Devocionais da Semana 31/03-06/04-2024
Devocionais da Semana
Domingo, 31/03: Sevos de Cristo
Leitura Diária: I Coríntios 4:1-2
Paulo explicou aos membros da igreja de
Corinto o papel no evangelho dos servos; ele ensinou que o Espírito Santo está
presente nas congregações por meio da habitação em cada crente, e que por isso
não devemos vangloriar-se do que somos, sendo sempre humildes, não rogando para
si glória alguma. Também adverte sobre os iníquos que buscam influenciar a
igreja, devemos evitar suas práticas e suas imorais filosofias sem sentido.
O Apóstolo então traz um ensino sobre os
cristãos carnais, mostrando que não importando o quão achemos que somos
espirituais, se tivermos inveja e divisões entre os membros da igreja há uma
destruição da obra do Evangelho. Os servos apenas semeiam e regam, mas Deus é
que dá o crescimento, pois, Jesus é a pedra fundamental, e é sobre Ele que
devemos edificar nossas vidas e a vida da igreja.
Como o mundo não tem sabedoria, o
Espírito Santo tem, e a Sua orientação a igreja é o que deve ser seguido,
porque, a loucura para o mundo é, para Deus, sabedoria.
Agora, nesse capítulo 4, Paulo se
apresenta a Igreja como servo de Jesus, e argumenta que não se deve fazer
distinção entre um servo e outro, porque todos são servos do mesmo Deus. Ele
usa a si mesmo e a Apolo como exemplo mais uma vez, listando as adversidades
enfrentadas por eles na pregação, por isso é que devemos reconhecer as
responsabilidades daqueles que administram a igreja, devendo considerá-los
servidores encarregados de transmitir a mensagem de Cristo, mesmo que para isso
enfrentem amarguras e dificuldades.
Este capítulo, é uma continuidade de seu
discurso, mas com uma mudança de foco, agora ele explica o que significa ser um
mordomo fiel da mensagem do Evangelho, destacando sua humildade e disposição de
sofrer para alcançar êxito em sua tarefa.
A lealdade de todo crente deve ser a
Cristo, não a qualquer líder em particular, pois, os ministros não têm uma
posição especial. O despenseiro era um escravo que administrava todas as
questões relacionadas à família de seu senhor, embora ele mesmo não tivesse
nada.
José ocupava essa posição na casa de
Potifar (Gn 39:2-19). Como despenseiros, os cristãos administram a mensagem e o
ministério que Deus lhes confiou.
Segunda-feira, 01/04: A responsabilidade
do servo
Leitura Diária: I Coríntios 4:3-6
Paulo tinha consciência de que a
avaliação de sua mordomia dos “mistérios de Deus” vinha do Senhor, e não de
homens, muito menos dele mesmo. Todos os cristãos serão testados quanto a sua
fidelidade à loucura da pregação de “Cristo, e este, crucificado” (I Co 2:2).
Ele não revelou a identidade dos líderes
desencaminhados e arrogantes, mas, o fato de usar os nomes “Apolo” e “Paulo”
era apenas um destaque positivo de ministros sérios e comprometidos com o
Evangelho. Na loucura de sua pregação, esses dois discípulos de Cristo
ilustravam dramaticamente que não tinham pregado nada além do que estava
escrito.
O despenseiro não deveria preocupar-se
com a avaliação daqueles à sua volta nem mesmo em avaliar a si mesmo; ele
precisava somente agradar ao seu senhor. De igual modo, embora os cristãos
possam beneficiar-se de avaliações construtivas de seus irmãos cristãos, seu
supremo Juiz é o próprio Senhor. Uma vez que Deus é o Juiz, devemos ter cuidado
para não fazermos uma avaliação dos outros antes do tempo.
