Devocionais da semana 05-12 de janeiro de 2025
Devocionais da semana
Domingo, 05/01: O poder de Cristo em nos
transformar.
Leitura diária: Filipenses 3:1-3
Nos capítulos anteriores da carta do
Apóstolo Paulo aos Filipenses há o reforço no ensinamento sobre o princípio da
comunhão dentro do corpo de Cristo que é a igreja. De forma profunda e poderosa
é usado o exemplo de Jesus para estimular os filipenses a resplandecerem a luz
daquele que brilha sobre todas as coisas, a saber, Jesus Cristo. Agora, no
capítulo 3 temos o ensinamento sobre a superioridade demonstrada da salvação em
Cristo e sobre a imensa alegria sendo fruto do relacionamento sincero com o Pai.
Existe também a exortação para que aqueles irmãos fujam de toda a aparência do
mal e compara os cristãos a atletas de alta performance em suas carreiras,
quanto ao preparo e ao desempenho.
Ao longo desse capítulo Paulo usa sua
própria vida como exemplo de alguém que buscou a Cristo com zelo e
perseverança, e podemos aplicar isto esforçando-nos por imitar a dedicação e
paixão do Apóstolo nas nossas próprias vidas. Ele fornece aplicações valiosas
relacionadas com o conhecimento íntimo de Cristo, a priorização da nossa fé, o
avanço na nossa jornada espiritual, a promoção da unidade dentro da comunidade
de fé, a vida com uma perspectiva eterna e a confiança na graça de Deus em vez
dos nossos próprios esforços. Estes princípios podem orientar os indivíduos na
sua busca de um relacionamento mais profundo com Cristo e de uma vida cristã
mais significativa.
A Bíblia é nossa salvaguarda, tanto
moral como teologicamente falando, e quando a lemos individualmente ou em
público, ela nos alerta para as correções que devemos fazer em nossos
pensamentos, atitudes e ações. É necessário evitarmos colocar nossa confiança
na carne e nas realizações externas. Isto encoraja-nos a confiar na graça e
misericórdia de Deus em vez de nos nossos próprios esforços e a evitar a
autojustificação ou o orgulho. É fácil colocar mais ênfase no esforço humano do
que no poder de Cristo que transforma nossas vidas.
Segunda-feira, 06/01: A insuficiência
das conquistas humanas.
Leitura diária: Filipenses 3:4-6
A confiança carnal de Paulo envolvia
hereditariedade e realizações, ele era circuncidado ao oitavo dia o que o
colocava em um grupo cujos pais guardavam a lei de maneira meticulosa. À
primeira vista, parece que ele está se gabando de suas realizações, mas. na
verdade, está fazendo o oposto quando mostra que as conquistas humanas, por
mais surpreendentes que sejam, não podem levar uma pessoa à salvação e à vida
eterna com Deus.
Ele tinha credenciais impressionantes:
origem, nacionalidade, formação familiar, herança, ortodoxia no judaísmo, e por
isso é que ele compartilha seu testemunho pessoal como exemplo de alguém que
poderia, por mérito humano, confiar na carne, então, enumera suas credenciais.
No entanto, ele considera esses “ganhos” como insignificantes diante do valor
de conhecer a Cristo. Essa transformação é um exemplo para nós, lembrando que o
conhecimento de Jesus supera qualquer conquista pessoal. I Coríntios 1:31, nos ensina
que devemos nos gloriar apenas no Senhor, não em nossas realizações.
Terça-feira, 07/01: Considere seus
valores.
Leitura diária: Filipenses 3:7-8
Paulo avaliou sua vida de antes e
expressou suas atuais aspirações. O verbo “considerar aparece duas vezes nestes
versículos, e a primeira vez está no pretérito perfeito no grego (ação
terminada no passado com resultados que continuam no presente), já a outra está
no presente do indicativo ativo, indicando uma contínua reafirmação de sua
posição. Três vezes a palavra perda que é o sinônimo de esterco (lixo, fezes),
são comparados com ganho. Paulo perdeu todas as coisas que considerava “ganho”
por causa do valor maior de conhecer a Cristo e para ganhar Cristo. Essas
colocações nos encorajam a considerar todo o resto como perda em comparação com
o valor insuperável de conhecer a Cristo, e isso implica em um desafio a nós
para reavaliarmos as nossas prioridades e a colocar Cristo no centro das nossas
vidas, reconhecendo que as conquistas e posses mundanas são insignificantes em
comparação com as riquezas encontradas n’Ele.
Essa é uma profunda declaração a
respeito de valores; o relacionamento de uma pessoa com Cristo é mais
importante do que qualquer outra coisa. Conhecer a Jesus Cristo deve ser nosso
supremo objetivo. Considere seus valores! Será que você está colocando alguma
coisa acima de seu relacionamento com Cristo? Se suas prioridades estão
erradas, como você poderá reorganizá-las!
Quarta-feira, 08/01: Nossas novas
aspirações.
