Devocionais da Semana 07-13 de dezembro de 2025

Devocionais da Semana

Domingo, 07/12: Conselhos para os casados.

Leitura Diária: I Pedro 3:1-8

Em I Pedro 3, o apóstolo começa ensinando sobre como deve ser o comportamento das mulheres e o que elas devem valorizar para serem aceitas por Deus, e cita o exemplo de relacionamento entre Sara e Abraão. Porém, ele fala aos maridos de uma forma dura levando-os a entenderem como deve ser o tratamento dentro do lar para com a esposa. Os maridos devem honrar suas mulheres, para que a bênção de Deus permaneça sobre o lar e suas orações não sejam interrompidas. O que percebemos aqui é que Pedro inicia esse capítulo dando diretrizes para os casados, pois, o efeito de uma atitude piedosa se estende a nossas próprias famílias. Ele afirma que mulheres piedosas talvez possam influenciar seus maridos a obedecer ao evangelho pela sua conduta e seu vestir modestos, e aplica esse mesmo princípio ao caso de mulheres casadas com esposos incrédulos. Ele termina este trecho exortando os esposos a tratarem suas esposas com consideração e dignidade adequadas.

A partir do versículo 8, ele começa a falar sobre o relacionamento de forma geral, ou seja, de uns para com os outros, e dá vários conselhos importantes que resultarão em um bom relacionamento com o próximo.

 

Segunda-feira, 08/12: Preservar o amor e evitar o conflito.

Leitura Diária: I Pedro 3:9-10

Nas palavras desses versículos entendemos que todo tipo de vingança é proibido, pois, para preservar o amor, precisamos suportar muitas coisas. Ao mesmo tempo, ele não fala aqui de benevolência mútua, mas gostaria que suportássemos erros, quando provocados por homens ímpios. Embora seja comum pensar que é um exemplo de uma mente fraca, aqui está a verdadeira força que vem de Deus. Porém, Pedro vai além, ele mostra que não é suficiente abster-se de vingança; mas exige também que oremos por aqueles que nos censuram; pois abençoar aqui significa orar.

Aprendemos, portanto, que os males devem ser superados por atos de bondade e amor.  Isso é realmente muito difícil, mas devemos imitar, neste caso, nosso Pai celestial, que faz nascer o sol sobre os indignos.

Esse comportamento era exigido dos fiéis quando eles eram chamados por Deus, eles deveriam ser tão mansos a ponto de não retaliar ferimentos, deveriam abençoar aqueles que os amaldiçoavam, e como essa condição pode parecer quase injusta, ele chama a atenção deles para a recompensa. É como se ele tivesse dito, que não há razão para que os fiéis se queixem, porque seus sofrimentos se voltariam para seu próprio benefício.

Em resumo, esse ensinamento mostra quanto seria o ganho da paciência; pois, se sofrermos sendo submissos, feridos, o Senhor nos concederá sua bênção, a qual não seria por um curto período, mas perpétua. Deus abençoa de uma maneira diferente, dos homens, e se expressarmos nossos desejos a Ele, teremos com certeza sobre nós as bênçãos espirituais. E, por outro lado, Pedro sugere que aqueles que procuram vingar ferimentos, tentam aquilo que não lhes trará nenhum bem, pois assim se privam da bênção de Deus.

Então o Livro se volta para um problema que temos como ser humano, como Tiago diz em sua carta, a língua é um pequenino órgão, mas capaz de causar grandes estragos (Tg.3:5-6). Relacionamentos são quebrados; amizades são abaladas; e as consequências são desastrosas. Pedro diz: “refreie”, domine com freio de falar mal dos outros; de dar falso testemunho; de provocar desunião; de colocar irmão contra irmão. O apóstolo também diz: “evite”, ou seja, “fuja”, “impeça” que seus lábios defraudem alguém; evite falar enganosamente.

Por quê? Porque quem ama sua vida e quer viver em paz e alegria com Deus, precisa fugir destas coisas. Vamos sempre lembrar daquilo que aborrece ao Senhor e Sua alma abomina (Pv.6:16-19). Creio que não queremos que Deus se aborreça conosco e muito menos que sua alma abomine nossas palavras, atitudes e pensamentos.