A incompreensão do papel dos pregadores
era um dos principais problemas daquela igreja, e para corrigi-los, é que Paulo
usa essas palavras. Ele era um administrador de Deus, incumbido de administrar
sua preciosa revelação, e ele não estava sujeito nem aos irmãos coríntios nem a
si mesmo. Uma vez que nenhum ser humano está qualificado para avaliar os servos
de Deus, ele não permitia que as críticas o impedissem de cumprir as tarefas
dadas por Deus. Uma vez que o homem pode facilmente enganar-se e convencer-se
de que está certo, quando não está, ele não tinha confiança em sua própria
aprovação. Seu brilho, sucesso, eloquência e popularidade eram insignificantes
porque Deus julgaria somente sua fidelidade.
Terça-feira, 02/04: Loucos pelo
Evangelho.
Leitura Diária: I Coríntios 4:7-10
A pergunta e a resposta nesses
versículos são retóricas para àqueles que se diziam superiores na igreja de
Corinto. Quem recebe um dom gratuito não tem de que se gloriar.
Com forte dose de ironia, Paulo disse
que a disposição presunçosa dos cristãos de Corinto os tornava ricos, como se a
glorificação deles estivesse completa e eles já estivessem reinando na
eternidade. Em parte, ele desejava que tudo isso fosse verdade, porque todos os
cristãos estão destinados a reinar com Cristo (II Tm 2:12).
A menção de Paulo a um espetáculo se
refere à arena para a qual as vítimas, que, geralmente eram criminosos, eram
conduzidas em cortejo antes da última apresentação pública do dia e, em
seguida, eram executadas diante de expectadores ávidos. Todavia, em vez de
autoridades pagãs ou judaicas incrédulas, Paulo sabia que, em última instância,
fora o próprio Deus quem escolheu apresentar os apóstolos desta maneira
humilhante.
O Apóstolo então apresenta um contraste
alarmante, provavelmente como uma advertência à igreja de Corinto. Os apóstolos
foram apresentados como loucos ao proclamar fielmente o Evangelho, ao passo que
os coríntios, espiritualmente imaturos se consideravam sábios, mas que na
realidade eram os verdadeiros loucos.
Eles em suas “sabedorias” fugiam das
dificuldades e das perseguições, tinham medo de serem verdadeiramente
pregadores do Evangelho. Em suma, parece que os coríntios estavam “andando como
os homens”. O apóstolo comparou a “grandeza” deles com a atitude servil de
Apolo e dele mesmo. Os coríntios acreditavam que os cristãos tinham de estar
fartos, ser ricos e reinar no presente. No entanto, Paulo sabia que devemos
passar por provações agora, se quisermos reinar quando Cristo voltar.
O desejo do Apóstolo era que aqueles
irmãos estivessem, de fato, envolvidos no Reino de Cristo, e pudessem estar
unidos no verdadeiro Reino. Então ele mostra que todo o mundo e os anjos eram
testemunhas da humilhação dos servos de Deus. Com um sarcasmo mordaz, ele
comparou a avaliação superior que os coríntios faziam de si mesmos com a que o
mundo fazia dele.
Paulo sabia que o cristão encontra a
verdadeira força quando entende as próprias fraquezas e a suficiência de
Cristo. Ele contrastou sua própria aflição com o triunfalismo deles. Enquanto
eles se imaginavam ricos e sábios, Paulo era a escória da terra, assim ele os
fez envergonharem-se de seu orgulho
Hoje muitos tentam tornar o cristianismo
num meio de buscar a grandeza mundana. Cristo não prometeu sucesso e
prosperidade na vida, e aqueles que pensam de outra forma devem ler esta
Epístola.
Quarta-feira, 03/04: O exemplo de Paulo.
Leitura Diária: I Coríntios 4:11-15
No geral, este capítulo é um chamado à
humildade e fidelidade diante da oposição e da divisão, e para isso, Paulo usa
seu próprio exemplo. Estes versículos ampliam a discussão sobre os obreiros
como ministros de Cristo, ele descreve o estilo de vida e o caráter do
ministério apostólico. O mundo e sua sabedoria humana os taxavam de escória e
imundície, isto é, o “resíduo” de penicos e a “sujeira” de barris de lixo e de
fossas, respectivamente. Os romanos faziam uso destes termos para descrever a
ralé da sociedade.
