Devocionais da Semana 24-30 de agosto de 2025
Devocionais da Semana
Domingo, 24/08: Aprofundar no
conhecimento de Deus.
Leitura Diária: Hebreus 6:1-2
No capítulo 6 de Hebreus, o escritor da
carta faz um discurso exortando-os a progredirem na fé, avisando que o risco de
não aprender mais da palavra e se aprofundar no conhecimento de Deus é a
apostasia, ou seja, quem não cresce na graça e no conhecimento tem grandes
chances de se desviar do Caminho. Isto porque os ataques que sofremos no mundo
nos forçar a buscar mais a Deus, e se tomarmos a decisão de voltar atrás,
acabaremos tendo Deus como culpado pela perseguição ou aflição, e este é o
começo da apostasia. Esse é o motivo da exortação para que os cristãos
prossigam para a maturidade em Jesus Cristo. Ele não deseja que continuemos a
aprender somente sobre os assuntos básicos da fé, mais sim que prossigamos para
assuntos mais densos.
O conhecimento da pessoa de Jesus Cristo
está diretamente ligado à nossa segurança em Deus. Devemos ter o cuidado de não
crucificar novamente a Cristo, isso quer dizer voltar a devassidão e o amor à
vida de pecado. Devemos ser perseverantes na fé, temos um Deus fiel e justo. A
nossa esperança n’Ele não será frustrada.
Segunda-feira, 25/08: A maturidade
Cristã.
Leitura Diária: Hebreus 6:3-4.
Cada capítulo desta carta não encerra um
assunto, mas dá continuação à mesma linha de pensamento. O capítulo anterior
traz a advertência sobre a letargia espiritual dos cristãos, e o capítulo 6 é
inaugurado com uma exortação ao progresso na fé. Ao listar “os princípios
elementares da doutrina de Cristo”, o autor reforça sobre os fundamentos da fé
cristã ao falar sobre o “arrependimento de obras mortas”. A fé em Cristo produz
o genuíno arrependimento, tanto dos pecados quanto da tentativa humana de exercer
justiça própria, como afirma mais a frente: “sem fé é impossível agradar a
Deus”.
Ao expressar sobre “A doutrina do
batismo” faz nos entender que é uma confirmação das palavras de Jesus a
Nicodemos: “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade, te digo: quem não nascer
da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus” (Jo.3:5); referindo-se,
ao batismo daqueles que se convertiam, ou seja, nascem do Espírito. Isso nos
leva ao que disse o Apóstolo Paulo: “Portanto, fomos sepultados com Ele na
morte por meio do batismo, com o propósito de que, assim como Cristo foi
ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma nova
vida” (Rm.6:4). Já a doutrina sobre a “imposição de mãos” mostra que os
símbolos são importantes, como a própria cerimônia batismal, e deveriam ser
dirigidas por líderes devidamente investidos para isso, a exemplo dos próprios
apóstolos, porém, não é o essencial para a salvação. Porém, a doutrina da
“ressurreição dos mortos” fala sobre algo imprescindível para um verdadeiro
cristão, pois, aqui está a nossa esperança final, como Paulo escreveu em I Co.15:13-14.
A ressurreição de Jesus é a nossa garantia de que nem a morte pode nos separar
do amor de Deus (Rm.8:38). Ao falar sobre a doutrina do “juízo eterno” o
escritor nos leva a pensarmos em toda a Bíblia onde podemos encontrar provas
mais do que suficientes de que Deus há de operar o Seu juízo definitivo. O
autor não disse que estes princípios fundamentais deveriam ser esquecidos, mas
que já deveriam estar bem alicerçados na vida dos cristãos, a ponto de não mais
serem motivos de discussões ou debates. Como casa de Cristo, precisamos estar
bem alicerçados nos princípios de Sua doutrina.
Terça-feira, 26/08: O perigo da queda
Leitura Diária: Hebreus 6:5-6
A queda espiritual a que o autor se
refere não se trata da negação do perdão divino, mas da ausência de
perseverança na vida de muitos que um dia provaram do amor de Deus e do poder
transformador de Sua Palavra, mas que não permaneceram sendo iluminados pelo
Espírito Santo, deixando de ouvir a Sua voz. A dificuldade, entretanto,
consistia no fato de os hebreus terem se tornado “tardios em ouvir”. Depois de
1500 anos, desde a entrega da Lei até Cristo, já era tempo de eles terem
atingido a compreensão das verdades divinas. À semelhança de Nicodemos,
considerando-se “mestres”, não podiam, entretanto, discernir coisas básicas da
revelação divina (Jo.3:10; Hb.6:11). Ainda eram crianças no entendimento, sendo
necessário falar-lhes novamente as coisas elementares acerca dos oráculos de
Deus. A encarnação do Verbo inaugura a era da maturidade, em que aqueles que
eram menores alcançam a maioridade. Cristo resgatou o homem que estava sob a
Lei, tornando-o filho maduro, com vistas ao desfrute de Sua herança (Gl.4:1-7).
