Devocionais da semana 21-27 de julho de 2024

 Devocionais da Semana

Domingo, 21/07: A Glória Futura.

Leitura Diária: II Coríntios 4:1-3

No capítulo anterior Paulo disse que os fiéis de Corinto são suas cartas de recomendação, cartas vivas escritas no coração dele. Diante disso, ele falou e revelou qual o segredo do sucesso ministerial: a capacitação que vem de Deus e a vivificação do Espírito, mostrando que o ministério espiritual é muito superior ao ministério da Lei, porque o ministério do Espírito inspira total liberdade.

Agora, no capítulo 4 ele continua os temas de ministério e transformação espiritual, descrevendo seu próprio ministério e os desafios que enfrenta como apóstolo.

Também enfatiza a importância de se concentrar no eterno, e não no temporal, e incentiva os coríntios a perseverar em sua fé, apesar das dificuldades que possam enfrentar.

Um dos temas principais deste capítulo é o contraste entre o temporário e o eterno. Paulo enfatiza que as provações e aflições que ele e seus companheiros apóstolos suportam são temporárias e passageiras, enquanto a glória e a recompensa que os aguardam na eternidade são eternas e imutáveis. Ele encoraja os coríntios a manterem os olhos fixos no eterno, em vez de desanimarem com as dificuldades temporárias que podem enfrentar nesta vida.

O verdadeiro ministério procede somente da misericórdia imerecida de Deus; por isso, Paulo acrescentou a ele a força para perseverar mesmo em meio a oposição. Este ministério é o ministério do Novo Testamento (II Co 3:6), o ministério do Espírito (II Co 3:6), de vida (II Co 3:7) e de justiça (II Co 3:9). E um ministério glorioso (II Co 3:7-12) de liberdade (II Co 3:17). Paulo não obteve esse ministério por suas habilidades humanas, mas pela misericórdia de Deus (II Co 3:5,6). Desfalecer significa ficar cansado, ou desesperar-se. Não importa o quanto seja difícil a tarefa ou a intensidade da oposição, Paulo não bateu em retirada, mas falou com ousadia, pois estava motivado e sustentado pela graça de Deus (II Co 3:12; I Ts 2:1-12).

O Apóstolo rejeitava a astúcia para falsificar a palavra de Deus (II Co 2:17). Aparentemente ele havia sido acusado disso (II Co 12:16) e de enganar o povo pela maneira como pregava, por isso, defendeu seu ministério, que era baseado na verdade da Palavra de Deus.

É possível que os falsos apóstolos tenham ajudado os coríntios a se desencaminhar fingindo possuir “informações confidenciais por parte de Deus”, mas, não era verdade, pois não fora Deus quem revelara a eles, mas inventaram e usavam da fé das pessoas nas “profecias” para tirarem proveitos, assim como Jezabel, essa farsa também ocorreu com os cristãos de Tiatira que foram corrompidos com “profecias” vindas diretas das “profundezas de Satanás” (Ap 2:24). Os falsos mestres são reconhecidos por terem a motivação errada, com suas astucias, e a mensagem errada manipulam os fiéis tirando proveitos deles.

Os verdadeiros mestres são reconhecidos pela verdadeira motivação e pela “fé que uma vez foi entregue aos santos” (Jd 3). Não existem níveis secretos de verdade reservados apenas para os que foram iniciados em seus segredos, mas a revelação da Palavra de Deus é para todos os que, com o coração sincero, se achegam a Jesus. Não existe uma Bíblia secreta no Céus que é revelada apenas a alguns, mas toda a revelação de Deus aos homens está em Sua verdadeira e única Palavra, a Bíblia Sagrada.

O Evangelho somente é “encoberto” para aqueles que desejam a perdição, pois não querem ouvir e nem atender ao verdadeiro Evangelho da Salvação, mas para os salvos, para aqueles que querem, ele é revelado pelo próprio Espírito Santo que trabalha em nossos corações.

 

Segunda-feira, 22/07: Entendimentos bloqueados.

