Devocionais da semana 09-15 de março de 2025

Devocionais da semana

Domingo, 09/03: Imoralidade sexual.

Leitura diária:   I Tessalonicenses 4:1-3

No capítulo 4 de I Tessalonicenses, o Apóstolo Paulo exorta os cristãos a viverem de uma forma que agrade a Deus, e que não vivam contaminados por atos sexuais ilícitos ou qualquer ofensa a santidade do Pai. Lembramos que o Apóstolo havia relatado do porquê enviou a Timóteo para estar com aqueles irmãos, pois, era visível a preocupação intensa que ele tinha com aquela igreja. Quando Timóteo retorna com boas notícias, o coração do apóstolo fica extremamente feliz e satisfeito, principalmente pelo fato das boas recordações sobre ele e seus amigos. O capítulo anterior é encerrado com uma oração afim de que Jesus fortalecesse os irmãos cada vez mais, os preparando para o dia da volta do Senhor

Agora ele começa esse capítulo usando o termo “finalmente” que não significa que estivesse chegando a uma conclusão, mas serve como uma transição para a principal seção da carta, que trata da doutrina e de sua aplicação à vida. Nos três primeiros capítulos, ele lidou com os leitores como uma ama que cuida carinhosamente de seus filhos, agora, nesses dois últimos capítulos, ele os encoraja e exorta com a autoridade de um pai.

A vida cristã não somente começa com fé, mas continua como uma caminhada diária de fé. Assim como as pessoas dependem de seus membros para sustentá-las em cada passo, os cristãos caminham na dependência de Deus. Assim como a caminhada tem uma direção, a vida cristã também tem. Os cristãos não devem andar como gentios que não são salvos; pelo contrário, devem andar de maneira digna do chamado que receberam de Deus. João exorta a andarem na luz, ou seja, na vontade revelada de Deus (I Jo.1:7).

A vontade de Deus é clara, “que vos abstenhais da fornicação”. Esta passagem não está dizendo para nos abstermos do sexo praticado no contexto do casamento, e sim do sexo que está fora dos padrões de Deus, o que inclui: sexo antes do casamento, incesto, homossexualidade, bestialidade, adultério etc.

Com essas exortações o Apóstolo orientava aos irmãos a não terem relações sexuais ilícitas e imorais, mas sim a buscar a santidade e agradar a Deus em suas ações. Isso significa que a união sexual é reservada apenas para o casamento e que devemos buscar relações saudáveis e respeitosas com nosso cônjuge. Essa conduta sexual correta é uma marca distintiva dos cristãos e reflete o amor e obediência a Deus. Devemos viver de acordo com os padrões bíblicos e fugir da imoralidade sexual, que é uma afronta ao nosso relacionamento pessoal com o Senhor.

As colocações deste capítulo, nos mostra que Deus deseja que os crentes sejam santos e se afastem de qualquer prática pecaminosa, e as relações sexuais ilícitas são uma das coisas que tem sido um grande problema para os crentes em todas as épocas. Porém, Paulo compreende que agradar a Deus vai além de seguir regras; trata-se de uma transformação interna que se reflete em atitudes externas. Isso é reforçado ao dizer que eles já conhecem os mandamentos dados pela autoridade do Senhor Jesus. A vida cristã é apresentada não apenas como um caminho de regras, mas como uma jornada de relacionamento e obediência a Cristo, que é a verdadeira expressão de nossa fé. Esse crescimento contínuo é fundamental, pois mostra um coração disposto a se moldar à imagem de Cristo.

 

Segunda-feira, 10/03: O problema do sexo fora do casamento.

Leitura diária:  I Tessalonicenses 4:4-5

A expressão “cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra” provavelmente se refere à ideia de controlar os desejos sexuais lascivos que podem levar o cristão a pecar. Um grande problema para a Igreja primitiva, que também persiste em ser um grande problema para a igreja em todos os tempos, era manter a pureza sexual, e o Apóstolo já havia tratado desse assunto em I Co 5:1, 9-11). As religiões pagãs muitas vezes utilizavam a prostituição como parte de seus ritos, porém, a própria cultura romana antiga tinha alguns limites sexuais, ainda que aceitassem certa tolerância ao sexo fora do casamento. Em contrapartida, Paulo exortou contundentemente os tessalonicenses a não participarem de nenhuma atividade sexual fora do casamento. Ele os fez se lembrarem de que o corpo humano é templo de Deus e deve ser mantido santo (I Co 6:18-20). Devemos honrar nosso corpo como algo criado por Deus e santificá-lo de acordo com sua finalidade santa. Os cristãos devem ter um desejo pessoal pela pureza sexual maior do que o desejo que o mundo tem por experiências sexuais. O envolvimento sexual fora do casamento desonra a Deus, ao cônjuge ou futuro cônjuge de uma pessoa e até ao próprio corpo dela. Há sempre um preço a ser pago, pois Deus muitas vezes permite que os cristãos colham aquilo que semeiam.