As advertências de Paulo eram
admoestações de um pai amoroso a seus filhos, e ele recordou os cristãos de
Corinto de que era seu pai pelo Evangelho. Em contraste com os atuais
instrutores daqueles irmãos, Paulo havia fundado a igreja de Corinto enfrentando
muitas dificuldades e perseguições (Atos 18). Ele lista as dificuldades que
sofrera no ministério de Cristo, tanto problemas físicos como insultos verbais.
Embora os coríntios, provavelmente, tivessem vergonha de sua conduta, o
objetivo dele quando escreveu, era advertir-lhes sobre as sérias consequências
de seus atos.
A expressão “Como meus filhos amados”
enfatiza a responsabilidade que os pais têm de aplicar a disciplina correta com
amor. Ele era o líder espiritual dos coríntios, e era dele a responsabilidade
final por eles, e o direito de ordenar que seguissem seu exemplo.
Quinta-feira, 04/04: Tratando como um
pai.
Leitura Diária: I Coríntios 4:16-17
Paulo admoestou os cristãos coríntios a
serem seus seguidores, o que envolvia serem vistos como “loucos” por causa de
Cristo. Portanto, os cristãos são encorajados a se identificar com o “lixo do
mundo”. Sua relação com eles, que, por tê-los evangelizados se tornou, em certo
sentido, o pai espiritual deles, o levava a esperar que o imitassem, como ele
imitava a Cristo, e os disciplinava quando necessário.
Timóteo, o “filho” enviado, traria à
lembrança dos coríntios de que eles deveriam trilhar os caminhos que Paulos
seguia que era o caminho daqueles que estão em Cristo. Provavelmente, Timóteo
foi enviado de Éfeso antes da carta ser enviada. Por alguma razão, Paulo não
pôde ir de imediato a Corinto, mas confiava em Timóteo para ensinar devidamente
aquela igreja, pois ele já estava seguindo o bom exemplo de Paulo.
“Assim como os filhos se assemelham aos
pais”, significa que, se suas advertências não fossem consideradas, ele estava
disposto a usar a “vara da correção” ao encontrá-los, cumprindo com severidade
esse dever paternal para o bem de seus “amados filhos”.
Sexta-feira, 05/04: A responsabilidade
contra o pecado
Leitura Diária: I Coríntios 4:18-20
A responsabilidade dos pregadores, uma
severa reprovação, e a admoestação de um pai, são os temas deste capítulo que
contém expressões fortes e um pequeno resumo da realidade vivida pelos
primeiros discípulos.
Alguns em Corinto, provavelmente, os
preceptores que causaram dissensões, agiam como se Paulo nunca mais fosse
voltar para exigir explicações para as ações deles. Tais pessoas eram
convencidas e propensas a pecar, levar os irmãos ao pecado, ou aceitar o pecado
dentro da igreja como se não houvesse problema algum.
A disciplina que o Apóstolo mencionou
que iria trazer incluiu instruções especiais a respeito de um homem da
congregação que estava vivendo com sua madrasta. A igreja deveria agoniar-se
diante desta desobediência, mas, o fato era que eles ao invés disso, estavam
orgulhosos de sua tolerância liberal. Paulo reprovou-os firmemente e lhes disse
que se reunissem para entregar o homem a Satanás. Ele pretendia que apontassem
publicamente o homem como infiel e não mais nas boas graças dos irmãos, pois
esse tal era um dos líderes influentes daquela igreja. Isso mostraria que ele
agora estava no reino de Satanás, e não do Senhor. Quando uma igreja tolera
membros, especialmente líderes, que se recusam a se arrepender do pecado, o
corpo todo rapidamente fica infectado com a corrupção espiritual.
O objetivo de Paulo não era criar algum
tipo de constrangimento àquela igreja, mas de corrigi-los como um pai corrige a
seus filhos. Nem tampouco considerou a si mesmo superior a seus irmãos, mas em
que sua vida revelava que seus caminhos estavam firmados unicamente “em Cristo
Jesus”.
