Devocionais da semana 10-16 de agosto de 2025

Devocionais da semana

Domingo, 10/08: Jesus é superior a Josué e ao sábado.

Leitura Diária: Hebreus 4:1-3

Na Epístola aos Hebreus o escritor faz um adendo explicativo acerca da pessoa de Cristo enfatizando a sua divindade, demonstrando que aquele homem que esteve entre eles e que conheceram pessoalmente é “o resplendor da glória de Deus”, “a imagem expressa da divindade”, e que “sustém todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb.1:3). Já no capítulo 2, o adendo explicativo é para expor quem é o homem que sustém tudo pela sua palavra, enfatizando a sua humanidade por ter se esvaziado da sua glória (I Jo.1:1; Jo.17:5). Então vem o capítulo 3, onde é a vez de Moisés se curvar diante do Messias. Agora, no capítulo 4, vemos Josué e o sábado também se curvando diante do Cristo. Pois enquanto o repouso de Josué foi temporário e já acabou, o repouso de Cristo é eterno. E a função do sábado é lembrar isso, o repouso que ainda resta para o povo de Deus. É importante observarmos que a palavra “repouso” e “descanso” no original se refere ao dia de sábado. O autor está explicando que nós os que cremos em Deus, entramos no sábado. Em seguida mostra o motivo de Deus dizer: “Jurei na minha ira, não entrarão no meu sábado!”

E assim, a porta do sábado foi fechada, espiritualmente falando, a porta do céu, porque o povo não conseguiu guardar a lei como deveria. Mas Jesus quando veio, abriu essa porta para nós. Por isso diz: “Determina outra vez um certo dia, “Hoje”, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações”. Isto é, nós ouvimos a sua voz! Porque Deus nestes últimos dias nos falou pelo filho (Hb.1:1). Por isso, não endureçam o coração, para que possam entrar no sábado eterno de Deus.

 

Segunda-feira, 11/08: Entrando no Descanso de Deus.

Leitura Diária: Hebreus 4:4-5

O autor destaca que os hebreus que não conseguiram entrar no descanso de Deus, falharam porque a mensagem não encontrou a fé necessária em seus corações e nos adverte a tomar cuidado. Para isso, devemos estar atentos ao tempo de Deus chamado “hoje”. Este é o tempo oportuno para ouvir a voz do Senhor. Ao dizer isso, ele prossegue exaltando a Palavra de Deus, e a descreve como uma espada afiada, de dois gumes que penetra até o mais profundo da divisão entre espírito e alma, e declara isso com a intenção de mostrar que não há nada oculto aos olhos do nosso Deus. Devemos, portanto, reconhecer nossa fraqueza humana e nos aproximar de Cristo, nosso Sumo Sacerdote para recebermos d’Ele graça e misericórdia. Porém, a trágica incredulidade de uma geração inteira de israelitas no deserto (Hb.3:7-19) age como um aviso aos cristãos de hoje para que possam entrar no repouso de Deus que é oferecido a Seu povo fiel.

A expressão “Foram pregadas as boas novas” do versículo 2 é tradução de uma única palavra grega, que significa que as boas novas foram anunciadas. Essas “boas novas” do repouso de Deus são aquelas que ele havia dito no versículo anterior, isso é, as que foram proclamadas aos israelitas.

A geração mais antiga, liderada por Moisés, falhou em entrar no repouso, a Terra Prometida (Dt.12:9), por causa de sua falta de fé. Do mesmo modo, o Evangelho de Cristo foi proclamado aos leitores da carta, e o autor os convoca então para o repouso de Deus, antes que sua incredulidade venha a impedi-los, também, de entrar nesse descanso.

Desde a fundação do mundo, o repouso da criação de Deus é o arquétipo e tipo de todas as experiências de repouso posteriores. O autor explica o que esse repouso significa para os cristãos e mostra por que e como se encontra disponível para nós hoje. O fato de Gênesis não fazer menção à noite do sétimo dia da criação forneceu a base para alguns comentaristas judeus concluírem que o repouso de Deus há de durar por toda a eternidade, por isso é que a Epístola nos informa que há um repouso esperando pelo povo de Deus, mas também nos adverte que grande parte da geração do Êxodo não conseguiu entrar nele.

 

Terça-feira, 12/08: O descanso de Deus

Leitura Diária: Hebreus 4:6-7

No instante em que cremos no poder salvador de Cristo e a Ele nos entregamos pela fé, se inicia o reestabelecimento daquela comunhão perdida no Éden, iniciada no sexto dia da criação e celebrada no sétimo, na plena unidade do Criador com suas criaturas. Mas o início não é ainda a plenitude. Ansiamos ainda a plenitude, nosso retorno ao Éden, o Reino de Deus. Antes de tudo, é bom salientar que o autor de Hebreus percebe a similaridade das experiências entre a comunidade a que se dirige e seus antepassados. Nesse sentido, como o texto mesmo afirma, também houve o anúncio do Evangelho aos antepassados. Porém acrescenta que na conquista da terra, não se deu de forma cabal o descanso que Deus idealizava para eles, que viria por meio da fidelidade do povo à aliança e ao Messias que havia de vir.

