Devocionais da Semana 14-20 de setembro de 2025

Devocionais da Semana

Domingo, 14/09: A superioridade da Oferta de Cristo.

Leitura Diária: Hebreus 9:1

O capítulo 9 da Epístola aos Hebreus, nos mostra como a oferta de Cristo, seu sacrifício, é superior e eterno, muito além dos sacrifícios terrenos que são passageiros. No céu, tudo é eterno, pois lá não existe tempo, e assim o sangue que Jesus derramou no propiciatório do tabernáculo celestial está ativo para sempre. Esse é o motivo de não ser preciso repetir o sacrifício.

Os versículos 1 a 10 descrevem os sacrifícios no Dia da Expiação, no tabernáculo terreno (Lv.16), mostrando que esses sacrifícios não eram capazes de limpar a consciência. Em contraste, o oferecimento de Cristo de si mesmo, conquistando Sua entrada no santuário celestial (vs.11-14), estabeleceu um novo concerto (vs.15-22), provendo nossa salvação de uma vez por todas (vs.23-28). Sua obediência tornou eficaz Seu sacrifício. O primeiro concerto incluía um santuário terreno, o tabernáculo, no qual eram oferecidas ordenanças de culto divino.

A Epístola, relatando algumas circunstâncias particulares que caracterizavam a primeira Aliança, mostra que por elas os pecados não eram tirados, a consciência não era purificada, nem a entrada no lugar santíssimo concedida ao adorador; Deus estava oculto por um véu. O sumo sacerdote, e mais ninguém, entrava uma vez por ano, para fazer propiciação. O caminho até Deus, na santidade, estava vedado. A consciência não podia ser aperfeiçoada senão pelo sangue de touros e de bodes. Mas tratava-se de ordenanças provisórias e figurativas, até que Deus Se ocupasse da verdadeira obra de propiciação, realizando-a plenamente e para sempre. Isto, porém, leva-nos ao centro da luz que Deus nos dá pelo Espírito Santo nesta Epístola. O escritor sagrado, antes de demostrar pelas Escrituras do Antigo Testamento, a doutrina que anunciava, e a cessação dos sacrifícios da lei, de todo o sacrifício pelo pecado, ensina, com o coração cheio da verdade e da sua importância, quais são os valores intrínseco e o alcance do sacrifício de Cristo, sempre em contraste com as antigas ofertas.

 

Segunda-feira, 15/09: Os elementos do santuário terreno.

Leitura Diária: Hebreus 9:2-5

Quando analisamos o capítulo 9 da Carta aos Hebreus vemos que os seus versículos descrevem de forma simples o material principal que havia no tabernáculo. No pátio do tabernáculo, encontravam-se um altar para o sacrifício de animais, uma bacia para lavagem cerimonial e a tenda em si. O tabernáculo era dividido em dois cômodos por um véu. A primeira parte era o santuário ou Lugar Santo, onde ficava o candelabro, a mesa com os pães da proposição e o altar de incenso. O segundo cômodo era o Santo dos Santos, onde se achava a arca do concerto, ou arca da aliança, na qual estavam guardados símbolos do pacto feito por Deus com Israel por meio de Moisés.

O vaso do maná lembrava o povo de Israel da provisão miraculosa de Deus para ele no deserto. A vara de Arão era sinal da autoridade do sacerdócio: Deus havia ordenado que Arão e seus filhos fossem os representantes do povo perante Ele. As tábuas eram os Dez Mandamentos, dados à nação no monte Sinai. Sobre a arca ficava o propiciatório, lugar onde Deus tornava Sua presença conhecida. O incensário, apesar de neste capítulo parecer que estava no Santo dos Santos, na verdade, estava ao lado do véu que separava o Santo dos Santos do Lugar Santo. Por causa de sua função, no entanto, era normalmente associado ao Santo dos Santos (Êx.30:6; 40:6).

