Devocionais da Semana 21-27 de setembro de 2025
Devocionais da Semana
Domingo, 21/09: A recordação anual dos
pecados.
Leitura Diária: Hebreus 10:1-4
No capítulo 10 da Epístola aos Hebreus,
o autor destaca o privilégio que todos nós temos, de entrarmos no santo dos
santos, coisa que na lei era só o sumo sacerdote, mas o sacrifício de Jesus é
tão perfeito, que santifica todos nós ao máximo, tornando-nos aptos a entrar no
santíssimo lugar. Ele também alerta sobre o perigo de retroceder, isto é,
voltar ao judaísmo, e começa a falar da importância da fé para avançar e vencer
com Jesus, dando uma introdução para mostrar o exemplo dos heróis no próximo
capítulo. Ao fazer isso ele nos convida a aceitar o sacrifício de Jesus em
nosso favor e a nos achegarmos com fé à presença de Deus. Essa é uma lição
difícil de aprender. Nós sempre queremos trazer um presente, uma dádiva ou um
sacrifício que possa nos tornar aceitáveis diante de Deus.
Em todo o livro temos a afirmação de que
nenhum sacrifício humano é bom o suficiente para tornar-nos limpos. Nenhum
sacrifício humano que venhamos a trazer pode nos tornar aceitáveis em Sua
presença. Deus providenciou em Jesus o único sacrifício que realmente pode nos
purificar e nos tornar aceitáveis perante Ele. “Deus se opõe aos orgulhosos,
mas concede graça aos humildes” (I Pd.5:5).
Mesmo os sacrifícios anuais que
simbolizavam uma recordação anual de pecados não eram capazes de purificar
realmente o homem de seus pecados. Essa foi a causa principal de Jesus ter
vindo ao mundo. A incapacidade de o sangue de animais purificar os pecados
mantinha os adoradores debaixo do julgo do erro. Jesus Cristo veio sobretudo
para fazer a vontade de Deus, sendo assim, Ele ofereceu um sacrifício
definitivo. Com isso, o Senhor Jesus abriu para os adoradores um novo e vivo
caminho. Ele nos dá confiança para aproximar-se de Deus com a consciência limpa
e alma purificada pelo sangue de Jesus. Por isso, devemos perseverar nas
provações, porque o Senhor que prometeu é fiel e voltará para nos buscar.
Segunda-feira, 22/09 Porque Jesus Cristo
veio ao mundo.
Leitura Diária: Hebreus 10:5-10
O capítulo 10 é o desenvolvimento e a
aplicação do fato de Cristo ter se oferecido uma vez por todas, é o resumo da
doutrina sobre este ponto.
A lei, com os seus sacrifícios, não
conduzia os adoradores à perfeição, porque, se estes tivessem sido
aperfeiçoados, os sacrifícios não seriam repetidos. Se eram ainda oferecidos, é
porque os adoradores não eram perfeitos, eram apenas um memorial dos pecados. O
sacrifício repetido recordava ao povo que o pecado estava ainda ali, e que
estava perante Deus. É muito importante notarmos que sendo expiados os pecados,
a consciência é purificada, aproximando o adorador de Deus em virtude do
sacrifício de Cristo. O sentido do serviço judaico era que a culpabilidade não
era tirada; o sentido do serviço cristão é precisamente o contrário. Somos,
portanto, informados, segundo a graça de Deus, do que se passou entre Deus o
Pai e Ele próprio. Quando o Filho empreendeu o cumprimento da vontade de Deus,
Jesus toma a posição de submissão e de obediência, para cumprir a vontade de um
outro. Portanto, tomando o lugar de obediência, o Filho de Deus coloca-Se numa
posição em que pode obedecer perfeitamente. A superioridade de Cristo a Arão e
ao sacerdócio levítico levou o autor a fazer uma descrição completa do
incomparável ministério sacerdotal de Jesus.
O propósito imutável de Deus, o qual
Jesus Cristo de maneira voluntária executou, nos trouxe a salvação. Por meio do
cumprimento de sua vontade, temos sido santificados.
Terça-feira, 23/09: Jesus e o sacrifício
definitivo.
