Devocionais da Semana 28 de dezembro de 2025 - 03 de janeiro de 2026

Devocionais da Semana

Domingo, 28/12: Vida espiritual e santidade.

Leitura Diária: II Pedro 1:1-4

Pedro começa sua segunda epístola observando o glorioso privilégio que foi dado aos cristãos. Através das preciosas promessas que Deus nos tem feito, podemos tornar-nos participantes da divina natureza, no sentido em que podemos ser santos como Ele é santo, livres da corrupção do pecado. Deus chama os homens através do evangelho para participarem de sua própria glória e virtude. Através deste poder divino e de nosso entendimento de sua revelação, Deus providenciou tudo o que o homem precisa para uma vida espiritual em santidade.

O comentário de Pedro se harmoniza bem com a promessa de Jesus aos seus apóstolos que o Espírito Santo os guiaria em toda a verdade (Jo.16:13). Ele inicia saudando a igreja desejando que as benções de Deus estejam sobre o seu povo. Pois tudo aquilo que precisamos vem da vontade do Senhor Jesus Cristo. Ele incentiva e exorta para que cada irmão crença espiritualmente por meio da fé, do conhecimento, da perseverança, do domínio próprio, da piedade e na sincera fraternidade que é o amor uns para com os outros. Confirma a grandiosidade da glória do Senhor, pois foi testemunha presencial do ministério do Senhor.

O seu testemunho é valioso e verdadeiro, ele esclarece a Igreja que a autoridade das escrituras é completamente divina. Sua origem não é de homem algum, mas veio da parte de Deus. Os homens foram instrumentos usados pelo Espírito Santo de Deus para transmitir a verdade eterna.

 

Segunda-feira, 29/12: A prática da graça cristã e seus resultados.

Leitura Diária: II Pedro 1:5-11

Pedro fez sua apresentação como servo e apóstolo de Jesus Cristo. Ele foi chamado para ser apostolo de Cristo e apascentar a sua Igreja, e diz que todo aquele que tem a fé preciosa tem acesso igualmente a Deus por meio de Jesus Cristo. A justiça que temos é por Jesus e não por nós mesmo e Ele se fez nosso Senhor e Salvador.

Ao saudar com a Graça e paz ele segue uma linha de saudação muito comum nas cartas apostólicas as igrejas.

O conhecimento de Deus e de Jesus Cristo nosso Senhor é o que faz com que a graça e a paz sejam multiplicadas em nossas vidas pelo entendimento que temos de Deus pelas Escrituras Sagradas.

Através do poder de Jesus, na sua morte e ressurreição, foi nos dado todas as coisas que precisamos para viver em novidade de vida. Tudo que somos é para sua glória e virtude. As promessas são as dadivas que a palavra de Deus nos traz através das escrituras. Cristo nos fez coparticipantes com Ele, com a sua natureza divina ao nos conceder o Espírito Santo (Jo.14:23). Através da sua vida e morte nos limpou da corrupção do pecado que há no mundo.

Pedro pede que associemos a nossa fé a virtude, aquela que refere ao caráter de cristo, no versículo 3. E acrescenta o conhecimento que vem da Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. E com isso, ele pede com que tenhamos o domínio próprio, que é o controle de nossas emoções carnais e não que sejamos controlados por elas. Para termos a fé, a virtude, o conhecimento e o domínio próprio, nós precisamos de perseverar no Senhor. Pois, tudo está no controle do Senhor. Isso significa “ter uma vida piedosa” que é uma vida na presença de Deus.

As qualidades mencionadas nos capítulos 5, 6 e 7 faz de cada um de nós cristãos sadios e dedicados no conhecimento do Senhor. Essas são as qualidades do Fruto do Espírito Santo produzido no crente conforme informa o Apóstolo Paulo em sua Carta aos Gálatas no capítulo 5. O fruto do verdadeiro cristão é viver uma vida de fé, devoção, perseverança, conhecimento, domínio próprio e amor. Quem não vive esses valores se torna cego espiritualmente, pois olha somente para as coisas terrenas e carnais.

O cristão deve confirmar em seu coração o chamado de Deus para a sua vida. Pela graça de Deus, em Jesus Cristo, nossos pecados foram perdoados para glória de Deus. E por vivermos uma fé genuína e alicerçada na graça de Deus entraremos no reino dos céus e juntos com Senhor reinaremos eternamente.

 

Terça-feira, 30/12: Constância na fé.

Leitura Diária: II Pedro 1:12-15

Nesses versículos o Apóstolo Pedro dá os motivos por que escreveu esta carta, foi para lembrar os irmãos sobre a constância na fé cristã. Ele compartilha os fundamentos para servir ao Senhor com perseverança, apesar das adversidades e da nossa própria carne.

