Devocionais da semana 01-07 de dezembro de 2024
Devocionais da Semana
Domingo, 01/12: Um corpo só em Cristo.
Leitura Diária: Efésios 4:1-6
O capítulo 4 de Efésios vem falando
sobre a revelação do antigo mistério de Deus, mostrando que o Evangelho de
Jesus Cristo, revelou o plano redentor para a humanidade de forma perfeita e
eficaz. Neste contexto, Paulo lembra em que situação a graça de Deus o
encontrou, e se considera “o menor dos menores de todos os santos”, e dessa
forma é que ele passou a anunciar o Evangelho.
A intenção desta graça é revelar a
formidável sabedoria de Deus, coisa que todos os crentes precisam compreender,
por isso é que foi necessário orar para que os Efésios cresçam no conhecimento
de Jesus e compreendam a amplitude do amor de Deus.
Agora, ao começar o capítulo 4 ele
exorta os crentes a viverem de maneira digna de seu chamado, com humildade,
gentileza, paciência e amor. Enfatizando o fato de que há um só corpo e um só
Espírito, e encoraja os crentes a manterem a unidade do Espírito no vínculo da
paz.
Como deve ser o nosso proceder em
Cristo? Sendo promotores da paz, da união e não o contrário. Devemos ser
influenciados pelo Espírito, e dirigidos por seu amor. E acima de tudo, não
podemos viver na prática do pecado, devemos nos despir do velho homem e seus
vícios. O pecado entristece ao Espírito, então, se quisermos ter um bom
relacionamento com Ele, precisamos respeitá-lo. A conduta do cristão deve ser
digna de seu chamado por Deus.
Como está a sua vida no Corpo de Cristo?
A conduta de um cristão diz respeito tanto à sua vida pessoal como a sua
responsabilidade para com a obra de Cristo. Uma vida digna de nosso chamado é
caracterizada por uma conduta que honra a Deus e inspira os outros a seguirem a
Cristo. É uma vida marcada pelo amor, pela verdade, pela humildade, pela
integridade e pela busca constante da santidade. Quando vivemos dessa maneira,
somos testemunhas eficazes do poder transformador do Evangelho e cumprimos
nosso chamado de fazer discípulos e levar a luz de Cristo ao mundo.
Ter uma “caminhada digna da sua vocação”
inclui esforçar-se para manter a unidade do Espírito no vínculo da paz”
“perfeitamente unidos em uma só mente e espírito (I Co. 1:10).
Aqui temos um lembrete de que a
caminhada cristã fiel pode custar caro, o próprio Apóstolo Paulo pagou um preço
pessoal considerável por causa de sua obediência ao Senhor. Seus motivos eram
de Cristo, seus padrões eram de Cristo, seus objetivos eram de Cristo, sua
visão era de Cristo, toda a sua orientação era de Cristo.
A expressão “há um só corpo” significa
que a Igreja e um organismo vivo composto por membros vivos, que são os santos
que foram comprados com sangue de Jesus, que nasceram de novo e creem na
Bíblia. Esse corpo espiritual tem uma Cabeça, Cristo, e muitos membros, os
cristãos. Quando Paulo afirma que “há um só Espírito”, refere-se ao Espírito
Santo, que é a vida e o folego desse corpo, o Agente da regeneração de cada
cristão, e que agora mantem uma conexão vital entre cada um desses membros e os
demais, e entre estes e Cristo.
Um só batismo está diretamente ligado ao
Espírito Santo que “Batizou” a Igreja no dia do Pentecostes e que a partir dali
todos aqueles que fazem parte da Igreja são batizados com Ele, e sem Ele não há
conversão. Todos os cristãos no Corpo de Cristo, que é a Igreja, têm o mesmo
Espírito, pois foram batizados com Ele (I Co. 12:13). Aqui não está se
referindo ao batismo nas águas, o assunto é o Espírito Santo.
Quando Paulo diz um só Deus e Pai de
todos, esclarece que há apenas um Deus para todos os povos, e não um Deus
diferente para cada nação. “O qual é sobre todos” fala da transcendência de
Deus e do poder soberano que Ele não divide com ninguém.