O texto também nos mostra as três consequências do valor eficaz da oferta: Em primeiro lugar, o caminho do santuário é manifestado; há acesso até junto do próprio Deus, lá onde Ele está. Em segundo lugar, há a purificação da consciência; e em terceiro lugar há uma redenção eterna. O preço inestimável é que somos admitidos à presença do próprio Deus pelo Caminho novo e vivo que Jesus nos consagrou através do véu, isto é, da Sua própria carne. Temos agora acesso contínuo a Sua maravilhosa presença! Na verdade, como poderíamos nós ter acesso até junto de Deus, na luz, se tudo o que nos separava d’Ele ainda não tinha sido tirado completamente por Aquele que foi oferecido uma vez, para levar os pecados de muitos? Mas o que nos é revelado aqui, e depois formalmente verificado no capítulo 10, como um direito de que nós gozamos, é o fato precioso e tão perfeito, que o acesso junto do próprio Deus nos é inteiro. Aqui, é verdade, estamos assentados nos lugares celestiais, porque não é a nossa união com Cristo que é o assunto desta Epístola, mas sim o acesso ao pé de Deus, no santuário. Somos considerados como estando sobre a Terra, mas, embora estando aqui, temos acesso livre e total junto de Deus. O nosso Salvador aperfeiçoou a nossa consciência de tal modo que podemos entrar no santuário sem temor. Tudo isso porque passamos a ter uma consciência perfeita, isso significa que nossa consciência conhece a Deus, e, tendo o conhecimento do bem e do mal, segundo a luz do próprio Deus, ela sabe que é purificada de todo o mal, estando em harmonia com a pureza de Deus. Isso porque, Cristo, tendo entrado uma vez no Céu, ali permanece. O nosso Sumo Sacerdote está no santuário, não com o sangue de animais, que são figuras do verdadeiro Sacrifício.

 

Terça-feira, 16/09: A função dos elementos da antiga aliança.

Leitura Diária: Hebreus 9:6-10

Os sacerdotes entravam no Lugar Santo pela manhã e à tarde para queimar incenso no altar de ouro e acender as lâmpadas (Êx.30:7,8). Toda semana, no Sábado, eram trocados os pães da proposição (Lv.24:5-8).

Só o sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos. Uma vez por ano, no Dia da Expiação, ele oferecia sangue sacrificial por si mesmo e pelas culpas do povo de Israel (Lv.16). No antigo concerto, o acesso a Deus era limitado.

O fato de que o sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos apenas uma vez por ano indica o evidente propósito divino de a Lei não visar propriamente a levar os crentes à presença de Deus. O tabernáculo era uma alegoria, uma ilustração das verdades espirituais. O concerto feito mediante Moisés cobria temporariamente os pecados e a culpa, mas não os pecados premeditados, tampouco o pecado inato de todas as pessoas (Sl.51). Em outras palavras, o sistema não tinha esse proposito eterno, não reconciliava propriamente o pecador com Deus.

Em Jesus a abolição do pecado foi feita e a redenção não é nem temporal nem passageira, é a redenção da alma, uma redenção para a eternidade, de harmonia com a eficácia do que foi feito. Tais são, pois, os três resultados da obra de Cristo: O acesso imediato junto de Deus, a consciência purificada e uma redenção eterna.

Cristo é Sumo Sacerdote dos bens futuros. E quando a Palavra de Deus diz “dos bens futuros”, o ponto de partida é Israel sob a lei, antes da chegada de nosso Senhor. Todavia, uma vez que esses bens futuros foram já adquiridos e se pode dizer: “nós os temos”, porque o Cristianismo é o cumprimento do que é expresso nessas palavras, não se pode continuar a chamá-los “bens futuros”. No entanto, eles são ainda futuros, porque representam tudo aquilo de que o Messias gozará, quando reinar. É por isso também que as coisas terrestres ali têm o seu lugar. Mas a nossa relação atual com Cristo é pura e inteiramente celestial; Ele atua como Sacerdote num tabernáculo que não é desta Criação; esse tabernáculo está junto de Deus, não é feito por mãos!

