Devocionais da semana 21-27 de abril de 2024
Devocionais da Semana
Domingo, 21/04: Casados ou solteiros,
agradando a Deus
Leitura Diária: I Coríntios 7:1
O apóstolo Paulo usou os primeiros
capítulos da I carta aos coríntios para ensinar aquela igreja a resolver
questões entre os irmãos. Então serve de aprendizado para nós hoje que
recebemos uma advertência de que não devemos levar o próximo a justiça comum,
visto que são justiças dos homens, mas antes, devemos procurar resolver na
igreja, como cristãos maduros. Ele
também traz uma lista de pecados e diz que estes são práticas daqueles que não
herdarão o Reino de Deus. E ainda traz a advertência de que não devemos fazer
tudo o que bem quisermos, mas, nossas atitudes devem ser guiadas pelo Espírito
Santo de Deus e por Sua Palavra, que é “lâmpada para nossos pés e luz para os
nossos caminhos”.
Agora, no capítulo 7, ele dedica seu
tempo para dar diversos conselhos aos cristãos sobre como eles deveriam
suportar as tribulações; mas o foco aqui são as questões de relacionamento,
como os maridos, esposas, solteiros e virgens deveriam se comportar. A maioria
dos conselhos devem ser levados em conta a perspectiva dos problemas da época,
que eram bem diferentes de nosso tempo, mas como disse Billy Graham: “a Bíblia
é mais atual que o jornal de amanhã”.
Paulo começa o versículo primeiro deste
capítulo apresentando um parecer aos coríntios, sobre o celibato no casamento;
o problema vinha da própria igreja, pois havia uma divisão quanto ao assunto,
uns defendiam o celibato matrimonial, outros se envolviam em imoralidade sexual
repugnante.
Tanto o casamento, como o estado de
solteiro, são vocações iguais, ambos são válidos para os cristãos, nenhum
estado é superior ao outro. Abrace a fase da vida em que Deus o colocou com
contentamento e senso de propósito.
Para aqueles que ainda não são casados,
o celibato é uma opção válida e até mesmo desejável para quem tem o dom da
abstinência sexual. Essa foi uma resposta direta para o questionamento que
aqueles irmãos fizeram a respeito do casamento e todo o capítulo é dedicado a
esse tema.
Segunda-feira, 22/04: Desejos sexuais,
presente de Deus.
Leitura Diária: I Coríntios 7:2-9
Os desejos sexuais são naturais de todo
ser humano e é um presente de Deus! Eles existem tanto em solteiros como nos
casados, e isso não é diferente com o crente. Com o pecado, que tomou conta do
ser humano em sua queda, esse presente de Deus pode facilmente levar à
fornicação, por isso, é recomendado o casamento e a união sexual frequente
entre marido e mulher. Paulo então dá um parecer, com a autoridade apostólica
que ele tinha, e diz que os maridos e esposas não devem defraudar um ao outro
sexualmente no casamento, exceto em mútuo consentimento para se dedicarem à
oração. Tal como deve ser com o jejum de comida e bebida, os períodos de
celibato marital devem aguçar um único foco: o desejo maior, o próprio Deus.
O Apóstolo tem a sua visão expressa no
versículo 1, “bom seria que o homem não tocasse em mulher”, ele acreditava ser
“bom” que os coríntios permanecessem solteiros, mas somente se eles tivessem
este dom. Caso não houvesse condições de suportar os desejos sexuais então
deveriam se casar, pois, qualquer tipo de relação sexual fora do casamento é
pecado, como ele já havia explicado no capítulo anterior dizendo que os
praticantes estão fora da herança do Reino de Deus.
