Devocionais da semana 27 de abril à 03 de maio de 2025

Devocionais da semana

Domingo, 27/04: Os oficiais da igreja no Novo Testamento.

Leitura diária: I Timóteo 3:1-2

O capítulo 3 da primeira carta do Apóstolo Paulo a seu filho na fé Timóteo inicia apresentando as características necessárias do Pastor para ser considerado apto e digno a exercer a função, e da mesma forma, os diáconos. Aqui temos os dois oficiais da Igreja, Pastor e Diáconos, não existem outros.

Os termos bispo ou ancião são cargo semelhante ao de presbítero e todos eles são designação para o Pastor, e sempre se referem ao mesmo cargo nas páginas do Novo Testamento. As funções do oficial principal da igreja abrangem: ser presbítero que significa aquele que preside; ser Bispo quer dizer “supervisor” e enfatiza a tarefa de zelar pela congregação (Hb.13:17); ser ancião que é o mesmo que dizer aquele que aconselha, que tem experiências de vida; e o ser pastor que designa aquele que apascenta e cuida. Não existe outro oficial além de Pastor e Diáconos que são seus auxiliares.

Paulo então diz que aqueles que desejam exercer esses ministérios devem apresentar-se dignos, com certas características importantes. A igreja é o corpo de Jesus Cristo e como corpo, ela deve apresentar organização para que tudo funcione adequadamente.

No capítulo anterior ele havia ensinado sobre o dever de orar pelas autoridades, dizendo que é dever dos cristãos suplicar, orar, interceder e dar graças a Deus em favor delas.

Também ensinou que a salvação está à disposição de todos, revelando o desejo de Deus de salvar a toda a humanidade e não apenas alguns poucos. No mesmo capítulo vemos que o Espírito Santo procura sempre orientar aos cristãos em tudo o que fazem.

Ele aconselha aos homens e as mulheres para que se comportem de forma decente, refletindo a luz do Filho de Deus. Agora temos um capítulo voltado a orientação para os líderes da Igreja de Cristo.

O significado de marido de uma esposa é muito debatido, mas nos leva a entender que ele está se referindo ao problema do divórcio. Já que para Deus não existe o divórcio, uma vez casados na presença do Senhor é casado para sempre e somente a morte poderá separar, e o Apóstolo já havia tratado sobre esse assunto em Romanos 7:2-3, portanto na visão de Paulo, ao crente sem nenhuma liderança na igreja já era um problema se divorciar, e em I Coríntios 7:11 ele disse que caso isso acontecesse era para ficar sozinho e não se casar novamente, se isso valia para o crente comum imagine então para os líderes? Isso seria inconcebível. No entanto, podemos também entender esse versículo como uma proibição da poligamia. Entretanto, ainda existe um outro provável entendimento é a de que ele esteja tratando de fidelidade conjugal em geral. Seja qual for o sentido que o Apóstolo estivesse pensando, ambos os casos são situações em que o Pastor ou Diáconos não devem de maneira alguma viver. Por serem líderes devem ser exemplo e não podem ser divorciados e casados de novo, não devem ser polígamos e muito menos serem infiéis aos seus cônjuges.

Ser Irrepreensível significa alguém não sujeito a punição ou repreensão. A ideia não é que um Pastor ou Diácono não cometa mais pecado, mas, sim, que mostre uma conduta cristã madura e consistente que não dá margem para vir a ser acusado de algum erro grave.

Apto para ensinar é o único requisito desta lista que não é obrigatório a todos os cristãos, nem mesmo aos Diáconos. Portanto, esta é uma marca característica do pastor (Tt.1:9). Esse é um dom que não pode faltar no ministério pastoral.

 

Segunda-feira, 28/04: Características do Pastor.

Leitura diária:  I Timóteo 3:3-5

O pastor não deve ser propenso a briga, a violência e a querer agredir fisicamente as pessoas, é isso que significa, “não contencioso”, é aquele que não discute, não cria problemas; é a qualidade do homem pacífico. Não deve ter uma atitude egoísta em relação ao dinheiro ou aos bens, isso é uma advertência para os líderes de igrejas quanto à devida administração das finanças da casa de Deus.

Paulo também destaca a administração da própria casa ao fazer uma discussão mais longa deste item. À família é o campo de provas do caráter cristão. Isso complementa a figura da igreja como “casa de Deus”. Por esse motivo é que o Pastor deve ser alguém que “Governe”, significa que se coloque diante de, ou administre, a sua própria casa. O Pastor deve administrar bem sua própria família. Seus filhos devem submeter-se à sua liderança com modéstia e respeito. Se um ministro for incapaz de governar a própria família, não terá o cuidado devido da igreja na qual ele está encarregado pelo Senhor a administrar.

