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Romanos, uma carta viva para a Igreja de hoje

Estamos iniciando nossas atividades nesse Blog, e a partir de hoje, estaremos falando sobre a Epístola do Apostolo Paulo aos Romanos, pois é a mais importante do cristianismo. Através das palavras de Paulo nela contida, a igreja cristã pode se posicionar para enfrentar os embates do “século presente”.
A Carta aos Romanos foi escrita por Paulo entre os anos 55 e 60 da era cristã. O evangelho ali florescera pela chegada, até a capital do império, de grupos de judeus que, convertidos pela mensagem de Cristo e seus apóstolos, foram parar ali, por ocasião da perseguição movida pelo próprio Paulo, quando ainda Saulo, como registrada em Atos 8:4. Talvez sem muita experiência no evangelho e enfrentando os desafios de uma sociedade extremamente secularizada, mais do que nunca eles precisavam da assistência de um líder espiritual que identificasse mais de perto com o Senhor em quem criam, mas, pelo que supõem os melhores comentaristas, não conheciam muito de perto. Daí a preocupação de Paulo em querer visitá-los o mais cedo possível (Rm 1:10). Interessante que, mesmo assim, eles se distinguiam.
“A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados para serdes santos: Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.” (Rm 1:7)
Há dois aspectos neste versículo que nos devem incentivar à reflexão. Primeiramente, o fato de serem eles “amados de Deus”. Em segundo lugar, o fato de serem “chamados para a santidade”. Paulo, mesmo sem os conhecer de perto, identificava neles esses dois aspectos, que devem ornar a vida cristã de cada um de nós. Como naquele passado bíblico, se somos crentes em Cristo, devemos distinguir-nos diante do mundo por essas duas características importantes que Paulo destaca: sentir-nos “amados por Deus” e “chamados para ser santos” em toda a nossa forma de viver. Você sente isto?
Vale a pena ressaltar que aquela comunidade primitiva cristã, vivendo diante dos desafios da capital do Império Romano, era motivo de ação de graças para o apóstolo, pelo exemplo que dava ao mundo, da fé que possuía em Cristo Jesus. Sim, pois, mesmo vivendo em face do peso da perseguição contínua ou a intervalos que lhe devia mover o Império, ou mesmo em vista das múltiplas atrações ou desprezo que a mais cosmopolita sociedade da época poderia lhe dedicar, ainda assim, eles evidenciavam para o mundo a fé que lhes enchia o coração. O texto do versículo que escolhemos para hoje nos demonstra que o exemplo de fé dos crentes em Roma era motivo de comentários em todo o mundo conhecido da época (Rm 1:8-10).
Fico a perguntar-me se a nossa fé é hoje conhecida por todos aqueles que nos cercam. Será que os nossos vizinhos conhecem o que cremos e em quem cremos? Será que os nossos amigos de trabalho ou da escola, sabem da nossa esperança? Será que os nossos parentes mais chegados ou distantes sabem da nossa expectativa de vida eterna?
Aqueles crentes viviam em constantes preocupações diante de uma sociedade que se antagonizava, em todos os aspectos, à vida cristã que tinham de mostrar para o mundo. Cristo ensinara o amor ao próximo, enquanto aquela sociedade era egoísta e exclusivista. Cristo ensinara a igualdade entre todos os homens, enquanto aquela sociedade era escravocrata, discriminadora e classista. Cristo ensinara os direitos da mulher e da criança e o respeito devido a elas, enquanto aquela sociedade as tinha como seres secundários e desprezíveis. Cristo ensinara o valor da vida espiritual, enquanto aquela sociedade era materialista e hedonista por excelência. Vivendo de acordo com os ensinos de Cristo, eles eram luz para o mundo a partir de Roma, a capital do Império. Será que hoje a nossa fé é anunciada e reconhecida diante do mundo que nos cerca?

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