A razão de o Israel segundo a carne haver fracassado, segundo as Escrituras, sempre foi a incredulidade, ao se negarem a responder com fé nas promessas de Deus em conduzi-los até o ponto que Ele havia planejado, e por isso ficaram na metade do caminho. Algumas vezes encontraram a prosperidade material e a expansão do reinado de Israel, mas não experimentaram a plenitude do Reino de Deus. Ao se negarem finalmente a reconhecerem o Messias em Jesus de Nazaré, a promessa do Reino de Deus já não se vê atrelada ao povo judeu como nação, mas permaneceria com o remanescente fiel de Israel, que se torna a Igreja, e que agora proclama esse Reino para o mundo todo. E é essa grande salvação em Jesus, o grande descanso que o livro de Hebreus nos capítulos 3 e 4 anunciam. E a referência ao Salmo 95, tem como finalidade alertar que eles, os hebreus convertidos não deveriam repetir os erros de seus antepassados, impedindo o cumprimento da promessa, ao desistirem de sua fé em Jesus.

 

Quarta-feira, 13/08: O descanso de Deus é para o “hoje”

Leitura Diária: Hebreus 4:10-11

Quando salvou Seu povo, Deus prometeu a Moisés: “A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso” (Ex.33:14). Para Moisés e Israel, essa promessa era grandiosa, após o longo período de lutas e escravidão no Egito. Porém, como tantas vezes Deus havia dito, as promessas desse descanso eram condicionais e apelavam para a fé e obediência de Seu povo (Ex.19:3-5). Os hebreus, sempre foram motivados a entrar na terra prometida quando se lembravam das promessas, mas sempre se esqueciam de cumprir as condições. Por isso, o Salmo 95 afirma que por sua “incredulidade” na promessa dada por Deus, quase todos pereceram no deserto, sem desfrutar da terra prometida. Isso não impediu que Deus prosseguisse apelando a seu povo em cada momento, a fim de que aceitassem a graça que desejava oferecê-los. A queda espiritual do povo e sua rejeição à autoridade divina é uma constante nos profetas e nos Salmos.

Era para esse descanso que Jeremias apelava (Jr.6:16), seu apelo atualiza a promessa para o povo, anos depois do deserto. Mas, também o Salmo 95 atualiza esse mesmo apelo de Deus para o “hoje”, ao afirmar que embora o povo houvesse entendido um cumprimento da promessa do descanso com Josué, o Seu propósito pleno ainda terá seu lugar, e para que ela se realize, é preciso que o Seu povo permaneça em atitude de fé em Seu poder de salvar e cumprir Sua promessa, e assim não repita os erros da geração passada, sob a pena de permanecer fora do descanso.

Desse modo, também a promessa era para aquele dia, e para o “hoje”. O salmista espera que o povo que aguardava a salvação de Deus permaneça em atitude de fé, naquele dia, e por isso atualiza o apelo para que não haja o endurecimento do coração no dia chamado “hoje”. Ele entendia que essa exigência era sempre atual para o povo da aliança.

O autor de Hebreus busca afirmar o mesmo pensamento do salmista, entendendo que o apelo de Deus é para todos em todos os tempos e lugares, incluindo o povo cristão da Nova Aliança. Seu apelo é que eles busquem, “hoje”, abrir o coração para a graça soberana de Deus e assim entrem no descanso prometido. Ele afirma categoricamente que se Josué tivesse dado descanso, Deus não apelaria ao povo de novo, em outro dia, o “hoje”, como sendo o dia de descanso.

O Evangelho pregado a eles nos chega a todos no dia que se chama “hoje”, exigindo a mesma atitude pedida a eles. Assim, de fato, “resta um repouso para o povo de Deus”, prefigurado pelo descanso de Deus no sétimo dia da semana da Criação. Então podemos entender que a promessa de descanso, permanecerá até que sejamos plenificados com a comunhão com o Criador tal como experimentou Adão naquele sétimo dia no Éden. Como o autor de Hebreus mesmo diz: Tudo permanece em forma de “promessa”. Em Cristo adentramos o limiar do Reino e já o vivenciamos, e temos confirmada a nossa entrada nesse descanso, pela fé. Em Cristo, descansamos na salvação de Deus e cremos naquilo que Ele fez e fará por nós.

 

Quinta-feira, 14/08: A eficácia da Palavra de Deus.

