Devocionais da semana 03-09 de agosto de 2025

Devocionais da semana

Domingo, 03/08: Jesus é superior a Moisés.

Leitura Diária: Hebreus 3:1-3

Em Hebreus 3, o autor começa explicando por que Jesus Cristo é superior a Moisés. Ele mostra que esse fato é real porque o profeta dirigiu a casa terrena de Deus, mas, Jesus, por sua vez, dirige a casa eterna de Deus. Ao dizer isso, ele alerta mais uma vez para a necessidade de ouvirmos a voz de Deus e sermos obedientes a ela. Ele cita o exemplo dos hebreus no deserto, que ouviram a voz do Senhor, mas preferiram seguir o pecado. A resistência a voz de Deus é fruto de um coração endurecido pelo ceticismo e incredulidade, algo que produz a ira de Deus e tem como consequência a morte.

A “tão grande salvação” começou a ser anunciada por intermédio de Jesus, o Senhor, e se os cristãos não atentarem diligentemente para o que ouviram, há a possibilidade de desviar-se das palavras de Cristo, que é Espírito e Vida.

É necessário ter o cuidado com as citações do Antigo Testamento e verificar qual a relação entre o texto e a argumentação do escritor da carta. No capítulo 1 ele faz um adendo explicativo acerca da pessoa de Cristo enfatizando a sua divindade, demonstrando que aquele homem que esteve entre eles e que conheceram pessoalmente é “o resplendor da glória de Deus”, “a imagem expressa da divindade”, e que “sustem todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb.1:3). Já no capítulo 2, o adendo explicativo é para expor quem é o homem que sustem tudo pela sua palavra, enfatizando a sua humanidade por ter se esvaziado da sua glória (I Jo.1:1; Jo.17:5). Então vem o capítulo 3, onde é a vez de Moisés se curvar diante do Messias. O autor não tira o mérito de Moisés lembrando que ele foi fiel em toda a casa de Deus (Hb.3:2; Nm.12:7), porém, Cristo é aquele que estabeleceu a casa (Hb.3:4). Moisés é fiel a toda casa de Deus, como servo, mas, Jesus é o motivo de a casa existir e é fiel a toda a casa de Deus como filho. O tema da carta começa a ficar perceptível, que é: atentar para a palavra que Deus anunciou aos homens por intermédio do seu Filho. Observe como o tema tem início no capítulo 1, e percorre toda a carta.

 

Segunda-feira, 04/08: A salvação pela Palavra anunciada.

Leitura Diária: Hebreus 3:4-5

Não há como o homem ser salvo se não atentar para o que foi anunciado por Cristo e seus apóstolos (Hb.12:2). O que foi anunciado por Jesus, também foi confirmado pelos que ouviram d’Ele, e Deus, por meio de sinais e milagres também deu testemunho com eles. Aqui fica mais evidente ainda que o tema da carta aos Hebreus é: “A palavra de Deus anunciada através dos tempos”. Para não perder o foco, estamos demonstrando capítulo após capítulo, como se desenvolve este tema no transcorrer da carta. Apesar de esse ser o tema, porém, o contexto geral da carta se expõe através de exortações: “… convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido…” (Hb.2:1). O enfoque do escritor centra-se na atitude dos cristãos frente à palavra de Deus, que foi anunciada pelos profetas, e que, nos últimos dias, foi anunciada pelo Filho (Hb.11:1-3)

Ao longo de treze capítulos, este livro é direcionado aos que seguiam a Cristo, aos que eram incrédulos, porém, tinham conhecimento e alguma aceitação da doutrina, e ainda, ao grupo de incrédulos que tinham sido chamados a entregar suas vidas a Cristo, mas optaram por rejeitá-lo (Hb.2:3)

