Devocionais da semana 19-25 de janeiro de 2025

Devocionais da semana

Domingo, 19/01: A nossa relação com Deus.

Leitura diária:  Colossenses 1:1-3

Esta carta aos Colossenses fora escrita pelo Apóstolo Paulo durante o tempo em que estava preso em Roma, aproximadamente 60 d.C., e o que motivou a sua escrita foi a informação trazida por Epafras, que era o fundador e dirigente daquela igreja, sobre a situação espiritual dos cristãos da cidade de Colossos. Essa cidade era uma das três no vale do rio Lico, na região da Frígia, na província romana da Ásia, que é parte da moderna Turquia, cerca de 160 quilômetros a leste de Éfeso. Paulo decidiu se comunicar com eles, valorizando sua fé e amor pela obra do Senhor e os aconselhando em vários aspectos da conduta do crente em Jesus. Além disso, ele dá ênfase à excelência da pessoa e da obra de Cristo, bem como, ao fato de que a formação das características do Mestre em cada pessoa, é a esperança da glória.

De forma parecida com outras de suas cartas, Paulo aborda de maneira geral o evangelho e o sacrifício de Jesus, além de expressar alguns pensamentos sobre o grupo de Cristãos que ele está se comunicando.

No entanto, em cada oportunidade, diferentes lições são deixadas pelo apóstolo, ao passo que, devemos considerá-las para preencher nossas mentes com mais entendimento sobre a obra de Deus.

A carta começa como todas as outras, saudando os colossenses, então Paulo expressa gratidão a Deus pela fé e amor em Cristo Jesus daqueles irmãos, orando por eles e os presenteando com uma oração de ação de graças em favor deles, e isso é uma parte importante desta carta.

Na abertura o Apóstolo faz questão de começar a carta com um panorama poderoso sobre quem Cristo é e o que Ele realizou por nós. Ao longo deste capítulo, somos convidados a explorar temas fundamentais da fé cristã: a preeminência de Cristo; a redenção através de Seu sangue; e a reconciliação que Ele oferece. Tudo com uma profundidade e clareza que nos fazem questionar a própria essência de nossa relação com Deus.

 

Segunda-feira, 20/01: O poder do Evangelho.

Leitura diária: Colossenses 1:4-8

Após suas saudações iniciais Paulo então passa a descrever a supremacia de Cristo. Ele enfatiza que Cristo é o Filho amado de Deus, o criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, e que tudo foi criado por meio dele e para ele, o que destaca a posição de autoridade de Cristo sobre a igreja e sobre toda a criação.

A fé que os colossenses possuíam estava alicerçada na natureza e na obra de Jesus Cristo. O amor sacrificial daqueles irmãos para com todos os santos provava que eles, realmente, criam em Cristo. A base da fé e do amor dos cristãos colossenses é que eles tinham uma esperança reservada para eles no céu, e essa esperança é a consequência de ouvir e receber a palavra da verdade. Então o Apóstolo enfatiza o poder e a eficácia do evangelho mostrando sua expansão, mencionando duas vezes a maneira como os cristãos locais aceitaram a verdade do evangelho. A esperança do crente é inseparável de sua fé.

O apóstolo reconhece também o papel de Epafras, um fiel colaborador e ministro de Cristo, que levou o evangelho para aquela cidade. Ele é descrito como um servo fiel que relatou a Paulo o amor que os colossenses têm no Espírito. Esse amor é uma evidência do trabalho do Espírito Santo, um testemunho de que a mensagem do evangelho produziu frutos genuínos entre eles, assim como ocorre em outras partes do mundo onde o evangelho é proclamado.

A gratidão de Paulo não é apenas pela fé e amor daqueles irmãos, mas pela transformação completa que o evangelho trouxe à vida deles, os conectando à comunidade global de crentes.

O apóstolo mostra que o evangelho, quando compreendido e aceito em toda a sua verdade, gera frutos e crescimento em quem o recebe (Ef. 4:15). Assim, ele nos desafia a refletir se estamos vivendo à altura do evangelho e se nosso amor por outros cristãos reflete o amor que temos no Espírito.

 

Terça-feira, 21/01: Andar dignamente diante do Senhor. 

Leitura diária: Colossenses 1:9-12

Paulo destaca o ministério de reconciliação de Cristo, explicando como Cristo reconciliou todas as coisas consigo mesmo, tanto as coisas no céu quanto as da terra, por meio de sua morte na cruz.

