Devocionais da semana 15-21 de dezembro de 2024

Devocionais da semana

Domingo, 15/12:Relação entre pais e filhos “no Senhor”.

Leitura diária: Efésios 6:1-4

Percebemos nas análises da carta do Apóstolo Paulo aos Efésios que a carreira cristã é mais parecida com um campo de batalha do que com um parque de diversões. Vamos imaginar que estamos em uma arena, cercado por forças invisíveis, onde a batalha não é contra pessoas, mas contra poderes e autoridades, dominadores de um mundo de trevas, é exatamente isso que vivemos como cristãos aqui neste mundo. Aquilo que se prega em grande parte das igrejas de uma vida cristã cheia de bençãos materiais e facilidade, é totalmente contra o que a Bíblia nos ensina.

No último capítulo desta carta aos Efésios temos a revelação de que, apesar de nesta vida, estarmos envolvidos em um combate espiritual profundo e contínuo, onde cada decisão e cada ação têm um impacto eterno, Deus nos dá a “Sua armadura”, que é a defesa divina a qual nos permite resistir às investidas do inimigo e permanecer firmes no propósito para o qual fomos chamados. Isso significa, na prática, vestir essa armadura! Ela transforma nosso cotidiano e nos capacita para enfrentar desafios que vão além do visível. Como isso é feito? A resposta está nos vários conselhos apresentados aqui.

O Apóstolo Paulo começa aconselhando aos filhos que respeitem seus pais, eles têm que ser obedientes como ensina a própria lei da natureza, a Lei de Moisés e, em especial, o Evangelho. Precisam obedecer e honrar os pais, o que é visto como um mandamento com promessa de vida longa.

A obediência é um termo mais forte do que submissão, que foi apresentada como a obrigação da esposa, e aqui é acrescentado algo muito importante: “No Senhor”, pois a obediência cristã é completa diante da comunhão com Cristo, e este é um princípio eterno de Deus.

Todos os Dez Mandamentos, exceto o quarto, foram reformulados e aplicados sob a graça através do Evangelho, e o primeiro mandamento com promessa é esse, uma promessa que foi dada como prêmio à obediência.

O princípio da recompensa para à obediência é valido até os dias de hoje e continuará sendo verdadeiro, já que ela geralmente produz segurança aos filhos, visto que, por via de regra, não existe pais que queiram mal dos filhos e sim proteção contra o mal.

Além do mais, a própria obediência, pela sua natureza produz recompensas, ex.: obedecer às leis de trânsito traz segurança nas estradas e conserva vidas; a obediência das regras sociais traz harmonia e prolonga a vida das pessoas etc.

Vemos, entretanto, que Paulo estabelece uma base sólida para a relação entre pais e filhos, destacando a importância da obediência e do respeito mútuo no ambiente familiar, e esse princípio de obediência vai além de uma simples regra de comportamento; é um chamado a viver uma vida que agrada a Deus. Obedecer aos pais desenvolve uma disciplina que contribui para uma vida estável e harmoniosa, um benefício que transcende gerações e que alegra o coração de Deus.

Mas, para que essa obediência seja agradável ao Senhor, o Apóstolo não se limita em dar conselhos aos filhos, mas também traz conselhos aos pais, e ele diz que os pais, por sua vez, “não provoquem os filhos, mas os eduquem na disciplina e na instrução do Senhor”. Isso reforça a importância dos relacionamentos familiares e da educação piedosa.

Os pais têm a responsabilidade de disciplinar e instruir seus filhos, criar filhos mal-educados é desagradar a Deus. Paulo indicou que os pais, e aqui ele está se voltando especificamente para os homens, já que ele vinha falando aos maridos, não devem provocar ira dos filhos. A disciplina não deve ser feita com tirania muito menos com ira. A responsabilidade do homem, em especial, é muito grande dentro do ambiente familiar, por isso é que o Apóstolo aborda a responsabilidade dos pais, pois eles representam a liderança familiar.

A figura paterna deve buscar um equilíbrio entre disciplina e afeto, evitando a imposição de regras rígidas que podem desanimar os filhos. Ele destaca que a criação deve incluir a instrução espiritual, guiando os filhos no caminho do Senhor e criando uma base sólida de fé e valores.

Ao implementar esses princípios, as famílias se fortalecem e refletem o amor e a graça de Deus. A obediência e a instrução espiritual criam um ambiente onde cada membro da família pode florescer. Esse modelo promove paz e estabilidade, onde os filhos aprendem a importância da obediência a Deus e aos pais, enquanto os pais exercem seu papel com responsabilidade e amor.

 

Segunda-feira, 16/12: Patrões e empregados cristãos.