Um dos assuntos mais importantes da epístola é a superioridade de Cristo que é retratado desde os registros do Antigo Testamento, indicando que até mesmo os rituais e cerimônias realizadas pelo povo de Deus, mesmo que simbolicamente, anunciavam a vinda do Messias (Hb.4:14-16). Jesus Cristo é muito mais que as formalidades de uma religião e o que ela tem a oferecer. A essência da vida cristã está muito além das simbologias, e o que realmente importa é a vida do cristão, o trabalho e o respeito ao ministério de Jesus Cristo, por esse motivo é que no capítulo 12 está escrito: “Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus” (Hb.12:1-2)

Temos que ser separados para uso exclusivo de Deus e participarmos da vocação celestial. Note como não se trata de um chamado deste mundo para fazermos coisas, mas a capacitação para uma tarefa espiritual, ou seja, ter o tratamento de caráter a fim de que possamos ser usadas por Deus para confirmar a Palavra de Deus na vida de outras pessoas (Ap.3:19).

Jesus é o enviado de Deus para expiar os pecados do povo naquilo que é de Deus e não no que é do homem (Hb.2:17). Ou seja, não adianta queremos o fruto do Espírito Santo no nosso coração enquanto insistirmos em fazer a nossa vontade. Todas as coisas contribuem para o bem, quando somos chamados para amá-lo de acordo com o propósito d’Ele (Rm.8:28). Temos que esperar o chamado de Deus para depois irmos. Jesus foi superior a Moisés porque Ele foi fiel em Sua própria casa, que Ele mesmo edificou, para testemunho de tudo aquilo que Deus é (Hb.1:3). Precisamos agora estar ciente de um detalhe: nós somos a casa a qual Deus fez a fim de poder oferecer Seus dons e sacrifícios (I Pe.2:5).

 

Terça-feira, 05/08: Por que Jesus é superior a Moisés?

Leitura Diária: Hebreus 3:6-7

Neste capítulo que estamos analisando esta semana, o autor começa explicando por que Jesus Cristo é superior a Moisés.  Como já dissemos anteriormente, isso ocorre porque o profeta dirigiu a casa terrena de Deus, Jesus, por sua vez dirige a casa eterna de Deus. Ao dizer isso, ele alerta mais uma vez para a necessidade de ouvirmos a voz de Deus e sermos obedientes a ela. Ele cita o exemplo dos hebreus no deserto, que ouviram a voz do Senhor, mas preferiram seguir o pecado. A resistência a voz de Deus é fruto de um coração endurecido pelo ceticismo e incredulidade, e isso é muito perigoso e traz consequências desastrosas.

Jesus é Digno de maior Glória: “Jesus foi considerado digno de maior glória do que Moisés, da mesma forma que o construtor de uma casa tem mais honra do que a própria casa. Pois toda casa é construída por alguém, mas Deus é o edificador de tudo”. (Hb.3:3-4). Aqui, temos a aplicação da doutrina esboçada no final do último capítulo com respeito ao sacerdócio de nosso Senhor Jesus Cristo.

A maneira ardente e afável com que a epístola exorta os cristãos a terem em alta conta esse Sumo Sacerdote, e fazerem d’Ele o objeto de seu profundo e sério exame, é de extrema importância. E certamente ninguém na terra nem no céu merece mais a nossa consideração do que Cristo. Para que essa exortação se torne mais eficiente, observe a saudação honrosa usada para com aqueles a quem a epistola é escrita: “Pelo que, irmãos santos, participantes da vocação celestial”. “Irmãos”, não somente meus irmãos, mas os irmãos de Cristo, e n’Ele irmãos de todos os santos. Todos no povo de Deus são irmãos, e deveriam se amar e viver como tais.

Irmãos santos; santos não só de confissão e título, mas em princípio e prática, de coração e vida. Alguns transformaram isso em motivo de zombaria: “Esses”, assim dizem eles, “são os santos irmãos”; mas é perigoso fazer gracejos com ferramentas tão afiadas; “…não mais escarneçais, para que vossas ligaduras se não façam mais fortes” (Is.28:22). Deixem que os que são assim desprezados e zombados se esforcem em ser de fato irmãos santos, e se mostrem aprovados diante de Deus; e eles não precisam se envergonhar do título nem ter medo dos escárnios dos profanos. Está chegando o dia em que os que fazem disso motivo de vergonha o considerariam sua grande honra e felicidade se pudessem ser recebidos nessa santa irmandade.

