Devocionais da semana 28/07-03/08/2024

Devocionais da Semana

Domingo, 28/07: Nossa casa terrena.

Leitura Diária: II Coríntios 5:1-3

Nas devocionais passadas, vimos que Paulo ensinou que quem não entende a Palavra de Deus é porque que não creem nela, e uma das estratégias do diabo, é impedir o entendimento dos incrédulos.

O Apóstolo reconhece também que em seu ministério, os frutos são resultados do Espírito que atua nele e que ele tem pagado um preço por isso, o morrer de Cristo. Isso quer dizer que, as lutas, as tribulações e as adversidades são todos frutos de uma relação com Deus, e que os sofrimentos da Terra não serão capazes de superar a glória que nos aguarda, esse é o motivo pelo qual devemos manter os olhos no que é eterno, e não no que é passageiro.

Agora chegamos ao capítulo 5 desta segunda carta do Apóstolo para a igreja de Corinto, então ele ensina sobre a habitação terrena e a casa eterna, isto é, o corpo humano e o espiritual, ensinando que, enquanto estamos aqui estamos “longe” do Senhor, mas em breve essa distância será retirada. Devemos, então, viver pela fé tendo nossos olhos postos em Deus em todo tempo, sem desanimar. Se fizermos isso, nossa vida será dirigida pela vontade de Deus e estaremos prontos para o tribunal de Jesus, na sua volta.

Paulo investiga vários temas teológicos importantes e aborda vários aspectos da fé, esperança e ministério cristão. Ele compara nossa existência no corpo a viver em habitação temporária (casa terrestre), e o corpo ressurreto, a um palácio ou outro edifício grandioso. O autor da carta aos Hebreus também comparou o céu à “uma cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus” (Hb 11:10).

Aqui temos o Apóstolo explorando temas teológicos profundos relacionados à esperança do cristão na ressurreição, ao ministério da reconciliação e ao poder transformador da fé em Cristo.

O capítulo enfatiza a tensão entre a presente vida terrena com seus desafios e a esperança futura de uma existência nova e eterna na presença de Deus.

 

Segunda-feira, 29/07: O reinado da Vida.

Leitura Diária: II Coríntios 5:4-6

A preferência de Paulo era o estado final do corpo ressurreto, e não a condição intermediária e aparentemente do presente em que vivemos. A vida na ressurreição é impossível sem o devido preparo que começa com a salvação, que é receber a pessoa de Deus. Isso acontece quando a pessoa se abre para o Espírito Santo que toca em seu coração, e sendo aberto esse coração, Ele vem e faz morada nessa pessoa (Ap.3:20); o objetivo da salvação é desfrutar a pessoa de Deus por completo e para sempre (Ap 22:4). A transformação aqui considerada é para que o mortal seja absorvido pela vida, “Tragada foi a morte na vitória” (I Co. 15:54). Passamos da morte para a vida, ou seja, antes quem reinava era a morte, mas com a transformação ocorrida, quando aceitamos a Cristo, quem passa a reinar em nós é a vida e não mais a morte.

Esses versículos também revelam a perspectiva Cristocêntrica de Paulo, que fala sobre o desejo de estar com Cristo, mesmo que isso signifique deixar essa vida terrena. Ele entende que a morte física não é o fim da existência, mas uma passagem para a vida eterna com o Salvador. Portanto, o cristão não deve temer a morte, mas abraçá-la como um processo natural que conduzirá para a presença de Deus. De maneira geral, os versículos 1-5 de II Coríntios 5 oferecem uma perspectiva consoladora e fortalecedora para todos os que creem em Jesus como Senhor e Salvador.

 

Terça-feira, 30/07: Viver pela fé.

Leitura Diária: II Coríntios 5:7-9

Paulo não quer dizer que ele esteja ansiosamente tentando alcançar a oportunidade de abandonar a vida presente. O verbo traduzido para “preferindo” (eudokeo) denota simplesmente “aquilo que produz satisfação agradável”.