Mediante a tudo isso os cristãos têm a
responsabilidade de preservar a unidade no corpo de Cristo, porque o próprio
Espírito criou um só corpo, através de um só Senhor: Jesus Cristo, uma só
esperança, uma só fé e batizando todos nesse corpo com o mesmo Espírito, de uma
só vez, e todos tem um só Deus, o Pai que criou um só povo para Ele mesmo.
Jesus morreu na cruz para que nós fossemos unidos como uma família e não
divididos, como estranhos.
Essas colocações do Apóstolo nos
desafiam a caminhar em unidade, reconhecendo a importância de cada crente e de
sua contribuição para a edificação do corpo de Cristo. Em Romanos 12:4-5, Paulo
reforça que, assim como um corpo físico é composto de muitos membros, a igreja
é composta de diversos indivíduos, mas com um propósito comum.
Segunda-feira, 02/12: O propósito dos
dons.
Leitura Diária: Efésios 4:7-13
Deus concedeu uma medida de graça a cada
cristão como dom de Cristo, e assim como Pedro (I Pd. 4:10), Paulo ensinou que
todos os cristãos recebem dons espirituais pelo favor imerecido, a graça, de
Deus. Os dons são dados de forma soberana por Cristo para edificar Sua Igreja
(I Co. 12:11). Portanto, o Corpo de Cristo deve funcionar como uma máquina na
qual cada peça é essencial para que o trabalho seja realizado. E cada membro
desse corpo deve manter-se em sintonia com a Cabeça e edificar um ao outro, para
que todos possam cumprir a missão que lhes foi proposta por Deus no Corpo, e
suas boas obras atestem ao mundo sobre a nova criação e redundem em glória para
Deus (I Co. 12:7).
Embora sejamos unidos, cada um de nós
recebeu “a graça, conforme a medida repartida por Cristo”, esse presente é
individual e personalizado, concedido para que cada um cumpra uma função
específica.
A diversidade dos dons não ameaça a
unidade, mas a fortalece, pois, cada dom tem o propósito de edificar a igreja.
Os apóstolos e profetas, que vieram
antes de nós, lançaram as bases da igreja, enquanto evangelistas, pastores e
mestres continuam a obra, preparando os santos para o serviço cristão. Essa
estrutura de liderança e ensino visa o amadurecimento e a unidade do corpo. O
objetivo final desses dons é “chegarmos à unidade da fé e do conhecimento do
Filho de Deus”. A maturidade espiritual, segundo Paulo, é medida pela nossa
semelhança com Cristo, o que requer crescer em todas as áreas de nossas vidas.
A igreja só pode crescer e se fortalecer quando cada membro entende e cumpre
seu papel com fidelidade e amor.
Terça-feira, 03/12: Maturidade
Espiritual.
Leitura Diária: Efésios 4:14-16
Quando as pessoas dotadas dos dons, a
elas concedidas pelo Espírito, capacitam a igreja, a comunidade da fé evidencia
estabilidade na teoria e na prática.
Meninos são ingênuos, vulneráveis e
tornam-se vítimas fáceis, por isso é que a Igreja precisa trabalhar com
diligência no sentido de conduzir a maturidade os que são crianças em Cristo (I
Pd. 2:2). Esse é o motivo de Paulo destacar a importância da maturidade
espiritual, alertando-nos para que “não sejamos mais como crianças, levados de
um lado para outro pelas ondas”. A maturidade é uma defesa contra as falsas
doutrinas e as manipulações de pessoas astutas. Quando somos espiritualmente
imaturos, corremos o risco de sermos facilmente enganados, mas o crescimento em
Cristo nos protege dessas influências, estabelecendo nossa fé. Quando a igreja
é fiel no falar a verdade em amor, ela desenvolve relacionamentos transparentes
em que as pessoas edificam e abençoam umas às outras. No final das contas, a
igreja irá crescer até ser semelhante a Cristo em todos os aspectos, com cada
cristão se ajustando e apoiando o outro.
Como já dissemos, Cristo é a cabeça do
corpo, e cada parte deve crescer em harmonia com Ele, por isso é que Paulo
enfatiza que o corpo só pode crescer se cada membro for maduro o suficiente
para cumprir sua função e contribuir para a edificação de todos, garantindo que
a igreja seja forte e unida.
