Devocionais da Semana 07-13 de setembro de 2025
Devocionais da Semana
Domingo, 07/09: A Antiga e a Nova
Aliança.
Leitura Diária: Hebreus 8:1
Chegamos no capítulo 8 da Epístola aos
Hebreus, onde o autor começa ensinando sobre a importância do sacerdócio na
antiga aliança e na nova. A partir disso ele mostra que à medida que a nova
aliança é implantada a antiga aliança deixa de ser utilizada. Ao apresentar as
diferenças entre uma e outra ele diz o porquê isso acontece, explicando que a
nova aliança não será mais escrita em tábuas de pedra, em couro, ou mesmo em
papel, o Senhor a escreverá nas tábuas dos corações do seu povo através do
Espírito Santo.
Segunda-feira, 08/09: A diferença da
Nova Aliança.
Leitura Diária: Hebreus 8:2
Ao continuar falando da diferença da
Nova Aliança, inaugurada com o nascimento de Cristo, o autor aos Hebreus afirma
que a primeira aliança era feita com Israel, a segunda será feita também com o
Israel, não físico, mas espiritual, aos nascidos em Cristo que veio para
inaugurar uma nova Era ou seja a Nova Aliança.
Todavia, a Epístola, na passagem que
agora estudamos, não menciona o fato do porquê deve haver uma segunda aliança,
ele apenas demonstra que com o fim da primeira, que já não deve durar, é
preciso avançar para a segunda. A primeira aliança é antiga e deve desaparecer.
No que se segue, os serviços
pertencentes à primeira aliança são postos em contraste com a obra perfeita
sobre a qual o Cristianismo é fundado. Deste modo, são introduzidos o alcance e
o valor da obra de Cristo. Uma aliança é um princípio de relação com Deus sobre
a terra, condições que Deus pôs, mediante as quais o homem deve viver com Ele.
O Evangelho é a revelação da salvação de Deus. Ele aponta para a Nova Aliança
feita em Cristo e que exige obediência total. Deus cumpre as suas promessas, e
aquilo que era parte d’Ele nessa Nova Aliança foi feito. Ele envia Cristo para
tomar sobre si o pecado da humanidade e deixar aberto o caminho para a redenção
de todo aquele que desejar se reconciliar com Ele.
Deus estabelece essa Aliança com o Seu
povo através de Seu Filho que nasce entre os homens, tomando a forma de homem
como diz o Apóstolo Paulo escrevendo aos Coríntios: “Àquele que não conheceu
pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.”
II Coríntios 5:21 e Filipenses 2:2-8. Essa Aliança, é selada com o Espírito
Santo. “Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o
evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o
Espírito Santo da promessa;” Efésios 1:13
Terça-feira, 09/09: Jesus está à direita
do trono de Deus
Leitura Diária: Hebreus 8:3-4
A palavra “aliança” é empregada, assim
como a palavra “lei”, porque se serviam dela comumente para exprimir o estado
da revelação de Deus. É assim que chegamos ao conhecimento de Deus. Nós,
Cristãos, temos condições eternas de relação com Deus, das quais o sangue de
Cristo é a expressão e a garantia, estando posto o fundamento, em graça eterna,
e em justiça, por esse sangue precioso.
Estando por Ele livres do pecado e com a
garantia do selo do Espírito Santo temos a certeza da recompensa dessa Nova
Aliança, a eternidade com Deus nos Céus, onde Cristo está assentado a direita
do Trono de Deus. Não devemos nos ocupar, com coisas que sujem, que pesem sobre
a consciência, que entristeçam o Espírito Santo e que tornem impossível a
comunhão com Deus. Nenhum ganho aqui no
mundo, nenhuma vantagem aqui na terra pode compensar o prejuízo da perda de uma
consciência pura, de um coração em paz e do gozo de uma comunhão desimpedida
com Deus, visto que com a Nova Aliança já temos a garantia de algo muito maior
do que qualquer tesouro que podemos receber aqui neste mundo. Temos um lugar
junto a Cristo, garantido pelo Espírito Santo que é o selo dessa promessa.
Quarta-feira, 10/09: A nova aliança é
superior.
Leitura Diária: Hebreus 8:5-6
O ministério sacerdotal de Cristo
pertence ao Reino celestial. Ele ministra no céu, e não no tabernáculo de
Moisés. Seu sacrifício foi algo eterno, não oferecido como dons segundo a lei,
pois Ele é o Mediador de um novo concerto. Esses tópicos são desenvolvidos mais
adiante.
O tema mais importante desta parte da
Epístola aos Hebreus, é o sumo sacerdócio de Cristo, mencionado antes nos
capítulos 2:17-3:1, e desenvolvido nos capítulos 4:14-7:28.