Leitura Diária: Hebreus 4:10-13

Quando a Epístola aos Hebreus fala do “Repousou de suas obras” ela se refere ao repouso no qual os cristãos entrarão quando terminarem seu trabalho para o Reino de Deus na terra (Ap.14:13).

No versículo 11 o autor da carta diz “Procuremos”, ele inclui a si mesmo junto com seus leitores. Ele quer exortar os crentes a serem diligentes, a fazer todo o esforço para entrar naquele repouso. Pois o repouso não é automático; exige empenho e dedicação. O perigo está em que os cristãos de hoje, como os israelitas do passado, não persistam, mas caiam em desobediência.

A palavra de Deus é o padrão de medida que Cristo usará no juízo (II Co.5:10). A mensagem de Deus é viva e eficaz, penetrando as partes mais íntimas do ser. Diferencia o que é natural do que é espiritual, assim como os pensamentos (as reflexões) e as intenções (desejos) de cada pessoa. A palavra de Deus, enfim, expõe as motivações naturais e as espirituais do coração do crente. “A expressão nuas e patentes” significa uma completa exposição e clareza diante de Deus. Todos terão de prestar contas a Deus, que tudo vê e tudo conhece.

 

Sexta-feira, 15/08: Jesus o nosso Sumo Sacerdote.

Leitura Diária: Hebreus 4:14

Ao termina a exortação que se baseia no poder e eficácia da Palavra de Deus, o autor volta ao assunto do Sumo Sacerdócio de Cristo.

Ele mostra que há um socorro de um outro caráter, para nos ajudar na travessia do deserto. No Antigo Testamento, o sumo sacerdote de Israel atravessava o pátio, o templo e o véu, no tabernáculo, para então penetrar no Santo dos Santos. Nosso Sumo Sacerdote penetrou nos céus, na presença de Deus, onde se assentou à destra do Pai. Nosso Sumo Sacerdote foi tentado em todas as coisas, semelhantemente a nós, de modo que pode simpatizar com as nossas enfermidades. Ele, por ser o próprio Deus, está em todos os sentidos, fora do alcance da dor e da tentação. Mas é Homem, e tem, não só a natureza humana que, outrora, soube o que era a dor, mas também fez, mais do que qualquer um de nós, a experiência das penas da tentação que um santo é chamado a enfrentar; e o Seu coração, livre e pleno de amor, pode simpatizar plenamente conosco, em nossas tentações e sofrimentos neste mundo. É o que nos encoraja a aguentar firme a nossa profissão de fé, apesar das dificuldades que obstruem o nosso caminho, Jesus ocupa-Se dessas dificuldades segundo o conhecimento e a experiência que tem delas e segundo o poder da Sua graça. Por conseguinte, estando ali o nosso Sumo Sacerdote, podemos ir com toda a confiança ao trono da graça, para encontrarmos misericórdia e a graça que nos é necessária em todos os tempos de aflição. Misericórdia, porque somos fracos e vacilantes; e a graça é necessária, porque estamos num combate que Deus reconhece.

 

Sábado, 16/08: Jesus passou por todos os graus de tentação.

Leitura Diária: Hebreus 4:15-16

Compadecer implica sofrer junto e isso expressa o sentimento por outro de quem já experimentou também sofrimento. Em tudo foi tentado. Jesus passou por todos os graus de tentação, porém, sem pecado. Somente quem não se rendeu ao pecado pode conhecer a intensidade total da tentação. Jesus não se rendeu à tentação.

“Cheguemos” é a mesma palavra grega traduzida em Hebreus 10:22, e é um contraste com o “ficar afastado para que não morra” do Antigo Testamento, que os leitores judeus da epístola e seus antepassados certamente cresceram ouvindo. João o Batista resume admiravelmente essa diferença, em sua apresentação de Jesus (Jo.1:29). A partir de Cristo, não haveria mais a morte de animais em sacrifício, Ele é o sacrifico permanente. Nunca mais o sumo sacerdote terá acesso exclusivo ao Santo dos Santos.

“Confiança” é a mesma palavra traduzida por ousadia em Hebreus 10:19, significando, coragem, audácia, destemor. Os cristãos devem aproximar-se corajosamente de Deus em oração, porque d’Ele é o trono da graça, e é o nosso Sumo Sacerdote que se assenta à direita do Pai, intercedendo por nós. O Evangelho já existia desde os dias do deserto, com suas figuras e tipos que asseguravam a graça de Deus. O povo foi privado da entrada no descanso definitivo por conta de sua incredulidade. Já nos dias da monarquia, o salmista entendia que o descanso era para além do descanso dos conflitos desse mundo e exigia uma atitude de fé na graça de Deus. Seu apelo para o hoje é o mesmo do autor de Hebreus: ambos tencionam chamar a atenção para a atitude de fé para que recebam a graça do descanso. no poder de Deus que nos salva através de Jesus.

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