Devocionais da Semana 18 de setembro à 04 de outubro de 2025

Devocionais da Semana

Domingo, 28/09: A importância da fé.

Leitura Diária: Hebreus 11:1-3

O capítulo 11 da Epístola aos Hebreus é conhecido como galeria dos heróis da fé. Ele traz uma definição geral de fé, que é a conclusão do capítulo 10 e depois mostra a fé na prática, através da vida de homens e mulheres de Deus do passado. O autor apresenta uma galeria de nomes ilustres e consagrados a Deus cada um em seu tempo. Começa apresentando o conceito de fé e falando sobre a sua importância. A partir disso, apresenta uma lista detalhada de exemplos de homens e mulheres de Deus que tiveram suas vidas completamente influenciadas pela fé. As razões para o autor ter dedicado 40 versículos explicando sobre a fé podem ser primeiramente para contrastar a fé com a ênfase que o Antigo Testamento dava à obediência à lei; e depois para mostrar o que homens e mulheres de Deus, “a grande nuvem de testemunhas”, fizeram por meio da fé, no passado. Assim, ele encoraja seus leitores a permanecerem firmes, lembrando que os cristãos têm promessas superiores.

A construção gramatical do versículo 1 no texto original traz a seguinte mensagem: “Fé significa que estamos dando substância às coisas esperadas, e provamos estas, ainda que não sejam vistas”. Não é fechar os olhos e dizer: “Vai dar certo”, ou, “tem que acontecer”. Não é pensamento positivo, nem confissão positiva. O alicerce da fé são as promessas da Palavra de Deus. A fé, na Bíblia, está sempre ligada à confiança que o homem deposita na palavra do Deus vivo, fiel e verdadeiro (Nm.23:19; Tt.1:2).

Ao escrever que os “antigos obtiveram bom testemunho”, o autor coloca o verbo “obter” no tempo e modo de forma a indicar que foi Deus quem deu o testemunho acerca deles. Foram homens e mulheres antigos que receberam recomendação divina por sua fé. Nos primeiros versículos temos um importantíssimo testemunho bíblico acerca de como se deu o processo da criação do universo, tudo aconteceu exatamente como o Gênesis registra: “Disse Deus” (Gn.1:3,6,9,14, 20,24,26). Embora os cristãos sejam criticados e até ridicularizados, são os que melhor entendem o processo da criação do universo. Na Bíblia, a palavra de Deus é Deus em ação.

Ao contemplar a origem do mundo observável da natureza, o escritor reconhece a necessidade da fé. Se a explicação fosse restrita a fenômenos que podem ser testados, nenhuma fé seria necessária. Mas as palavras “pela fé entendemos” demonstram que o conhecimento não é independente da fé.

 

Segunda-feira, 29/09:  Os Heróis da Fé.

Leitura Diária: Hebreus 11:4-10

Falar de fé é um desafio devido a natureza particular deste dom. Por mais que tenha se tornado uma palavra de uso comum e uma expressão de motivação, a fé bíblica envolve não somente um estereótipo social, mas compromisso e ação. Conforme podemos observar nos versículos deste capítulo de Hebreus, esta fé é o alicerce sólido que sustenta qualquer coisa que faça a vida digna de ser vivida; é a esperança viva, é crer para ver. Fé não se explica, fé se experimenta. E foi com base em experiências que este capítulo foi composto. Experiências que comprovam a base da fé: confiança no poder de Deus.

Se fizermos uma pesquisa pública perguntando se as pessoas confiam em Deus, certamente, entre o público cristão, teremos um percentual de praticamente 100% de respostas positivas. No entanto, o estudo de Hebreus 11 nos fornece informações suficientes para concluirmos que nem todos que afirmam confiar em Deus, de fato confiam. Ter fé em Deus inclui confiança plena em Seus propósitos, mesmo que estes sejam contrários às expectativas pessoais e à opinião geral. O autor relata, por exemplo, a experiência de Noé, que, “sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa”, contrariando todo o mundo antediluviano, que o taxou de fanático e de louco. Abraão deixou a sua terra e a casa de seu pai para ir a um lugar que ele não conhecia. Sem falar no “disparate” de caminhar três dias até um monte para sacrificar o próprio filho. Atitudes que, aos olhos humanos, são difíceis de se conceber, mas que foram reais e impactaram a história deste mundo.

