Devocionais da semana 26 de janeiro à 01 de fevereiro de 2025

Devocionais da semana

Domingo, 26/01: Entendimento e sabedoria.

Leitura diária:  Colossenses 2:1-5

No capítulo que analisaremos esta semana em nossas devocionais diárias, Paulo continua a advertir os irmãos de Colossos para não caírem na tentação dos falsos ensinamentos, antes eles precisam crescer no conhecimento de Deus e no relacionamento com Ele. O Apóstolo se esforçava na ministração do evangelho por causa de seu objetivo e desejo de encorajar e unir os corações daqueles irmãos em amor e entendimento.

Os falsos mestres presumivelmente alegaram ter acesso aos mistérios da verdade de Deus, mas Paulo insiste que Cristo é o mistério de Deus, e todo entendimento deve ser encontrado n’Ele. Temos, portanto, um convite a explorar o coração do evangelho, onde todo entendimento e sabedoria estão escondidos em Cristo.

Este capítulo, nos desafia a ir além das filosofias, revelações e tradições humanas que, apesar de atraentes, podem nos afastar da essência de nossa fé. Nossa plenitude está em Cristo, o qual “cancelou a escrita de dívida” e despojou os poderes que outrora nos escravizavam, tornando-nos livres pela cruz. “Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento” e o verdadeiro entendimento está enraizado n’Ele. Essa declaração é uma resposta direta aos falsos ensinamentos que circulavam entre os colossenses, onde a sabedoria e a revelação eram buscadas fora de Cristo. Para Paulo, qualquer sabedoria apartada de Cristo é incompleta (Pv. 2:6). Esses tesouros de conhecimento em Cristo são fundamentais para evitar o engano por argumentos aparentemente convincentes.

Paulo também celebra a ordem e firmeza da fé daqueles irmãos, indicando que, mesmo distantes, eles permaneciam fiéis. Essa fé sólida e ordenada é o que os mantém seguros contra falsas doutrinas. A igreja, unida em amor e convicta na verdade, é imune aos enganos do mundo, desde que permaneça firme em Cristo (I Pd. 5:9). Cristo é a única fonte necessária para se obter sabedoria e conhecimento.

 

Segunda-feira, 27/01: Firmeza na fé.

Leitura diária: Colossenses 2:6-7

A principal preocupação de Paulo era que os cristãos crescessem em maturidade espiritual. O fundamento da conduta cristã é o senhorio de Cristo e sua habitação nos crentes. Ele chama os colossenses de volta ao ensino fundamental passado a eles por Epafras quando eles se tornaram cristãos. No centro disso está a confissão de que Jesus Cristo é o Senhor (I Co. 12:3). Paulo usa as imagens de uma árvore e um edifício para lembrá-los de seu firme fundamento no que já foi ensinado. A implicação é: por que eles deveriam agora dar ouvidos a qualquer ensino rival? Ser enraizado implica em um compromisso profundo, enquanto ser edificado se refere a uma construção contínua sobre a fundação que é Cristo. Esse processo resulta em um coração “transbordando de gratidão”. A gratidão, por sua vez, é um reflexo da maturidade espiritual, pois demonstra que reconhecemos nossa dependência completa de Deus.

Aqueles irmãos deveriam viver como “receberam a Cristo Jesus, o Senhor”, permanecerem firmes na fé que aceitaram desde o início. Este chamado para continuar em Cristo significa que, assim como começaram sua caminhada pela fé, devem manter a convicção e não se desviar. A nossa fé não é apenas o ponto de partida, mas também a fonte constante de nossa força espiritual.

As palavras de Paulo também nos desafiam a permanecer firmes em nossa fé em Cristo. É importante nutrir nossa relação com Deus por meio da oração, leitura bíblica e comunhão com outros cristãos. Dessa forma, estaremos fortalecidos para enfrentar as adversidades da vida.

 

Terça-feira, 28/01: Vigilância constante. 

Leitura diária: Colossenses 2:8-10

Os cristãos devem vigiar para não serem escravizados por falsas doutrinas, que usam de filosofia e vaidade, e muitas vezes utilizam-se de “Tradição dos homens”, ou seja, pensamentos que veio de homens, e não de Deus, porém vem transvestido de evangelho. Os falsos mestres em todo o tempo representam uma ameaça muito real para a igreja.

