Devocionais da semana 23-29 de março de 2025

Devocionais da semana

Domingo, 23/03: O Castigo de Deus.

Leitura diária: II Tessalonicenses 1:1-2

O capítulo 1 da segunda carta do Apóstolo Paulo aos Tessalonicenses

continua falando sobre o agradecimento à Deus que ele tinha em seu coração por causa dos irmãos de Tessalônica. O motivo desse agradecimento ele já havia informado na primeira carta, era o comportamento deles em meio as lutas e dificuldades, o que estimulava às demais igrejas.

Como de costume em suas cartas, ele começa com uma saudação típica, mencionando a graça e a paz de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. Em seguida expressa sua gratidão a Deus pela fé crescente e pelo amor mútuo que havia naquela igreja, e que ele sempre menciona em suas orações. Como já havia dito anteriormente, Ele se orgulha por causa da perseverança e fé daqueles irmãos em meio às perseguições e tribulações que enfrentavam.

Além de Paulo, Silvano e Timóteo também foram os autores e editores de I Tessalonicenses. Silvano foi companheiro de viagem de Paulo desde o início da segunda viagem missionária, e participou da fundação da Igreja em Tessalônica. Timóteo também estava acompanhando Paulo em sua segunda viagem missionária, e seu relato acerca da igreja tessalonicense foi a razão de I Tessalonicenses ter sido escrito.

A palavra grega ekklesia que literalmente se traduz como “chamados para fora”, significa ajuntamento ou assembleia. Esse termo grego era usado quando a população de uma cidade era convocada para sair de suas casas e se reunir, geralmente em praça pública, para tratar de assuntos importantes da cidade. Embora os tessalonicenses estivessem sofrendo perseguição, e falsos mestres estivessem se infiltrando entre eles, Paulo ainda se dirige a eles como uma assembleia que era convocada para se reunir em nome de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. As circunstâncias conturbadas que eles estavam passando não mudavam sua posição diante de Deus, e muito menos sua responsabilidade como igreja.

A saudação desta carta é similar àquelas em outras cartas antigas, mas sua expressão está cheia de significado espiritual. Graça é o favor imerecido que Deus concede aos cristãos por meio de Jesus Cristo. Paz refere-se ao fim da inimizade entre Deus e as pessoas. Os tessalonicenses podiam sentir paz com Deus mesmo durante a terrível perseguição.

Você já se perguntou como algumas pessoas conseguem crescer em fé e amor mesmo sob intensa perseguição? Esta é uma carta que nos leva a explorar essa dinâmica, revelando como Deus sustenta Seus filhos em meio às tribulações e como Ele, em Sua justiça, traz conforto e esperança. Vivemos em tempos de incerteza, onde dificuldades e desafios podem abalar até mesmo os mais firmes. No entanto, este capítulo nos apresenta uma visão transformadora: as tribulações que enfrentamos não são apenas testes, mas provas do justo juízo de Deus. Ele está nos moldando, nos preparando para o Seu Reino, e garantindo que nenhuma injustiça passe despercebida.

 

Segunda-feira, 24/03: O crescimento na fé.

Leitura diária:  II Tessalonicenses 1:3-4

Paulo agradece a Deus pelo progresso dos cristãos tessalonicenses, especialmente por resistirem à perseguição. A fidelidade da igreja tessalonicense na perseguição deu a ele razão para louvar a Deus.

Satanás persegue os cristãos para desanimá-los e derrotá-los. Estes cristãos haviam sofrido perseguição, mas continuaram a crescer em Cristo, de acordo com a primeira oração do apóstolo em sua primeira carta dirigida a eles. Aqui, Paulo louva a Deus porque a fé dos tessalonicenses está crescendo muitíssimo. O crescimento deles vai além de todas as expectativas naturais. A fé contínua e perseverança durante as perseguições dão testemunho de Cristo, do qual Paulo estava se orgulhando para as outras igrejas.

A firmeza da fé daquela igreja não somente os fortalecia para resistir a situações difíceis, mas também os motivava a expressar o amor genuíno pelos outros. Este amor crescente entre os tessalonicenses é um testemunho poderoso, pois, em meio às adversidades, eles não se isolam, mas se tornam uma comunidade mais unida. Esse amor, como o descrito em I João 4:7, é uma evidência de que Deus habita em seus corações.

Por tudo isso é que Paulo se orgulha da perseverança daqueles irmãos, afirmando que ele e seus companheiros “se gloriavam” deles nas outras igrejas. Esse crescimento é um chamado para todos os crentes. Em nossa jornada, enfrentamos desafios, mas Deus usa essas situações para nos moldar. A perseverança dos tessalonicenses nos ensina que podemos confiar em Deus para nos fortalecer, como Ele promete em Filipenses 1:6, assegurando que completará a boa obra que começou em nós.

