Devocionais da semana 30/06-06/07/2024

 Devocionais da Semana

Domingo, 30/06: Fiéis a Deus apesar das circunstâncias.

Leitura Diária: II Coríntios 1:1-3

A segunda epístola do Apóstolo Paulo para a igreja de Corinto, se destaca por tratar de temas como o consolo encontrado em meio à aflição; a força em meio à fraqueza; e a capacidade de discernir mestres verdadeiros dos falsos. O exemplo e os ensinamentos de Paulo registrados nesta carta podem servir de inspiração para que permaneçamos leais e fiéis aos propósitos eternos que fizemos com Deus, o Pai, independentemente das circunstâncias ou consequências.

Para compreendermos bem a mensagem deste livro, vamos primeiro lembrar do seu contexto em relação ao trabalho do Apóstolo. Na sua terceira viagem, ele escreveu aquela que por nós é considerada primeira carta aos coríntios quando estava em Éfeso, onde ele trabalhou no evangelho durante três anos. Depois de partir de Éfeso, mandou a segunda carta da Macedônia, (Atos 20:1-2; II Coríntios 7:5-6). Muitos comentaristas acreditam, citando principalmente os comentários de Paulo em II Coríntios 2:1-10; 7:8; 12:14 e 13:1, que neste tempo aconteceram duas coisas não registradas no livro de Atos: Paulo fez uma visita a Corinto, e voltou para Éfeso entristecido, é quando ele envia uma carta, considerada severa, repreendendo algumas atitudes erradas dos coríntios.

Enquanto a primeira carta é voltada, em boa parte, aos problemas específicos daquela igreja, em relação a doutrina e prática, a segunda abre mais o coração de Paulo para mostrar os seus sentimentos fortes em relação àqueles irmãos e, mais ainda, para com o Senhor. É um livro extremamente rico pelo qual somos privilegiados para ver o coração de um apóstolo de grande valor para o Evangelho de Cristo.

Essa epístola começa com Paulo se apresentando como apóstolo de Cristo por vontade de Deus, e Timóteo é mencionado como coautor da carta. Ele saúda os coríntios com a graça e a paz provenientes de Deus e do Senhor Jesus Cristo. A inclusão de Timóteo nesta saudação reforça a autoridade e a legitimidade da mensagem que será transmitida.

Paulo, conhecendo bem a conturbada história da igreja em Corinto, disse que se consolava naqueles que permaneciam fiéis ao Evangelho, mesmo estando em meio aquele turbilhão de problemas.

Ele também expressa sua gratidão a Deus por seu conforto e consolação, especialmente em tempos de aflição e tribulação, ainda que, as vezes ficava com o coração triste, não somente pela perseguição que o próprio chamado apostólico lhe trazia, mas, especialmente pela conduta de alguns daqueles que ele amava. A referência ao Deus de toda consolação destaca a fonte divina do conforto espiritual que ele experimentou. Essas palavras iniciais preparam o terreno para as exortações e encorajamentos que oferecerá ao longo da carta, mostrando sua conexão pessoal com os coríntios e sua preocupação com o bem-estar espiritual daquela comunidade.

 

Segunda-feira, 01/07: O conforto que vem de Deus

Leitura Diária: II Coríntios 1:4-10

Paulo ressalta a importância do conforto divino em meio às adversidades. Ele reconhece que Deus nos conforta em todas as nossas tribulações para que possamos confortar outros que estão passando por dificuldades semelhantes. Este conforto divino não é apenas para nosso próprio benefício, mas para que possamos ser canais de consolo para aqueles que sofrem. Ele enfatiza que, assim como compartilhamos com Cristo os seus sofrimentos, também compartilhamos em seu conforto, destacando a solidariedade e a comunhão na experiência da graça de Deus. Isso demonstra a soberania de Deus sobre todas as circunstâncias e a capacidade d’Ele de nos sustentar em meio às provações. Portanto, somos chamados a confiar em Deus e a confiar em seu conforto, sabendo que Ele é fiel para nos sustentar em todas as situações.

Observe que os verbos nos passivos presentes do original grego, “estamos sendo atribulados... estamos sendo consolados”, demonstra que, quer atribulados, quer confortados, o resultado é sempre o bem dos filhos de Deus. As palavras, o qual se torna eficaz, traduzem o particípio médio presente de “energeo”, nessa forma sempre está implícito algum tipo de força misteriosa ou sobrenatural. A nossa esperança escatológica (I Ts. 2:19) baseia-se diretamente sobre o fato de que a salvação é firme, e já que sabemos disso, temos a segurança de que não há tribulação ou aflição que possa nos derrubar ou nos fazer desanimar, e com isso Paulo declara a causa objetiva de sua certeza quanto aos coríntios.