Quarta-feira, 04/12: Mudança de vida.
Leitura Diária: Efésios 4:17-19
As exortações de Paulo condenaram o
estilo de vida anterior que vivíamos. Aqueles que andam na vaidade do seu
sentido, a ponto de terem perdido todo o sentimento, estão entenebrecidos no
entendimento, separados da vida de Deus, tendo um coração endurecido devido aos
anos de pecado, e vivem na imoralidade e devassidão.
Por isso, quando Cristo nos resgata
dessa antiga vida, é necessário abandonar o estilo de vida que antes vivíamos,
e “ser renovados no modo de pensar”. O estilo de vida das pessoas do mundo, é
caracterizada pela ignorância e pelo endurecimento do coração, mas, com a nova
vida em Cristo deve ser diferente. Antes, vivíamos na “futilidade dos nossos
pensamentos”, sem direção e separados de Deus, mas agora somos chamados a uma
vida transformada. Quando dizemos que somos de Cristo e pertencemos ao seu
corpo, mas permanecemos no mesmo modelo de vida que antes vivíamos no pecado,
deixamos claro de que não houve verdadeiramente uma conversão e, portanto, não
houve salvação.
Quinta-feira, 05/12: O novo homem em
Cristo.
Leitura Diária: Efésios 4:20-24
Paulo descreve a verdade do Evangelho e
apresenta Cristo, que é “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14:6). Ele nos
lembra que não aprendemos de Cristo de acordo com o velho modo de viver, mas
fomos ensinados a “despir-nos do velho homem” e a “revestir-nos do novo homem”,
e este novo homem é criado para ser semelhante a Deus, em justiça e santidade.
Essa transformação não é apenas superficial, mas profunda, envolvendo uma
mudança no coração e na mente.
É comum Paulo descrever quem os cristãos
já são, e destacar também o que eles devem se esforçar para ser. Em Romanos
12:2, Ele fala sobre a renovação da mente como parte essencial da nossa
transformação em Cristo.
Existe um paradoxo prático que é: apesar
de já sermos livres do castigo eterno do pecado, só obtemos a libertação da
nossa antiga maneira de viver que antes era escravizada pelo pecado, se
tornando escravo da justiça, ou seja, uma busca diária de obediência e pureza.
É esse o compromisso de estilo de vida que todo cristão é chamado a fazer. E
ele nos mostra isso ao comparar a vida cristã ao ato de despir-se das vestes
sujas de um passado marcado pelo pecado e vestir-se com as vestes da justiça de
Cristo, que são brancas como a neve.
Essa passagem nos convida a refletir
sobre nossa própria vida e a nos perguntarmos se estamos vivendo de acordo com
a nova natureza que recebemos. A nova vida em Cristo exige uma ruptura com o
passado e uma dedicação contínua ao crescimento espiritual, buscando refletir o
caráter de Deus em tudo o que fazemos.
Sexta-feira, 06/12: Vivendo a nova vida
em Cristo.
Leitura Diária: Efésios 4:25-31
Nestes versículos temos alguns exemplos
do que significa viver uma nova vida, e todos eles contêm um mandamento
negativo e um positivo, bem como o princípio espiritual por trás destes
mandamentos.
Todas as ordenanças de Paulo estão
fundamentalmente centradas em Deus. Ele cita Zacarias 8:16 e pede que os
cristãos falem a verdade uns aos outros, porque todos eles estão unidos em
Cristo; Provérbios 6:17 fala da língua mentirosa que é indicada como uma das
seis coisas que Deus odeia; o Salmo 4:4 diz que sentir ira não é pecado, o
pecado está em dar lugar a ela, agindo motivado por ela, ainda que esta
motivação esteja oculta, recalcada, com o passar do tempo.
Não devemos permitir que a ira envenene
nosso espírito ou persista por muito tempo (Mc. 11:25). Os cristãos podem
sentir uma “ira justa” ante a injustiça e o pecado, mas nunca devem deixar-se
dominar e levar por ela. Em vez disso, devem procurar oportunidades para
expressar o amor de Cristo a todos. Satanás espera a oportunidade para dar o
primeiro passo em nossa direção. O verbo, no imperativo presente, em grego
significa “não tenha o hábito de dar lugar a Satanás”. A ira descontrolada é
uma brecha pela qual o inimigo de nossa alma entra em nosso coração e corrompa
o Corpo de Cristo, a Igreja.