 

Terça-feira, 25/03: Descanso no Senhor. 

Leitura diária: II Tessalonicenses 1:5-6

Deus irá recompensar Seu povo com descanso e se vingar daqueles que se opõem a Ele quando o Senhor Jesus se manifestar em Sua segunda vinda. Mas, até lá, o cristão deve confiar que Deus, que a Seu tempo, irá lidar com as situações injustas do presente, dará descanso e conforto para aqueles que são fiéis a Ele. Com isso, o Apóstolo estava dizendo que, embora os tessalonicenses estivessem resistindo à perseguição, os perseguidores deles receberiam a vingança de Deus.

O justo juízo de Deus requer que os injustos sejam castigados por perseguirem os justos (Sl.9;10;17;137; Ap.6:9,10). Além disso, se souberem lidar com suas perseguições, os cristãos serão considerados dignos da grande recompensa no reino vindouro de Deus (Mt.5:12; I Pd.2:19,20). Os cristãos são chamados a resistir ao sofrimento neste mundo, pois receberão uma recompensa muito maior no mundo que há de vir (II Tm.2:12).

As tribulações dos tessalonicenses são uma evidência do justo julgamento de Deus, que os considera dignos do reino de Deus pelo qual estão sofrendo, e Deus retribuirá aqueles que os afligem, trazendo-lhes aflição, e a eles dará alívio quando o Senhor Jesus se manifestar do céu com seus poderosos anjos. É muito comum os anjos serem descritos participando da execução de incríveis juízos de Deus sendo, portanto, descritos como poderosos (Mt.25:31).

Jesus virá em chama de fogo, punindo aqueles que não conhecem a Deus e não obedecem ao evangelho. Eles serão punidos com destruição eterna, longe da presença do Senhor e da glória do seu poder. Esse julgamento ocorrerá quando Jesus vier para ser glorificado nos seus santos e admirado por todos os que creram, incluindo os tessalonicenses, porque eles creram no testemunho de Paulo.

Estes versículos nos ensinam que, mesmo em meio ao sofrimento, podemos encontrar conforto na justiça de Deus. Ele vê todas as coisas e agirá de forma justa, trazendo paz aos que confiam n’Ele. Isso nos convida a suportar as dificuldades com paciência, confiando que Deus está no controle.

 

Quarta-feira, 26/03: A volta de Cristo.

Leitura diária: II Tessalonicenses 1:7-8

De forma enérgica, Paulo fala sobre o castigo de Deus sobre os que não conhecem a Cristo na volta d’Ele, e como Deus glorificará aos seus santos no grande dia.

A expressão “os que não conhecem a Deus” é uma referência aos gentios incrédulos (I Ts.4:5). Já, a expressão “Os que não obedecem ao evangelho”, provavelmente, é uma referência a muitos judeus que tiveram a oportunidade de ouvir Jesus ou os apóstolos pregando o evangelho e o rejeitaram.

O Descanso que se refere aqui é estar livre da aflição que virá naquele grande “Dia do Senhor” (Ap.6:11). A luta dos cristãos nesta terra necessariamente inclui tensão. Na vinda de Cristo, nós nos sentiremos livres dessa tensão para sempre. Esta promessa de descanso eterno no futuro ajuda o cristão que sofre a resistir às provações do presente. Quando se manifestar o Senhor Jesus, veremos que Ele está entronizado na glória, à destra do Pai (Jo.17:5). Estêvão viu essa glória antes de ser martirizado (At.7:55,56), mas, um dia, e talvez seja logo, todo olho o verá (Ap.1:7). Observe a descrição em três partes da aparição de Jesus: desde o céu; com os anjos do seu poder; como labaredas de fogo. Embora outras passagens retratem Sua vinda nas nuvens, segundo a descrição dessa passagem Jesus está cercado de chamas flamejantes, vingando-se daqueles que o rejeitaram. Vemos, portanto, que Paulo oferece uma visão grandiosa do retorno de Cristo. Ele descreve como Jesus será revelado. Esse evento glorioso trará “alívio” aos que sofrem e juízo aos que rejeitam o evangelho. A vinda de Cristo é um momento de justiça definitiva, onde os ímpios serão punidos e os fiéis serão recompensados (Ap.19:11-16), também retrata esse retorno como uma manifestação do poder e majestade de Cristo.

Essa passagem nos desafia a viver com a expectativa do retorno de Cristo. Ela nos lembra que, enquanto enfrentamos tribulações, temos uma esperança viva que molda nossas ações e nos incentiva a permanecer fiéis.

 

Quinta-feira, 27/03: A recompensa de cada um na eternidade.