Leitura Diária: Hebreus 10:11-14
Os versos 11-14 nos lembram de que o
ministério de Jesus é eficaz por causa de sua oferta perfeita. Por isso
contrasta com o ministério dos sacerdotes terrenos que constantemente ofereciam
sacrifícios que não podiam limpar a consciência.
A expressão da “imagem exata” das coisas
significa não a sua representação exata. “Aperfeiçoar” quer dizer remover o
sentimento de pecado. Os sacrifícios do concerto mosaico prefiguram o
sacrifício final de Cristo. Eles não podiam purificar por completo os pecadores
que os ofereciam; do contrário já teriam deixado de se oferecer. Em vez de
expiar de forma completa os pecados do povo, o sacrifício anual no Dia da
Expiação era mais um lembrete visível dos pecados de todos.
O autor apresenta o Salmo 40 como um
cântico messiânico, já que tão somente Cristo, e não Davi, poderia vir a
cumprir as profecias do livro, ou seja, das Escrituras. Esse Salmo messiânico
revela que a extrema obediência de Jesus ao Pai foi também uma das razões pelas
quais Seu sacrifício foi melhor do que os sacrifícios do Antigo Testamento.
Ele, então conclui que Deus tira o primeiro, significando o sistema sacrificial
levítico, para estabelecer o segundo, ou seja, o sacrifício obediente do Filho.
Os sacrifícios imperfeitos foram abolidos, para que o sacrifício perfeito
pudesse conceder vida verdadeira. Pelo sacrifício definitivo de Cristo, os
crentes foram afastados de seus pecados e separados (consagrados) para Deus. O
Capítulo em questão faz então um contraste entre os sacerdotes levíticos com
Jesus, nosso Sumo Sacerdote. Os sacerdotes levíticos sempre ficavam de pé
diante de Deus. Não havia assentos no santuário, porque o serviço dos
sacerdotes nunca terminava. Havia sempre pecados para serem expiados. Por sua
vez, Cristo se assentou à destra do Pai (Hb.1:3; 8:1) depois de haver oferecido
a si mesmo como sacrifício. Isso indica que Seu trabalho de expiação terminara.
Suas palavras finais na cruz, está consumado (Jo.19:30), declaram essa
realidade espiritual.
O ato de redenção de Cristo está
consumado, e tudo o que Ele tem a fazer é esperar até que os seus inimigos
sejam postos por escabelo de seus pés. O ato de Cristo ao morrer pelo pecado
aperfeiçoou para sempre os que são santificados, isto é, aqueles que foram
separados para Deus. Observe que a santificação citada no versículo 10 é
posicional; refere-se à nossa justificação, ao fato de que fomos declarados
justos. No versículo 14, porém, santificação se refere ao processo gradual pelo
qual os cristãos se tornam cada vez mais perfeitos.
No verso 14, como no verso 12, do qual
este depende, a expressão “para sempre” tem a força de: em permanência, em
continuidade, sem interrupção. O Cristo está sempre assentado; nós somos sempre
perfeitos em virtude da Sua obra, segundo a perfeita Justiça na qual e em
virtude da qual Ele está assentado à direita de Deus, no Seu trono, e segundo o
que Ele é pessoalmente lá, segundo a Sua aceitação da parte de Deus, estando
demostrada pela Sua permanência à direita de Deus. E Ele está lá por nós! Já
vimos que esta posição dos crentes tem a sua origem na boa vontade de Deus,
isto é, a vontade que reuniu a Sua graça e o Seu propósito formado, e que tem o
seu fundamento e a sua certeza atual no cumprimento da obra de Cristo, cuja
perfeição é demostrada pela Sua permanência à direita de Deus.
Uma outra consequência prática nos é
apresentada, a saber, que os pecados tinham sido remidos, que já não há oblação
pelo pecado. Estamos, pois, na realidade, num terreno inteiramente novo, o do
fato de que, pelo sacrifício de Cristo, os nossos pecados são inteiramente
abolidos, assim, temos plena liberdade {toda ousadia} de entrar nos lugares
santos pelo sangue de Cristo, pelo caminho novo e vivo que Ele nos consagrou
através do véu, ou seja, da Sua carne, para nos admitir sem mácula na presença
do próprio Deus, revelado no santuário. E, como temos visto, temos também um
Sumo Sacerdote na Casa de Deus, que nos representa nos lugares santos.