Em outras palavras, “pare de falar mal”; insinuando que em nossa inclinação natural o costume é falar mal. Os homens geralmente pensam que ficariam expostos à maldade dos seus inimigos se não reivindicassem os seus direitos com firmeza. Mas o Espírito promete uma vida de bem-aventurança a ninguém menos do que àqueles que são mansos e pacientes em relação aos males. Por isso é que Pedro primeiro adverte contra os pecados da língua, fala maldosa, e enganadora, língua dobre; depois, contra os atos de injúria ao próximo.

 

Terça-feira, 09/12: O cuidado de Deus com os justos.

Leitura Diária: I Pedro 3:11-12

Desde o capítulo 2 e versículo 11, estamos vendo como devem ser os relacionamentos sociais. Agora Pedro encerra o seu enfoque sobre como a salvação em Cristo deve influenciar o comportamento e a atitude dos cristãos numa variedade de relacionamentos.

Aquele que ama a vida, e deseja continuar a fazê-lo, não deve envolver-se em problemas que farão desta vida um fardo. Na busca pela paz não basta abraçá-la quando nos é oferecida, mas deve ser perseguida quando parece fugir de nós. Também acontece frequentemente que, quando a procurarmos o máximo que pudermos, talvez outros não a concederão. Por causa dessas dificuldades e obstáculos, ele nos ordena a procurá-lo e buscá-lo de forma consistente.

Aqui nos diz que tipo de pessoa Deus ama e que tipo de pessoa Deus despreza. Ele examina as profundezas do coração do homem. Ele cuida e protege aqueles que chama de justos. E odeia os que praticam o mal e retribuirá a cada um com ira. Diante disso, podemos ver a disposição santa e justa de Deus.

 

Quarta-feira, 10/12: Sofrer sendo justo.

Leitura Diária: I Pedro 3:13-15

O cristão deve ter um comportamento excelente, ainda assim é possível que ele sofra com a injustiça. De qualquer forma, sofrer por fazer o que é justo diante de Deus é muito mais proveitoso do que sofrer por fazer o mal. Neste ponto Pedro cita o exemplo de Jesus Cristo, que mesmo não tendo cometido pecado algum, foi injustamente julgado e crucificado no calvário. Geralmente a boa conduta de nossa parte resultará em bom tratamento por outros, mas ocasionalmente os cristãos sofrerão por amor à justiça. Como poderia um cristão responder quando sofre injustamente? Ele deverá reconhecer que é abençoado por Deus, santificar o Senhor em seu coração e estar pronto a responder a quem quer que questione sua esperança. Antes de temer as ameaças dos perseguidores, o cristão deverá entronizar Jesus como Senhor, Aquele que tem autoridade, dando-lhe o comando sobre seu coração. O cristão precisa responder às perguntas dos outros com mansidão e temor, não dando nenhuma oportunidade com sua atitude para que o incrédulo difame o nome de Cristo.

 

Quinta-feira, 11/12: Ser manso de coração meios em meio as lutas

Leitura Diária: I Pedro 3:16-18

Aqui encontramos uma advertência necessária; pois, a menos que nossas mentes sejam dotadas de mansidão, surgirão contendas imediatamente. E a mansidão se opõe ao orgulho e à ostentação vã, e ao zelo excessivo. Ao não darmos lugar a mansidão em nossas vidas será acrescentada o medo em nossos corações. Onde a reverência a Deus prevalece, domando toda a ferocidade de nossas mentes, o medo será extirpado, e fará com que falemos com calma dos mistérios de Deus. As disputas contenciosas surgem porque muitos pensam com menos honra do que deveriam da grandeza da sabedoria divina e são levados pela audácia profana. Se tornarmos aprovada por Deus a confissão de nossa fé, toda a vanglória será posta de lado, toda contenda será abandonada.

