Devocionais da semana 14-20 de julho de 2024

 Devocionais da Semana

Domingo, 14/07: O segredo do sucesso ministerial.

Leitura Diária: II Coríntios 3:1-3

Nos primeiros capítulos da sua segunda carta para a Igreja de Corinto, o Apóstolo Paulo havia declarado o seu amor pelos Coríntios e a sua intenção, que não é de entristecê-los, querendo os ver sempre felizes, assim como ele.

Ele também ensinou como a igreja deve lidar com aquele que peca ou pecou, aconselhando a não renunciar ao perdão, e consolar o pecador, cuidando em amor, e esclarece que a decisão daquela igreja, no caso específico de um irmão que havia pecado, é aprovada por ele.

Ele diz também, que Deus lhe abriu uma grande porta e recorda a fidelidade de Deus, que sempre o conduziu vitoriosamente em Jesus, apesar de toda e qualquer circunstância.

Agora, no capítulo 3, ele começa dizendo que os fiéis de Corinto são suas cartas de recomendação, cartas vivas escritas no coração dele. Diante disso, ele revela qual o segredo do sucesso ministerial: a capacitação que vem de Deus e a vivificação do Espírito.

Ele mostra que o ministério espiritual é muito superior ao ministério da Lei, porque o ministério do Espírito inspira total liberdade. Aqui temo um enfoque na natureza do ministério cristão e a superioridade da nova aliança sobre a antiga.

Neste capítulo há um contraste entre as “cartas de recomendação” que algumas pessoas usam para provar sua autoridade com o endosso mais poderoso de vidas transformadas que vem do Espírito. Os falsos apóstolos que perturbaram os coríntios costumavam escrever cartas de recomendação. Paulo nunca achou necessário pedir tais cartas, como deixa claro as duas respostas negativas implícitas às perguntas feitas aqui.

A transformação espiritual dos crentes coríntios era endosso suficiente para o Apóstolo. Eles mesmos eram cartas espirituais, escritas pelo Espírito na tábua do coração de Paulo.

As letras literais, escritas com tinta em papel ou mesmo em tábuas de pedra, não se comparavam às vidas transformadas dos crentes.

 

Segunda-feira, 15/07: A letra mata.

Leitura Diária: II Coríntios 3:4-6

A confiança que Paulo descreve neste versículo não é uma arrogância autoconfiante muito menos uma falsa humildade, mas. ele estava convencido de que Cristo tornaria eficiente seu ministério. Não há capacitação para o verdadeiro ministério cristão que não venha de Deus.

Aqui temos uma resposta à pergunta do final do capítulo anterior: “para essas coisas, quem é idôneo?”

A letra mencionada aqui é uma referência à antiga aliança, ou seja, aos Dez Mandamentos escritos em pedra. A letra mata porque todos infringem a Lei e a punição para isso é a morte. Muitas pessoas usam este termo incorretamente para menosprezarem toda a Escritura Sagrada, afirmando que precisamos apenas do agir do Espírito e não há necessidade de nos aprofundarmos nos estudos da Palavra de Deus. Porém, o que o Apóstolo diz é que a Lei, nunca teve poder de gerar vida (At. 13:39 e Rm. 3:20), mas tinha a função de mostrar ao homem como somos pecadores (Gl. 3:21-25 e I Tm. 1:9). O Espírito Santo, no entanto, tem poder de gerar vida no cristão.

Uma coisa importante, que quero deixar claro nesta devocional é que a nova aliança, no versículo 6 é uma referência à doutrina da graça, conforme lemos em Mateus 26:28, e que fora profetizado por Jeremias 31:31-34. O Novo Testamento foi profetizado por Jeremias, estabelecido pela morte de Jesus (Lc 22:20), e ministrado por Paulo.

 

Terça-feira, 16/07: A eficiência do novo pacto.

Leitura Diária: II Coríntios 3:7-9

A “ministração da morte” é uma referência direta ao antigo pacto, feito no monte Sinai. Seu efeito era a condenação e a morte, e não justificação e vida. Isso não era culpa do antigo pacto, mas dos pecadores, incapazes de atender suas exigências. Os Dez Mandamentos foram escritos e gravados em pedras (Êx 31:18). Sendo Deus a fonte da lei, era justo que seu mediador humano tivesse algo da glória do Senhor. As expressões “ministração do Espírito e ministração da justiça” se referem ao novo pacto, o resulta em justiça por meio do Espírito que habita em nós.

Paulo diz então que há três contrastes entre o Antigo e o Novo Pacto, cada um deles começa com “se” (v.7, 9, 11). Nestes exemplos, o Novo Testamento é mostrado como sendo mais glorioso do que o Antigo, não que seja mais importante, pois cada um deles tem sua importância para o seu tempo. O Antigo Testamento nos mostra o pecado, o Novo Testamento conduz-nos a Graça que nos liberta do pecado.