Leitura diária: Filipenses 3:9-11
Paulo descreveu suas novas aspirações de
três maneiras: ganhar Cristo e ser encontrado n’Ele; tendo a justiça de Cristo;
e obtendo a ressurreição dos mortos. Cristo traz justiça por meio da fé n’Ele,
uma justiça imputada, e não por meio de obras da lei. Conhecer Cristo, de
maneira pessoal e experimental, faz paralelo e explica “ser achado n’Ele”.
Conhecê-lo envolve experimentar o poder de sua ressurreição, fazendo com que o
próprio Paulo fosse ressurreto da morte, e passasse a ter participação em Seus
sofrimentos.
Esse desejo do Apóstolo expressa que ele
queria um relacionamento mais íntimo, até ao ponto de compartilhar Seus
sofrimentos e de se tornar semelhante a Ele em Sua morte.
Isto encoraja-nos a priorizar o nosso
relacionamento com Jesus Cristo acima de tudo, e a procurar uma ligação mais
profunda e pessoal com Ele através da oração, do estudo das Escrituras e de uma
vida de fé.
Nenhuma medida de obediência à lei,
aperfeiçoamento próprio, disciplina ou esforço religioso poderá nos tornar
agradáveis a Deus. A justiça vem somente d’Ele. Tornamo-nos justos, adquirindo
uma correta posição perante Ele pela fé, pela confiança em Cristo. Ele troca
nossos pecados e fraquezas por sua perfeita justiça.
Paulo desistiu de tudo, família, amigos
e liberdade, a fim de conhecer a Cristo e o poder de sua ressurreição. Nós
também temos acesso a esse conhecimento e a esse poder, mas talvez tenhamos que
fazer alguns sacrifícios para que possamos desfrutá-los inteiramente. Do que
você estaria disposto a desistir a fim de conhecer a Cristo? De uma agenda
repleta de compromissos para reservar alguns minutos para a oração e para o
estudo da Bíblia? Da aprovação de seus amigos? De alguns de seus planos ou
prazeres? Seja o que for, lembre-se de que Cristo vale muito mais do que
qualquer sacrifício.
Quando nos tornamos um em Cristo, por
nossa confiança n’Ele. experimentamos o poder que o ressuscitou dos mortos.
Esse mesmo poder supremo nos ajudará a viver moralmente renovados e
regenerados. Mas antes de podermos caminhar nessa nova vida, temos que morrer
para o pecado. Assim como a ressurreição nos dá o poder de Cristo para vivermos
por Ele, sua crucificação registra a morte de nossa antiga natureza pecaminosa.
Não podemos conhecer a vitória da ressurreição sem termos aplicado a
crucificação à nossa vida pessoal.
Paulo conclui esse trecho afirmando que
a sua justiça não vem da Lei, mas da fé em Cristo. Esse é o coração do
evangelho: a justiça de Deus nos é imputada pela fé, não por obras.
Identificar-se com os sofrimentos de Cristo traz conformidade com Sua morte por
meio do refinamento de nossa obediência, e o cristão obtém a ressurreição.
Quinta-feira, 09/01: Precisamos
amadurecer.
Leitura diária: Filipenses 3:12-14
O Apóstolo Paulo reconhecia sua
imperfeição, havia necessidade de crescimento, e isso mostra que ele ainda não
tinha alcançado o estágio que reconhecia que era a exigência de uma vida cristã
autêntica e agradável a Deus. Isso nos ensina que devemos prosseguir em direção
ao objetivo da semelhança com Cristo, esquecendo o que ficou para trás e
esforçando-se para alcançar o que está adiante. Esta aplicação de vida nos
lembra de não nos debruçarmos sobre erros ou conquistas do passado, mas sim de
crescermos continuamente em nossa fé e caráter.
O objetivo do Apóstolo era conhecer a
Cristo, ser semelhante a Cristo e ser tudo aquilo que Cristo pretendia que ele
fosse. Esse objetivo consumia todas as suas energias. Esse é um excelente
exemplo para nós. Não devemos deixar que coisa alguma desvie nossos olhos de
nosso objetivo, conhecer a Cristo. Com a dedicação e a determinação de um
atleta em treinamento. devemos deixar de lado o que for pernicioso e abandonar
tudo aquilo que possa desviar nossa atenção a fim de sermos cristãos
eficientes.
A determinação de Paulo é inspiradora,
pois demonstra que, embora ainda em progresso, está comprometido com sua
caminhada de fé. Essa perseverança é uma característica essencial para os
seguidores de Cristo, especialmente diante de dificuldades. Em Hebreus 12:1,
somos encorajados a correr com perseverança a corrida que nos foi proposta, com
os olhos fixos em Jesus.
Paulo tinha razões para esquecer o
passado, havia segurado as vestes daqueles que tinham apedrejado Estevão, o
primeiro mártir cristão (At 7:57-58. Todos nós já fizemos alguma coisa da qual
nos envergonhamos e vivemos sob a tensão do que já fomos e do que queremos ser.