Ele sabia o pouco tempo de vida que tinha, por isso é que fala sobre o tabernáculo que significa o corpo. Mas o mais interessante é que, assim como o Apóstolo Paulo, ele também via o seu corpo como um tabernáculo temporário, (II Co.5:1).

Jesus já tinha dito a Pedro que em sua velhice seria preso e levado à morte (Jo.21:13,19), agora ele queria encorajar os irmãos a viverem uma fé convicta e sincera com o Senhor assim como ele vivia.

Existia em Pedro uma preocupação genuína com vida cristã dos seus irmãos. Ele se esforçou com muito cuidado para que os irmãos não esquecessem das suas palavras mesmo após a sua partida daqui da terra. Ele relata sua morte como uma partida (ou viagem), da mesma forma que Paulo descreve em II Timóteo 4:6.

 

Quarta-feira, 31/12: A comprovação da ressureição e da Parousia.

Leitura Diária: II Pedro 1:16-17

Pedro combate aos falsos mestres que diziam que eram fábulas a ressurreição e a vinda de Jesus Cristo.

O próprio apóstolo foi testemunha ocular (presencialmente) da glória de Jesus. Por essa razão é que ele recorre à experiência da transfiguração de Jesus para falar da veracidade da mensagem que ele transmite.

Ser testemunha ocular garante a mensagem e dá credibilidade a ela. A pregação da palavra de Deus nessa tarefa revela-se por meio do falar de “pessoas santas movidas pelo Espírito Santo”, é como uma luz que indica o caminho enquanto o dia (reino de Deus) ainda não está pleno entre nós. Deus revela-se para e através de personagens dos textos bíblicos. Porém, Ele quer fazê-lo também através de cada um de seus servos hoje.

Aqui o Apóstolo defende com ardor a veracidade do testemunho anunciado à comunidade, a fé que unicamente aponta para o Cristo, revelado como Senhor e Salvador. O autor faz apologia de sua teologia e escreve que a fé na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo é baseada em uma experiência pessoal. Nesse contexto, a vinda da qual o autor fala no versículo 16 refere-se precisamente à segunda vinda de Cristo em glória. Esse argumento opõe-se àquilo que os gnósticos acreditavam. Pode-se afirmar que a vinda está relacionada à volta de Cristo, porque o autor faz logo em seguida a menção da experiência vivida na transfiguração. A visão está relacionada com a glória que acompanhará o Cristo em sua volta. A transfiguração foi uma visão preliminar daquilo que há de vir, por isso é que ele ressalta o senhorio ao destacar o título completo: “nosso Senhor Jesus Cristo”.

 

Quinta-feira, 01/01: O testemunho dos Apóstolos.

Leitura Diária: II Pedro 1:17-18

O momento que Pedro relata, e que serve de comprovação daquilo que ele diz, foi quando Jesus se transfigurou na presença dele, Tiago e João (Mt.17:1-13). E a voz de Deus glorificando o seu filho amado (Mt.17:5). Os apóstolos presenciaram de fato a majestade de Jesus Cristo, pois eles viram, ouviram e depois lembraram claramente da glorificação do Filho pelo pai. Isso não é fábula enganosa. É a pura presença de Deus.

Pedro cita o seu testemunho presencial do ministério do Senhor Jesus, para que os cristãos saibam que o seu testemunho é extremamente valioso e verdadeiro. E a autoridade das Escrituras é completamente divina, sua origem não é humana, ela veio da parte de Deus.

Na medida em que defende a sua teologia, Pedro condena a forma como os gnósticos promovem o seu “fazer teológico”, usando para isso a terminologia “fábulas engenhosamente inventadas”. Porém, em contraste com eles Pedro fala que ele é “testemunha ocular da majestade de Cristo”. Essa afirmação tem a intenção de opor-se diretamente aos “mitos” dos gnósticos, criados por sua sabedoria humana pervertida. Para o verdadeiro apóstolo, não há nenhuma necessidade de imaginar situações; basta descrever a sua experiência, vivida em companhia do Senhor Jesus Cristo. A majestade de Cristo é uma realidade vista com seus próprios olhos e sentida com seus próprios sentidos. Essa experiência é uma antecipação da majestade e da glória futuras. O esplendor visível é o fermento da esperança que surge do convívio e da intimidade com Cristo. A fé assimila essa experiência e transforma-a em testemunho.

 

Sexta-feira, 02/01: A autoridade da profecia da Escritura.

Leitura Diária: II Pedro 1:19

Muito mais do que a presença real de Pedro é a palavra de Deus, ela aponta que pela boca dos profetas foi anunciada as grandezas de Deus.

A palavra de Deus é luz que ilumina em meio à escuridão e aponta para o autor e consumador de nossa fé, Jesus Cristo.

