Devocionais da semana 29/12/2024 - 04/01/2025

Devocionais da semana

Domingo, 29/12: O Exemplo de Jesus.

Leitura diária:  Filipenses 2:1-2

A igreja de Filipos enfrentava desafios tanto internos quanto externos. Externamente, os cristãos estavam sujeitos à perseguição por causa de sua fé, enquanto, internamente, a maior luta estava relacionada às divisões e conflitos que ameaçavam a unidade da igreja, portanto, esta carta fora escrita para encorajar aqueles irmãos a resistirem às provações externas, mas também a lidarem com as questões internas que enfraqueciam a comunhão entre eles.

Paulo, ao longo de sua vida, demonstrou um equilíbrio espiritual muito grande, ensinando que as circunstâncias, por mais adversas que fossem, não deveriam controlar suas ações ou sua fé. Em suas cartas, ele ensina a importância de depender do Senhor em tempos de dificuldade, e de buscar sempre o exemplo de Cristo. Por isso ele reforça a importância da comunhão entre os irmãos, utilizando Jesus como o exemplo perfeito de humildade e serviço. Ele encoraja os filipenses a seguirem esse modelo, buscando viver de forma que resplandeçam a luz do Senhor em suas vidas e ações.

A humildade e o serviço são fundamentais para a vida cristã, especialmente quando buscamos o bem comum acima de nossos próprios interesses. Isso é um chamado a ceder em situações de conflito, não por fraqueza, mas por amor aos nossos irmãos e pelo desejo de evitar brigas e atritos desnecessários. Ao seguirmos o exemplo de Cristo, somos chamados a servir uns aos outros e a manter uma atitude de gratidão e submissão a Deus, promovendo a paz e a união no Corpo de Cristo.

Paulo nos desafia a cultivar esse estilo de vida, onde o foco está, não em nosso próprio ego, mas em uma vida que se esvazia para servir ao próximo. Ele enfatiza a importância de termos “o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude”. Essa unidade de pensamento e atitude reflete a maturidade da fé em ação e, ao mesmo tempo, gera um impacto positivo tanto dentro da igreja quanto para aqueles que observam nossa caminhada cristã.

A unidade aqui não é apenas uma questão de evitar conflitos, mas um compromisso ativo de buscar o bem-estar do outro, reforçado por um amor genuíno. Então ele completa: “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos”.

 

Segunda-feira, 30/12: Como vencer a contenda.

Leitura diária: Filipenses 2:3-4

Os filipenses são orientados a não agirem movidos por contenda ou vanglória, mas, em vez disso, a um destaque a importância da humildade, que é o antídoto para essas atitudes egoístas. A humildade verdadeira nos leva a considerar os outros superiores a nós mesmos e nos faz enxergar suas necessidades com o mesmo cuidado que damos às nossas próprias.

Os bons relacionamentos são construídos em um equilíbrio entre responsabilidade pessoal e interesse genuíno pelos outros, devemos dar atenção igual às necessidades dos nossos irmãos. A verdadeira humildade é demonstrada quando priorizamos o bem-estar dos outros, refletindo a unidade e o amor que Deus deseja para o Seu povo.

Não significa que devamos negar nossas próprias qualidades ou talentos, mas sim reconhecer que cada pessoa possui dons e valores únicos a serem oferecidos para o bem comum. Isso é um chamado para uma autoavaliação genuína que reconhece que alguns tem deficiências desconhecidas para os outros e que outros possuem virtudes óbvias que ele mesmo não demonstra.

Para ilustrar ainda mais o ponto, é que Paulo utiliza dessa advertência de não agir “por ambição egoísta ou por vaidade” e, ao contrário, considerar “os outros superiores a si mesmos”. Essa instrução desafiadora pede que abandonemos o egoísmo e a vaidade, que podem criar divisões dentro da igreja. Quando vivemos em comunhão com Cristo e buscamos a unidade, demonstramos o amor de Deus ao mundo, agindo como testemunhas vivas de Sua graça e misericórdia.

 

Terça-feira, 31/12: Tendo a mente de Cristo. 

Leitura diária: Filipenses 2:5-11

Aqui temos a ilustração da humildade de Cristo que por seu caráter rítmico, esta passagem costuma ser considerada um hino da igreja primitiva, com duas estrofes, uma sobre humildade de Cristo, e a outra sobre Sua ascensão.

A expressão “Que haja em vós a mesma mente que houve também em Cristo Jesus” é um chamado para que a igreja adote o caráter de Cristo. Somos então instruídos a seguirmos o exemplo de Jesus em humildade e obediência, mostrando que devemos viver com o mesmo propósito de servir e glorificar a Deus. O que significa valorizar o que Cristo valorizava, priorizando o bem dos outros acima de nossos interesses pessoais, e demonstrando o mesmo amor, sacrifício e submissão à vontade do Senhor. Este é o padrão que aqueles irmãos filipenses, bem como todos os cristãos, devem seguir.

