Devocionais da semana 16-22 de março de 2025
Devocionais da semana
Domingo, 16/03: O Dia do Senhor.
Leitura diária: I Tessalonicenses 5:1
Nos capítulos anteriores de I
Tessalonicenses temos as exortações para que tenhamos uma vida que agrade a
Deus, porque realmente é isso que importa, e não podemos viver cometendo atos
sexuais imorais ou qualquer ofensa que nos afaste da presença de Deus. Também
somos exortados a termos uma vida de fraternidade entre os irmãos.
Paulo ainda enfatizada o trabalho
honesto que tinha para se ganhar a vida e não ser peso para ninguém, e exorta
sobre o descanso no Senhor, a ressurreição e o arrebatamento dos santos no
grande dia. Agora, o Apóstolo fala neste capítulo 5 a respeito desse grande dia
da volta de Jesus usando a expressão “o dia do Senhor”, que virá de repente e
não há como saber quando acontecerá. Sendo assim precisamos estar alerta a esse
respeito. Não podemos viver como insensatos, ou como se o Senhor tivesse
esquecido de sua promessa de voltar. Como filhos de Deus devemos viver de
acordo com a expectativa desse retorno e trabalhar para Ele, pois, com isso não
apenas esperamos, mas também apressamos esse dia.
A discussão sobre a Segunda Vinda de
Cristo nos coloca em alerta, não por causa das informações sobre os
acontecimentos ou dos tempos e as estações, e isso nos lembra da mesma
expressão usada por nosso Senhor em Atos 1:7. Os tempos provavelmente enfatizam
a quantidade, a duração ou a medida, enquanto as estações chamam a atenção para
a qualidade, caráter ou natureza crítica dos tempos, mas isso não é o essencial
nesta discussão. Nos versículos anteriores ele já havia abordado uma questão de
ignorância; agora ele aborda uma questão de conhecimento. Ele não está
informando, mas está exortando a viverem à luz do que já sabem.
Em um mundo onde as noites são inundadas
de luzes artificiais, muitas vezes esquecemos o que significa estar
verdadeiramente na escuridão ou na luz, então temos um convite a refletir sobre
esta distinção em um contexto espiritual profundamente significativo.
Somos, portanto, confrontados com a
realidade da vinda do Senhor, é um convite à vigilância e ao comportamento
cristão exemplar, por isso é que o capítulo aborda temas importantes para a
vida dos cristãos. Ele nos diz que precisamos estar preparados e alertas, nos
lembrando de que, embora não saibamos o dia nem a hora, e isso não tem a menor
importância, podemos ter certeza de que o evento ocorrerá. O “dia do Senhor”
refere-se ao retorno de Jesus Cristo, que será anunciado por um evento cósmico:
“o Senhor mesmo descerá do céu, com grande brado, à voz do arcanjo e ao som da
trombeta de Deus” (I Ts.4:16).
Segunda-feira, 17/03: Preparados para a
volta de Cristo.
Leitura diária: I Tessalonicenses 5:2
Vemos, portanto, que este capítulo não
apenas conclui a primeira carta de Paulo aos Tessalonicenses, mas também serve
como uma poderosa exortação para estarmos atentos e preparados para a vinda do
Senhor, que virá “como ladrão à noite”. Mas, a pergunta importante nesse
contexto é: o que realmente significa estar preparado? Paulo usa metáforas
ricas para descrever como devemos viver à luz da iminente vinda de Cristo. Ele
nos chama de “filhos da luz” e “filhos do dia”, termos que evocam imagens de
clareza, pureza e verdade. A contrapartida, viver nas trevas, é associada ao
sono ou à embriaguez, estados de consciência alterada onde não se está
plenamente atento ou preparado.
A expressão “dia do Senhor” era familiar
aos que conheciam as Escrituras Hebraicas. O dia do Senhor no Antigo Testamento
foi caracterizado por duas fases: o julgamento de Deus contra os pecadores e o
reino eterno de Deus sobre Seu povo. O julgamento de Deus será um tempo de
escuridão e uma expressão da ira de Deus (Jl.2:1,2; Am.5:18-20; Sf.1:14, 15).
Em contraste com a certeza da vinda de
Cristo, Paulo lida com a incerteza do tempo da vinda do dia do Senhor. O Livro
de Joel como um todo é uma exposição do dia do Senhor, descrevendo-o como um
terrível tempo de julgamento. O Apóstolo usa a expressão para se referir ao
retorno de Cristo e ao julgamento vindouro.
