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Uma Reflexão

Uma reflexão
O texto que começaremos a analisar nesta postagem está em Rm 1:18-21, é uma das maiores e mais expressivas descrição da maldade e pecaminosidade do ser humano que já tem escrito em todos os tempos. Às vezes somos mesmo levados a perguntar-nos como, em época tão remota, quando faltava ao apóstolo, por certo, um mínimo de recursos de informação e conhecimento da conjuntura mundial, poderia ele ser tão claro e objetivo em sua análise. Só mesmo entendendo a Bíblia como revelação divina, poderemos entender esta indagação e respondê-la com segurança. Especialmente o versículo 20 que transcrevemos abaixo, contém para nós uma profundidade espiritual e teológica que vale a pena levar-nos à meditação e reflexão sobre ele:
“Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis”. (Rm 1:20)
O que Paulo nos está afirmando é que a própria criação nos revela o Senhor Deus. A natureza, com sua beleza e força, é a manifestação viva da presença de Deus no mundo, de forma tão expressiva e concludente que o homem não tem como se desculpar (inescusável) de não conhecer ou reconhecer os atributos deste Senhor em sua vida. Esses atributos invisíveis a que o apóstolo está se referindo, como a onipotência e a divindade que ele cita, são manifestos também nas exigências de Deus para uma vida santa e imaculada de sua criatura em face do mundo que a rodeia.
Daí, seu espanto, que vai levá-lo a escrever um verdadeiro libelo contra o pecado no texto que se segue. Ou seja, diante de tantas expressões claras, visíveis e invisíveis, do poder e da presença deste Deus, como pode o homem viver alienado da pureza e da santidade de vida que este Senhor espera dele?
Que, como crentes em Cristo, reconheçamos sempre em nosso viver esta exigência divina para um viver santo e separado diante do mundo corrompido.
O Apóstolo então faz uma oração acusativa em Romanos 1:22 a 25. Vejamos que o apóstolo Paulo, embora continue abordando o assunto anterior, encerra esta parte com um “amém”. Ou seja, de tal maneira ele se inflamou na escrita destes 4 versículos que, ao exclamar a comparação do extremo contraste entre a vida humana de pecado em face da beleza e da pureza de Deus, ele finaliza o pensamento com a exclamação do “assim seja”, Senhor.
O que ele está afirmando é que, embora o homem tenha conhecido a Deus de forma até implícita ou inconsciente, pois a manifestação divina está em todo o viver do homem, o fato é que este se afastou dele, em busca dos seus próprios caminhos, de forma que Deus passou a assistir (os entregou), com tristeza, sem dúvida, à degradação progressiva de sua criatura por excelência:
“Por isso Deus os entregou, nas concupiscência de seus corações, à imundícia, para serem os seus corpos desonrados entre si” Rm 1:24.
Nós não temos capacidade para perceber ou compreender o sentimento divino diante de nossos fracassos. Quando falamos que ele “se arrepende” ou “se entristece”, estamos simplesmente transferindo para ele uma forma de sentir que nos é conhecida e peculiar. Mas Deus é soberano e supremo. Está acima de todos esses sentimentos que ele mesmo incutiu em nossos corações. Mas, quando vemos o quanto ele investiu em sua criatura especial, o homem, a ponto de dar o seu Filho, Jesus, por amor dela, podemos imaginar ou extrapolar o tipo de sentimento que inunda o seu ser, vendo o grau de corrupção e imundícia a que esse homem tem se rebaixado e se submetido. A desonra moral, social e espiritual, que nos atinge como humanidade, atinge também ao nosso Pai Celestial, que se entristece com nossa baixeza e se condói de nossa situação.
Que, como crentes em Cristo, possamos lutar contra essas formas nocivas de corrupção e imoralidade que o mundo tem aceitado, fazendo com que a luz de Cristo em nossos corações e em nossa vida, influencie as pessoas ao redor, refletindo para elas a beleza da santidade cristã, que é o nosso alvo supremo.
Pr. Eliér da Silveira

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