A frase “sendo em forma de Deus” destaca que Jesus possuía a plena divindade, ou seja, Ele era de fato igual a Deus. A expressão “forma de Deus” sugere que Jesus compartilha da essência e natureza do próprio Deus, sendo o próprio Deus único e verdadeiro. No entanto, Ele não considerou isso como algo a ser “usurpado” ou “agarrado” a qualquer custo. Aqui, “usurpação” não tem o sentido de roubar algo que não Lhe pertence, pois Jesus já é Deus, ao invés disso, significa que Ele não se apegou aos Seus próprios privilégios divinos.

Mesmo existindo em completa glória e autoridade, Jesus escolheu voluntariamente renunciar a Suas prerrogativas divinas para se tornar homem. Isso reflete Sua disposição de colocar os interesses dos outros à frente dos Seus próprios, alinhando perfeitamente com o chamado de Paulo para que sejamos humildes e sacrifiquemos nosso ego em prol dos outros.

Ao renunciar seus privilégios divinos, Cristo não se esvaziou de nenhuma parte de sua essência como Deus, mas, em vez disso, ele abriu mão de seus privilégios como Deus e assumiu a existência como homem. Embora permanecendo completamente Deus, ele se tornou completamente humano. Jesus acrescentou a essência divina a essência de um servo, isto é, as características essenciais de um ser humano que busca cumprir a vontade de outro.

Paulo não diz que Cristo trocou a forma de Deus pela forma de servo, envolvendo a perda da divindade ou dos atributos da divindade, o que aconteceu é que, na encarnação, Cristo continuou na própria natureza de Deus, mas acrescentou a si mesmo a natureza de servo. Ele voluntariamente assumiu o papel de servo; ninguém o obrigou a fazê-lo.

Embora ele nunca pecou e não merecesse morrer, ele escolheu morrer para que os pecados do mundo pudessem ser cobrados em sua conta, pois isso faria com que Ele pudesse creditar sua justiça na conta de todos os que creem n’Ele (II Co 5:21; Gl 1:4). Paulo descreve as profundezas da humilhação de Cristo lembrando a seus leitores que Cristo morreu pela forma mais cruel de pena capital, a crucificação. Os judeus viam a morte na cruz como uma maldição de Deus (Dt 21:23; Gl 3:13). Esta é uma das passagens cristológicas mais majestosas e profundas de toda a Sagrada Escritura.

Jesus é o maior exemplo de humildade e obediência, e essa é uma exortação poderosa que nos chama a viver com uma disposição de serviço e entrega. A exaltação de Cristo nos encoraja a viver com um coração submisso, sabendo que a verdadeira grandeza no Reino de Deus vem da humildade e da disposição de servir aos outros. Assim, o exemplo de Cristo nos guia a viver uma vida de devoção, confiança e entrega ao plano de Deus.

 

Quarta-feira, 01/01: Temer a Deus.

Leitura diária: Filipenses 2:12-16

Temos nessa passagem o ensino da importância da obediência e do temor a Deus, e Paulo expressava sua preocupação de que sua possível morte pudesse apagar o fervor cristão entre os filipenses.

O temor aqui mencionado não é motivado por medo, mas por um profundo respeito pela santidade e pela graça de Deus, e a verdadeira obediência é fruto dessa reverência. Além disso, há um destaque de que “Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.”, isso significa que Deus não apenas nos chama à obediência, mas também nos dá a motivação e a capacidade para agir. Ele é o Criador que opera em nossos corações, guiando nossas intenções e nos capacitando a realizar Suas obras. Assim, os cristãos são encorajados a reconhecer que, mesmo em nossa fraqueza, é Deus quem nos fortalece e orienta, assegurando que nossos esforços estejam alinhados com a Sua vontade.

Paulo tem em mente um propósito pessoal para a obediência dos filipenses, “a saber, que eu possa me alegrar no dia de Cristo, por não ter corrido em vão, nem trabalhado em vão”.

Cada vez mais o apóstolo está pensando no último dia de Cristo, geralmente expresso nas Escrituras como “o dia do Senhor”. Ele espera; por algum motivo para se regozijar entre aqueles em Filipos quando ele vier prestar contas finais de sua mordomia a Deus. Se eles falhassem, ele teria corrido em vão e trabalhado em vão.

O Apóstolo encoraja os cristãos a fazerem “tudo sem queixas nem discussões”, um desafio em meio a uma geração “corrompida e depravada”. Aqui, ele mostra que nossa obediência não deve ser apenas interna, mas também visível, impactando a comunidade ao nosso redor. Quando evitamos murmurações e contendas, nos destacamos como “filhos de Deus inculpáveis”, vivendo como luz em um mundo de trevas, ecoando as palavras de Jesus em Mateus 5:14-16 sobre sermos luz no mundo.