“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus”. Porque a fé não é algo que se professa da boca para fora, mas que se consuma em atos de um verdadeiro adorador. “Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho”. Suas vidas deixaram um legado de fé nas promessas eternas, “confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra”. Quantos, hoje, estão dispostos a abandonar suas aspirações pessoais e egoístas para se render à vontade de Deus? Quantos, “agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial”? Quantos de nós teríamos a coragem de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, de permanecer em pé enquanto o mundo se prostra perante a falsa adoração? Ah, amados, fé não se trata de uma confissão de palavras, mas de atitudes.

Um exemplo muito forte de tudo o que escrevemos aqui é o de Abel, não é dada nenhuma indicação da razão por que seu sacrifício se revelou mais aceitável. O único indício é o que foi dito a Caim que, se procedesse bem, ele também seria aceito (Gn.4:7), o que sugere que tinha muito a ver com a atitude do coração e o estilo de vida de Abel. Em outras palavras, o problema não estava no conteúdo da oferta, mas no coração do ofertante.

 

Terça-feira, 30/09: Exemplos de homens e mulheres de fé.

Leitura Diária: Hebreus 11:11-12

Uma das lições que podemos observar neste capítulo é acerca do relacionamento entre o homem e Deus. Quem busca a Deus deve crer na Sua existência e que Ele é um Deus galardoador (recompensador).

Nenhuma outra coisa poderia ter levado Noé a fazer o que fez senão cresse nessas coisas.

Ao concluir a exortação do capítulo anterior com a declaração de que os crentes deveriam viver pela fé (Hb.10:38-39), o autor, faz questão de falar sobre a fé detalhadamente, é por esse motivo que ele usa personagens como Noé, extraídos do Antigo Testamento. Ele usa pessoas que confiaram em Deus até o fim, sem vacilar, para dar exemplos diversos.

Os versículos deste capítulo não constituem propriamente uma definição de fé, mas a descrição do que a fé pode fazer, e um dos exemplos é o de Sara. Embora o livro de Gênesis não fale explicitamente, Sara evidentemente acreditava que nada era difícil para o Senhor (Gn.18:15). Como resultado, Deus a abençoou com o filho prometido, apesar de ela estar fora da idade de conceber.

Os primeiros versículos do capítulo se referem a Abraão, Sara, Isaque e Jacó, que morreram antes de tomar posse da terra ou ver qualquer outra das provisões do concerto de Deus. Apesar disso, persistiram na fé até o fim de sua vida terrena. Foram estrangeiros e peregrinos na terra sem, contudo, a possuir. Esses homens e mulheres de fé sabiam que este mundo é temporário e que seu lar eterno seria junto a Deus.

 

Quarta-feira, 01/10: A esperança alimentada pela fé.

Leitura Diária: Hebreus 11:13-16

Podemos perceber, através de todo o capítulo, que a obediência é o resultado da fé: Pela fé, Abel obedeceu; pela fé, Enoque foi obediente; pela fé, “fez Noé, consoante a tudo o que Deus lhe ordenara” (Gn.6:22); pela fé, “Abraão, quando chamado, obedeceu”.

Não é por acaso que os comentários sobre a fé de Abraão ocupem mais espaço do que o dedicado a qualquer outro personagem do Antigo Testamento neste capítulo. Ele era, por excelência, um homem de fé. Então, era de se esperar que “o pai de todos os que creem” (Rm.4:11), ou o “pai da fé” como alguns dizem, recebesse grande espaço nesta galeria de heróis da fé. Todavia, o espaço que temos nessas devocionais não é ideal para que façamos os comentários que o texto merece. 

Os patriarcas e Sara não retornaram para Ur, embora pudessem tê-lo feito se quisessem. Os leitores destinatários da Epístola aos Hebreus deveriam seguir o exemplo dos patriarcas, recusando-se a retornar à religião de seus ancestrais, um sistema religioso que não oferecia a expiação do pecado (Hb.8:7-13). Da mesma forma, os cristãos devem recusar-se a retornar às atrações e perdições deste mundo (II Tm.2:3,4; 4:10).