Quarta-feira, 24/09: O novo e vivo
caminho.
Leitura Diária: Hebreus 10:15-20
Sobre as verdades expostas na devocional
de ontem é que são fundadas as exortações que se seguem. Há uma outra verdade
que precisamos nos atentar, a qual encontramos em I João 2, é que temos um
Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. É sobre esta verdade que a
nossa comunhão com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo é fundada e assegurada.
A Epístola aos Hebreus trata daquilo que
nos valeu o acesso e demostra que nós somos aperfeiçoados. Porém, a comunhão é
necessariamente interrompida pelo menor pecado, e é aqui que a intervenção do
Advogado, de que João nos fala, tem o Seu lugar. Tendo o direito de acesso até
Deus, aproximemo-nos com um coração reto, em plena certeza de fé. É a única
coisa que honra a eficácia da obra de Cristo e o amor que nos levou a gozarmos
da presença de Deus.
O ponto principal não é o processo de
santificação que ocorre ao longo de toda a vida, como veremos em 12:14, mas que
de uma vez por todas altera a nossa posição, que ocorre quando nos unimos a
Cristo pela fé e, desse modo, somos separados da poluição do pecado e
qualificados para adorar a Deus. Os sacrifícios diários, não menos que as
ofertas do Dia de Expiação, anunciavam, pela sua repetição, que eles não podiam
erradicar a culpa pelo pecado. Jesus, no entanto, por meio de um único
sacrifício, aperfeiçoou para sempre os que estão sendo santificados. Não há
mais necessidade de sacrifícios.
A lei foi cumprida em Cristo Jesus. Ele
abriu um novo e vivo caminho até a presença de Deus o qual não dependia mais da
Velha Aliança, e quem nos dá testemunho disso é o próprio Espírito Santo. É bom
observarmos que assim como outros livros do Novo Testamento, Hebreus afirma que
o Espírito é o autor principal da Escritura (3:7; 9:8).
Quinta-feira, 25/09: Confiança ao
aproximar-se de Deus
Leitura Diária: Hebreus 10:21-24
Aqui temos um resumo simples dos
argumentos doutrinários apresentados nos capítulos 7 a 10. A base da confiança
do cristão é o fato de que ele tem, agora, ousadia para entrar no santuário,
isto é, na presença santa de Deus, pelo sangue de Jesus e, também, do fato de
que Jesus é o grande Sacerdote sobre a casa de Deus. Ou seja, há duas coisas
que temos como cristãos: ousadia para entrar no santuário, isso significa que
Deus é quem nos dá a confiança de acesso livre e aberto a sua santa presença
por meio da obra de Jesus Cristo; e temos um grande Sacerdote sobre a casa de
Deus, não somente temos acesso diretamente a Deus, mas, nosso Senhor está lá e
intercede por nós, tornando a comunhão entre o crente e Deus, perfeita.
É sobre essa base que o autor exorta os
irmãos hebreus nos versículos seguintes, onde ele faz um convite, um chamado
para uma tomada de decisão em resposta às grandes verdades doutrinárias dos
capítulos anteriores. Ele chama os irmãos a aproximarem-se mais de Deus e faz
isso mostrando as condições para isso: “com verdadeiro coração, em inteira
certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo
lavado com água limpa”, ou seja, com sinceridade, com segurança, salvo e
santificado. Mas também ele chama os irmãos para manterem uma confissão
inabalável de fé no Cristo vivo. Deus envolve nossa esperança com Suas próprias
promessas, porque “fiel é o que prometeu”. Isto fala, então, de mais uma
afirmação baseada sobre fé na fidelidade de Deus.
No versículo 24, ele chama os irmãos ao
testemunho público da fé. O amor cristão não vive apenas de palavras, mas na
prática de boas ações pelo próximo.