 

Quarta-feira, 06/08: Participantes da vocação Celestial

Leitura Diária: Hebreus 3:8-10

Somos participantes dos meios da graça, e do Espírito da graça, que veio do céu, e por meio do qual os cristãos são de forma eficaz chamados das trevas para a maravilhosa luz. Esse chamado que traz o céu à alma dos homens, elevando-os a uma disposição e a conversas celestiais, os prepara para viverem para sempre com Deus no céu.

Os títulos que o escritor da carta dá a Cristo, mostra a quem ele quer que os leitores considerem como o apóstolo da nossa confissão, o primeiro-ministro da igreja, do Evangelho, não somente um mensageiro, mas o principal mensageiro enviado por Deus aos homens, com a mais importante missão. O grande revelador daquela fé em que professamos crer e da esperança de que professamos ter.

Não somente como o apóstolo, mas também como o sumo sacerdote da nossa profissão de fé, o principal ministrante do Antigo Testamento como também do Novo, a cabeça da igreja em qualquer estado, e em cada dispensação, de cuja satisfação e intercessão confessamos depender para o perdão dos pecados e a aceitação por parte de Deus.

Ele é o Cristo, o Messias, o ungido e em todas as formas qualificado para a missão tanto de apóstolo quanto de sumo sacerdote. Jesus é o nosso Salvador, o que nos cura, o grande médico da nossa alma, tipificado na serpente de bronze que Moisés levantou no deserto, para que os que haviam sido picados pelas serpentes de fogo pudessem olhar para Ele e ser salvos.

 

Quinta-feira, 07/08: Misericordioso e fiel Sumo Sacerdote.

Leitura Diária: Hebreus 3:11-13

Ao estudarmos a carta aos Hebreus, fica evidente que seu autor além de ter um enfoque à exortação, ele também tem um enfoque quanto a perseverança na peregrinação da nossa fé.

Quando olhamos para a descrição que o autor faz quanto a pessoa de Jesus, percebemos que ele O descreve como misericordioso e fiel sumo sacerdote (Hb.2:17). Cristo foi fiel ao que o constituiu como também o foi Moisés em toda a sua casa (Hb.3:2). Casa aqui refere-se não a construção, mobília em si, mas à família que nela reside, incluindo os empregados (Nm.12:7). Se atentarmos mais acuradamente, veremos que enquanto no Velho Testamento a casa é o povo de Israel, no Novo Testamento é a Igreja, que num sentido mais amplo podemos afirmar que isto inclui todos os cristãos, já que a parede que separava o povo de Israel dos gentios foi quebrada (Ef.2:14).

Pensando nessa direção podemos evidentemente constatar, segundo a carta aos Hebreus, três coisas importantes que prova a superioridade de Cristo sobre Moisés: 1) O Construtor é superior à casa (Hb.3:3); 2) O Senhor é maior do que o servo (Hb.3:5a); 3) A realização é maior do que o seu símbolo. (Hb.3:5b)

 

Sexta-feira, 08/08: Moisés aponta para Cristo.

Leitura Diária: Hebreus 3:14-16

Por tudo aquilo que vimos nesse capítulo 3 da Carta aos Hebreus, podemos afirmar que a dispensação de Moisés era simbólica e dava testemunho tanto da pessoa quanto da obra de Cristo. Em contrapartida Cristo cumpre cabalmente a sua obra e nos faz casa de Deus. Seja no sentido coletivo ou individual, somos a casa de Deus edificada para a morada de Deus no Espírito (Ef.2:22b).

Quando olhamos com os olhos espirituais, iremos entender que cada indivíduo é como uma pedra viva na casa espiritual, e esta é habitada pelo Espírito e manifesta a santidade de Deus. Em um sentido coletivo podemos afirmar que estas pedras vivas entram juntas na edificação da casa de Deus e, por meio de suas relações pessoais, umas com as outras, manifestando assim a glória do Senhor.