“Andar”, embora seja uma ação primordial do ser humano, é muito complicado quando devemos fazer isso pela fé, pois exige que creiamos no sobrenatural. Você não pode ver Jesus, mas pode senti-lo e viver conforme seus ensinamentos, pela fé, crendo em sua presença e em suas promessas para o futuro. Se o cristão não anda dessa maneira, ele é considerado o mais infeliz de todos os seres humanos, pois, nossa alegria não está nas coisas passageiras deste mundo, mas nas eternas que temos reservadas com Deus na eternidade. (I Co 15:19).

O texto destaca o julgamento de Deus sobre tudo o que é feito nesta vida terrena e a necessidade da prestação de contas diante d’Ele. O cristão é convidado a considerar cuidadosamente suas ações e a buscar a aprovação de Deus, em vez de buscar somente a aprovação dos homens.

Também nos lembra que o amor de Cristo nos constrange a vivermos não para nós mesmos, mas para aquele que morreu e ressuscitou por nós. O cristão é chamado a viver uma vida de renúncia, dedicando-se completamente a servir a Deus e amar o próximo. Isso é “viver pela fé”!

 

Quarta-feira, 31/07: Como agradar a Deus.

Leitura Diária: II Coríntios 5:10-13

O versículo 10 é muito importante e podemos fazer o seguinte resumo: O plano: importa; Os partidos: todos; A presença: compareçamos; O lugar: perante o tribunal de Cristo; O propósito: para que etc.

Tudo isso tem como finalidade: O propósito que inclui: todos: cada um; A recompensa a todos: receba; Recorda tudo: segundo o que tiver feito por meio do corpo; Discrimina tudo: o bem, ou o mal.

Isso tudo implica em um temor reverente, que deve caracterizar a vida do crente à vista de seu comparecimento diante de Cristo como Juiz. Por isso é que Paulo procurava persuadir os homens desse juízo que está por vir.

Evidentemente alguns em Corinto gloriavam-se na aparência, mas, Paulo queria dar para aqueles irmãos convertidos um ensejo verdadeiro para se gloriarem, e que o fizessem verdadeiramente no coração, isto é, na realidade do íntimo. Porém, é muito estranho que o mundo considere um homem desequilibrado quando a sua vida é totalmente consagrada ao Senhor, visto que o convertido teria um padrão de vida totalmente correta diante do mundo, pois isso agrada a Deus.

Quando Paulo usa o termo “se enlouquecemos” é porque ele está, possivelmente, respondendo a alguma crítica. Talvez, alguns de seus rivais o estivessem chamando-o de louco. Jesus foi chamado de algo semelhante em Marcos 3:21. Estudiosos acreditam que os cristãos de Corinto achavam Paulo louco por se gloriar de sua dor e sofrimento. Da mesma forma, o mundo pode te achar louco por escolher sofrer por amor ao Evangelho, por buscar santidade, optar pela castidade ou decidir ser submisso às autoridades.

Existem condições para que possamos agradar a Deus nessa vida terrena é a fé, pois, no Reino Eterno não haverá necessidade de fé, resistir às tentações ou coragem para evangelizar, por isso, precisamos aproveitar essa vida para demonstrar o quando queremos agradar a Deus.

 

Quinta-feira, 01/08: O amor de Cristo nos constrange.

Leitura Diária: II Coríntios 5:14-15

A expressão “para que os que vivem” se refere aos cristãos, que agora estão espiritualmente vivos (Ef 2:4-6). O ministério de morte e ressurreição de Cristo se tornou padrão para o ministério de morte e vida nova do cristão. Pessoalmente, Paulo também era exemplo nisso.