A liderança piedosa começa em casa e com a própria família. Se um homem não pode supervisionar sua própria família com amor e equidade, ele não pode supervisionar a família de Deus.

Ao passar da expressão governar para ter cuidado, Paulo enfatiza o carinho do pastor em sua função de apascentar a igreja local. Essa forma de governo é a forma que o próprio Senhor Jesus Cristo demonstrou com os seus discípulos, ele era duro em suas correções, porém amoroso no trato com cada um de seus seguidores. Ele corrigia, mas ao mesmo tempo demonstrava amor.

 

Terça-feira, 29/04: O cuidado ao consagrar alguém ao pastorado. 

Leitura diária: I Timóteo 3:6-7

Outro tema muito importante neste capítulo é sobre o cuidado que devemos ter quando alguém se diz chamado para o ministério, especialmente ao pastorado. Paulo diz que promover rapidamente um novo convertido a um cargo de liderança poderia levá-lo ao orgulho pecaminoso. O Pastor não deve ser um cristão novo, recentemente convertido, pois isso pode levá-lo a situação delicada, visto que ao assumir liderança, geralmente somos colocados em situações em que um líder, se for um novo convertido, pode ser levado a cometer erros, muitas das vezes irreversíveis para a sua própria fé, se não tiver firmeza e sabedoria alcançada pelo tempo de carreira na vida cristã. Um exemplo é a própria soberba que é considerada como a condenação do diabo (Ez.28:11-19). O perigo de ter um pastor que não tenha experiências mais aprofundada na vida cristão é que ele assumiria ter grande sabedoria, acima dos outros, se fosse nomeado portador de cargo tão cedo. Ele estaria propenso a cair no pecado do orgulho, a mesma armadilha em que o diabo caiu quando ele, assumindo muita sabedoria, se revoltou contra Deus (Jo.8:44; II Pd.2:4; Jd. 6; Ap.12:7–8)

O Pastor também deve ter boa reputação na comunidade (At 6:3). Não deve dar motivo para afronta ou insulto de descrentes a ele. Seu bom testemunho evita o laço do diabo, ou seja, a cilada, ou armadilha, de Satanás.

 

Quarta-feira, 30/04: Os Diáconos.

Leitura diária: I Timóteo 3:8-10

O cargo de Diácono é o outro ofício da igreja do Novo Testamento, junto com o de Pastor, não existe outro ofício na igreja do Novo Testamento que não seja esses dois, os outros termos são designação do Pastor.

Ao falar sobre os Diáconos o Apóstolo Paulo, do mesmo modo, sugere uma ligação entre as duas listas de qualificações. Há semelhanças marcantes entre as qualificações para Pastor e Diácono. A única diferença é que não é obrigatório que os Diáconos sejam aptos para ensinar. Além das qualificações similares também existe indicações que eles tinham a responsabilidade especial de visitar, ministrar a Palavra e ajudar aos necessitados. Os sete escolhidos em At. 8:3-6 era para aliviar a carga dos Apóstolos na distribuição de comida e são considerados como os primeiros Diáconos da história da Igreja (At.6:2-4).

Os Diáconos ocupam a segunda posição de liderança na congregação local, e a palavra grega usada significa servo. Este capítulo e Filipenses 1:1 demonstram que esse cargo foi estabelecido na Igreja primitiva e deve ser seguido pela igreja em todo o tempo. Eles são de extrema importância no auxílio dos Pastores no desenvolvimento de seus ministérios.

No entanto, eles não podem ser “de língua dobre”, ou seja, mexeriqueiro, que é quando se diz uma coisa a uma pessoa e outra diversa a outra pessoa. Eles precisam ser avaliados, observados e aprovados antes de designados para o cargo. Por esse processo de aprovação, devem ser considerados irrepreensíveis ou inculpáveis em seu caráter, pois, desempenham um papel essencial no corpo de Cristo, e precisam serem “dignos”, ou seja, homens cujo caráter inspire respeito. Essa dignidade é manifestada em autocontrole e honestidade, pois eles não devem ser “amigos de muito vinho nem de lucros desonestos”.

Essa instrução mostra que um Diácono deve evitar excessos e práticas corruptas, focando em servir com integridade.