Nós temos o nosso lugar no Céu! Cristo ofereceu a Si mesmo, imaculado, a Deus; a oferenda preciosa do Cristo é considerada com um ato que Ele efetuou como homem, embora na perfeição e no valor da Sua pessoa. Ele oferece-Se a Deus, mas faze-o movido pelo poder e segundo a perfeição do Espírito eterno.

Todos os motivos que governaram este ato da Sua parte, e o cumprimento do ato, foram puros e perfeitamente do Espírito Santo, isto é, absolutamente divinos. Foram os motivos do Espírito Santo atuando num homem (Homem sem pecado, que, nascido e vivendo sempre pelo poder do Espírito Santo, não tinha conhecido o pecado; que, livre do pecado pelo Seu nascimento, não o tinha nunca deixado entrar em Si), de modo que é este Homem-Cristo que Se oferece! E é tudo quanto era preciso.

 

Quarta-feira, 17/09: O poder do sangue de Jesus Cristo.

Leitura Diária: Hebreus 9:11-14

O primeiro concerto contava com um santuário e um serviço de adoração sacrificial. Cristo, do mesmo modo, teve santuário e ofereceu sacrifício. O tabernáculo de Cristo é mais perfeito, bem melhor, do que o tabernáculo do Antigo Testamento, por isso temos o acesso a Deus. Assim, o maior e mais perfeito tabernáculo não é uma referência ao corpo de Cristo, mas sim ao verdadeiro tabernáculo celestial.

A cerimônia sacrificial do sacerdote levítico alcançava um tipo de redenção simbólica, limitada e recorrente. Cristo, por seu próprio sangue, alcançou para nós eterna redenção. Seu sacrifício jamais precisará ser repetido, porque foi perfeito, não há mais necessidade de outro sacrifício, Seu sangue derramado foi o caminho de acesso a Deus.

De acordo com a lei, o sangue de touros e bodes dos sacrifícios feitos no Dia da Expiação era um pagamento temporário pelos pecados do povo. Já a cinza de uma novilha, misturada com água, era usada para a purificação de alguém que tivesse se tornado imundo, pela lei, por haver tocado uma pessoa morta (Nm.19). Destaca o autor de Hebreus que essas cerimônias alcançavam apenas o exterior do ser, não o seu coração. O Espírito Santo, (é bom lembrarmos que as três pessoas da Trindade estão envolvidas na purificação), purificará a vossa consciência. A contaminação espiritual de alguém é interna, não externa. A morte de Cristo tem o poder de purificar a alma alcançando o mais secreto compartimento dela, o espírito da pessoa. Depositar fé e confiança naquilo que já serviu ao seu propósito e já se extinguiu é inútil.

 

Quinta-feira, 18/09: Jesus é o mediador da nova aliança

Leitura Diária: Hebreus 9:15-21

O Novo Testamento apresenta duas bênçãos para o crente: redenção e herança. Os crentes recebem redenção dos pecados cometidos sob a lei. Cristo pagou o preço para nos libertar de nosso próprio pecado. Sua morte substitui nossa morte, a pena pelos pecados. Como os israelitas, os cristãos também recebem uma herança, porém é uma herança eterna. Ao imitar a fé e a paciência de Abraão, os cristãos têm a garantia de que herdarão as maravilhosas promessas que Deus lhes fez.

Testamento significa uma vontade manifesta legalmente. Antes que a vontade manifesta em um testamento tenha efeito, aquele que fez o testamento deve morrer. O testamento feito mediante Moisés foi ratificado pelo sangue, isto é, pela morte. Não, porém, a morte daquele que fazia o testamento, mas dos animais oferecidos como sacrifício a Deus (Êx.24:1-8). Para confirmar a proposição de que a morte é necessária para a ratificação de um testamento, o autor ilustra o assunto recorrendo à ratificação do antigo concerto (Êx.24:3-8).

Estando tudo perfeitamente cumprido para a glória de Deus, a consciência de todo aquele que vier a Deus por meio desta oferenda, é purificada; as obras mortas são apagadas e postas de lado, e nós mantemo-nos diante de Deus na base do que Cristo fez.