A santidade do casamento existe porque
ele é uma aliança divina, e deve ser tratado com reverência e compromisso,
reconhecendo que é um reflexo do relacionamento de Cristo com a Igreja. De
acordo com esses versículos, o homem deve cumprir seu dever conjugal com sua
esposa, assim como a esposa deve cumprir com o seu, justamente porque ele é uma
aliança divina e é feita entre as três pessoas, Deus, o marido e a mulher. Por
isso é que a Bíblia destaca a importância da fidelidade e da exclusividade
sexual dentro do casamento, rejeitando a prática do adultério pois é algo
contrário à vontade de Deus. Embora o sexo seja presente no casamento, a Bíblia
também enfatiza a importância do equilíbrio e do respeito mútuo, e a
abstinência sexual, que às vezes se faz necessário, é para buscar a oração e o
jejum juntos. Isso indica que o sexo não deve ser visto como algo meramente
físico, mas sim como uma expressão de amor e afeto que deve ser cuidadosamente
equilibrada com outras práticas em busca da santidade e de se aproximar de
Deus.
Esses ensinamentos nos lembram que, como
presente de Deus, o sexo é uma bênção do casamento; e a própria Bíblia diz que
ele é a consumação do ato conjugal. Primeiro se recebe a bênção e a consagração
do casamento, e depois o consuma se tornando “uma só carne” (Mateus 19:6).
Sendo que, o ato sexual é a consumação da aliança feita entre um homem e uma
mulher, e tudo isso determinado por Deus desde a criação. As alianças sempre
eram consumadas com o derramamento de sangue (Êxodo 24:8) e, geralmente, o sangue
é derramado quando a virgindade é perdida. Isso é corroborado até mesmo pelas
leis humanas. Porém, apesar de ser uma bênção, ele deve ser praticado com
responsabilidade e cuidado. É importante compreender seu propósito e
importância no contexto do casamento cristão, e buscar viver de acordo com as
instruções bíblicas. Precisamos manter um equilíbrio saudável entre nossos
relacionamentos pessoais e nossa vida de oração e comunhão com Deus. Isso
significa que, embora seja vital investir tempo e energia em nosso casamento,
não devemos negligenciar nosso relacionamento com Deus. Afinal, Ele é nosso
criador e sustentador, e é somente através de uma vida de adoração e obediência
que podemos encontrar verdadeira paz e felicidade.
Terça-feira, 23/04: Permanecer
casados.
Leitura Diária: I Coríntios 7:10-16
Paulo reitera o parecer do Senhor aos
casados (Mt 19:1-9), ordenando às esposas que permaneçam casadas. Essa
instrução é tanto para o marido como para a esposa; aquele que se divorciar tem
somente duas opções: permanecer separados, mas em celibato, ou reconciliar com
seu cônjuge; aqui ele usa o exemplo da esposa, mas vale para os dois, por isso
é que ele insistiu em que o marido não deixe a sua esposa.
Acima de tudo, está o reino de Deus e a
Sua vontade que devem ser prioridades na vida do servo de Deus, seja casado ou
solteiro. Isso é um incentivo para que os crentes abordem o casamento e o
estado de solteiro com uma perspectiva centrada em Cristo, portanto, ele fala
da importância do amor e respeito mútuos, do contentamento e da busca da
orientação de Deus em todos os aspectos de seus relacionamentos.
Espiritualmente, nosso corpo passa a
pertencer a Deus quando nos tornarmos cristãos, porque Jesus Cristo nos
comprou. Ele pagou o preço para nos libertar do pecado. Fisicamente, nosso
corpo pertence a nosso cônjuge, porque Deus projetou o casamento de forma que,
através da união do marido e da esposa, os dois se tornassem um (Gn 2:24), por
isso é que deve existir um completo equilíbrio nas relações sexuais. Nem o
homem nem a mulher devem buscar o domínio ou a autonomia.
Paulo aborda ainda uma situação em que
ambos os cônjuges não eram cristãos quando se casaram, mas então um deles se
converteu ao cristianismo, e como Jesus não comentou sobre esta situação, ele
deu um parecer apostólico: que o cônjuge cristão não abandone o cônjuge não
cristão. Pode-se entender facilmente o sacrifício que isso requeria. A passagem
também pressupõe que o não cristão concorde em se manter o relacionamento
marital. O cônjuge cristão que permanece fiel a seu cônjuge não cristão tem um
“efeito santificador” sobre os membros incrédulos da família. Paulo não está se
referindo apenas à possível salvação futura dos não cristãos da casa, mas
também a presente proteção de Deus, através do Espírito Santo, contra os
valores pagãos por meio da influência e do exemplo moral do cristão.