 

Quinta-feira, 02/01: A alegria compartilhada.

Leitura diária: Filipenses 2:17-18

A expressão “oferecido sobre o sacrifício e serviço da vossa fé” remete ao sistema sacrificial do Antigo Testamento, onde ofertas eram apresentadas a Deus como demonstração de fé e devoção. Paulo se coloca como um elemento a ser oferecido, simbolizando sua entrega e dedicação ao serviço dos cristãos filipenses. Esse sacrifício não é apenas uma oferta física, mas um ato espiritual, onde o serviço de Paulo complementa a fé deles, formando uma cerimônia de adoração. Essa entrega mútua traz alegria tanto a Paulo quanto aos filipenses, pois ele declara: “me alegro e regozijo com todos vós.” A alegria compartilhada é uma resposta à obediência e ao comprometimento com a obra de Deus, encorajando os cristãos a também se alegrarem com ele. Essa união em fé e alegria fortalece a comunidade cristã, evidenciando que o verdadeiro serviço a Deus resulta em bênçãos e celebrações conjuntas.

A esperança pessoal não é egoísta, por isso é que se a morte de Paulo de alguma forma completasse, ou aperfeiçoasse o sacrifício da fé dos filipenses, ou seus atos de serviço, ele morreria de bom grado, por isso é que ele era alegre, mesmo diante da possibilidade de martírio. Essa atitude de alegria em meio ao sacrifício desafia nossa percepção de sucesso e valor no Reino de Deus. A verdadeira alegria vem de viver para a glória de Deus, independentemente das circunstâncias, um princípio de que Paulo viveu intensamente e que encoraja os filipenses a imitar.

 

Sexta-feira, 03/01: Exemplo de um verdadeiro servo de Cristo.

Leitura diária: Filipenses 2:19-24

Paulo apresenta Timóteo como um verdadeiro exemplo de dedicação e serviço cristão. A alegria que esse servo de Cristo tinha em servir a Deus não é apenas uma característica pessoal, mas também uma expressão de sua profunda conexão espiritual com o Senhor e com os irmãos em Cristo. Em um mundo onde muitos buscam seus próprios interesses, Timóteo se destaca por seu comprometimento com os outros e pela valorização das coisas de Jesus Cristo. Ele tinha três características marcantes: Primeiro, se importava com o bem dos filipenses, demonstrando um amor genuíno e um desejo de vê-los crescer na fé; segundo, valorizava as coisas que estão relacionadas ao evangelho, priorizando as necessidades espirituais da comunidade em detrimento de interesses pessoais; por fim, seu caráter é “provado pelo fogo,” indicando que ele passou por dificuldades e desafios que o tornaram mais forte e preparado para o serviço.

 Assim, a presença de Timóteo entre os filipenses não é apenas um ato de cuidado, mas uma oportunidade de encorajamento e crescimento espiritual para todos. A confiança que Paulo depositava nele ressalta a importância de líderes que compartilham não apenas a missão, mas também o coração de Cristo em seu serviço.

 

Sábado, 04/01: A necessidade de companheiros na jornada de fé.

Leitura diária: Filipenses 2:25-30

Epafrodito desempenhava um papel fundamental no ministério de Paulo, sendo descrito como “meu irmão e companheiro de trabalho, companheiro de lutas.” Ele não apenas compartilhava o fardo do evangelho, mas também representava a igreja de Filipo. Ele enfrentou uma grave enfermidade que o deixou à beira da morte, e isso fez com que a sua preocupação com Paulo e com a igreja o deixasse angustiado, especialmente ao perceber que eles souberam de sua doença. Mesmo assim, “Deus teve misericórdia dele”, não apenas para lhe preservar a vida, mas também para aliviar a tristeza de Paulo.

Todos esses fatos de Filipenses 2 nos mostram, que mesmo diante de nossas provações e desafios, devemos evitar murmurações e confiar plenamente no Senhor. Entendemos, portanto, que a importância do temor a Deus e a reverência a Ele deve guiar nossas ações e decisões, as quais precisam ser as de uma pessoa realmente convertida a Cristo. Além disso, o autocontrole é essencial para vivermos em harmonia com os outros, por isso é fundamental que busquemos a sabedoria e o direcionamento de Deus por meio da oração, pedindo que nos ajude a discernir quando é necessário recuar e evitar conflitos com nossos irmãos na fé. Dessa forma, podemos preservar a paz e a unidade em nosso meio, refletindo o amor de Cristo em nossas relações e fortalecendo a comunidade que Ele nos chamou para fazermos parte dela. Que possamos aplicar esses ensinamentos em nossas vidas diárias, servindo uns aos outros com alegria e dedicação, assim como o apóstolo Paulo e seus colaboradores.

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