Leitura Diária: II Coríntios 4:4-6

Este Capítulo fala sobre quem não entende ou não crê na Palavra de Deus, atribuindo este efeito a atuação do deus desta era, o diabo, bloqueando o entendimento dos incrédulos. Satanás tem a intenção de manter as pessoas longe de Cristo e do evangelho, mesmo que elas sejam responsáveis por suas próprias almas e não possam culpar o diabo. Isso significa que os ímpios têm uma barreira a ser transpassada, pois o deus deste século cegou a mente deles. Em função do engano de Satanás, às vezes, o que o mundo pensa ser uma verdade óbvia é um tremendo engano (Pv 14:12).

Jesus Cristo é o Filho de Deus, e revela-nos com perfeição Deus Pai. Embora os seres humanos tenham sido criados à imagem de Deus, por causa do pecado perderam o relacionamento perfeito com Deus e a imagem do Criador ficou ofuscada no homem, por esse motivo é que ele não consegue conhecer verdadeiramente Deus. Por isso, Jesus Cristo restaura os cristãos à condição em que foram originalmente criados para desfrutarem das bênçãos divinas em sua plenitude (II Co 3:18; Gn 1:26). A criação original da luz a partir das trevas (Gn 1:3) proveu o paradigma para a recriação de Deus da luz espiritual no pecador (II Co 5:17). Assim como Deus ordenou que a luz brilhasse nas trevas na criação (Gn 1:3), também ele acende a luz nos corações do povo para que todos possam ver quem Jesus Cristo é. A iniciativa que a luz brilhasse é do Senhor, e as pessoas que não acreditam são cegadas por Satanás. Entretanto, os cristãos veem a luz. Além disso, o Maligno não pode impedir que a luz do evangelho brilhe.

Sem a capacitação de Deus, um pecador “enxerga o evangelho tanto quanto um cego consegue ver o sol. O fundamento e o objetivo do evangelho são que o esplendor glorioso de Cristo sejam manifestos.

Os pecadores são convertidos a fim de que possam admirar e amar Jesus. Junto com a declaração do v. 4 de que Cristo é “a imagem de Deus”, as palavras na face de Jesus Cristo são um forte testemunho de que Paulo cria na divindade de Cristo, em cuja face a glória de Deus é manifesta por completo (Jo 1:14). A mensagem que ele pregava é que Jesus é divino, e ele é servo de Jesus, por isso é que descreve a si próprio e aqueles que ministravam com ele como escravos do povo. Eles serviram aos coríntios por amor de Jesus.

 

Terça-feira, 23/07: O preço do ministério.

Leitura Diária: II Coríntios 4:7-9

Paulo reconhece que os maravilhosos frutos de seu ministério são resultados do Espírito que atua nele, contudo, ele tem pagado um preço por isso, trazendo sobre si o morrer de Jesus. Lutas, tribulações e adversidades são fruto do relacionamento com Deus, embora essa “leve e momentânea tribulação” produza uma glória vindoura que os sofrimentos da Terra não serão capazes de superar, então Paulo diz a todos que coloquem os seus olhos no que é eterno.

Nosso tesouro é a glória imarcescível que acompanha o novo pacto, e isso é pelo poder exclusivo de Deus. Esse tesouro não tem nada a ver com este mundo, simplesmente porque, quando aceitamos a Cristo como Nosso Salvador pessoal deixamos de ser cidadãos deste mundo para nos constituir em cidadãos dos Céus.

Somos “vasos de barro” que é uma metáfora para o corpo humano, frágil e mortal. Às vezes, quanto mais humilde o recipiente, mais glorioso parece seu conteúdo.

Aqui encontramos quatro pares de opostos, onde o primeiro elemento de cada par caracteriza a fragilidade humana, principalmente os seres humanos a serviço de Deus, o segundo prova o poder de Deus.

 

Quarta-feira, 24/07: Perseverança na fé.