Para demostrar a importância desse conforto, o Apóstolo compartilha sua própria experiência de desespero durante uma tribulação na Ásia, descrevendo-a como uma carga excessiva, além de sua capacidade de suportar. Ele expressa que chegou ao ponto de desesperar da própria vida. No entanto, reconhece que essa dificuldade serviu para ensiná-lo a confiar em Deus, que é capaz de ressuscitar os mortos. Ele atribui sua libertação não à sua própria força, mas ao poder de Deus, que o livrou e em quem ele depositou sua esperança. Essa passagem nos lembra que, mesmo em nossos momentos mais sombrios e desafiadores, podemos encontrar conforto e esperança na fidelidade e no poder de Deus para nos sustentar e nos libertar.

 

Terça-feira, 02/07: O poder da oração.

Leitura Diária: II Coríntios 1:11-14

Nestes versículos, Paulo enfatiza a importância da intercessão e do apoio mútuo entre os cristãos. Ele reconhece a contribuição dos coríntios por meio de suas orações, afirmando que essas orações foram instrumentais em seu livramento das dificuldades.

A gratidão que ele tinha pela intercessão dos crentes reflete sua profunda comunhão com eles e sua confiança na provisão divina. Ele também expressa sua esperança de que, assim como os coríntios participaram de suas aflições, eles também se regozijariam em sua consolação. Isso ressalta a importância da solidariedade na comunidade cristã e da confiança na obra de Deus em meio às adversidades. A resposta de Paulo é uma mistura de gratidão e expectativa, demonstrando sua confiança na fidelidade de Deus e na força da comunhão entre os crentes. Os pensamentos básicos são os seguintes: A eficácia da oração no livramento de Paulo; a benção recebida pelo apóstolo; a consequente ação de graças por muitas pessoas.

Paulo tinha fé na oração intercessória. A palavra “karisma” presente no original deste texto, significa “um dom, oferecido de graça e pela graça, um favor concedido”.

Nestes versículos Paulo diz que três árbitros determinaram a sua conduta: 1) sua consciência; 2) santidade e sinceridade de Deus; 3) o mundo e os Coríntios. A espiritualidade, que segundo o Apóstolo pode ser, mundana ou divina, é representada pela sabedoria humana e pela graça divina. Paulo era um homem consistente, quer lidando com os judeus hostis, quer com cristãos recalcitrantes. O que ele escrevia em suas cartas podia ser lido e inteiramente entendido por todos.

Os relatos positivo da igreja, trazido por Tito, foi uma forma de incentivar Paulo sobre a intercessão que alguns irmãos daquela igreja faziam em seu favor. Porém havia alguns outros cristãos naquela comunidade que o estavam acusando de escrever uma coisa, mas querendo dizer outra, por isso, apesar de sua alegria por aqueles que lhe eram favoráveis, existia a tristeza por parte daqueles que não queriam aceitar os seus ensinamentos.

 

Quarta-feira, 03/07: A integridade ministerial de Paulo.

Leitura Diária: I Coríntios 1:15-17

Em resposta ao que havia escrito nos versículos iniciais desta carta, Paulo demonstra sua integridade ministerial reafirmando que seu plano de visitar aquela igreja por duas vezes foram impedidas, destacando sua sinceridade. Ele não mudou de opinião levianamente, mas inicialmente planejou ir a Corinto e depois a Macedônia, antes de retornar a Corinto. Isso demonstra a confiança em sua palavra e sua sensibilidade às necessidades da igreja. O plano projetado por Paulo incluía quatro estágios: 1) uma viagem direta a Corinto; 2) uma viagem por terra de Corinto à Macedônia; 3) uma viagem de volta a Corinto; 4) uma viagem de Corinto à Judeia. Percebemos então que Paulo pretendia visitá-los duas vezes, mas mudou de planos por causa de seus oponentes, que o acusavam de ser indeciso e imaturo.

Ele não age impulsivamente, mas com propósito e integridade ministerial, refletindo o caráter de Cristo. Essa abordagem encoraja os coríntios a confiar nele e a reconhecer a seriedade de seu compromisso com eles e com o ministério. Essa passagem destaca a importância da integridade e da confiança nas relações ministeriais e enfatiza a importância de manter a palavra dada, mesmo quando circunstâncias mudam.

O termo “segundo a carne” é uma referência aos interesses pessoais. Ao escrever o “sim e o não”, ele estava explicando que não havia falado que iria a Corinto, mas também não tinha dado esta certeza. Houve mudanças de planos, somente isso, e não do planejamento, como algumas pessoas estavam apontando.

 

Quinta-feira, 04/07: Firmeza em Cristo.

Leitura Diária: I Coríntios 1:18-20

Nestes versículos, Paulo defende sua integridade ministerial, explicando que sua palavra não é volúvel, mas baseada na fidelidade de Deus.

Ele destaca que suas promessas não são contraditórias, pois Deus, que é fiel, cumpre todas as suas promessas em Cristo. Paulo enfatiza que, em Jesus, todas as promessas de Deus encontram seu “sim” e seu “amém”, significando que são verdadeiras e certas. Essa afirmação mostra a centralidade de Cristo nas promessas de Deus e a confiança inabalável que os crentes podem ter nelas. Além disso, ao mencionar que é por meio de Cristo que respondemos “amém” para a glória de Deus, Paulo destaca a importância de nossa resposta de fé às promessas divinas. Essa passagem não apenas reforça a confiabilidade das promessas de Deus, mas também ressalta o papel vital de Cristo como o fundamento e o cumprimento de todas elas.