O que dizemos sem uma vida correspondente tem pouco peso; portanto, ele se junta à confissão de uma boa consciência. Pois vemos que muitos estão suficientemente preparados com a língua e se orgulham muito, ainda assim, sem frutos, porque a vida não corresponde. Além disso, somente a integridade da consciência é aquela que nos dá confiança em falar como deveríamos; pois aqueles que tagarelam muito sobre o evangelho e cuja vida dissoluta é uma prova de sua impiedade, não apenas se tornam objetos de ridículo, mas também expõem a própria verdade às calúnias dos ímpios. Por isso é que Pedro nos pediu para estarmos prontos para defender a fé, se alguém exigir de nós uma razão para isso, é nosso dever reivindicar a verdade de Deus contra as falsas suspeitas que os ignorantes consideram respeitá-la. Mas a defesa da língua vale pouco, exceto que a vida corresponda ao que se fala.

Muitas pessoas neste mundo dão importância demais aos desejos do coração e pouca, ou nenhuma, aos padrões estabelecidos na Palavra de Deus (Ef.4:17-19). É por isso que tantas pessoas fazem coisas terríveis, mesmo sendo dotadas de uma consciência (I Tim.4:2). Devemos estar determinados a jamais ser como essas pessoas! Em vez disso, continuemos a permitir que a Palavra de Deus eduque e treine nossa consciência para que ela nos seja realmente útil. Precisamos escutar nossa consciência treinada pela Palavra de Deus, em vez de deixar que nossas inclinações egoístas a dominem. Devemos também nos esforçar em respeitar a consciência de nossos amados irmãos espirituais.

Devemos fazer todo esforço para evitar fazer tropeçar um irmão, tendo em mente que a consciência de nossos irmãos pode ser mais sensível ou mais restritiva do que a nossa (I Co.8:12). Pedro recorda seus leitores de que Jesus também sofreu injustamente, morrendo pelos pecados dos outros. Mais tarde foi exaltado à direita do Pai, com anjos, autoridades e poderes submissos a Ele.

Pedro finaliza esse último trecho com as seguintes afirmações: “É melhor sofrer fazendo o bem do que o mal; Cristo também sofreu e de uma vez só, por pecados que não eram d’Ele”. Na primeira afirmação, temos uma grande verdade, “o sofrimento é algo inerente à vida humana”, ou seja, o homem sendo justo ou injusto irá passar por momentos de sofrimento, perseguição e angústia. A diferença é que o que faz o bem, verá o fim de seus sofrimentos um dia, além do fato de que não passa por eles sozinho. Já o que faz mal, sofrerá aqui e na eternidade, além de passar por tudo sem o auxílio de Deus.

A segunda e última afirmação é muito forte, Cristo sofreu por todos os pecados da humanidade de uma só vez, e isso, sendo justo! Nós sofremos à prestação. Por maior que seja nosso sofrimento, não dá para comparar com o sofrimento de Cristo. Nós merecemos sofrer, pois somos falhos e pecadores, Ele não.

 

Sexta-feira, 12/12: Os espíritos em prisão.

Leitura Diária: I Pedro 3:19-20

Os “espíritos em prisão”, que foram o alvo da pregação de Cristo, são identificados no verso 20 como sendo os “desobedientes” antediluvianos dos “dias de Noé”. O termo “espírito” (grego pneuma) é usada neste texto, e em outras partes do Novo Testamento (I Co.16:18 e Gl.6:18), como uma referência a pessoas vivas capazes de ouvirem e aceitarem o convite da salvação. Por sua vez, a expressão “em prisão” refere-se obviamente, não a uma prisão literal, mas à prisão do pecado em que se encontra a natureza humana carnal não regenerada (Rm.6:1-23; 7:7-25). Diante disso, somos levados à evidente conclusão de que a pregação de Cristo aos antediluvianos impertinentes foi efetivada através de Noé “divinamente instruído” por Deus (Hb.11:7) e qualificado pelo próprio apóstolo Pedro como “pregador da justiça” para os seus contemporâneos (II Pd.2:5). Ou seja, ninguém ficou de fora do ouvir do Evangelho de Salvação pregado por Cristo. Pedro evoca, então, à lembrança a analogia de Cristo entre os “dias de Noé” e os últimos dias (Mt.24:37-39). Assim como Noé e sua família foram salvos da morte “através da água” do dilúvio pela arca (I Pd.3:20), os cristãos são salvos da morte espiritual “por meio da ressurreição de Jesus Cristo” (Rm.6:4-14). Portanto, o texto não se refere a um suposto batismo de pessoas que já morreram, mas ao verdadeiro batismo cristão de pessoas vivas, que previamente se arrependeram de seus pecados (At.2:38) e creram em Jesus Cristo (Mc.16:15-16). Nos dias de Noé, Deus não poupou aqueles que não O temiam. Apenas oito pessoas em meio a uma multidão foram salvas. Hoje, vivemos em um mundo de incredulidade, irreverência e idolatria. Muitos têm abandonado a comunhão com Cristo por motivos banais e egoístas. Aqueles dias de Noé figuraram o que haveria de acontecer no futuro, e hoje vivemos esse futuro. Como Deus não poupou os insubmissos, os incrédulos e idólatras daquele tempo, Ele também não poupará aqueles que não o temem atualmente. Sua misericórdia se renova cada manhã para que possamos temê-lo, amá-lo e obedecê-lo em todas as coisas e não para vivermos como se não houvesse um juízo (Lm.3:22,23).