O dia do Senhor virá quando ninguém o
espera, o que, não apenas enfatiza a imprevisibilidade, mas também desafia
nossa percepção de segurança. “Pois vocês mesmos sabem perfeitamente que o dia
do Senhor virá como ladrão à noite” (I Ts.5:2), destaca a certeza de que,
apesar de desconhecermos o tempo, o evento é inevitável.
Terça-feira, 18/03: Paz e
segurança.
Leitura diária: I Tessalonicenses 5:3
Este capítulo é crucial porque trata
diretamente da ética cristã em um mundo que muitas vezes prega “paz e
segurança” como um estado permanente, ignorando a fragilidade de tais
condições. Paulo adverte que, sem aviso, a destruição virá, deixando claro que
a verdadeira segurança só pode ser encontrada em Jesus Cristo. Essas instruções
se aplicam, não apenas aos tessalonicenses daquela época, mas também ecoam
através dos séculos, nos chamando para uma vida de vigilância, esperança e
constante renovação espiritual. Elas ainda respiram vida nova em nossos dias,
orientando-nos na jornada para sermos verdadeiros filhos da luz.
É interessante que “paz e segurança” é o
que tanto se diz que o mundo de hoje precisa, principalmente no estado moderno
de Israel e na região da Palestina.
Exatamente antes do dia do Senhor,
quando os homens acharem que possuem esta paz, a destruição virá repentinamente
sobre eles. A comparação desta destruição com as dores de parto de uma mulher
grávida fala da crescente intensidade do juízo de Deus e da certeza de sua
vinda (Mt.24:8).
Podemos perceber no texto de que o
Apóstolo está falando sobre os incrédulos. O mundo será absorvido pelos
cuidados desta vida e será embalado por uma falsa sensação de segurança e
proteção. A paz dá a ideia de que não há sentimento de alarme, e a segurança
transmite uma ideia de segurança contra ameaças externas de Deus ou das
pessoas. O mundo terá feito ouvidos moucos às repetidas advertências do juízo
vindouro. Por isso é que ele usa a imagem das dores de parto para enfatizar a
rapidez do dia do Senhor, a primeira contração de uma mulher vem de repente e
inesperadamente.
Quarta-feira, 19/03: O contraste “filhos
da luz e filhos das trevas”.
Leitura diária: I Tessalonicenses 5:4-8
Há um grande contraste entre os irmãos
na fé, que são filhos da luz e do dia, com o resto do mundo, que é da noite e
das trevas. O sono e a embriaguez normalmente acontecem de noite, quando está
escuro. Por isso, que vem a exortação aos cristãos, filhos da luz, a estarem
atentos, isto é, alertas e moralmente prontos. Esta prontidão é descrita com a
analogia militar do soldado que se prepara para a guerra.
Embora o dia do Senhor alcance o mundo
não salvo inesperadamente, não será assim com os cristãos, porque eles estarão
ansiosos e esperando por isso. Em seu estilo característico, Paulo primeiro
aborda as crenças dos leitores e depois seu comportamento. O fato de Cristo
poder vir a qualquer momento deve motivar os incrédulos a aceitar Seu perdão e
os crentes a viverem diariamente para Ele.
Enquanto todo cristão está preparado
para ir para o céu no sentido de ter sido salvo, nem todo cristão está
preparado a cada momento para apresentar a qualidade de sua vida espiritual a
Deus. Assim, este é um chamado para enfrentar o fato de que nossas vidas serão
julgadas por Cristo. O crente deve vestir a couraça da fé.
Aqui novamente está a tríade familiar de
fé, esperança e amor, os fundamentos básicos de uma vida cristã. Em contraste
com a incredulidade do mundo, com seu amor a si mesmo e às riquezas materiais,
os cristãos devem colocar sua fé em Deus e dar seu amor a Deus e a outras
pessoas. Além de demonstrar fé e amor, os cristãos devem adotar a esperança da
salvação e viver à luz da volta do Senhor.
Quinta-feira, 20/03: O derramamento da
ira de Deus.
Leitura diária: I Tessalonicenses 5:9-15
Paulo lembrou aos tessalonicenses de
que, como cristãos, eles não estavam destinados à ira de Deus, e sim à
Salvação. Mas, devemos sempre estar lembrando de que o dia do Senhor será um
grande derramamento da ira, porém, Deus não designou aqueles que creem em
Cristo para a ira. Haverá ira no dia do Senhor, mas será a ira de Deus sobre o
mundo incrédulo que desprezou e zombou de Cristo (Ap.6:12-17). Quando pensamos
no julgamento divino, devemos agradecer a Cristo por nos salvar desse destino
horrível ao morrer por nós. Se ainda estivermos vivos na Segunda Vinda, ou se
já estivermos mortos e nossos corpos esteja no túmulo, não importa, o certo é
que viveremos juntos com Cristo para sempre. Significativamente, há uma
combinação aqui de profecia com ensinamentos práticos para a vida cristã.