Perfeitamente purificados nas nossas consciências de tudo aquilo que faz o homem morto na sua natureza de pecado, e tendo de tratar com Deus na luz e em amor, sem nenhuma questão de consciência entre Ele e nós, somos capazes de servir o Deus vivo! O cristão tem a consciência perfeita, por Cristo e serve a Deus em liberdade, porque em Cristo nós somos a Justiça de Deus.

 

Sexta-feira, 19/09: A importância do sangue na santificação.

Leitura Diária: Hebreus 9:22-26

Na Lei entregue a Moisés existiam exceções para a purificação com sangue (Lv.5:11-13), mas eram poucas em comparação com a importância dos sacrifícios feitos para a remissão de pecados (Lv.17:11). Se as figuras tinham de ser purificadas pelo sangue, então um sacrifício ainda melhor era necessário para a realidade do verdadeiro santuário. O sacrifício de Cristo foi melhor do que os feitos sob o antigo concerto, porque, ao fazê-lo, Ele não entrou em um santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas ingressou no verdadeiro santuário, que está no céu, perante a face de Deus. Cristo não ofereceu um sacrifício de animais periódico, anual, mas ofereceu sacrifício de si mesmo e de uma só vez. A vinda de Cristo marca o clímax da época do Antigo Testamento.

A primeira tenda caracterizava as relações do povo com Deus, e isto somente era possível por meio de um sacerdócio. Não se podia chegar ao pé de Deus sem isso. Cristo vem, realiza o sacrifício, toma a consciência perfeita e entra no Céu. E nós, por meio d’Ele, nos aproximamos de Deus, na luz. Cristo veio; maior e mais perfeito do que qualquer outro sumo sacerdote da Antiga Aliança. A Nova Aliança, da qual Ele é Mediador, é fundada sobre o Seu sangue. É, aliás, bem impressionante a maneira como o escritor evita sempre fazer uma aplicação direta da Nova Aliança.

 

Sábado, 20/09: O sacrifício eficaz de Cristo.

Leitura Diária: Hebreus 9:27-28

Como as pessoas morrem uma vez só, Cristo morreu uma só vez, não como os repetitivos sacrifícios do sistema levítico. Todavia, diferente das demais pessoas, Cristo não morreu e enfrentou o juízo. Ele morreu uma vez, para então vir a aparecer uma segunda vez para a salvação. Aqueles que o esperam não são propriamente todos aqueles que se dizem crentes, mas somente os que se mantêm firmes até o fim.

É da maior importância compreender claramente que é na presença de Deus que nós entramos, e isto em todo o tempo, e em virtude de um sacrifício e de um sangue que nunca perdem seu valor. O mediador pagou o resgate! O pecado já não tem direitos sobre nós. É perseverando neste caminho, que, pelos méritos d’Aquele que retirou o véu da separação entre Deus e o homem, podemos adentrar no “Santo dos Santos”, e, pela fé, viver em conformidade com a vontade de Deus, em obediência, “pois esta é a vontade de Deus: a [nossa] santificação” (I Ts.4:3).

Cristo Jesus “Se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de Si mesmo, o pecado. E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-Se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que O aguardam para a salvação” (v.26-28). A humanidade nunca esteve tão perto desta saudosa promessa, mas também nunca esteve tão longe de Deus. Os dias que antecedem o retorno do nosso Senhor e Salvador, como Ele próprio afirmou, se assemelham aos dias de Noé e aos dias de Ló (Mt.24:37; Lc.17:28). Se aproxima o tempo em que os homens “correrão por toda parte, procurando a Palavra do Senhor, e não a acharão” (Am.8:12). Enquanto temos a Bíblia em mãos e a graça de ainda poder estudá-la, busquemos com mais empenho a sua sabedoria, pois “o Dia do Senhor está prestes a vir sobre todas as nações” (Ob.1:15). Que Jesus nos encontre apercebidos!

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