O amor de Cristo por nós, nos constrange, isso porque o amor de Cristo manterá qualquer crente afastado de extremos insanos. O julgamento de Paulo, feito uma vez para sempre na sua conversão, foi “Um morreu por todos, logo todos morreram”.  Isso implica que aqueles que foram redimidos por Cristo, que por eles morreu e ressuscitou, deveriam agora viver inteiramente dedicados ao seu Senhor, não ao seu ego

Ao dizer que o amor de Jesus nos constrange e nos julga, Paulo está dizendo que o amor de Cristo por nós nos controla, ou seja, nos mantém dentro de limites que para outras pessoas não seria aceitável. Como estamos convencidos do amor de Jesus, isso nos motiva a sermos obedientes. O amor de Cristo tem o poder de nos influenciar e nos motivar a seguir fazendo a obra, assim como fez com Paulo.

Por meio do sacrifício de Cristo na cruz, o pecador pode se reconciliar com Deus e ser transformado pela sua graça. Essa transformação é um processo contínuo, que envolve a renovação da mente e a conformação à imagem de Cristo (Rm. 12:2). Portanto, a nova criação em Cristo é um chamado para uma nova vida, uma vida de fé, esperança e amor, guiada pelo Espírito Santo e fundamentada na Palavra de Deus. É um privilégio e uma responsabilidade andar na luz da verdade e refletir a glória de Deus através das nossas ações e atitudes.

 

Sexta-feira, 02/08: Uma nova perspectiva.

Leitura Diária: II Coríntios 5:16 -17

A expressão “segundo a carne” é uma boa tradução do texto grego, pois, em uma situação, sempre há duas perspectivas conflitantes: a natural e a divina.

Uma visão natural de Cristo, ou seja, segundo a carne, levou a Sua crucificação e à perseguição de Paulo aos seguidores de Jesus. Depois que a luz da revelação divina raiou sobre o apóstolo no caminho de Damasco, ele já não o considerou mais (Atos 9).

Antes da crise da sua conversão, ele conhecia a Cristo só segundo a carne, isto é, como outro homem simplesmente, mas, depois de conhecer o significado da morte de Cristo, ele deixou de conhecer segundo a carne. A visão interior espiritual mudou o centro da gravidade de Paulo; a eternidade tornou-se o seu padrão de todas as medidas. Essa é a mudança que ocorre com o crente ele torna-se uma nova criatura, com uma nova visão, não a visão da carne, mas do espírito. A verdadeira conversão dá início à transformação de vida, mas não é uma reforma da velha natureza, e sim uma troca, ele passa a ter a natureza de Cristo, e sua velha natureza é morta.

A ira de Deus contra o pecado foi satisfeita na morte de Seu Filho. Os pecadores, que costumavam colocar seus próprios interesses acima da glória de Deus (Rm 1:21), foram levados a considerar o Senhor seu maior tesouro (II Co 4:6).

Ser um agente destas boas-novas, era a responsabilidade especial de Paulo, mas esta tarefa também pertence a todos que receberam este ministério.

 

Sábado, 03/08: Ser embaixadores de Cristo.

Leitura Diária: II Coríntios 5:18-21

O que Cristo fez, Deus também o fez. A morte de Cristo afetou principalmente o mundo, isto é, os homens pecadores. A morte de Cristo preserva a justiça de Deus. As transgressões foram colocadas sobre àquele que não conheceu pecado. Em troca, a justiça de Deus foi creditada a todos que estão n’Ele.

Vemos, então, a importância da responsabilidade do cristão em participar desse ministério da reconciliação, promovendo a paz e o amor de Cristo. Através da mensagem da salvação em Cristo, o cristão é chamado a ser um embaixador de Deus e pregar a reconciliação entre o homem e Deus.

Além disso, a participação no ministério da reconciliação também se aplica às relações humanas, onde o cristão é chamado a buscar a paz e a reconciliação em todos os âmbitos da vida. Isso inclui a reconciliação entre irmãos na fé, bem como a reconciliação com aqueles que ainda não conhecem a Cristo.