Ao sermos batizados não é removida a sujeira, mas representa a lavagem da alma, visto que estávamos imundos pelo pecado e Cristo nos limpou. Ele nos deu um novo compromisso: a de uma nova consciência perante Ele pelo “lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (Tt.3:5), não corrompida pela carne (Gl.5:19-21).

 

Sábado, 13/12: A demonstração de que somos salvos.

Leitura Diária:  I Pedro 3:21-22

Assim como na tipificação da Arca no Antigo Testamento, o batismo mostra também que somos salvos e que Deus habita em nós. Isto é, através da água do batismo vem a representação de que somos livres do pecado que invade o mundo como um dilúvio, ou seja, a graça interior que habita em nós como Deus habitava na Arca da Aliança. Isso faz surgir uma consciência divina de que tanto nós quanto nossas ações são aceitas por meio daquele que morreu e ressuscitou. Aquele que é fiel à sua aliança batismal, levando Deus através de Cristo, pelo Espírito eterno, por toda parte de seu ser, é salvo aqui dos seus pecados; e através da ressurreição de Cristo dentre os mortos, tem a esperança bem fundamentada da glória eterna. Parte da confusão com esta passagem surge porque, em muitos aspectos, o propósito do batismo como uma declaração pública da fé em Cristo e identificação com Ele foi substituído por “fazer uma decisão por Cristo” ou “fazer a oração do pecador”. No entanto, para Pedro ou qualquer um dos cristãos do primeiro século, a ideia de uma pessoa confessar a Cristo como seu Salvador e não ser batizada o mais rápido possível teria sido inédita. Portanto, não é de se estranhar que Pedro enxergasse o batismo como algo intimamente ligado com a salvação. No entanto, Pedro deixa claro neste versículo que não é o próprio ritual que salva, mas o fato de que estamos unidos a Cristo na Sua ressurreição por meio da fé: “o compromisso de uma boa consciência diante de Deus por meio da ressurreição de Jesus Cristo”. Portanto, de acordo com Pedro, o batismo “dos salvos” é aquele que é antecedido pela fé no sacrifício expiatório de Cristo que justifica o pecador injusto (Rm.3:25-26; 4:5). O batismo é um sinal externo do que Deus tem feito “pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (Tt.3:5).

Retomando o tema da ressurreição de Cristo, abandonado depois do versículo 18, Pedro menciona o atual triunfo de nosso Senhor e o seu reconhecimento como forte encorajamento para aqueles que seguem o seu Mestre no sofrimento. “Jesus à destra de Deus” não se encontra apenas em I Pedro 3:22, mas, também, em Romanos 8:34, onde se diz que ele intercede por nós. Isso é muito importante para os cristãos perseguidos. Eles não só precisam do Senhor glorificado, mas, também, de um que interceda por eles. A passagem em questão atinge o seu clímax no reino universal de Cristo. Todos os anjos, poderes e autoridades, tanto negativos como positivos, estão sujeitos a Ele. Ele reina com poder universal, Ele é o rei.

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