Ao citar o Santuário o escritor se
refere à realidade celestial, representada na terra no Santo dos Santos
(Hb.9:2,8,24; 10:19; 13:11). Esta realidade é a presença do próprio de Deus.
Nosso Sumo Sacerdote serve lá e é para lá que nos levará (Hb.10:19). Segundo a
lei, tão-somente os da tribo de Levi podiam servir como sacerdotes. Cristo,
homem, não era levita, mas da tribo de Judá, nascido em Belém e crescido em
Nazaré (Hb.7:13,14).
O sacerdócio levítico servia de exemplo
do futuro sacerdócio celestial. Isso também vale em relação ao tabernáculo que
a Moisés foi apresentado como um modelo, uma amostra do verdadeiro tabernáculo
(Êx.25:40). Cristo não apenas serve em um santuário melhor, como também exerce
um ministério mais excelente e é mediador de um melhor concerto, tendo por base
melhores promessas. O primeiro concerto foi feito por meio de Moisés, o segundo
é feito por meio do Filho que é maior que Moisés.
A citação de Jeremias 31:31-34 demonstra
que mesmo no Antigo Testamento já era reconhecido que haveria de vir um outro
concerto. O novo concerto é o mesmo melhor concerto do versículo 6. Esse pacto
foi feito com os antigos Israel e Judá, mas é a Igreja que desfruta das bênçãos
espirituais desse concerto. O concerto abraâmico, feito com Abraão e seus
descendentes (Gn.17:7), que herdariam a terra (Gn.12:7; 13:14,15), continha
também promessas espirituais (Gn.12:3), das quais a Igreja participa
(Rm.11:11-27; Gl.3:13,14). O novo concerto é, de fato, o cumprimento da
redenção espiritual, prometida nos pactos de Deus com Abraão e Davi
(Mt.26:26-29; Lc.22:20). Existem quatro pontos característicos no novo
concerto: Primeiro a lei de Deus é escrita na mente e no coração dos cristãos,
em contraste com a lei de Moisés, escrita em tábuas de pedra; segundo os
cristãos terem um relacionamento com Deus, em cumprimento à promessa em
Levítico 26:12; terceiro todos conhecem a Deus, os fariseus e escribas não
precisariam mais ensinar a complexidade da Lei ao povo; e por último Deus
perdoaria os pecados dos remidos e de seus pecados não se lembraria mais. O
contínuo sacrifício de animais para expiação dos pecados cessaria.
A presença de um novo e melhor concerto
demonstra não só que o primeiro concerto não era mais suficiente, mas também
que foi tornado velho e perto de acabar. Na época em que o autor de Hebreus
escreveu essas palavras, é possível que as leis cerimoniais ainda fossem
observadas no templo em Jerusalém. Em 70 d.C., no entanto, o general romano
Tito destruiria o templo, cumprindo essas palavras.
Quinta-feira, 11/09: Uma Aliança Melhor
Leitura Diária: Hebreus 8:7-8
O trabalho do sacerdote é fazer as
oferendas e sacrifícios no santuário. Como nosso Sumo Sacerdote celestial,
Jesus também serve num santuário, mas este é um santuário que não foi feito por
mãos humanas, como o foi o tabernáculo. Jesus é, não somente superior aos
profetas do Velho Testamento, aos anjos, a Moisés e a Aarão, mas é também um
melhor sumo sacerdote, que ministra num santuário melhor. Ele é o mediador de
uma aliança mais bem estabelecida sobre melhores promessas. Alguns dos
destinatários originais de Hebreus estavam pensando em retornar ao judaísmo. O
autor de Hebreus quer que eles entendam como seria tolo deixar uma aliança
melhor para retornar a uma imperfeita. Se o primeiro pacto tivesse sido
infalível, não teria havido necessidade de outro. Até mesmo o santuário
associado com a Lei de Moisés, o tabernáculo construído no Monte Sinai, era
apenas uma cópia e uma sombra do santuário celestial.
O que estava errado com a aliança feita
com Israel no Monte Sinai? Realmente, nada havia de errado com o pacto em si;
ele cumpria as funções que Deus pretendia. Ele identificava o pecado,
encorajava a santidade entre o povo escolhido de Deus e apontava aos homens a
direção que é Cristo e à graça de Deus. O escritor de Hebreus nota que a falha
estava realmente no povo de Deus, e não na aliança. Um homem poderia ser
declarado justo sob a Velha Lei se a guardasse perfeitamente, nunca violando um
único preceito (Lv.18:4-5). Mas o povo de Israel não guardava a lei de Deus e
assim ela se tornou um instrumento de morte espiritual para ele (Rm.7:10-13).