Assim, posicionalmente, todos os judeus que receberam o espírito de filiação
por intermédio da redenção de Cristo atingiram a maioridade. Os demais,
entretanto, por terem se tornado tardios em ouvir, permaneceram na condição de
criança, apesar do tempo decorrido. Acontece também que mesmo os judeus
convertidos ao evangelho, em razão dos conflitos culturais, tinham profunda
dificuldade em compreender as questões relacionadas ao sacerdócio.
Os judeu-cristãos precisavam avançar dos
rudimentos da doutrina de Cristo para a sua plenitude e perfeição. Alguma coisa
os estava impedindo de avançar. Mas, o que exatamente? Estariam eles tentando
lançar novamente os fundamentos antigos, suplantados pelos novos fundamentos da
nova aliança? Que fundamentos eram esses e, por que razão arrazoavam a esse
respeito? Pensemos primeiramente um dos problemas que os judeus convertidos a
Cristo enfrentavam no primeiro século: a preocupação com a salvação de seus irmãos
compatriotas (Rm.9:6;10:1). Essa era a motivação dos que buscavam lançar velhos
fundamentos. A ideia era a de encontrar justificativas para fazerem defesa
“àqueles” que não receberam o sacrifício de Cristo. Estes tais cristãos
buscavam incluir como fundamento de salvação elementos da antiga dispensação
que justificassem a salvação d’aqueles que não receberam o Messias. Certamente
argumentavam o fato de que, embora seus compatriotas não tivessem recebido a
Cristo, tinham, entretanto o arrependimento de obras mortas (adoração aos
ídolos), fé em Deus (não necessariamente em Jesus), batismos, e imposição de
mãos, além de crerem na ressurreição de mortos e no juízo eterno. Ora, estas
coisas não deveriam mais ser levadas em conta, uma vez que a dispensação mudou,
e que, consequentemente mudaram também as bases de salvação, agora presentes
somente em Cristo. Sem Jesus nada disso adiantaria. A fé não deveria
simplesmente ser manifestada quanto ao Deus de Abraão, mas também com respeito
ao Filho (Jo.14:1). As diversas purificações batismais e imposição de mãos não
tinham mais valor. A mera fé na ressurreição dos mortos e a crença no juízo
eterno, por si só, nada podiam fazer pelos judeus, uma vez que a bênção da
ressurreição e o livramento do Juízo eterno só são possíveis mediante a morte e
ressurreição de Jesus Cristo.
Quarta-feira, 27/08: A incredulidade dos
Judeus.
Leitura Diária: Hebreus 6:7-10
Hebreus nos faz perceber os conflitos e
adversidades daquela época em que fora escrito, o que nos faz ver o modo de ser
e de perceber o mundo cristão do primeiro século. Assim, os temas e as ideias
da epístola já não nos soarão estranhos nem deixarão dúvidas quanto aos seus
reais significados. Os sacrifícios oferecidos a Deus de acordo com Velho
Testamento, agora já não mais possuía nenhum valor ou eficácia. De modo que, ao
continuar a oferecê-los, depois do sacrifício perfeito de Cristo, eles estão
“de novo, crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia”
(Hb.6:6). A cada sacrifício realizado no templo, reafirmava-se a rejeição ao
verdadeiro sacrifício. Por suas próprias atitudes, demonstravam que haviam
pecado contra o Espírito Santo, cuja obra consiste em conduzir o pecador à fé
no Cristo de Deus. Ao negar o Filho, atraem para si a maldição (Gl.3:7-14).
A afirmação de que eles provaram e
participaram do Espírito Santo, da palavra, do dom celestial e dos poderes do
mundo vindouro nos abre o entendimento. Os judeus estiveram sob uma chuva de
graça nos tempos da encarnação e peregrinação do Filho de Deus, eles viveram
nos tempos de Cristo, porém, mesmo diante de tudo o que viram, ouviram e
experimentaram, ainda assim negaram o santo de Deus. Eles foram iluminados e
provaram o dom celestial e participaram do Espírito Santo, apesar disso, não
creram em Cristo o Filho de Deus. E tiveram ainda mais, provaram a boa palavra
de Deus, ao receberem a palavra do reino (Mt.13:19), mas na maioria dos
corações, a semente não produziu fruto. E o que dizer do fato de terem eles
provado os poderes do mundo vindouro? Os judeus do tempo de Cristo provaram
antecipadamente esses poderes, quando Jesus, no meio deles, realizou todos
esses milagres e prodígios de restauração. “E, embora tivesse feito tantos
sinais na sua presença, não creram nele” (Jo.12:37).