É importante lembrar que a reconciliação não é apenas uma questão de palavras, mas também de ações. O cristão deve buscar ativamente a reconciliação e trabalhar para eliminarmos os obstáculos à paz e à harmonia em todas as áreas da vida. Portanto, o ministério da reconciliação é uma responsabilidade sagrada e uma oportunidade maravilhosa para compartilhar o amor e a graça de Cristo com o mundo.

Em resumo, podemos dizer que a vida sob a luz do evangelho envolve viver em uma nova perspectiva, com os olhos fixados em Jesus e os ouvidos abertos ao Espírito Santo. É um chamado para viver uma vida transformada e ser um agente de transformação neste mundo. Também sublinha o papel do crente como embaixador de Cristo e a necessidade de viver uma vida que reflita a mensagem de reconciliação e o poder transformador do Evangelho. Ser embaixador de Cristo não é apenas representá-lo com palavras, mas, acima de tudo com gestos e um viver diário como cidadão do Céus, um estrangeiro neste mundo.

Para concluir as devocionais desta semana, podemos observar que esse capítulo 5 desta segunda carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios, trouxe temas importantes:

1. A esperança de um novo corpo: Paulo começa discutindo o conceito de crentes receberem um novo corpo celestial. Ele compara o atual corpo terreno a uma morada temporária e expressa o anseio pelo corpo eterno e celestial que Deus preparou para aqueles que pertencem a Ele.

2. O gemido da vida terrena: Paulo reconhece as lutas e dificuldades da vida terrena, descrevendo-as como uma forma de “gemido”. Ele destaca que enquanto os crentes estão em seus corpos terrenos, eles anseiam por seu lar celestial e pela transformação que virá com ele.

3. O papel da fé: Ao longo do capítulo, Paulo sublinha a importância da fé em Cristo. Ele sublinha que os crentes devem andar pela fé e não pela vista, reconhecendo que a sua esperança e propósito últimos são encontrados no seu relacionamento com Cristo.

4. O Tribunal de Cristo: Paulo aborda a ideia do tribunal de Cristo, onde todos os crentes aparecerão para prestar contas de suas ações e feitos. Ele enfatiza que este julgamento não se trata de condenação, mas de recebimento de recompensas com base em como alguém viveu sua vida como seguidor de Cristo.

5. Uma Nova Criação: Paulo enfatiza ainda sobre o conceito de ser uma nova criação em Cristo. Ele destaca que as coisas velhas já passaram e todas as coisas se tornaram novas através da obra reconciliadora de Cristo.

6. O ministério da reconciliação: Por fim, Paulo enfatiza o ministério da reconciliação confiado aos crentes. Ele explica que através de Cristo, Deus reconciliou o mundo consigo mesmo, e agora os crentes são embaixadores de Cristo, representando a mensagem de reconciliação de Deus para os outros. Isto sublinha a missão central de difundir o Evangelho e convidar as pessoas a reconciliarem-se com Deus.

O que vemos, portanto em todo o capítulo é a apresentação de um contraste entre nosso corpo temporário e carnal com o corpo ressurreto. Como construtor de tendas, Paulo conhecia bem temporalidade das casas terrenas. Em seguida, ele explica que este é o motivo por gemermos com os sofrimentos dessa vida. Então, usa o termo “estando vestidos” como uma analogia para afirmar que termos nosso corpo. Porém, enquanto estamos nesse corpo, estamos fadados ao sofrimento, ou “carregados”, como ele diz. Nosso objetivo não é o desejo de ser “despidos”, ou seja, sem corpo, mas receber o corpo da vida eterna. Pare e reflita nisso: seu corpo é apenas uma parte de você, mas não é você inteiro. Você é mais do que um corpo. Por isso, suas aflições são passageiras.

Na cultura grega da época, uma alma sem corpo era o auge de um ser, pois consideravam o corpo uma prisão. O corpo em si não é mau. O problema é que nosso corpo é decaído, em virtude do pecado. Deus tem propósitos para o corpo, e a Bíblia deixa claro que os que estão em Jesus receberão um corpo glorioso.

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