Mas para que possamos desfrutar da fidelidade de Cristo e da alegria de Sua comunhão devemos: Render-lhe o controle de nossa vida; Ele tem que ser presença constante em nós, em nosso coração, mas não como hóspede e sim como hospedeiro.

Precisamos ser a Sua casa, Ele tem que ter acesso a todos os aposentos, a administração, e o controle de tudo deve estar em Suas mãos; temos que ter uma consagração genuína ao Senhor. Para isto as chaves da casa devem estar em Suas mãos seja nos dias de êxito quanto nos dias de dor e adversidade. Se assim cremos e assim vivemos verdadeiramente somos a casa do Senhor! Desfrutamos da paz do Espírito e da libertação de todas as preocupações quando entregamos nossa vida nas mãos de Cristo! Ele não é só a cabeça da Igreja, mas de todas as coisas sobre a Igreja.

 

Sábado, 09/08: Somos a Casa de Deus.

Leitura Diária: Hebreus 3:17-19

Por sermos a Casa de Deus, onde o Espírito Santo habita, precisamos estar atentos a três advertências importantes dadas no capítulo que estudamos esta semana.

A primeira advertência é não negligenciar a tão grande salvação: Ser a casa de Deus é estar atentos à condição de guardarmos firmes até o fim a ousadia e a exultação da esperança (Hb.3:6b). Nossa ação aqui é de falar intrepidamente, sem temor, é liberdade sincera e reverente, que provém de um coração purificado, dilatado e posto em liberdade. É uma experiência alegre, despertada por duas situações, a saber: A primeira por circunstâncias favoráveis, a segunda pelo oposto que vem de dentro e triunfa sobre todas as circunstâncias desfavoráveis.  Estas são as qualidades, liberdade e ousadia que vem da unção do Espírito Santo, que habilitou de tal modo os discípulos em Pentecostes que eles anunciavam com ousadia a Palavra de Deus (At.4:31).

A segunda advertência é não endurecer o coração: Para alertá-los quanto ao endurecimento do nosso coração, o autor volta aos israelitas que por endurecerem os seus corações pereceram no deserto. Assim, tanto os judeus cristãos, a quem a carta está endereçada, quanto a nós enquanto povo de Deus, corremos muitas vezes o risco de cairmos na incredulidade. Por isso somos advertidos, e o autor usa o episódio do deserto para nos chamar atenção. Isto se faz necessário quando temos o nosso coração endurecido, o que traz como consequência o subestimar da pessoa e obra do Filho, vistas em Sua humilhação. Por isso é que precisamos nos lembrar de honrá-lo sempre, porque o Filho de Deus é o mesmo, quer como Rei ou como Servo, seja O leão da tribo de Judá ou a criança da manjedoura, seja Ele ancião ou criança em Belém, esteja Ele com o cetro, símbolo da sua majestade e poder, ou simplesmente carregando o fardo do mundo, Ele sempre será O Senhor dos Senhores, o dono da Casa da qual somos nós.

E por último não devemos deixar de ouvir a Voz de Deus: Como diz o Espírito Santo (Hb.3:7), que é o Seu intérprete e que inspirou o próprio autor. É por isso que essa mensagem só pode ser entendida por quem o Espírito Santo habita verdadeiramente e integralmente, e que tenha um coração rendido e obediente. Se no início da epistola o autor afirma que antes Deus falava por meio dos profetas e que agora nos fala por meio do Seu Filho, qual a diferença? A diferença está em que na primeira era externa, cerimonial e preparatória; já a segunda é interna, espiritual e perfeita. Sendo assim, Cristo agora habita no coração do seu povo, mediante a presença do Espírito Santo e, assim, fala não somente a nós, mas em nós. Ele revela Cristo em nós e só Ele torna a verdade vital, real em nossa experiência. Somente por intermédio d’Ele é possível ter comunhão com o Pai e o Filho. Que estejamos prontos para sermos a Casa de Deus.

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