Leitura diária: Efésios 6:5-9

Nestes versículos o Apóstolo aborda a dinâmica entre escravos, que hoje é representação de funcionário, e senhores que representa em nossos dias aos patrões. Os escravos, ou funcionários, são instruídos a obedecer aos seus patrões, senhores terrenos, com sinceridade e como se estivessem servindo a Cristo. Os patrões são lembrados de tratar seus funcionários de maneira justa e imparcial, sabendo que eles também têm um Mestre no céu.

Esta orientação reflete o contexto social da época e a ética cristã de tratar todas as pessoas com dignidade e justiça, porém a Palavra de Deus é imutável e serve para qualquer época, inclusive a nossa. A relação que deveria existir entre o escravo e senhores é a mesma que deve existir entre os funcionários e seus patrões. Mudou-se o conceito de servidão, mas o conceito de relacionamento não mudou e continua válido também no contexto de nossas vidas profissionais.

As diretrizes aqui expostas não fazem vista grossa á escravidão, são apenas uma norma ética a ser seguida em todas as épocas, tanto debaixo da escravidão, quanto na época dos relacionamentos patronais. O que Paulo alega aqui, chocou os seus contemporâneos, pois ele diz que servos e senhores são iguais diante de Deus. Neste contexto, essas palavras fundamentaram um novo sentido de fraternidade entre classes e, tempos mais tarde, foram usadas para inspirar o movimento abolicionista.

Nós como cristão, precisamos entender que somos, acima de tudo, um servo, e devemos reconhecer que nossa primeira responsabilidade é com o Senhor Jesus Cristo. Portanto, quando executamos nosso trabalho, seja ele de cunho espiritual ou em nossa vida secular, o que se espera de nós, como servo de Cristo é que façamos bem, para agradar, não nossos senhores na terra, mas ao Senhor supremo e eterno.

Esse ensinamento nos desafia a viver nossa fé em todas as relações, seja como líderes ou liderados. Ele nos chama a trabalhar com integridade e a tratar todos com dignidade, lembrando que nossa posição diante de Deus é igual.

 

Terça-feira, 17/12: A armadura de Deus. 

Leitura diária: Efésios 6:10-13

A parte central desse capítulo está nestes versículos, aqui os crentes são encorajados a vestir a armadura espiritual para resistir às maquinações do diabo. Essa luta, é contra os espíritos ruins, o diabo, e tudo que o acompanha, por isso é que vem a advertência de que precisamos nos vestir com a armadura do Espírito Santo para poder vencer.

Sendo a caminhada do cristão uma guerra, é necessário que ele esteja preparado e equipado, e aqui temos a apresentação de nossas armas para que tenhamos condições de ser guerreiros eficientes do Senhor Jesus.

A armadura está descrita em detalhes, como também os inimigos que o crente tem de enfrentar. Sem esta armadura de Deus, o cristão não tem capacidade de permanecer firme, ele precisa usá-la e saber usá-la, não é apenas se vestir dela.

 

Quarta-feira, 18/12: Uma guerra espiritual.

Leitura diária: Efésios 6:14-17

O motivo por que precisamos de toda a armadura de Deus, é que a nossa guerra é espiritual e não física. Não é possível fazer separações distintas entre os diversos tipos de inimigos mencionados.

Um grande desafio para qualquer soldado é estar armado corretamente para cada tipo de combate, e principalmente saber usar suas armas. Talvez nós não saibamos tanto sobre a importância do armamento porque o nosso país não é um país de guerra, graças a Deus, e a maioria de nós nem imaginamos a importância de uma armadura de proteção nesse caso. Porém, a pior guerra não é aquela que nós vemos ou ouvimos os seus rumores, mas aquela que não vemos por que é espiritual. Os nossos principais inimigos não são as pessoas que vemos, mas o diabo a quem não vemos e tem guerreado assiduamente vencendo este mundo, mas não pode vencer o povo de Deus.

Vejamos a importância de cada item dessa armadura de Deus colocada a nossa disposição: O Cinturão da Verdade significa a importância de viver na verdade e na retidão; A couraça da justiça reflete uma vida vivida em integridade moral e piedade; Pés, calçados com o Evangelho da Paz enfatiza a disponibilidade para compartilhar o Evangelho; O Escudo da Fé simboliza a fé a defesa contra os ataques do inimigo; O Capacete da Salvação representa a certeza da salvação e a esperança da vida eterna; A Espada do Espírito é a Palavra de Deus, significando a importância da Bíblia na guerra espiritual.

Observe que nesta lista do armamento do cristão só há uma arma de ataque, e o texto grego original faz referência a uma espada curta usada no combate próximo, e essa espada é do Espírito, o que significa que        o servo de Deus depende do Espírito Santo para usá-la com autoridade. Satanás tentou usá-la contra Jesus, mas não teve sucesso porque não tem o Espírito, da mesma forma nós ao citar a palavra de Deus não teremos êxito se o Espírito não estiver conosco para convencer a pessoa (João 16:7-13).