Deus nunca pretendeu que a profecia
fosse um campo de debate acadêmico, mas uma verdade que daria aos crentes
esperança e direção em suas vidas.
Os tessalonicenses tiveram que encarar o
fato de que alguns deles não estavam vivendo como os cristãos deveriam, mas
eram indisciplinados, e eles precisavam ser avisados sobre seu comportamento.
Outros estavam desanimados e precisavam de conforto. Por esses motivos é que
aquela profecia, além de se mostrar um grandioso ensinamento, também servia
para exortar e consolar aqueles irmãos.
A congregação também deve apoiar os
fracos e ser paciente com todos, reconhecendo que todos os cristãos têm falhas.
Para ser mais eficaz na promoção de mudanças positivas na vida das pessoas, os
crentes devem responder aos indivíduos de acordo com as necessidades
particulares de cada um.
Sexta-feira, 21/03: Unidos e agradecidos
na esperança.
Leitura diária: I Tessalonicenses
5:16-23
Ao caminhar para finalizar o capítulo e
a própria carta, o Apóstolo Paulo orienta sobre como a vida em comunidade deve
refletir nossa prontidão para o retorno de Cristo. Ele começa com um apelo ao
respeito e consideração pelos que trabalham e lideram a igreja. Este
reconhecimento e estima não são apenas por seus papéis, mas por seu trabalho
contínuo. A obediência e a consideração pelos líderes são essenciais para a
saúde da comunidade. Quando não nos submetemos à liderança instituída por Deus
sobre nós, ou cometemos outros pecados, na verdade estamos entristecendo o
Espírito Santo que em nós habita.
O fato de Paulo ter orado pedindo que o
espírito, a alma e o corpo fossem preservados sãos e irrepreensíveis, nos
ensina que Deus considera importante que a pessoa inteira viva uma vida
agradável a Ele.
Independentemente das circunstâncias
difíceis, um cristão sempre tem motivos para se alegrar. O Senhor é um
Governante soberano e cumprirá Seu propósito. A alegria cristã não se baseia
nas circunstâncias, mas em uma crescente consciência de Deus e do futuro certo
da vida eterna com Cristo (Ap.21:1-7). Por isso é que a gratidão deve
caracterizar a vida cristã em todas as circunstâncias, não o agradecimento por
tudo, mas o agradecimento em tudo. Paulo afirma enfaticamente que esta é a
vontade de Deus.
Os cristãos já são santos no sentido de
que foram separados para Deus. Paulo exorta aos tessalonicenses a expressarem
essa santidade nesta vida para que o Senhor aprove sua conduta em Seu retorno.
“Sem culpa” não significa sem pecado, mas livre de motivos para reprovação e
arrependimento.
Sábado, 22/03: Discernimento espiritual.
Leitura diária: I Tessalonicenses
5:24-28
O encerramento desta carta reflete um
coração pastoral que deseja a completa santificação de seus leitores, e que
eles não deveriam desprezar as profecias acerca do futuro que por ele próprio
havia sido proferida. Em vez disso, deveriam discernir e testar tudo com base
na verdade das Escrituras, a fim de manter-se firme no caminho que leva à
salvação. Isso nos ensina que tudo aquilo que ouvimos e que se diz como palavra
de Deus deve ser analisada à luz da Bíblia, usando do discernimento que Deus
nos concede para distinguir o que é verdadeiro do que é falso. Paulo quer que
não sejamos surpreendidos com falsas notícias, mas que identifiquemos bem os
acontecimentos que antecedem a vinda de Jesus.
Por fim, a carta é encerrada com uma
saudação final e bênção de graça.
Aprendemos, portanto, neste capítulo que
precisamos:
• Viver
de maneira diligente e espiritualmente preparados, aguardando com esperança a
vinda do Senhor;
• Valorizar
a harmonia e a união na comunidade cristã, cultivando relacionamentos saudáveis
e edificantes;
• Cultivar
uma atitude de gratidão em meio às provações e desafios da vida, confiando na
soberania e na bondade de Deus;
• Dar
importância em viver vidas santas e separadas do pecado, buscando agradar a
Deus em todas as áreas de nossa existência;
• Encarar
o desafio de cultivar uma sensibilidade ao Espírito Santo,
• Permitir
que o Espírito Santo guie e capacite nosso viver diário em conformidade com a
vontade de Deus.
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