Ele então lista o primeiro dos três contrastes: O Antigo Testamento, gravado com letras em pedras, que é a referência aos Dez Mandamentos, era glorioso, mas o ministério do Espírito é de maior glória, porque a glória da dispensação da Lei entregue a Israel por intermédio de Moisés era transitória. Além disso, embora a Lei em si seja santa (Rm 7:12), a dispensação da Lei opera morte, por causa do pecado, que vem pelo conhecimento da Lei, enquanto a dispensação da graça pelo Espírito opera vida. O Espírito Santo produz vida eterna.

Assim como o rosto de Moisés brilhou, ao descer do Monte Sinai, mas depois voltou ao normal, o esplendor da antiga aliança teve seu momento de glória, mas, depois passou. Repare que no versículo oito, ressalta que o ministério do Espírito Santo é mais glorioso que o da Lei.

 

Quarta-feira, 17/07: A superioridade da Nova aliança.

Leitura Diária: II Coríntios 3:10-12

Paulo continua explicando que o ministério da nova aliança, que traz justiça e liberdade, é muito superior ao ministério da antiga aliança, que traz morte e condenação. Um dos temas-chave deste capítulo é justamente esse contraste entre a antiga aliança, escrita em tábuas de pedra, e a nova aliança, escrita nos corações humanos pelo Espírito. Por isso é que o Apóstolo enfatiza que a antiga aliança, dada por meio de Moisés, era um arranjo temporário que não poderia trazer a verdadeira justiça ou mudança duradoura. Em contraste, a nova aliança, baseada na obra de Cristo, traz verdadeira transformação e libertação do poder do pecado.

Outro tema importante neste capítulo é o papel do Espírito na vida do crente e no ministério da Igreja. Paulo enfatiza que o Espírito dá vida e que a letra da lei, sem o Espírito, só traz morte. Também destaca a importância da ousadia e abertura no ministério, argumentando que o véu que cobria a face de Moisés foi removido por meio de Cristo e que agora podemos nos aproximar de Deus com confiança e liberdade.

No geral, temos aqui a ênfase da superioridade da nova aliança sobre a antiga, o poder transformador do Espírito, e a importância da ousadia e da liberdade no ministério cristão. É um lembrete de que nossa autoridade e poder como crentes não vêm de credenciais externas ou da letra da lei, mas da obra de Cristo em nossos corações e da obra contínua do Espírito em nossas vidas.

O segundo contraste entre o antigo e o novo pacto, é que o Antigo Testamento era o ministério da condenação, mas o Novo Testamento é mais glorioso porque é o ministério da justiça. Deus declara justos aqueles que acreditam em Seu Filho, e então o Espírito Santo capacita o cristão a viver corretamente. A primeira obra de Deus é chamada justificação, e a segunda é chamada santificação.

Já, o terceiro contraste é que um ministério era transitório enquanto o outro, permanece. O novo concerto superaria o antigo, estabelecido no monte Sinai entre Deus e a nação de Israel.

Aqui Paulo teve ousadia no falar, em vez de mostrar-se temeroso ou relutante, ele foi sincero e corajoso. Ressalta que a Lei teve sua importância, conforme seu desígnio e tempo estabelecidos por Deus. Porém, sua natureza de transitoriedade, ou seja, seu propósito temporário, desapareceram com o ministério de Jesus, que tem o objetivo eterno de trazer filhos para Deus, conforme João 1:17 e Hebreus capítulos 2 e 10.

 

Quinta-feira, 18/07: O propósito do véu de Moisés.

Leitura Diária: II Coríntios 3:13-14

Paulo concluiu que a principal finalidade do véu de Moisés era evitar que os israelitas percebessem que a glória do antigo pacto estava desvanecendo.

A lei foi planejada por Deus com uma tendência embutida para cair em desuso (Gl 3:24-25), pois, a finalidade de um véu é impedir que a pessoa velada veja o que está do lado de fora. Paulo quer dizer que os judeus do primeiro século que não creram no evangelho eram incapazes de perceber a natureza temporária e desvanecente do Velho Testamento, mesmo ao lerem suas Escrituras.

“Não somos como Moisés” é uma alegoria a respeito do relato apresentado em Êxodo 34:29-35.

O véu não servia para esconder a glória, mas para obscurecê-la. O povo pôde ver o brilho, porém não diretamente. Esse véu não apenas encobria o brilho da glória, mas também escondia o fim daquilo que era transitório. Essa temporariedade da glória que acompanhava o antigo concerto não estava evidente aos filhos de Israel. Para Paulo, isso tinha um significado bastante claro.

 

Sexta-feira, 19/07: Refletir a Glória de Deus.

Leitura Diária: II Coríntios 3:15-16

Após a experiência no alto do monte Sinai, Moisés desce com a face resplandecendo, mas após ministrar a vontade do Senhor, ele encobre o rosto com o véu, com o objetivo de que os israelitas não fiquem desconfortáveis com o fato.