Entretanto, como nossa esperança está em Cristo, podemos esquecer as culpas do
passado e olhar à frente para o que Deus nos ajudará a ser. Não fique preso ao
passado, antes cresça no conhecimento de Deus. concentrando-se no
relacionamento que você tem agora com Ele. Entenda que foi perdoado e, então,
caminhe em direção a uma vida de fé e obediência. Você pode esperar uma vida
mais completa e significativa por causa de sua esperança em Cristo.
Sexta-feira, 10/01: Refletindo quem
somos.
Leitura diária: Filipenses 3:15-16
Os falsos mestres se diziam perfeitos,
isso era impossível com meros esforços humanos, e o Apóstolo sabia muito bem
disso. Às vezes, a tentativa de viver uma vida cristã perfeita pode ser muito
difícil, a ponto de nos deixar esgotados e desanimados. Sentindo que estamos
muito longe da perfeição, podemos até mesmo crer que nunca agradaremos a Deus
com nossa vida.
Ao mencionar a perfeição ele está se
referindo no sentido de ser maduro ou completo, e não de ser impecável em todos
os detalhes. Aqueles que são maduros devem continuar a buscar incessantemente o
poder do Espírito Santo, sabendo que Cristo revelará e preencherá qualquer
discrepância entre o que somos e o que devemos ser. A provisão de Cristo não
representa uma desculpa para a morosidade na devoção, mas fornece alívio e
segurança àqueles que se sentem orientados, caminhando na direção correta
Essa é uma exortação a vivermos como
cidadãos do céu, por isso é que ele declara que “a nossa cidadania, porém, está
nos céus”, nos lembrando que nossa verdadeira pátria não é terrena. Isso muda
nossa perspectiva, fazendo-nos focar no que é eterno, em vez do temporário,
esse é o motivo pelo qual devemos buscar “as coisas do alto, onde Cristo está”,
pois nossa vida deve refletir nossa posição celestial.
A maturidade cristã inclui agir sob a
orientação que já recebemos. Podemos sempre conseguir desculpas, dizendo que
ainda temos muito a aprender, no entanto, o ensino que recebemos diz que
devemos viver à altura daquilo que já aprendemos, colocando-o constantemente em
prática. Não precisamos nos desviar de nosso caminho por causa de uma
infindável busca da verdade, pois já a encontramos.
Sábado, 11/01: Sendo imitadores de
Cristo.
Leitura diária: Filipenses 3:17-21
Paulo desafiou os filipenses a imitarem
a Cristo usando seu próprio padrão ou exemplo. Isso certamente não quer dizer
que deviam copiar tudo o que o apóstolo fazia, pois tinha acabado de afirmar
que não era perfeito. Mas, assim como direcionava sua vida buscando ser
semelhante a Cristo, os filipenses também deveriam imitá-lo.
Ele criticava não só os judaizantes, mas
também os cristãos comodistas ou autoindulgentes, aquelas pessoas que afirmavam
ser cristãs, mas não viviam de acordo com o modelo de serviço e sacrifício de
Cristo. Tais pessoas satisfazem a seus próprios desejos antes de pensar nas
necessidades alheias. A liberdade em Cristo não significa liberdade para ser
egoísta, mas, significa aproveitar todas as oportunidades para servir e se
tornar a melhor pessoa possível.
Este é um capítulo que nos chama a
vivermos com um propósito focado em Cristo e não em nossos próprios méritos ou
realizações. Ele nos lembra que a verdadeira alegria está em Deus e que nenhuma
conquista terrena pode substituir o valor de conhecê-lo. Em um mundo que
valoriza status e realizações pessoais, somos desafiados a reavaliar o que
realmente importa e onde encontramos nossa segurança.
A vida cristã é sempre uma busca
contínua, e o exemplo disso é que o próprio Apóstolo, mesmo após anos servindo
a Cristo, ainda não havia “alcançado” tudo, mas continuava avançando. Ele se
esforçava para viver uma vida que refletisse o caráter de Cristo. Essa atitude
nos ensina a importância de nunca nos acomodarmos. Há sempre mais a aprender,
mais crescimento espiritual a buscar, e mais transformação a viver.
Concluímos, portanto, as devocionais
desta semana entendendo que os filipenses, assim como todos nós, devemos ter em
Jesus a nossa fonte de alegria.
Os vencedores recebiam uma grinalda
sobre a cabeça e um alto valor financeiro, e usando isso, Paulo faz uma
analogia muito coerente comparando o cristão a um atleta de alto nível, numa
competição extremamente acirrada, uma batalha intensa, que até mesmo olhar para
trás pode fazê-lo perder segundos preciosos e, consequentemente, a corrida da
vida. Além disso, a ideia de cidadania celestial como o prêmio supremo é
poderosa. Paulo nos lembra que nossa verdadeira pátria está no céu e que nossa
esperança final é a transformação que teremos na semelhança de Cristo.
Vivemos em um mundo que constantemente
busca prazer e realizações passageiras, mas somos chamados a olhar para o
eterno. Manter essa visão nos ajuda a lidar com os desafios e tribulações,
sabendo que nossa recompensa está garantida em Cristo.
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