Como Deus é fiel pode ser tomada como um juramento ou como uma simples declaração, “Mas Deus é fiel em que a nossa palavra para convosco não foi sim e não”. Paulo frequentemente apelava para a fidelidade divina como prova da veracidade do Evangelho que ele proclamava (I Co. 1:9; I Ts. 5:24; lI Ts. 3:3).

O versículo 19 nos revela: a pessoa, a pregação, os pregadores, e a positividade da mensagem: todos unidos em Cristo.

 

Sexta-feira, 05/07: A garantia da salvação.

Leitura Diária: I Coríntios 1:21-22

Ao caminhar par finalizar o capítulo, Paulo enfatiza a segurança da fé dos coríntios, ancorada na fidelidade de Deus. Ele compara essa garantia espiritual ao “selo” e à “garantia” que Deus concede aos crentes por meio do Espírito Santo. Essa “marca” divina sobre suas vidas assegura que eles pertencem a Deus e têm uma herança eterna garantida. Por isso é que o Apóstolo reafirma sua postura de não ser um senhor tirânico sobre a fé dos coríntios, mas sim um companheiro e colaborador em sua alegria espiritual. Ele reitera seu desejo de vê-los estabelecidos firmemente na fé e compartilha sua confiança na perseverança deles, mesmo diante das dificuldades. A ênfase está na confiança e na fidelidade de Deus, que cumpre todas as Suas promessas em Cristo. Essa passagem ressalta a importância da certeza e segurança que os crentes têm em sua relação com Deus, fundamentada na obra redentora de Jesus e no selo do Espírito Santo.

Aqui temos uma das referências clara a ação da Trindade na salvação do homem: 1) a certeza dada por Deus (v. 18); 2) a centralidade que se encontra em Cristo (vs. 18-20); 3) o testemunho estabelecido pelo Espírito (vs. 21-22). Paulo apela para uma experiência real e atual, ainda aqui nesta terra, adquirida pelo crente, que está confirmada por três atos simultâneos e decisivos que aconteceram na regeneração: ungiu... selou ... deu..., e todos esses verbos estão no tempo aoristo, que é um tempo verbal existente nas línguas indoeuropeias, como o grego, que dá a ideia de algo sem limite. (Mc. 16:20; Rm. 15:8; I Co. 1:6, 8; Cl. 2:7; Hb. 2:3; 13:9). O verbo “krio” traduzido para ungiu foi usado em relação à unção do Espírito Santo (Lc. 4:18; At. 4:27; 10:38; Hb. 1:9), o qual é a raiz para o nome Cristo, “O Ungido”. O penhor é o pagamento inicial de uma compra; uma garantia. Paulo, então, está confirmando que as promessas de Deus são infalíveis, e ele nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações.

 

Sábado, 06/07: A salvação é individual

Leitura Diária: II Coríntios 1:23-24

O capítulo 1 de II Coríntios nos revela a profunda relação entre Paulo e a igreja de Corinto, marcada pela confiança na fidelidade de Deus. Ele destaca a importância da consolação divina em meio às tribulações e enfatiza a centralidade de Cristo como o cumprimento das promessas de Deus.

O apóstolo mostra sua integridade e sinceridade ministerial, buscando fortalecer a fé dos crentes. Esta carta convida os leitores a confiar na soberania e no cuidado de Deus em todas as circunstâncias da vida cristã, encorajando-os a permanecerem firmes na fé e a se alegrarem na esperança da salvação em Cristo. O selo do Espírito Santo que está no crente significa segurança e confiabilidade. Deus cumprirá suas promessas, assim, como um rei cumpria o que estava decretado em documento selado.

O capítulo termina com uma explicação do apóstolo de que ele não está forçando ninguém a lhe obedecer. Ninguém é obrigado ser salvo, cada um deve fazer sua escolha livremente, por isso é que o Apóstolo diz essas palavras “Não que tenhamos domínio sobre a vossa fé”. Ele está agindo como cooperador, visando a alegria de andarem com Jesus e de terem a certeza da salvação, e essa certeza somente vem mediante ao selo do Espírito Santo na vida de cada um. Ninguém consegue dar essa certeza a outro, pois ela brota da intimidade e da comunhão com Cristo no Espírito.

Essa certeza também não acontece pela emoção ou recebimento de dons, ela é fruto da comunhão com o Espírito, e essa comunhão será demonstrada no agir do crente, pois ele passara a viver no espírito (Gálatas 5:25), produzindo o Fruto do Espírito com todas as suas qualidades.

Finalizando as devocionais deste capítulo percebemos que temos aqui cinco importantes lições que podemos aprender nesta semana: O consolo em tempos de aflição; o compartilhar conforto com outros; a dependência que temos de Deus; a Fidelidade de Deus; e a unidade no sofrimento e na consolação.

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