 

Quinta-feira, 02/10: Outros exemplos de fé

Leitura Diária: Hebreus 11:17-24

Sobre a fé de Isaque, o único fato que o escritor menciona foi a bênção de Jacó e Esaú. O nome deles se dá nesta ordem e não na ordem do nascimento, talvez porque essa foi a ordem na qual receberam a bênção de seu pai.

Nada se diz acerca do engano a que foi submetido Isaque. A consequência desse engano foi a bênção que havia sido destinada a Esaú (o primogênito) ter sido derramada sobre Jacó. O fato é que Deus inverteu a ordem natural, e o herdeiro da promessa ficou sendo o segundo entre os gêmeos, ao invés do primeiro. A bênção que passava do pai para o filho era de grande relevância para a mente judaica. O escritor bíblico vê isto como um ato de fé.

As bênçãos de Jacó de despedida sobre cada um dos filhos de José são mencionadas como evidência específica da sua fé em Gênesis 48:11-22.

Quando Abraão foi provado, creu que Deus, se necessário fosse, podia fazer Isaque dos mortos ressuscitar (Gn.22:5). O incidente é uma metáfora do que Deus tem feito por nós. Isaque não seria tão bom se morto, de modo que Deus providenciou um cordeiro para ser sacrificado em seu lugar (Gn.22:9-14). Para Deus, tudo é possível. É Ele o Todo-poderoso, e a prova disso é que Seu próprio Filho triunfou sobre a morte (Jo.11:38-44; I Co.15:54-57; Ap.1:18). Isaque, Jacó e José acreditaram até o final de sua vida no futuro invisível que Deus lhes havia prometido com relação a Seu povo. Já os pais de Moisés tiveram fé em Deus, sem temerem a opressão de Faraó.

A vida de José mereceu ser citada como um belo exemplo de fé nesta galeria. O autor da carta escolheu um episódio que pertence ao final da vida de José. Está registrado em Gênesis 50:24-26. José havia passado a totalidade de sua larga vida, a não ser os primeiros dezessete anos, no Egito, mas aquele não era o seu lugar. O cumprimento do seu pedido está em Êxodo 13:19 e Josué 24:32.

Na vida de Isaque, de Jacó e de José encontramos atos preciosos de fé. Eles provaram, mais uma vez, que “a fé é a certeza de coisas que se esperam e a convicção de fatos que não se veem”.

 

Sexta-feira, 03/10: A fé de Moisés.

Leitura Diária: Hebreus 11:25-31

Moisés também recebe um tratamento extenso, porque tanto ele quanto o êxodo têm muita importância na história do povo de Deus, no Antigo Testamento. Sua vida inteira fora marcada pela consciência da presença e do poder de Deus, além da crescente obediência à Palavra do Senhor. Algumas lendas judaicas creditavam a Moisés um vasto conhecimento de aritmética, geometria, poesia, música, filosofia, astronomia e outros ramos do saber. Mas, o importante aqui é que a Escritura afirma “Que nunca mais se levantou em Israel outro profeta como Moisés, (Dt.34:10; Êx.33:11). O autor da carta destaca dois aspectos da fé de Moisés: pessoal e nacional. Moisés creu em Deus ao recusar alta posição na corte de Faraó. Em vez disso, escolheu sofrer com seu povo, abandonar o Egito e aceitar a Páscoa. Para ele, teria sido grave pecado abandonar o povo de Deus (Hb.10:25).  O vitupério de Cristo se refere à terrível morte que Ele receberia. Tal como Cristo, Moisés escolheu sofrer o ultraje do povo de Deus, em lugar de abraçar os prazeres terrenos da corte do Egito. A possibilidade de recompensa espiritual é a grande motivação para permanecermos na fé.

Deus ordenou a Moisés que o povo israelita aspergisse sangue nos umbrais de suas portas. Moisés creu na palavra de Deus, e o povo deu também atenção e obedeceu à advertência; como resultado, os primogênitos de todas as famílias judias foram salvos (Êx.12:1-13).