Deus deu ao homem a esperança, prometendo através do profeta Jeremias que ele
faria um novo pacto com seu povo. A lei foi escrita em tábuas de pedra, mas
muitos israelitas não escreveram a lei de Deus em seus corações.
O novo pacto, portanto, é diferente,
como Jeremias profetizou. É ensinado às pessoas primeiro e elas se tornam parte
da nação escolhida de Deus somente depois de aceitarem as condições para se
tornarem parte dessa nação. Elas serão verdadeiramente o povo de Deus porque
sua lei estará escrita em seus corações. Todos na casa espiritual de Israel (a
igreja) conhecem o Senhor porque ninguém pode se tornar parte da nação eleita
sem primeiro conhecer o Senhor!
Sexta-feira, 12/09: Uma Aliança em
Cristo.
Leitura Diária: Hebreus 8:9-10
A nova aliança também é diferente de
outra maneira. O perdão estaria disponível através do sacrifício de Jesus
Cristo. Não haveria mais necessidade de sacrifícios anuais no Dia da Expiação
como a lei de Moisés exigia. Jesus, o sacrifício perfeito, precisou oferecer a
si mesmo somente uma vez. Por que haveríamos de querer voltar ao velho e
imperfeito, quando Deus providenciou um pacto novo e melhor, com um melhor Sumo
Sacerdote? A essência da mensagem aos hebreus é o que torna o nascimento de
Jesus Cristo uma data importante: Cristo habitou entre nós e tomou sobre si
nossos pecados. Essa mensagem eleva a Jesus Cristo e Seu ministério sacerdotal
acima do ministério sacerdotal terrestre. No que este falhou, aquele cumpriu e
continua cumprindo com perfeição a sua missão de salvar.
Ao declarar por intermédio de Moisés: “E
Me farão um santuário, para que Eu possa habitar no meio deles” (Êx.25:8), era
propósito de Deus ensinar o Seu povo, através do santuário terrestre, toda a
beleza do plano da redenção: Jesus como Cordeiro, como Sacerdote e como Sumo
Sacerdote; como a Água da vida, o Pão da vida, a Luz do mundo; como a Shekinah
de Deus e o perfeito cumprimento da Lei.
Cada compartimento do tabernáculo e cada
objeto apontava para o Redentor de Israel e do mundo. E assim como tudo no
tabernáculo mosaico era realizado conforme Deus prescrevera, Jesus o faria
“como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu,
não o homem”.
Sábado, 13/09: O Ministério Sacerdotal
de Cristo.
Leitura Diária: Hebreus 8:11-13
No sermão profético, Jesus volveu os
olhos da humanidade para o tempo do fim. Ele destacou o livro do profeta Daniel
(Mt.24:15). Além dos demais sonhos e visões que teve, Daniel vislumbrou em
visão o Ancião de Dias, o Senhor Deus, assentar-Se perante o tribunal e
abrirem-se os livros. O Filho do Homem dirigiu-Se até o Ancião de Dias “e o
fizeram chegar até Ele” (Dn.7:13), a partir dali, Jesus iniciaria as Suas
funções como Sumo Sacerdote no Lugar Santíssimo do santuário celeste, cumprindo
o grande dia da expiação para a humanidade, acumulando as duas funções, de
Sacerdote, intercedendo por nossos pecados, mas também de Sumo Sacerdote, que
além de interceder a fim de purificar, também age como Juiz, julgando o caso de
cada ser humano, desde os nossos primeiros pais.
Se tão somente estudássemos com
humildade e profundo interesse o Antigo Testamento, principalmente no que se
refere ao santuário terrestre, compreenderíamos com muito mais clareza o Novo
Testamento e o ministério sacerdotal de Cristo. Conforme diz o apóstolo Paulo,
fazemos parte do “Israel de Deus” (Gl.6:16) e esta é a Nova Aliança que o
Senhor estabeleceu para nós: Não um povo legalista, mas um povo que teme a Deus
e que O glorifica e O adora porque O ama.
É um povo onde cada um busca um
relacionamento íntimo com o Senhor, mediante o Seu Espírito; onde a experiência
pessoal é renovada diariamente.
Há somente duas reações a tão reveladora
verdade: recusá-la ou aceitá-la. Não há uma terceira opção. O grande conflito
se afunila e nós precisamos decidir de que lado estaremos quando o Noivo
chegar. Jesus não vem buscar um povo que guarda os Seus mandamentos com o fim
de se salvar, mas um povo que pela fé aceitam as Palavras de Cristo e a Ele se
entregam verdadeiramente. Portanto, “conheçamos e prossigamos em conhecer ao
Senhor” (Os 6:3).
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