mais suaves ventos das falsas doutrinas. Se você quer
se fortalecer, pegue a sua Bíblia, leia e obedeça ao que nela está escrito.
Até aqui, o livro de Hebreus nos deixou
claro que Jesus é superior aos profetas, aos anjos, a Moisés, e a Josué. Agora
o Espírito Santo, através do escritor humano, evidencia a superioridade de
Cristo sobre o Sumo Sacerdote. Tudo isso implica que Cristo deve ser o primeiro
e central na vida de cada indivíduo que deseja ter paz e perspectiva positiva
concreta em sua existência.
Vemos, portanto, que Cristo, não se
glorificou a Si mesmo para que viesse a Se tomar sumo sacerdote. A glória de
Sua pessoa se manifestou aqui sobre a Terra, bem como também a glória de Seu
ministério como sacerdote, e essas realidades são ambas claramente
compreendidas. A primeira delas é quando Deus diz: “Tu és meu Filho, Eu hoje Te
gerei” (SI.2:7), e a segunda com as palavras: “Tu és sacerdote para sempre,
segundo a ordem de Melquisedeque” (SI 110:4). Logo este é, tanto segundo a Sua
glória pessoal como também segundo a glória de Seu ministério, o Sumo
Sacerdote, o Messias anelado, o Cristo.
A Sua glória é o que Lhe assegura Sua
posição de honra diante de Deus, de modo que Ele pode tomar a Seu cargo a causa
do povo na presença de Deus e segundo a Sua vontade. O aproximar das misérias
do homem. e a Sua história sobre a Terra é o que nos faz sentir o quanto Ele é,
de fato, capaz de tomar parte nas nossas enfermidades. “Nos dias da Sua carne”,
isto é, neste mundo, Ele entrou em todas as agonias da morte, na dependência de
Deus, e apresentando o Seu pedido para Aquele que podia salvá-lo da morte; porque
neste mundo, vindo para obedecer e para sofrer, não Se salvou a Si mesmo.
Submeteu-Se a tudo, obedecia em tudo e dependia de Deus para tudo.
Quinta-feira, 21/08: A obediência
perfeita de Cristo.
Leitura Diária: Hebreus 5:9-10
“Sendo ele consumado”, não sugere que
Jesus não fosse antes consumadamente perfeito, e sim que cumpriu com total
sucesso o plano de Deus para Ele. Suportou sofrimento e tentação como ser
humano para que pudesse agir como nosso Sumo Sacerdote, compreendendo nossas
fraquezas e intercedendo por nós diante de Deus.
“Veio a ser a causa da eterna salvação
para todos os que lhe obedecem;”. A obediência de Jesus ao Pai o conduziu ao
Calvário, à própria morte na cruz. O sacrifício do único ser humano sem pecado
em nosso lugar tornou-o a causa, a fonte, de nossa salvação. “Chamado”
significa designado, isso introduz o título formal de Cristo, Sumo Sacerdote.
Ele foi ouvido por causa da Sua piedade. Era conveniente que aquele que tomava
sobre Si a morte, como respondendo pelos outros, sentisse todo o peso da morte
sobre a Sua alma.
Ele não quis, nem escapar às
consequências do que tinha empreendido, muito menos faltar ao justo sentimento
do que significava encontrar-se assim sob a mão de Deus em Julgamento. O Seu
temor era a piedade, a justa avaliação da posição em que o homem pecador estava
e do que Deus Lhe devia infligir em consequência disso. Sofrer as consequências
dessa posição era a forma da obediência. E esta obediência devia ser perfeita e
suportada até o fim.
Ele era o Filho glorioso de Deus. Mas,
embora o fosse, devia aprender a obediência, porque, para Ele, obedecer era uma
coisa nova, visto que é o criador e dono de todas as coisas. Devia, por tudo o
que tinha sofrido, aprender o que era a obediência no mundo. Em seguida, tendo
merecido toda a glória, devia tomar o seu lugar de Homem glorificado, ser
consumado, levado à perfeição máxima, e nessa posição tornar-se o autor de uma
salvação eterna, e não de libertações simplesmente temporais, para aqueles que
Lhe obedecem.
Cristo é o autor da salvação, e essa
salvação, mediante à Sua obra de obediência, foi proclamada por Deus que o
constituiu “Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque”.
O que se segue, até ao fim do capítulo
6, é uns parêntesis que se refere ao estado daqueles a quem a epístola é
dirigida. Eles são censurados pela lentidão da sua inteligência espiritual, e
ao mesmo tempo encorajados pelas promessas de Deus, tudo em relação com a sua
posição de Judeus crentes. Depois é retomado o fio da’ instrução a respeito de
Melquisedeque.