Quinta-feira, 28/08: Atitude correta a
ser tomada
Leitura Diária: Hebreus 6:11-13
Os cristão-judeus não deveriam nutrir
pelo judaísmo nenhuma admiração por não terem crido quando todos os fatos foram
evidenciados a eles. Ao olharem para o templo com todas as suas festas e
cultos, assim como para os seus sacrifícios e ofertas, precisavam vê-los como
coisas envelhecidas e obsoletas, como verdadeiros rudimentos (Hb.8:13).
Deveriam olhar para o Crucificado e concebê-lo como a perfeição e plenitude da
verdade revelada. Era necessário que chegassem ao ponto de total desprezo
àquilo que já não mais tinha significado no plano de Deus. Como disse o
apóstolo Paulo, em outro lugar: “Mas o que, para mim, era lucro...”, ou seja, a
circuncisão, a linhagem israelita, a pureza de “raça”, o farisaísmo, o zelo e a
justiça da lei, “... isto considerei perda... e o considero como refugo, para
ganhar a Cristo” (Fp.3:5-8). Essa mesma exortação continua a ecoar nos dias de
hoje e a exortar os verdadeiros filhos de Deus a abandonarem o V.T. enquanto
norma de doutrina e prática, e a avançarem para a perfeição e plenitude de
Cristo, no Novo Testamento. Vivemos a Nova Aliança que foi instaurada em Cristo
e nossos preceitos de fé devem estar firmados naquilo que Ele ensinou.
Sexta-feira, 29/08: A fidelidade e o
juramento de Deus.
Leitura Diária: Hebreus 6:14-17
Desde que o Seu juramento teve efeito,
Deus estava disposto a apelar a ele, a fim de assegurar a salvação do seu povo,
da maneira mais abundante, e para tornar o caso o mais seguro possível.
Os herdeiros a quem a promessa da vida
pertencia são todos os que estavam interessados nas promessas feitas a Abraão,
abraçando assim s salvação oferecida por Deus. Ele pretendia mostrar da maneira
mais solene que seu propósito não mudaria. Os planos de Deus nunca mudam; e
toda a esperança que podemos ter do céu se baseia no fato de que seu propósito
é imutável. Se Ele mudasse de planos; se Ele era controlado por capricho; se
Ele quisesse uma coisa hoje e outra amanhã, quem poderia confiar n’Ele ou quem
teria alguma esperança do céu? Ninguém saberia o que esperar e confiar n’Ele. O
fazendeiro ara e semeia porque acredita que as leis da natureza são
estabelecidas e fixadas; o marinheiro se aventura em mares desconhecidos porque
a agulha aponta em uma direção; plantamos uma macieira porque acreditamos que
ela produzirá maçãs, um pêssego porque produzirá pêssegos. Mas suponha que não
houvesse leis estabelecidas, que tudo fosse governado por capricho; quem
saberia o que plantar? Então na religião, se não houvesse nada determinado,
quem saberia o que fazer? Se Deus mudar seus planos e salvar um homem pela fé
hoje e condenar outro pela mesma fé amanhã; ou se ele perdoasse um homem hoje e
retirasse o perdão amanhã, que segurança poderíamos ter da salvação? Quão gratos
devemos ser que Deus tenha um “conselho imutável” e que isso seja confirmado
por um juramento solene! Ninguém poderia honrar um Deus que não tivesse uma
imutabilidade de propósito; e toda a esperança que o homem pode ter do céu está
no fato de que Ele é imutável.
Sábado, 30/08: A âncora da alma.
Leitura Diária: Hebreus 6:18-20
Como vimos esta semana, o capítulo 6 de
Hebreus nos mostra que o contato diário com “a boa palavra de Deus” nos
santifica na verdade (Jo.17:17) e nos livra de permanecer no pecado (Sl.119:9).
Ainda que tenha utilizado de duros argumentos, o objetivo do autor permanece
sendo o objetivo do Espírito Santo para todo filho de Deus: que “continue cada
um de vós mostrando, até ao fim, a mesma diligência para a plena certeza da
esperança”. Para que não nos tornemos “indolentes, mas imitadores daqueles que,
pela fé, e pela longanimidade, herdam as promessas”. Novamente, a fé e a
paciência de Abraão são lembradas pelo autor a fim de destacar a imutabilidade
do propósito divino e o fiel cumprimento de Suas promessas. Se cremos que
servimos a um Deus que não mente, podemos estar seguros na “esperança proposta;
a qual temos por âncora da alma, segura e firme e que penetra além do véu”.
Jesus, o nosso Sumo Sacerdote, “entrou
por nós” no Santo dos Santos para que possamos ter acesso ao Pai. Por meio
d’Ele, e não mais por agentes humanos ou sacrifícios de animais, podemos nos
dirigir diretamente a Deus em busca de perdão. Que esta maravilhosa esperança
nos motive e impulsione a perseverar até o fim.
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