Já houve quem tentasse explicar o milagre da travessia do mar Vermelho dizendo que o local era pantanoso. Se assim fosse, teria sido um milagre maior ainda que o exército egípcio tivesse se afogado em um raso e desprezível pântano!

 Foi preciso fé para que os guerreiros de Israel destruíssem os muros da cidade de Jericó de maneira tão incomum. Seu ato de fé produziu os resultados que desejavam; Deus deu-lhes a vitória sobre seus inimigos (Js.6). Os caminhos de Deus nem sempre parecem ser os mais lógicos para a compreensão humana (Is.55:8), mas cumprem sempre os propósitos divinos.

 

Sábado, 04/10: A fé leva a obediência.

Leitura Diária: Hebreus 11:32-40

A obediência resulta somente pela fé porque Jesus é nosso poderoso exemplo. Ele viveu e efetuou Suas obras mediante o poder que Lhe vinha de cima (Jo.14:10), e não por algum poder inerente. Ele veio a este mundo não apenas para morrer por nós, para pagar a pena pelo pecado, mas também para mostrar-nos como viver dependendo de um Poder superior. Jesus levou uma vida de obediência exclusivamente pela fé e tornou-Se o maior argumento para nos provar que somos convidados a viver como Ele o fez, em obediência pela fé.

A fé é o lugar mais seguro que alguém pode se encontrar, mesmo que talvez possa ser o lugar onde inicialmente tenhamos menos lugares palpáveis. Ela não cria algo, ela traz a realidade natural, ao campo da nossa visão, algo que já foi feito no sobrenatural. Sabendo que a fé está baseada na Palavra de Deus e que Ele vela por cumprir a Sua palavra (Jr.1:12), temos a convicção que tudo aquilo que Deus um dia já disse, é um fato. Não há a possibilidade de não ter acontecido.

Ainda que tantas pessoas tenham feito e recebido coisas extraordinárias por meio da fé, e, por isso, “obtiveram bom testemunho por sua fé”, contudo elas não receberam “a concretização da promessa”, isso quer dizer que nem um deles viu o cumprimento das profecias referentes à chegada do Messias.

No versículo 40, temos mais um texto que comprova a superioridade de Cristo: “por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito”, está se referindo à fé cristã. Por isso que Jesus afirmou sobre João o Batista em Lucas 7:28, dois fatos importantes que podemos aprender: Primeiro: ninguém é maior que João o Batista, porque ele foi o único profeta da antiga aliança que anunciou o Messias e viu o cumprimento dessa profecia. (Mt.3:1315). Segundo: o menor no reino dos céus é maior do que João porque, a partir da chegada do Messias, as pessoas entram no reino dos céus crendo em Cristo, e Ele é maior do que todos. A fé em Cristo é superior.

Sobre os heróis da fé, Hebreus conclui: “Homens dos quais o mundo não era digno”. quer dizer que o mundo não era um lugar bom para esses homens de fé. A estatura espiritual deles fez com que fossem merecedores de uma cidade superior. A ideia é também que o mundo não oferecia hospitalidade compatível com o exemplo de fé dessas pessoas formidáveis. Essa tão grande nuvem de testemunhas é um exemplo para nós. O Deus deles é o nosso Deus. Eles tiveram fé, e obtiveram bom testemunho. “Senhor, aumenta-nos a fé.”!

Para concluir destacamos a referência a mulheres que receberam pela ressurreição os seus mortos é provavelmente uma alusão à ressurreição do filho da viúva de Sarepta (I Rs.17:17-24) e à do filho da mulher sunamita (II Rs.4:32-37). Mas, nem todos que tiveram fé alcançaram vitórias, pelo menos, não de imediato. “Muitos foram torturados”, isso provavelmente é uma alusão aos mártires da época dos Macabeus, bem conhecidos do povo judeu. “Uma melhor ressurreição” é referência à ressurreição final e entrada magnífica no Reino (II Pd.1:11), nossa aguardada recompensa eterna.

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