Leitura diária: II Tessalonicenses 1:9-10

Aqui Paulo aborda as consequências eternas do juízo divino. Ele descreve o destino dos que rejeitam a Deus: “sofrerão a pena de destruição eterna”, separados da presença do Senhor. Essa separação é a essência do inferno, como também é enfatizado em Mateus 25:46, onde Jesus fala sobre a distinção entre a vida eterna e o castigo eterno.

Os ímpios serão punidos com essa eterna destruição, o que é descrita como a separação da presença do Senhor. A palavra “destruição” não significa aniquilação nem deixar de existir, e sim estar separado de Deus em um estado miserável. É por isso que ela é descrita como eterna. Vem o tempo em que Deus lançará todos os Seus inimigos no lago de fogo para serem castigados eternamente (Ap.20:11-15).

Os santos, mencionados nesses versículos, são o povo santo de Deus. Este termo diz respeito a todos os que foram chamados no plano de salvação de Deus (I Co.1:2 e II Co.1:1). Eles experimentarão a glória de Cristo. Eles serão parte de Sua majestade, refletindo Sua glória ao mundo. Essa é a nossa maior esperança: viver eternamente na presença de Deus, onde não haverá mais lágrimas ou sofrimento, como descrito em Apocalipse 21:3-4.

Essa realidade nos impulsiona a viver de forma santa e a compartilhar o evangelho com aqueles que ainda não conhecem a Deus. A eternidade está diante de todos, e nossas escolhas hoje têm implicações eternas.

 

Sexta-feira, 28/03: A oração do Apóstolo.

Leitura diária: II Tessalonicenses 1:11

Paulo ora para que os irmãos em Tessalônica continuem em santidade e, consequentemente, estejam prontos quando o Senhor vier. Ele está incentivando aos tessalonicenses a perseverarem diante do juízo iminente na volta de Cristo, mas, juntamente com seus companheiros não deixava de orar continuamente por aquela igreja, e sua oração é a fim de que o próprio Deus cumpra seu bom propósito na vida de cada um deles de uma forma gloriosa e de forma que o bom nome de Cristo fosse glorificado através deles.

A oração é dividida em três partes principais. Na primeira parte, Paulo agradece a Deus pelos tessalonicenses e pelo testemunho de fé que eles têm dado, apesar das dificuldades. Na segunda parte, ele pede a Deus que os crentes sejam fortalecidos em sua caminhada, recebendo sabedoria, discernimento e compreensão da vontade de Deus. Na terceira parte, Paulo pede que os crentes sejam dignos do reino de Deus, para que possam ser glorificados juntamente com Cristo.

Essa oração apostólica de Paulo é uma expressão de sua preocupação e amor pelos tessalonicenses. Ele deseja que eles prosperem em sua vida espiritual e sejam fiéis ao chamado de Deus.

 

Sábado, 29/03: Glorificar a Cristo até que Ele venha.

Leitura diária: II Tessalonicenses 1:12

Percebemos no final deste capítulo, o encorajamento a buscar constantemente uma vida que honre a Deus. Somos chamados a viver com propósito, realizando obras que glorificam o nome de Cristo.

Os cristãos são desafiados, pelo que fazem com a graça que lhes foi dada. A pergunta então é: como cristãos, até que ponto estamos glorificando a Cristo no mundo onde vivemos?

O nome de Jesus precisa ser glorificado em tudo que fazemos, e nossa glória está justamente em Jesus. Essa advertência e encorajamento é fundamental não apenas para os tessalonicenses do século I, mas também para nós hoje.

Quando enfrentamos dificuldades em nossa caminhada com Cristo, muitas vezes somos tentados a desistir ou a questionar a bondade de Deus. No entanto, as palavras de Paulo nos lembram que Deus é justo e retribuirá a cada um segundo suas obras. Isso não significa que devemos buscar a salvação por meio de nossas próprias obras, mas sim que nossas ações são uma demonstração da nossa fé em Deus. Quando perseveramos em meio às dificuldades, mostramos ao mundo que nossa confiança está em Cristo e não em circunstâncias favoráveis. Por isso, é importante que examinemos nossas próprias vidas e reflitamos se nossas ações estão demonstrando nossa fé em Deus. Devemos perseverar em tempos difíceis, confiando que Deus é justo e fiel à Sua Palavra.

Paulo nos convida a depender continuamente dessa graça. Em cada obra de fé, em cada desafio, a graça de Deus é suficiente. Como ele declara em II Coríntios 12:9, “o poder de Deus se aperfeiçoa em nossa fraqueza”. Esse entendimento nos leva a uma vida de humildade e gratidão. Sabendo que, por mais que sejamos fracos, a graça de Deus é a força que nos sustenta.

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