Quando Paulo fala de “enchimento” e “plenitude”, ele está claramente ecoando o jargão dos mestres errantes. Já o termo “filosofia” foi usado muito mais amplamente no mundo antigo do que é hoje. Josefo, por exemplo, poderia chamar os ensinamentos dos fariseus e saduceus de “filosofias”. Até um mago poderia ser chamado de filósofo. Paulo não está fazendo uma condenação geral das escolas filosóficas gregas tradicionais (por exemplo, platonismo, estoicismo, aristotelismo etc.). Suas observações estão focadas no ensino faccional particular que está sendo disseminado em Colossos.

Ele faz a afirmação incisiva de que este ensinamento não é apenas um engano vazio, mas que foi inspirado pelos espíritos elementais do mundo. Isso é uma clara alusão a espíritos demoníacos; é o equivalente a “governantes e autoridades”. Embora o falso ensino seja transmitido como tradição humana, ele pode ser atribuído à influência de forças demoníacas. O problema fundamental com esta filosofia é que ela não está de acordo com Jesus Cristo e o evangelho proclamado por Ele e pelo apóstolo Paulo.

Os crentes compartilham do poder e autoridade de Cristo sobre cada regra e autoridade em virtude de sua união com Ele. Devemos reconhecer que Ele é nossa verdadeira autoridade e submeter todas as coisas a Ele. Isso trará paz e equilíbrio à nossa vida.

 

Quarta-feira, 29/01: Sepultados e ressuscitados com Cristo.

Leitura diária: Colossenses 2:11-15

A circuncisão foi estabelecida e ordenada por Deus como requisito para entrar na comunidade do pacto e fazer parte de Seu povo. Contudo, a circuncisão de Cristo era espiritual, a “circuncisão do coração” (Dt 10:16), que se refere à morte de Cristo, e não à circuncisão literal do Antigo Testamento. Paulo usa o exemplo da circuncisão e metaforicamente introduz uma ação espiritual, que ele descreve como despojar-se do corpo da carne. Os crentes não vivem mais na esfera da carne e sua influência (Gl 5:24), mas foram transferidos para o reino de Cristo e vivem por meio d’Ele e n’Ele, sob seu senhorio (Cl 1:13).

Nesta “circuncisão” realizada por Cristo, os cristãos foram removidos de sua identidade na semelhança de Adão e seu pecado (Rm 6:6) e agora são identificados com Cristo e sua justiça e podem viver para Ele, como antes não podiam. Em uma segunda metáfora extraída da obra de Cristo na cruz, Paulo diz que o rito cristão do batismo representa essa identificação com Cristo em sua morte (Rm.6:4-6) junto com uma identificação com Cristo em sua ressurreição (Ef.2:6).

Morrer e ressuscitar com Cristo significa morte para o poder do pecado e de Satanás, além de poder para viver a nova vida que Jesus chama os crentes a viverem em sua imitação (Rm.6:3-11).

A vitória de Cristo na cruz é central nessa mensagem, que descreve como Jesus “cancelou a escrita de dívida” e “fez deles um espetáculo público”. Esse ato de vitória nos liberta de toda dívida espiritual e demonstra que Cristo triunfou sobre todas as forças espirituais. O que Cristo fez na cruz é suficiente para nossa salvação e redenção, dispensando qualquer filosofia ou prática que pretenda completar o que Ele já realizou plenamente (Rm.8:37). Jesus Cristo, é o fundamento de toda a nossa espiritualidade, bem como de todo o universo.

 

Quinta-feira, 30/01: Reconciliados com Deus por Cristo.

Leitura diária: Colossenses 2:16-17

Deus reconciliou os cristãos consigo de maneira plena e completa; por causa disso, eles estão livres da condenação e não precisam praticar costumes exigidos ao povo do pacto de Deus no passado (Rm.8:1).

As observâncias da antiga aliança apontavam para uma realidade futura que foi cumprida no Senhor Jesus Cristo (Hb.10:1). Portanto, os cristãos não estão mais sob a aliança mosaica, não são mais obrigados a observar as leis dietéticas ou festivais, feriados e dias especiais. Essas coisas apenas prefiguravam e se cumpriram em Cristo. Por isso é que Paulo instrui os crentes a não permitirem que ninguém os julgue por questões de comida, bebida ou festividades religiosas. Ele afirma que essas práticas são apenas “sombras do que haveria de vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo”. Assim, ele desmistifica qualquer valor espiritual em observâncias externas que tentam substituir a essência da fé em Cristo. Esse tema é reforçado em Romanos 14:17, onde ele afirma que “o reino de Deus não é a comida e nem a bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito”.

As práticas censuráveis, que evidentemente foram impostas pelos falsos mestres, além de se invalidarem diante da liberdade cristã, também, como acontecia entre os gálatas, ameaçava afastá-los de Cristo, levando-os de volta às trevas da antiga dispensação.  Por isso é que o Apóstolo destaca a importância de manter toda a nossa vida centrada em Cristo, e não nas vãs filosofias e tradições humanas.