Sexta-feira, 22/08: A lentidão para
aprender a Palavra de Deus.
Leitura Diária: Hebreus 5:11-12
Embora o autor de Hebreus tenha muito
mais para dizer sobre o sacerdócio de Jesus, seria de difícil interpretação
para os leitores desta carta, que são classificados como negligentes para
ouvir. Negligente significa descuidado. Quando essas pessoas ouviram a Palavra
de Deus, não devem ter-se mostrado certamente prontas e aptas a aceitá-la.
Mostraram-se descuidadas, preguiçosas, na fé. Seria então tarefa difícil
explicar a verdade para elas. Pelo tempo decorrido na caminhada cristã daqueles
irmãos, eles já deveriam poder ensinar; todavia, tinham necessidade de que
alguém lhes ensinasse os rudimentos dos oráculos de Deus, ou seja, das coisas
básicas da fé cristã, tinham necessidade de leite em vez de alimento sólido.
Podemos notar que o maior impedimento ao
progresso na vida e na inteligência espiritual é a ligação a uma antiga
religião, que somente traz o tradicionalismo, e não simplesmente a fé pessoal
na verdade, consiste sempre em ordenanças e é, por conseguinte, carnal e
terrestre.
Podemos até mesmo ser incrédulos fora
dessas influências tradicionais, mas sob a influência de um sistema
semelhantemente tradicional, a própria piedade se consome nas formas e é uma
barreira entre a alma e a luz de Deus. E essas formas que envolvem, preocupam e
prendem as afeições, impedem-nas de se expandirem e de se iluminarem por meio
das revelações divinas. Moralmente, como o autor da epistola o exprime aqui,
não temos “os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal”.
Sábado, 23/08: Amadurecimento
espiritual.
Leitura Diária: Hebreus 5:13-14
O autor prepara seus leitores para
receber o ensinamento sobre o sumo sacerdócio de Cristo.
Primeiro, ele reprova a imaturidade
espiritual deles e o fato de haverem abandonado o progresso à maturidade.
Observe que todos os verbos nos versos 4-6 estão no passado. Recorda, então,
alguns feitos espirituais dignos, da parte deles, e faz com que se lembrem das
promessas que Deus lhes tinha ofertado.
“Devendo já ser mestres pelo tempo”,
sugere que muitos dos cristãos já deveriam ser instrutores, não no sentido
formal, mas já estarem transmitindo a outros o que aprenderam mediante os dons
que Deus lhes havia concedido.
“Primeiros rudimentos” significam as
verdades básicas aprendidas pelo crente sobre a fé. A expressão aqui usada no
original grego se refere ao bê-á-bá na alfabetização ou à tabuada das quatro
operações fundamentais em aritmética. Os primeiros rudimentos são, enfim, os
elementos básicos a partir dos quais tudo o mais no saber se desenvolve. Esses
cristãos haviam regredido, por causa do não uso do que aprenderam. Se uma
pessoa não pratica o que aprende, esquece, e é preciso que lhe ensinem
novamente a mesma coisa. Não usar, não pôr em prática, não exercer, é esquecer.
“Leite [...] alimento sólido”, essas
expressões ilustram deste modo os ingredientes do crescimento espiritual. O
leite equivaleria aos primeiros rudimentos, e o alimento sólido, à revelação
mais ampla. Começamos então com o processamento da verdade (I Pd.2:2),
exercitando o princípio da prontidão para aprender. Gradualmente, ativamos o
princípio da prática para retenção da verdade. A prática consistente e
persistente da verdade, resulta em crescimento e a maturidade. Esta mesma
fórmula é apresentada aos coríntios por Paulo em I Co.3:1-4.
“Não está experimentado na palavra da
justiça”. Grande parte dos primeiros leitores desta carta não tinham
necessariamente falta de informação em relação à justiça, mas, o grande
problema era que não tinham também a experiência em praticar a informação que
possuíam. A maturidade vem com a prática. Ao praticarmos a justiça, teremos
menos dificuldade em distinguir o bem do mal.
“Menino”, é qualificação da imaturidade
cristã. A criança, geralmente, tem pouco discernimento e autodisciplina.
Precisa ouvir constantemente, para poder vir a entender. O crente maduro está
apto a saber a diferença entre o bem e o mal e controlar seus apetites
pecaminosos. “Perfeitos” refere-se aos cristãos espiritualmente maduros.
“Costume” significa a prática ou o hábito. Aqueles que têm o costume ou hábito
de obedecer à mensagem de justiça amadurecem na fé e estão prontos para
discernir tanto o bem quanto o mal.
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