Essa mensagem é um convite para que nos preparemos espiritualmente para cada dia. A armadura de Deus nos equipa para resistir ao mal e nos manter firmes na fé, lembrando que nossa verdadeira força está no Senhor.

 

Quinta-feira, 19/12: A importância da oração.

Leitura diária: Efésios 6:18-20

Cada item da armadura deve ser cuidadosamente vestido com oração, tirando forças dos recursos divinos. Esta oração é energizada pelo Espírito, capacitada por Ele e dirigida por Ele. Orar no Espírito é admitir que somos ignorantes e dependemos de Deus.

A palavra de Deus deve sempre ser usada em conexão com a oração da fé. O mesmo Espírito Santo que brande a espada da Palavra, também deve estar ativo em nossos corações. O soldado de Cristo deve estar ligado ao seu superior, tem que ter contato com o general para obedecer às suas ordens. Orar no Espírito significa depender do poder de Deus e buscar a Sua direção em tudo. Esse enfoque na oração nos lembra que ela é uma arma poderosa contra as forças espirituais do mal. Através da oração, recebemos a coragem e a orientação para enfrentar os desafios espirituais.

É importante pensar que o cristão deve lutar uma luta de cada vez e evitar arrumar problemas desnecessários ou comprar brigas que não lhe diz respeito. Deus tem nos chamados para fazer parte do seu exército e aprender a usar suas armas. O Senhor dos Exércitos quer recrutar-nos e nos treinar para suas batalhas.

Mas, o guerreiro não pode estar sozinho, precisa estar com os outros soldados, ajudando e sendo ajudado, para vencer juntos com apoio, é aqui que entra a importância da intercessão, ela nos une como corpo de Cristo, fortalecendo uns aos outros e permitindo que o Espírito Santo atue em nossas vidas.

 

Sexta-feira, 20/12: Vivam em paz!

Leitura diária: Efésios 6:21-22

Paulo conclui esta carta com uma mensagem de paz e encorajamento. Ele envia Tíquico, seu colaborador fiel, que serve como mensageiro e apoio, trazendo suas notícias para encorajar a igreja em sua caminhada.

Ele havia orientado os crentes a serem corajosos e a orar no Espírito em todos os momentos, usando várias formas de oração e mantendo-se alertas com perseverança. Pede para eles orarem não apenas por si mesmos, mas também por todos os crentes que são os seus irmãos e coerdeiros com Cristo, e por aqueles que proclamam o Evangelho.

Ele deseja que a paz, o amor e a fé da parte de Deus estejam com os irmãos, lembrando-os de que a comunhão cristã é baseada nesses valores essenciais.

A graça de Cristo, a qual ele invoca sobre todos que amam o Senhor “com amor incorruptível”, é o encerramento perfeito para uma carta cheia de ensinamentos e conselhos práticos para a vida cristã.

 

Sábado, 21/12: A graça de Cristo.

Leitura diária:  Efésios 6:23-24

As palavras finais desta carta demonstram o cuidado pastoral de Paulo, sempre atento ao bem-estar espiritual da igreja. Ele termina com uma bênção, reforçando que aqueles que seguem a Cristo com sinceridade desfrutam de Sua graça e paz eternas. Esse encerramento nos inspira a viver em comunhão com Deus e com os outros, sustentados pela graça que Ele nos oferece diariamente.

Este capítulo é de grande importância para os cristãos contemporâneos, pois permite que compreendamos as estratégias do inimigo e nos equipemos com a armadura de Deus para vencer as batalhas espirituais.

Aqui foi possível compreender a importância de entender o significado das mensagens deste livro e sua aplicação prática na vida diária. A armadura de Deus é a proteção espiritual que todo cristão precisa para enfrentar as dificuldades e tentações da vida. Ela é formada por componentes como o capacete da salvação, a couraça da justiça, o escudo da fé e a espada do Espírito, dentre outros. Além disso, temos a importância da submissão a Deus e da oração na vida do cristão.

É importante lembrar que a aplicação prática desses ensinamentos é fundamental para uma vida de vitória espiritual, e essa mensagem é atemporal e relevante tanto para aquela época como para os dias atuais, pois os desafios espirituais continuam presentes em nossas vidas. Portanto, que cada cristão possa se revestir da armadura de Deus e permanecer firme na fé, enfrentando as batalhas espirituais com coragem e determinação. Que essa mensagem possa servir de inspiração e edificação para todos aqueles que buscam uma vida plena em Cristo.

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