Um aspecto central da espiritualidade do Diácono é “apegar-se ao mistério da fé com a consciência limpa”. O mistério da fé refere-se às verdades profundas do Evangelho, que devem ser vividas e não apenas professadas.

 

Quinta-feira, 01/05: Orientação para o ministério das mulheres.

Leitura diária: I Timóteo 3:11-12

Quando o Apóstolo diz “Da mesma sorte as mulheres”, essa expressão é similar à do versículo 8 e parece indicar que Paulo estava falando de outro cargo no corpo local: a Diaconisa, que assim como os Diáconos, deveriam também se dedicarem ao serviço sob a liderança de Pastores. Alguns interpretam esse versículo como referência não a um cargo, mas às esposas dos Diáconos. Seja como for o caso, o importante é que essas mulheres deveriam ser dignas a ocuparem essa posição. Aqui temos o destaque do papel importante das mulheres na igreja.

O termo “dignas” refere-se a mulheres que vivem de forma honrosa e respeitável, inspirando confiança e respeito. Essa dignidade não é apenas uma questão de comportamento público, mas também de postura espiritual, como Paulo orienta em Tito 2:3-5, onde ele descreve o impacto das mulheres na edificação do lar e da comunidade.

 

Sexta-feira, 02/05: A recompensa aos que exercem ministérios.

Leitura diária: I Timóteo 3:13-15

Um incentivo duplo é oferecido aos Diáconos que servem bem. Primeiro, receberão boa posição, ou respeito. Isso está relacionado principalmente à sua posição na congregação, mas também à sua recompensa maior pelo serviço ante o tribunal de Cristo (Rm.14:10; I Co.3:10-15; II Co.5:10). Segundo, desenvolverão sua confiança na fé. Os servos fiéis desenvolvem sua fé e convicção em sua caminhada cristã. Os diáconos refletem o coração de Cristo no serviço, mostrando que a grandeza no Reino de Deus é medida pelo compromisso com os outros e pela fidelidade no chamado.

A igreja é vista como um suporte vital para a verdade do Evangelho, e essa imagem mostra que ela não é apenas um local de reunião, mas o pilar que sustenta a mensagem de salvação. Em Efésios 2:19-22, Paulo reforça essa ideia, comparando-a com um edifício espiritual onde Cristo é a pedra angular. O comportamento da igreja reflete a seriedade de sua missão, e como corpo de Cristo, ela deve proclamar e proteger a verdade divina. Cada membro tem um papel importante nesse processo, garantindo que o Evangelho permaneça central em todas as atividades.

 

Sábado, 03/05: O funcionamento perfeito da Igreja.

Leitura diária: I Timóteo 3:16

O objetivo de Paulo ao escrever sua primeira carta a Timóteo era dar-lhe instruções sobre como uma congregação local e sua liderança deveriam funcionar. Como “Igreja do Deus vivo” ela se manifesta em reuniões locais por todo o mundo, sendo a “coluna e firmeza da verdade”, portanto, se houver comportamento impróprio e desordem na igreja local vai enfraquecer a sustentação da verdade de Deus no mundo. Mulheres e homens piedosos que se reúnem em congregações locais para adorar ao Senhor formam uma igreja que testifica da verdade de Deus para todos os outros. Isso nos ensina que não podemos nos comportar de qualquer maneira, pois, fazemos parte desse corpo que é “a igreja do Deus vivo, coluna e fundamento da verdade”.

Encerrando o capítulo, o Apóstolo celebra o “mistério da piedade”: “Deus foi manifestado em corpo, justificado no Espírito”. Esse versículo encapsula o núcleo do Evangelho. A manifestação de Deus em carne é um dos maiores milagres da fé cristã, como vemos em João 1:14. O fato de Jesus ter vindo ao mundo em forma humana revela o coração de Deus em busca da humanidade. Sua justificação no Espírito, visível na ressurreição, confirma sua divindade e autoridade sobre o pecado e a morte (Rm.1:4).

“Pregado entre as nações e crido no mundo”, significa que o Evangelho continua a impactar vidas em todas as culturas, mostrando seu poder transformador e alcance universal. Colossenses 1:23 reforça que essa mensagem já foi proclamada em toda a criação, e sua influência permanece viva.

Paulo apresenta um padrão elevado para os líderes da igreja, e esses princípios continuam relevantes nos dias de hoje. Vivemos em uma época em que a liderança é frequentemente associada a poder e status, mas a visão bíblica nos lembra que liderar é servir. Esse capítulo nos desafia a olhar para dentro e avaliar como estamos refletindo os valores de Cristo em nossas vidas.

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