Mas, existe o caso de o não cristão
desejar se separar por causa da conversão do cristão, então não se deve negar o
desejo do incrédulo de se divorciar. Neste contexto “paz” é uma referência a
estar “em paz” caso o cônjuge não cristão decida apartar-se, porque, sendo
assim o cristão nada fez de errado.
A “ordem’' de Paulo referente à
permanência do casamento tem como base o Antigo Testamento (Gn 2:24) e o
ensinamento de Jesus (Mc 10:2-12), ele aplicou esses conceitos à situação que
os coríntios estavam enfrentando.
Aqui ele dá uma ordem e faz uma
sugestão, por falta de uma ordem especifica por parte de Deus, mas, sua ordem,
que vinha de Deus, estava acima da sua sugestão pessoal, porque uma trata de um
princípio eterno enquanto a outra é uma aplicação específica. Não obstante,
para as pessoas em situações semelhantes, a sugestão de Paulo é o melhor
conselho que poderiam obter. Paulo era um homem de Deus, um apóstolo, e tinha a
mente de Cristo.
Quarta-feira, 24/04: A seriedade do
compromisso com Deus.
Leitura Diária: I Coríntios 7:17-28
Existia um dilema referente a um menino
cristão que nasceu judeu, ele deve ser circuncidado ou deve se tornar
incircunciso? Estas coisas são apenas distrações.
Paulo se foca no que realmente importa:
guardar os mandamentos de Deus como alguém que pertence a Ele.
O princípio de se “permanecer como está”
é alusão a uma decisão enfrentada pelos escravos: continuar servo por vontade
própria ou buscar a liberdade. O apóstolo não condena os escravos a uma vida de
permanente escravidão. “Se tu podes conseguir a liberdade, consiga-a”, ele
disse. Por outro lado, porém, o fato de ser escravo não deve ser motivo de
incômodo. A lógica de Paulo é a seguinte: quer o cristão seja livre, quer o
cristão seja escravo, ao vir a Cristo, ele tem deveres vitalícios para com este
Senhor: Jesus Cristo.
Outra questão que incomodava naquela
igreja era a respeito das mulheres solteiras, e o foco de toda essa discussão
tem o ponto de vista masculino, uma vez que a cultura antiga dava ao homem a
principal responsabilidade pelas decisões conjugais. O homem que prometeu se
casar com uma virgem não deve buscar se libertar das obrigações futuras de
consumar o casamento, e, o homem que estiver livre de tais obrigações não deve
buscar o noivado, porque, na visão de Paulo, ele tinha mais liberdade para
servir a Deus. Em outras palavras, mantenha seus compromissos ou permaneça como
está.
Muitas pessoas ingenuamente pensam que o
casamento resolverá todos os seus problemas, porém, existem alguns problemas
que o casamento não resolverá: solidão, tentação sexual, as necessidades
emocionais mais profundas, e as dificuldades da vida. Precisamos entender, como
servo de Deus, que o casamento em si não mantém duas pessoas juntas, mas o
compromisso sim, especialmente o compromisso com Cristo, e o compromisso mútuo
dos cônjuges, apesar dos conflitos e problemas.
É muito obvio que, mesmo sendo tão
maravilhoso, o casamento não resolve automaticamente todos os problemas, porém,
uma compreensão se faz necessário em nossas vidas de cristãos, casados ou
solteiros, devemos estar satisfeitos com a situação e focados em Cristo, e não
na pessoa a quem amamos, pois, somente Ele é capaz de resolver os problemas.
Quinta-feira, 25/04: Vivendo para Deus.
Leitura Diária: I Coríntios 7:29-31
Independente da situação em que
estivermos, devemos viver para o Senhor. Duas realidades devem aumentar nossa
ênfase neste estilo de vida e devoção: o tempo é curto, e a moda deste mundo
passa.
Paulo exortou todos os crentes a tirarem
o maior proveito possível de seu tempo antes da volta de Cristo. Todas as
pessoas, de todas as gerações, deveriam ter este senso de urgência em relação a
divulgação do evangelho aos outros. A vida é curta e não há muito tempo!