Além disso, Paulo nos instrui a
trabalhar para sustentar nossas necessidades e ajudar os outros, em vez de
viver de maneira desonesta. Em vez de tomar o que é de outra pessoa, o cristão
deve ganhar o suficiente para dividir parte de seus ganhos com os necessitados.
Não se trata de um simples chamado para que o indivíduo deixe de roubar ou ser
ganancioso, mas, sim, para que ele seja generoso e tenha uma verdadeira mudança
de atitude.
Ele também nos exorta a falar apenas o
que é útil para edificar os outros, evitando palavras prejudiciais. Os padrões
para o modo de falar do cristão são extremamente altos. Ele não deve emitir
nenhuma palavra torpe, pois até por meio de sua fala deve representar Cristo,
expressando bondade, brandura, paciência e cordialidade.
Devemos nos lembrar quem somos: morada
do Espírito Santo, e Ele se entristece quando agimos de forma contrária ao
caráter de Deus. Se nos lembrarmos disso seremos muito mais seletivos quanto ao
que pensamos, lemos, vemos, dizemos e fazemos.
Sábado, 07/12: Viver de maneira digna de
Cristo
Leitura Diária: Efésios 4:32
O último versículo deste capítulo é um
trocadilho para ilustrar a mensagem que o capítulo nos traz: Os cristãos são
chamados a ser compassivos, que no grego é a palavra “chrestos”, por causa de
Cristo, que no grego é a palavra “Christos”.
A antiga vida que vivíamos era fruto de
um coração hostil que sentia amargura, seguia seu próprio caminho, proferia
blasfêmias e desejava o mal aos outros. Agora na nossa nova vida, como podemos
deixar todas essas coisas de lado? Deixando que Deus encha nosso coração com
Seu amor perfeito.
Portanto, podemos aprender esta semana
que a mensagem poderosa deste capítulo fala sobre unidade, propósito,
transformação, e nos chama a viver de maneira digna do chamado que recebemos.
Essa “maneira digna” significa muito mais que um simples comportamento: envolve
uma mudança interna que afeta tudo ao nosso redor. Vivemos em uma época em que
a individualidade é valorizada, mas o apelo de Paulo é que valorizemos a união,
a paciência e a humildade. Em um mundo marcado por divisões, sermos agentes de
paz e de reconciliação é um ato profundo de amor.
A mensagem também nos lembra que cada um
de nós recebeu um dom específico para contribuir com a igreja. Em vez de
competirmos, somos convidados a usar nossos dons para edificar os outros.
Quando servimos, estamos expressando o próprio coração de Deus. Esse serviço
mútuo fortalece nossa fé e nos ajuda a amadurecer espiritualmente. A maturidade
espiritual, segundo Paulo, nos protege das falsas doutrinas e nos ajuda a
crescer na verdade e no amor.
O capítulo também faz um apelo para
abandonarmos o “velho homem” e nos revestirmos do “novo homem”. Viver em Cristo
exige abandonar comportamentos antigos e deixar que o Espírito Santo renove
nossa maneira de pensar. Quando nos deixamos transformar, nossas palavras,
ações e intenções se alinham com o caráter de Jesus. Somos então chamados a ser
luz em meio à escuridão, testemunhando a bondade e o amor de Deus em tudo o que
fazemos.
E por fim, também nos convida a uma vida
de bondade e perdão. Quando perdoamos, imitamos o próprio Deus, que nos perdoou
em Cristo. Esse chamado ao perdão é desafiador, mas necessário. Perdoar traz
cura e restauração, tanto para quem perdoa quanto para quem é perdoado. Em
tempos de amargura e ressentimento, sermos exemplos de compaixão é um ato
transformador.
Porém, nunca devemos nos esquecer de que
tudo que é feito deve ser feito para a glória de Deus, e nunca podemos tentar
buscar essa glória para nós mesmos. Que nosso valor seja a vontade de Deus e
não a nossa própria vontade.
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