Cristo recebeu honra e glória quando, pela glória excelsa, se ouviu a voz de Deus Pai. A transfiguração dentro da teologia cristã é vista tradicionalmente como prefiguração do Reino e de sua glória, tendo Cristo como rei.

A ênfase aqui está no testemunho, na visão, na credibilidade da fé cristã diante de doutrinas estranhas infiltradas no seio da comunidade. O autor descreve, com poucas variantes, a palavra proferida pela voz de Deus na transfiguração: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”. A mesma frase foi dita também no contexto do batismo de Jesus Cristo. A autenticidade da doutrina da Parousia é comprovada na audição da voz de Deus, enquanto a glória era manifestada e refletida em Cristo. Para o autor, ouvir a voz de Deus é beber da própria fonte. Não há como menosprezar essa experiência. Não dá para ignorar ou diminuir esse fato. Assim como Moisés ouviu a voz de Deus, ao receber os Dez Mandamentos no monte santo, os discípulos, em outro monte santo, ouviram a voz d’Ele quando presenciaram a prefiguração da Parousia. O Espírito Santo é o agente impulsionador, pois é a origem do desejo de Pedro escrever a respeito daquilo que vivenciou no monte santo.

 

Sábado, 03/01: Buscando vida e santidade.

Leitura Diária:  I Pedro 1:20-21

A fonte de origem da escritura é o Senhor. Não veio dos profetas como se eles falassem deles mesmos, mas foram usados pelo Senhor para transmitir sua verdade de salvação. É dever de todo cristão estudar com afinco as Sagradas Escrituras, pois ela é a Palavra de Deus. Os homens usados pelo Espírito santo falaram e escreveram o que Deus desejava para o seu povo e para a humanidade.

Em acréscimo ao testemunho ocular dos apóstolos, as profecias do Velho Testamento também afirmaram a glória e o poder do Senhor. Estas profecias não se originaram da vontade humana, antes os profetas falaram como foram movidos pelo Espírito Santo.

Pedro voltou-se para a profecia como testemunho que apoia o seu ensino sobre o glorioso retorno de Cristo. Ele ensinou que a palavra da profecia sobre o glorioso retorno de Cristo foi confirmada pela transfiguração como um cumprimento antecipado da predição da segunda vinda. O grego aqui é um tanto ambíguo e pode também ser traduzido “nós temos mais certeza da palavra da profecia”. Essa última interpretação poderia significar que a palavra profética da Escritura é um testemunho ainda mais certo do que a reconhecida experiência admitidamente espetacular de ter testemunhado a transfiguração.

O testemunho confirmado dos profetas é como uma luz num mundo de trevas, que até ao amanhecer dá esperança de um novo dia quando Cristo retornar em glória, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em nossos corações.

A estrela da alva é provavelmente uma alusão a Nm.24:17, uma passagem que profetizou o nascer da realeza em Israel e que se aplica a Jesus, o último e o grande Filho de Davi (Ap.2:28; 22:16). Essa Estrela é quem se espera que nasça em nossos corações. Pedro provavelmente estava se referindo ao efeito sobre os cristãos da plena revelação que irá acompanhar o retorno real de Cristo.

Seus leitores devem prestar atenção na firme “palavra dos profetas” até o dia em que essa palavra será substituída pela plena revelação que virá (I Co.13:8-12).

Pedro no versículo 20 faz uma explanação em defesa da Palavra de Deus de muita profundidade. Embora alguns interpretem isso como se referindo à interpretação da profecia do Antigo Testamento por aqueles que leem a Escritura, tanto o texto grego como o contexto imediato indicam que Pedro estava falando aqui da origem divina e da confiabilidade da Escritura.

Apesar de Pedro ter confrontado as interpretações incorretas de seus oponentes, seu interesse nesse contexto era enfatizar a confiabilidade do caráter dado por Deus do testemunho apostólico e profético descrito nas páginas da Bíblia, a infalível Palavra de Deus.

A profecia do Antigo Testamento muitas vezes envolvia o sonho ou a visão, bem como a interpretação dada por Deus dessa revelação (Dn.8:1-12,15-26; Zc.1:7-21), mas agora Deus já havia se revelado e toda essa revelação fara descrita na Bíblia, não há mais necessidade de “outra revelação”

Nas zombarias que faziam a respeito da segunda vinda de Cristo, os adversários de Pedro podem ter argumentado que as interpretações proféticas do Antigo Testamento não eram inspiradas. Porém, na visão de Pedro, o Espírito Santo era a fonte da profecia, capacitando os profetas para falar (e escrever) como porta-vozes de Deus (II Tm.3:16; I Pd.1:10-12). Assim, as profecias da Escritura são verdadeiras, confiáveis e autorizadas.

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