A santidade na área da sexualidade é um tema extremamente relevante e desafiador, porém ela não é apenas uma abstração, mas, tem implicações práticas muito claras.

A gravidade do pecado sexual é destacada também pelas consequências apresentadas por Paulo, que incluem o julgamento divino. Isso serve como um sério lembrete de que Deus não trata o pecado levianamente, e que nossa conduta deve refletir a santidade à qual fomos chamados. A exortação para evitar a exploração de outros em relações sexuais também mostra a preocupação de Paulo com a justiça e o bem-estar mútuo dentro da comunidade de fé, reforçando que a moralidade cristã é profundamente enraizada no amor ao próximo.

 

Terça-feira, 11/03: Honrar a Deus em tudo. 

Leitura diária: I Tessalonicenses 4:6-8

“Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum”. Muitas palavras precisam ser explicadas aqui. Em primeiro lugar, o significado literal de “oprima” é passar dos limites, violar leis. Nesse contexto, é óbvio que significa violar esta lei moral. Em segundo lugar, se violar essa lei moral, o indivíduo irá, por causa desse fato, enganar seu irmão, e o contexto aqui denota a ação de roubar ou trair alguém por causa de ganância. Uma análise profunda do texto original do Novo Testamento permite-nos ver somente um significado aqui. Não é apenas algum negócio que está em questão, mas, especificamente, esse negócio que foi mencionado nos versículos anteriores: a atividade sexual imoral.

O texto dá o sentido de que, quando um homem não vive com sua esposa como ele deveria, mas, em vez disso, comete adultério, ele deve saber que violou a Lei e defraudou seu irmão nisso, merecendo a vingança de Deus. Para mostrar a seriedade desse pecado, Paulo faz alusão ao Salmo 94:1, no qual Deus é chamado de Deus, a quem a vingança pertence. Observe que, de acordo com o versículo 7, este tipo de conduta é o oposto de santificação e é chamado de imundícia. Ser santificado segundo a vontade de Deus deverá significar ser puro ou limpo também nessa questão. Rejeitar a santificação é rejeitar Deus e o ministério do Espírito Santo dentro de nós.

Isso nos leva a lembrar que nossa vida sexual deve ser guiada pelos princípios bíblicos e não pelos valores distorcidos e imorais da sociedade em que vivemos. Somente dessa forma, poderemos honrar a Deus em todas as áreas de nossas vidas, incluindo nossa sexualidade.

 

Quarta-feira, 12/03: Viver no amor fraternal.

Leitura diária: I Tessalonicenses 4:9-12

A referência ao amor fraternal parece reger o conteúdo destes versículos, que falam de encorajar outros cristãos a ter uma vida tranquila, cuidar dos seus próprios negócios e trabalhar com as próprias mãos, o que é justamente o contrário de coloca um fardo de dependência nas costas da igreja e dar mal testemunho para os de fora.

Aqueles cristãos tessalonicenses já tinham um bom histórico de que amavam uns aos outros, mas, pela vontade de Paulo, esse amor deveria progredir cada vez mais. Esse era o mandamento de Jesus (Jo.3:34, 35; 15:12, 17) e é uma base importante para o evangelismo. Em um mundo cheio de indivíduos que só pensam em si mesmos, o amor genuíno dos cristãos deve atrair outros à fé.

Ao encorajar os fiéis a cuidarem dos próprios negócios e a trabalharem com as próprias mãos, ele está incentivando uma ética de trabalho que honra a Deus e contribui para a paz e estabilidade da comunidade. A exortação para que andem decentemente aos olhos dos que são de fora e não dependam de ninguém é particularmente relevante em uma sociedade que valoriza a independência e a integridade pessoal. Isso mostra que o evangelho tem implicações práticas para o comportamento diário dos crentes, não apenas em um contexto religioso, mas em todas as áreas da vida. Portanto, a reflexão proposta pelo Apóstolo é essencial para os cristãos de todos os tempos. É por meio do amor e da união que a comunidade cristã se fortalece e se torna um testemunho vivo da graça de Deus.