Portanto, o cristão não deve considerar
o casamento, o lar ou a segurança financeira como a meta mais importante da
vida. Tanto quanto possível, devemos viver livres dos cuidados deste mundo, não
nos envolvendo em situações que possam nos impedir de fazer a obra de Deus. Os
casados, devem cuidar de suas responsabilidades terrenas, mas não se esquecer
do principal: O Reino de Deus.
Para uma igreja que estava sofrendo os
efeitos da imoralidade, os conselhos do apóstolo, se obedecidos, teriam um
papel fundamental na reconstituição de sua moral e avanço da obra. Apesar de
ter optado pelo celibato por entender ser a vontade de Deus para sua vida,
Paulo não impõe tal condição como uma regra a ser seguida, mas a iguala ao
casamento no sentido de que ambos são aprovados por Deus quando discernidos
espiritualmente.
Sexta-feira, 26/04: Tudo para a Glória
de Deus.
Leitura Diária: I Coríntios 7:32-35
Algumas pessoas solteiras sentem uma
tremenda pressão para se casar, pois, pensam que sua vida somente pode ser
completa com um cônjuge. Mas Paulo salientou uma vantagem de ser solteiro, o
potencial de um enfoque maior em Cristo e em sua obra. Se você for solteiro,
use essa oportunidade especial para servir a Cristo sinceramente.
Primeiramente, é preciso compreender que o casamento é uma instituição divina,
criada para promover a felicidade e a união dos cônjuges. Em contrapartida, a
opção pelo celibato também é vista como uma escolha válida para aqueles que
desejam se dedicar por completo ao serviço de Deus. Contudo, é preciso ter em
mente que a prática do celibato não deve ser vista como uma privação, mas sim
como uma escolha consciente e sincera para uma vida de serviço a Deus. Tudo
deve ser feito para a Glória de Deus, seja casando-se ou ficando solteiro.
Sábado, 27/04: Buscar a vontade de Deus.
Leitura Diária: I Coríntios 7:36-40
A compreensão deste capítulo pode trazer
benção e direção para a vida dos cristãos, ajudando-os a crescer em sua
caminhada cristã e a buscar a vontade de Deus em todas as áreas de sua vida.
Muitas vezes a escolha de um servo de Deus é mal-entendida.
Paulo traz um conselho especial para os
pais de moças solteiras dizendo que eles devem usar de sabedoria ao dar ou não
suas filhas em casamento.
Ele também orienta que as mulheres
cristãs que ficaram viúvas estão livres para se casar, contanto que seja com um
homem que pertença ao Senhor, mas, ele também reafirma o valor do princípio do
“permaneça como está”. Permanecer assim dava à viúva a possibilidade de se
devotar ao Senhor sem distrações. Quando ele disse que o solteiro “faz melhor”,
estava falando sobre o tempo potencial disponível para a obra de Deus. A pessoa
solteira não tem a responsabilidade de cuidar de um cônjuge e manter uma família.
Isso, porém, não quer dizer que ela prestará um grande serviço a Deus. O
envolvimento na obra de Deus depende do comprometimento de cada indivíduo. Esse
princípio também vale para as viúvas.
O conselho de Paulo vem do Espírito
Santo, que guia e habilita tanto as pessoas solteiras como as casadas a
cumprirem sua parte na obra, mas tanto a solteirice quanto o casamento têm seu
próprio valor e propósito diante de Deus.
Tudo o que vimos esta semana em nossas
devocionais, nos ensina que devemos encontrar contentamento e significado em
nossa condição atual, seja ela qual for, e confiar que Deus tem um plano
perfeito para cada fase de nossa vida. As diretrizes práticas extraídas para a
aplicação atualmente incluem o respeito mútuo, a busca pela orientação sábia, o
cuidado e a intimidade no casamento, a compreensão do papel do sexo na união
conjugal, e a compreensão da opção pelo celibato como uma escolha sincera em
servir a Deus. Essas orientações são fundamentais para a vida cristã e para a
construção de relacionamentos sadios e abençoados por Deus.
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