Sábado, 06/04: A escolha da igreja.
Leitura Diária: I Coríntios 4:21
Como Paulo que era perseverante, Deus
está constantemente chamando a todos ao arrependimento e fazendo de tudo para
salvar. E Sua pergunta é: “Irei a vós outros com vara ou com amor e espírito de
mansidão?”. Se os cristãos de Corinto ignorassem a repreensão e admoestação de
Paulo, eles receberiam a vara do castigo quando ele chegasse; contudo, caso
eles se arrependessem, o apóstolo viria com amor e espírito de mansidão.
Temos nesse capítulo algumas importantes
lições que podemos aprender: Fidelidade na Administração dos Mistérios de Deus:
Paulo destaca a importância de ser encontrado fiel na administração dos
mistérios de Deus. Isso nos ensina a importância da responsabilidade e
integridade na liderança e serviço cristãos;
A Humildade dos Ministros de Cristo:
Paulo enfatiza que os ministros de Cristo devem ser vistos como servos e
mordomos dos mistérios de Deus. Isso nos lembra da necessidade de humildade e
submissão ao serviço de Deus, reconhecendo que somos simples instrumentos em
suas mãos;
Julgamento Justo e Divino: Paulo adverte
contra o julgamento precipitado e humano, lembrando que o verdadeiro juiz é o
Senhor. Isso nos incentiva a confiar no julgamento justo e misericordioso de
Deus em todas as situações, sabendo que Ele conhece os corações e motivações de
cada um. Mas, isso não exclui da igreja a responsabilidade que ela tem mediante
o pecado;
Mudança de Mentalidade: Paulo exorta os
coríntios a abandonarem a mentalidade mundana e a adotarem uma mentalidade
espiritual. Isso nos desafia a renovar nossa mente e pensar de acordo com os
princípios do Reino de Deus, buscando a sabedoria e a orientação do Espírito
Santo em todas as áreas de nossa vida;
Exemplo de Paternidade Espiritual: Paulo
se apresenta como um pai espiritual para os coríntios, mostrando-lhes um
exemplo de amor, cuidado e correção. Isso nos lembra da importância de mentores
espirituais em nossas vidas e da responsabilidade de sermos modelos de fé e
integridade para os outros. A liderança na Igreja ainda é uma questão delicada
e controversa, e muitas vezes nos deparamos com líderes que abusam de sua
autoridade ou que se colocam acima dos demais membros da comunidade. Em meio a
essas dificuldades, 1 Coríntios 4 nos convida a refletir sobre a verdadeira
natureza da liderança cristã e sobre a importância de uma liderança que se
coloca a serviço da comunidade e não o contrário.
O versículo mais conhecido deste
capítulo é o 20, que diz: “O reino de Deus não é comida nem bebida, mas
justiça, paz e alegria no Espírito Santo”. Essa frase resume bem a mensagem de
Paulo, que enfatiza a importância do Espírito Santo na vida dos cristãos e na
construção do reino de Deus. É fácil se preocupar mais com questões
superficiais, como o que se come e bebe, mas o mais importante é viver em
justiça, paz e alegria, frutos do Espírito Santo.
Finalizando mais um capítulo em nossas
devocionais, vemos Paulo exortando a igreja de Corinto sobre o peso do
Evangelho que é verdadeiramente levado por ele e outros ministros, não como
alguns que estavam no meio deles. Mais uma vez vemos ele citar Apolo, nos
levando a entender que não havia vaidade, ele sempre reconhecia a dedicação de
outros na pregação do Reino de Deus.
Um dos maiores desafios dos ministros
cristãos sem dúvida é permanecer fiel, como a Escritura exige que sejamos.
Começar sendo fiel é fácil, difícil é permanecer fiel, a longo prazo. E é
exatamente sobre isso que o Espírito Santo está nos ensinando neste capítulo:
Sejamos fiéis.
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