 

Quinta-feira, 13/03: A esperança eterna.

Leitura diária: I Tessalonicenses 4:13-14

Estes versículos nos apresenta a gloriosa esperança da vinda do Senhor, um dos pilares da fé cristã. Paulo começa essa seção assegurando aos crentes que os que morreram em Cristo não estão perdidos, mas serão ressuscitados na Sua vinda. Embora ele já tivesse ensinado acerca da volta de Cristo enquanto estava com eles, parece que Timóteo havia se deparado com outras perguntas sobre o assunto, possivelmente levantadas por causa da morte de alguns dos novos convertidos. Em resposta a essas perguntas, o Apóstolo afirmou que queria que eles fossem informados e confortados com a esperança de ver novamente seus entes queridos. Essa era uma esperança que os vizinhos pagãos dos tessalonicenses não tinham.

A esperança eterna para os cristãos mortos era tão certa quanto o fato da morte e o da ressurreição de Cristo. Paulo diz que aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com Ele. A partir dessa afirmação, alguns deduzem que os cristãos que já morreram ficam inconscientes até a segunda vinda. Mas a Bíblia mostra que estarmos ausentes de nosso corpo presente é estarmos presentes com o Senhor Jesus (I Ts.5:10; II Co.5:8; Fp.1:23). Consequentemente, quando um cristão morre, é o corpo que dorme; a alma vai para o céu. Portanto, quando Cristo voltar, Ele precisará trazer com Ele do céu para a terra a alma dos cristãos que morreram, confirmando que eles estavam antes na presença de Deus. Essa volta de Cristo também é física e corporal, embora Cristo esteja presente por toda a parte em Sua divindade (Mt.28:20) e habite no cristão (Jo.14:23). A vinda física de Cristo do céu para a terra a fim de receber os cristãos será um evento apoteótico. A morte não é o fim para o cristão; é, ao contrário, uma passagem para a vida eterna na presença do Senhor.

 

Sexta-feira, 14/03: O arrebatamento.

Leitura diária: I Tessalonicenses 4:15-17

As palavras de Paulo nestes versículos são sobre o chamado “arrebatamento”, que é o evento em que os cristãos que estiverem vivos na segunda vinda de Cristo serão arrebatados nas nuvens para o encontro com o Senhor nos ares. Ele acreditava que Cristo pudesse vir enquanto ainda estivesse vivo, e os tessalonicenses também.

É óbvio que a preocupação dos tessalonicenses era que os cristãos que haviam morrido deixassem de ver a glória associada à volta de Cristo para a Igreja, por isso vem a resposta ao afirmar que, na verdade, aqueles que estavam mortos já estão com Deus e que receberão o corpo glorificado antes do que os que vivem na terra. Acompanhando a descida de Cristo do céu estará a voz de um arcanjo, que será de triunfo por causa da grande vitória na volta de Cristo, chegando ao clímax de milhares de anos de conflito espiritual com Satanás.

Aqui temos palavras de esperança que Paulo destaca em relação à vinda do Senhor. Por isso é que ele expressa que os tessalonicenses não devem se entristecer como os que não têm esperança, pois Jesus morreu e ressuscitou, e assim também Deus trará com ele aqueles que adormeceram em Jesus. Essa reflexão é importante não só para os momentos de luto ou medo da morte, mas também para que os cristãos possam viver suas vidas com um propósito maior, sabendo que tudo o que fizerem será recompensado no céu. Se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, cremos também que Deus trará, mediante Jesus, e com Ele, aqueles que n’Ele dormiram.”

 

Sábado, 15/03: Nossa consolação.

Leitura diária: I Tessalonicenses 4:18

Este capítulo não é apenas uma passagem bíblica; ele é um mapa para uma vida que agrada a Deus, repleto de instruções práticas e esperanças eternas. Ao lê-lo, somos convidados a refletir sobre como nossas vidas cotidianas podem ser transformadas pelo poder do Espírito Santo, culminando em uma esperança que transcende a morte.

Aprendemos, portanto que: precisamos viver em pureza e santidade diante de Deus e dos outros; precisamos demonstrar o  amor fraterno e serviço mútuo na comunidade cristã; precisamos nos lembrar da esperança que temos como cristãos na volta de Jesus e na vida eterna que Ele prometeu aos que creem n’Ele; precisamos ter uma vida equilibrada, nos esforçando para cumprir nossas responsabilidades diárias com diligência e integridade; precisamos nos confortar em tempos de luto e nos lembrar da esperança da vida eterna que temos em Cristo.

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