Paulo começa citando o que aconteceu e testemunha que, ao contrário de lá, devemos contemplar a glória de Deus e revelá-la ao mundo através de nossas vidas.

Mas, só teremos conhecimento real da glória de Deus, quando nos relacionarmos com Ele, por meio de Jesus, e nessa relação, não há necessidade de encobrir-se, de envergonhar-se, devemos declarar com ousadia quem é Jesus à medida que o Espírito nos torna mais parecidos com Ele.

Isso significa que agora é preciso que os homens vejam no crente a Glória de Cristo, precisamos resplandecer como astros no mundo, pois, ao contrário de Moisés, que encobria o rosto para que a Glória de Deus não fosse manifestada em todo o seu resplendor, agora precisamos mesmo é confrontar o mundo com essa Glória brilhando em nós.

A expressão “um véu cobre os seus corações” não se refere a um véu literal, e sim a um prejuízo espiritual. Uma das grandes dificuldades que historicamente os judeus têm, de aceitar o convite gracioso de Jesus como Messias, é admitir que Ele superou o antigo desvanecente pacto. As palavras: “o véu é retirado” se refere à obra soberana de Deus.

O que acontece aqui é que o véu na face de Moisés lembrava Paulo de outro véu. Assim como o que cobria o rosto de Moisés escondia a glória temporária do ministério daquele ministro, também existia um “véu” sobre o coração do povo escondendo o desvanecer do antigo concerto.

 

Sábado, 20/07: A essência do Espírito.

Leitura Diária: II Coríntios 3:17-18

Aqui temos um importante texto que enfatiza a relação íntima entre o Filho e o Espírito. O Senhor é Espírito, isso mostra que o Espírito Santo é o próprio Deus, assim como o Pai e o Filho.

Esse ensinamento parte do próprio Jesus quando Ele afirma em João 10:30 “Eu e o Pai somos um”. Não temos três deuses, mas Ele é um só em três pessoas independente, mas unidos, sendo um só em Sua essência.

“O Senhor é o Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade”. Isso quer dizer que temos liberdade em Cristo, e é importante vivermos essa liberdade em nossas vidas cotidiana. Já não mais somos escravos do pecado, ele não tem mais domínio sobre aquele que vive em Cristo e que é selado com o Espírito Santo, conforme diz Efésios. 1:13-14: “em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória.”

Também é de grande importância, observarmos que: “Todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito”. Esse versículo destaca a transformação que ocorre em nossa vida quando nos submetemos a Deus e sua vontade. Podemos, portanto, tirar neste capítulo cinco importantes lições:

•           Ministério do Espírito: Paulo contrasta o ministério da antiga aliança, que era gravada em tábuas de pedra, com o ministério do Espírito Santo, que traz vida. Isso nos ensina que o Espírito Santo é quem capacita os crentes para viverem uma vida de santidade e serviço.

•           Libertação da Lei: Paulo enfatiza que os crentes são libertados da lei da condenação e da morte e agora têm uma nova vida em Cristo, que é caracterizada pela liberdade e pela transformação interior. Isso nos lembra da importância de viver em liberdade, sabendo que fomos redimidos pelo sangue de Jesus.

•           Transformação pela Glória de Deus: Ao contemplar a glória de Deus, os crentes são transformados à Sua semelhança, de glória em glória. Isso destaca a importância da comunhão com Deus e da busca contínua por uma vida de santidade e crescimento espiritual.

•           Confiança na Eficácia do Ministério: Paulo expressa sua confiança na eficácia do ministério, não por sua própria habilidade, mas pelo poder de Deus que opera nele. Isso nos encoraja a confiar na capacitação divina em nossas vidas e ministérios, sabendo que Deus é quem produz resultados duradouros.

•           Visão Clara da Nova Aliança: Paulo apresenta a nova aliança como uma aliança de vida e liberdade em contraste com a antiga aliança de morte e condenação. Isso nos lembra da centralidade da graça e do amor de Deus em nossa fé cristã, e nos desafia a vivermos de acordo com os princípios da nova aliança em Cristo.

Todos os cristãos contemplam a glória do Senhor nas Escrituras, e são transformados à imagem de Deus. Cristo é essa imagem exata do caráter de Deus-Pai.

“De glória em glória” indica uma glória sempre crescente. Assim como os cristãos contemplam a glória de Deus na Sua Palavra, o Espírito de Deus os transforma para que alcancem a semelhança de Jesus Cristo. Essa é uma descrição do processo gradual de santificação.

Se desejamos tornar-nos como Cristo, devemos dedicar-nos a aprender sobre Ele na Palavra de Deus. Esse reflexo, então, torna-se a matéria-prima que o Espírito de Deus utiliza para moldar a semelhança de Cristo em nós.

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