A obra da cruz nos trouxe a graça de
aproximarmos do Deus Todo Poderoso. Não há privilégio e honra maior do que
esta. Todos os santos do passado viveram em meio ao sofrimento sustentados com
este alento. Poder estar na presença de Deus continuamente é a maior força que
um homem pode encontrar enquanto caminha por este mundo. Aqueles que
descobriram o caminho à Deus pelo sangue da cruz, descobriram o segredo da
perseverança. O cristão vivo é aquele que vive na presença de Deus. Precisamos
nos aproximar de Deus com sincero coração.
Sexta-feira, 26/09: O dever de congregar
e o perigo do pecado.
Leitura Diária: Hebreus 10:25-31
Nesses versículos finais do Capítulo 10
é nos chamado a atenção à adoração e ao ensino congregacional. Quando o zelo
descai e a fé vacila, o desejo de manter comunhão com outros crentes também
enfraquece. O estímulo do versículo 24 se torna possível através da
congregação. Quando os cristãos se reúnem, eles se exortam mutuamente ao
serviço frutífero e à comunhão ininterrupta.
O perigo da apostasia está emboscado na
falha dos crentes em se reunirem e se ajudarem mutuamente. E esse perigo deve
ser intensificado tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.
Aquele dia é a mais curta e direta referência à segunda vinda do Senhor Jesus.
O autor repete as outras passagens de
advertência sobre a apostasia que é algo deliberado e não há como encobrir tal
pecado. Se você der as costas ao Senhor Jesus Cristo, o único lugar para você
será nas trevas exteriores. Para isso, ele lembra os irmãos que na antiga
aliança não havia sacrifício para os pecados deliberados.
Ele contrasta isso no versículo 29 e
mostra três aspectos graves da apostasia: pisar (desprezar) o Filho de Deus,
isto é, desprezar Jesus como um qualquer; tiver por profano (profanar) o sangue
da aliança, isto é, desvalorizar a obra de Cristo, considerar o sangue de Jesus
algo comum; e fizer agravo (ultrajar) ao Espírito da graça, isto é, blasfemar
contra o Espírito Santo. Termina afirmando que é o próprio Deus quem julga o
pecador e lhe aplica a punição. Ninguém escapará do julgamento de Deus.
Vê-se que é o Julgamento que nos é
apresentado aqui como objeto de espera. A advertência insiste sobre a
perseverança na confissão franca de Cristo. Se aquele que professa ter
reconhecido o valor desse sacrifício a abandona, não há nenhum outro no qual possa
encontrar recurso, portanto, já não resta sacrifício para o pecado. Todo o
pecado era perdoado por virtude desse sacrifício; mas se, após termos conhecido
a verdade, se preferia o pecado, já não havia sacrifício, mesmo em virtude da
perfeição do sacrifício de Cristo. Já não restava senão o julgamento. Tendo
tido conhecimento da verdade e tendo-a abandonado, aquele que tinha feito uma
tal profissão tomava o caráter de inimigo. O caso aqui suposto é o abandono da
confissão de Cristo, quando se tem conhecido a verdade, preferindo
deliberadamente e segundo a própria vontade, de andar no pecado. Isto é
evidente, conforme o que precede o verso 29.
Sábado, 27/09: O sofrimento e a
perseverança.
Leitura Diária: Hebreus 10:32-39
Desde o início, após uma advertência
severa, o livro traz palavras de encorajamento e esperança. Aqui não é
diferente, o autor, relembra o começo da vida cristã dos irmãos e os convida a
refletir sobre isso. Ele os convida a continuar a viver pela fé e mostra três
momentos importantes para o exercício da fé na vida cristã: nos momentos de
adversidades (nas lutas, nos sofrimentos e nas perdas); nos momentos de
desesperança; e nos momentos de dúvidas sobre a fé. A única ação segura para
quem professa ser cristão, e a única ação feliz, é progredir espiritualmente a
cada dia, conforme a carta aos Hebreus nos ensina, até que nosso Senhor Jesus
Cristo volte.
Aqueles que têm uma vida de fé em Deus
estão sempre sujeitos a sofrer. Entre esses sofredores, estão: os leitores aos
quais se dirige Hebreus, os fiéis do Antigo Testamento, e, mais do que ninguém,
o próprio Jesus. Deus usa o sofrimento para fortalecer Seus verdadeiros filhos.
Sejamos, então, corajosos!
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