 

Sexta-feira, 31/01: Não ser enganados por falsas revelações.

Leitura diária: Colossenses 2:18-19

A frase “nenhum homem vos engane de sua recompensa” vem da arena atlética, onde o árbitro dizia que o atleta violou as regras e foi impedido de continuar competindo. Este perigo de desqualificação está relacionado a seguir disciplinas espirituais impostas por falsos mestres.

“Falsa humildade” e “adoração de anjos” estão juntas, o que sugere que as pessoas pensavam estar participando da adoração angelical ao praticar o ascetismo. Esta adoração era feita através de coisas que eles não viram, porém foram relatados por enganadores. Paulo, porém, disse que estas visões eram ilusões egotistas de uma mente carnal.

Temos uma lista de variedade de maneiras pelas quais os falsos mestres tentaram desqualificar os crentes genuínos em Colossos. Os falsos mestres ou impediam os colossenses em sua carreira cristã, ou os intimidavam, declarando-os desqualificados se não seguissem a orientação prescrita por eles, em falsas visões, e falsas profecias. A humildade é uma virtude, mas, foi aqui condenada por causa do objeto para o qual essa atitude submissa foi dirigida, pois estavam sendo usadas para se submeterem a enganadores.

Seja qual for a função mediadora que os anjos tiveram na velha dispensação, agora está obstada pela habitação de Cristo. Para Paulo, os anjos ainda podiam ter alguma função ministerial, mas a doutrina herética parecia ter ido além da reverência do Velho Testamento. A base do erro é a mente egoísta ou carnal que passa o tempo elucidando visões que teve, mas esse erro permanece até os dias de hoje em muitas igrejas que baseiam o relacionamento com Cristo em visões e revelações que nada mais são do que produto da mente enganosa de homens Tal mente deixa de se apegar a Cristo, a Cabeça, da qual o corpo, isto é, a Igreja, se nutre para crescimento verdadeiro e piedoso.

O problema fundamental com a doutrina enganosa é que ela não mantém contato com Cristo tornando-se assim influenciada por espíritos malignos. Como a cabeça do corpo, Cristo não apenas provê liderança, mas também é uma fonte de provisão para cada membro do corpo para que cresça e amadureça.

Paulo também destaca a importância de nos unirmos em amor a Cristo para crescermos juntos como um corpo. Devemos buscar amar uns aos outros e praticar atos de bondade e compaixão.

 

Sábado, 01/02: Os rudimentos do mundo.

Leitura diária: Colossenses 2:20-23

Os cristãos morreram com Cristo para os rudimentos do mundo, e por isso estão livres dos poderes mundanos. O líder da facção em Colossos estava defendendo uma sabedoria esotérica para a vida cotidiana que supostamente ajudaria os colossenses a lidar com espíritos malignos e lidar com as circunstâncias da vida. Seus ensinamentos, no entanto, também incluíam formas de automutilação semelhantes ao que era praticado em alguns dos cultos demoníacos. Tal ascetismo pode parecer espiritual, mas na verdade não promove nada mais do que confiança em si mesmo e não em Cristo.

Paulo questiona por que os crentes se sujeitariam a essas “regras” se já morreram com Cristo para o mundo. Elas pareciam sábias, mas são ineficazes para refrear os impulsos da carne. A verdadeira liberdade e pureza não vêm de restrições externas, mas de uma conexão viva com Cristo. Os esforços humanos não trazem nenhum valor espiritual real, apenas em Cristo encontramos a verdadeira libertação do pecado.

Hoje, estamos cercados por filosofias e ideologias que tentam competir com a verdade do evangelho, oferecendo soluções rápidas e superficiais. Mas Paulo nos lembra que em Cristo estão todos os “tesouros da sabedoria e do conhecimento, e Ele é suficiente para nos guiar em qualquer situação. Vivemos em uma era onde as redes sociais e a mídia promovem constantemente “verdades alternativas” e práticas que prometem paz, prosperidade e felicidade. No entanto, essas “filosofias” são vãs e enganosas. Elas parecem atraentes, mas, no fundo, nos afastam da verdadeira fonte de vida. Devemos estar vigilantes para manter nosso coração firme em Cristo, evitando distrações que possam roubar nossa atenção da verdade.

Este é um capítulo significativo da Bíblia que nos convida a aprofundar nossa fé e nossa relação com Deus. Suas mensagens podem ser aplicadas em nosso dia a dia, trazendo paz, sabedoria e discernimento para nossas escolhas e ações.

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