Leitura Diária: II Coríntios 4:10-12

Em Sua humanidade, Jesus estava sujeito à morte, mas, pelo poder de Deus, Ele foi exaltado à vida ressurreta. Paulo mostra que seguiu o exemplo de Jesus, embora para o apóstolo a vida ressurreta já tenha sido manifesta em nosso corpo. Para entendermos isso, basta olharmos para Ef 2:4-6, onde se diz que os cristãos já estão vivos, ressurretos e assentados com Cristo.

As tribulações que o Apóstolo passava como ministro fizeram com que ele acabasse experimentando a morte corporal de um mártir; no entanto, seus sofrimentos foram usados para trazer vida espiritual aos coríntios.

Por esse motivo é que ele enfatiza o papel da fé na vida do crente. Seu ministério é baseado na fé, e não na visão, e que ele é verdade para todos os crentes.

Aqui temos o encorajamento para que os coríntios vivam pela fé e não pelo que podem ver ou tocar, e os lembra que o mesmo Deus que ressuscitou Jesus dentre os mortos também os ressuscitará no último dia. Isso é um chamado poderoso para perseverança na fé e para manter nossos olhos fixos no eterno, e não no temporal. É um lembrete de que as dificuldades e provações que enfrentamos nesta vida são temporárias e passageiras, enquanto a glória e a recompensa que nos aguardam na eternidade são eternas e imutáveis.

O motivo por que Deus coloca um tesouro tão valioso em um vaso simplório é para que a riqueza não possa ficar aparente, demonstrando que o poder, e a glória do evangelho vem de Deus, e não do utensílio.

 

Quinta-feira, 25/07: O exemplo de Jesus.

Leitura Diária: II Coríntios 4:13-14

“Jesus no nosso corpo” significa estar sempre entregues à morte por amor de Jesus. Em seu serviço para Cristo, Paulo constantemente enfrentava risco de morte para que a vida de Jesus fosse manifestada. A libertação divina do apóstolo foi uma evidência de que Jesus vive (II Co 1:8-10).

Para o Apóstolo, a morte e a ressurreição de Jesus eram um exemplo para seu ministério. Em suas aflições, o apóstolo participou do sofrimento e da morte de Jesus. Entretanto, o fato de Paulo suportar todos os tipos de provações cooperou para que a vida eterna fosse experimentada por aqueles a quem ele pregava o evangelho. Da mesma maneira, a morte de Cristo foi apenas um precursor de Sua ressurreição para a vida eterna.

Caso ele não estivesse disposto a arriscar sua vida para levar o evangelho a Corinto, os coríntios não teriam ouvido falar de Jesus, crido n’Ele e recebido a vida eterna. Por isso é que ele estava disposto a colocar a vida em risco pelo Reino de Deus: sua crença no evangelho o estimulava a contar isso a outros. Sua fé estava no poder de Deus para ressuscitá-lo, o que o motivava a enfrentar dificuldades, perigos e até a morte em favor de Cristo. Ele confiava naquilo que conhecia a respeito de Deus, e não em suas próprias emoções.

Sexta-feira, 26/07: Refletir a Glória de Deus.

Leitura Diária: II Coríntios 4:15-16

Todo o sofrimento que Paulo enfrentou promoveu o bem para ele e outros, glorificando a Deus. Ele sabia que os coríntios não deveriam desfalecer, porque Deus os vivificaria em Cristo. Este é um excelente princípio. O enfoque apropriado em nosso futuro glorioso com Cristo nos capacita a suportar qualquer tipo de tribulação.

As aflições que Paulo experimentou contribuíram para a mortificação de sua carne fazendo com que o homem interior se renovasse diariamente. Embora o exterior esteja definhando e morrendo, o interior não se deixa abater pois está sendo renovado e revitalizado por Deus.

 

Sábado, 27/07:As aflições dentro do conceito e Deus.

Leitura Diária: II Coríntios 4:17-18

Observamos, portanto, neste capítulo que o Apóstolo Paulo ensina que as provações e aflições da vida são temporárias e pequenas se comparadas com as bênçãos da eternidade. Ele também ensina aos membros da Igreja em Corinto a respeito do Juízo Final e testifica que Jesus Cristo possibilitou que nos reconciliemos com Deus. Ao continuar a defender sua conduta como ministro de Deus, ele aconselhou os membros a apartarem-se de toda iniquidade e a regozijarem-se por terem experimentado a tristeza segundo Deus e o arrependimento.

Ele testifica que, apesar de suas aflições, não teme nem se angustia, e ensina que, apesar de algumas pessoas morrerem pelo evangelho de Jesus Cristo, sua morte seria temporária.

Um princípio que aprendemos com esse capítulo é que nossas provações e aflições desta vida são pequenas quando comparadas com as bênçãos e o crescimento eternos recebidos pelos que perseveram fielmente até o fim. Isso faz com que seja importante visualizar nossas aflições dentro do contexto mais amplo do plano do Pai Celestial.

A nossa responsabilidade, enquanto caminhamos neste tempo presente, e apesar das aflições e angústias que aqui passamos, é o de proclamar essas verdades para que mais pessoas também possam ouvir essa mensagem e serem salvas. Deus nos chamou para refletirmos a luz de Jesus no mundo. Essa luz já brilha em nossos corações quando aceitamos Jesus como salvador, e Ele então nos tira das trevas do pecado. Agora nossa missão é partilhar a luz de Jesus com outras pessoas. Não estamos provendo a nós próprios, mas mostrando o amor de Jesus.

As cinco lições importantes que podemos tirar deste capítulo são: Deus nos escolheu para carregar Seu poder e glória, mostrando Sua grandeza através de nossa fragilidade; os crentes não podem perder a esperança, mesmo diante das aflições e adversidades da vida; nossas aflições temporárias estão preparando para nós uma glória eterna que supera qualquer dificuldade terrena; precisamos ter nossos olhos fixos não no que é visível, mas no que é invisível e eterno; e que a vida de Jesus precisa ser manifestada em nossos corpos, mesmo enquanto enfrentamos dificuldades e desafios.

De maneira astuta o Diabo age para roubar a semente da Palavra de nosso coração. Sobre isso, Jesus falou de maneira muito clara na parábola do semeador. Paulo então não adaptou a mensagem, com o intuito de que ela ficasse mais fácil ou atraísse mais pessoas a Jesus, ao contrário, não usou nenhum engano e nem a distorceu, anunciando o evangelho claro e expositivo. Esse é o nosso dever, mostrar ao mundo que as aflições produzem glória. Entretanto, esta última tem uma proporção muito maior que as aflições: as tribulações são leves e temporárias se comparadas à glória eterna que iremos receber (Mc 10:30).  O enfoque de Paulo é no futuro e isso o capacitava a avaliar os problemas da maneira correta e perceber como eram pequenos em comparação aos resultados eternos que produziam, da mesma forma, para não desanimar, o cristão precisa mudar seu foco, não atentando nas coisas que se veem, mas nas que se não veem, e enxergar as recompensas eternas que irá receber

Seguir Jesus nem sempre é fácil, na verdade, muitas vezes é extremamente difícil. Mas, os ensinos que vimos nesta semana em nossas devocionais, faz nos encontramos boa motivação para enfrentar o desafio.

Somos, na verdade, muito fracos, mas Deus é forte. Nós falhamos, mas Deus nunca falha. Ele nos sustenta quando nós não conseguimos continuar, e nos dá esperança em meio ao caos. Com Jesus, as dificuldades são grandes, mas não nos conseguem destruir, pois, temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que o poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós. Em tudo temos esperança! A glória que Deus tem preparado para nós é muito maior do que todos os nossos sofrimentos! O Céu nos espera e a recompensa será grande. Nossa esperança não é apenas para esta vida, é para a eternidade. Essa esperança nos renova e dá força para continuar em meio às dificuldades. Sabemos que, depois de passarmos pelas lutas, receberemos a glória do Céu!

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