Ele fala da importância da fé dos colossenses em Cristo e os exorta a permanecerem firmes nessa fé, não sendo desviados por ensinamentos falsos ou filosofias humanas. Esse é o motivo pelo qual ele pediu que eles recebessem pleno conhecimento da vontade de Deus. A expressão “em toda a sabedoria e entendimento espiritual” expressa o meio pelo qual este conhecimento vem. Essa sabedoria e entendimento são de natureza espiritual.

A principal preocupação de Paulo era que os colossenses tivessem pleno conhecimento da vontade de Deus. O desejo de servirmos ao Senhor será em vão se não entendermos corretamente aquele a quem queremos servir.

Além do pleno conhecimento da vontade do Senhor, Paulo deseja que os colossenses possam andar dignamente diante do Senhor. Ele queria que os irmãos de Colossos vivessem de um modo que refletisse adequadamente o que Deus havia feito e que estava fazendo na vida deles. O objetivo, portanto, da oração é que os colossenses vivam em harmonia com Deus, frutificando em boas obras e crescendo no conhecimento do Senhor.

 

Quarta-feira, 22/01: Remidos por Cristo.

Leitura diária: Colossenses 1:13-14

Somos salvos por Cristo, isso significa que fomos resgatados do domínio opressor de Satanás, e esta libertação, se cumpriu pela redenção, por meio do perdão dos pecados por causa da expiação de Cristo. A vitória final de Jesus na cruz traz vitória aos Seus santos sobre o reino das trevas, porém, ainda não se trata da consumação final, mas, de certo modo, os cristãos já são levados ao Reino de Cristo, o que significa que estamos livres da escravidão do pecado pela remissão dos pecados por meio do sangue de Jesus Cristo (Ef 1:7).

O salário do pecado é a morte (Rm 6:23), e a única forma de libertação ocorre a partir do perdão de Deus com base na morte de Seu Filho (Rm 3:24,25).  Esse resgate é uma mudança de domínio: agora pertencemos ao Reino da luz, vivendo sob a autoridade de Jesus, o Filho amado, o que nos permite viver de acordo com a nova vida em Deus.

 

Quinta-feira, 23/01: A supremacia de Cristo.

Leitura diária: Colossenses 1:15-22

Aqui temos um poema, ou talvez um hino, que expressa a supremacia de Cristo como Criador e Redentor, e ele retrata claramente a elevada cristologia de Paulo que combateu a falsa doutrina que se infiltrou na igreja de Colossos.

Ele afirma que Jesus não apenas reflete a glória de Deus, mas também é a própria manifestação de Sua essência. Jesus é o criador de todas as coisas, tanto as visíveis quanto as invisíveis, incluindo tronos, soberanias e autoridades. Ele é anterior a todas as coisas e n’Ele, tudo subsiste (Hb. 1:3). Esta visão amplia nosso entendimento da soberania de Cristo e nos leva a considerar Sua centralidade em toda a criação.

Cristo é o “cabeça do corpo, que é a igreja”, é o princípio e o primogênito dentre os mortos, o que garante Sua supremacia em todas as coisas. Essa posição única é resultado do agrado de Deus em que toda a plenitude habitasse n’Ele, o que reforça Sua divindade e autoridade sobre todas as coisas criadas.

Através de Sua morte na cruz, Jesus reconciliou consigo todas as coisas, estabelecendo paz pelo Seu sangue. Ele é o mediador de toda a criação e da redenção. A paz que Ele oferece não é apenas uma reconciliação entre Deus e o homem, mas também uma restauração cósmica, unindo céus e terra. Isso destaca o alcance universal do sacrifício de Cristo e nos chama a reconhecê-Lo como o Senhor sobre todas as coisas. Essa supremacia nos encoraja a confiar n’Ele em todas as áreas da vida, sabendo que Ele tem o controle de todas as coisas (Rm. 8:28).

Esse hino, ou poema, não descreve Cristo como o primeiro ser criado em se tratando de tempo, porque o que aqui se proclama é que todas as coisas foram criadas por Ele, e que Ele é antes de todas as coisas, o que está se referindo é que Jesus é o Eterno que existia antes de toda a criação, e que, na verdade, nunca fora criado. Ser o primogênito referia-se mais à posição e ao privilégio do que à ordem de nascimento. Sendo Deus, Cristo tem a posição mais alta em relação a toda a criação.

Contudo, Ele não é apenas a divindade transcendente que nos criou; Ele também é aquele que morreu em nosso favor (Fp 2:6-18) e, em seguida, ressuscitou dos mortos. Portanto, Ele também é o primogênito dentre os mortos, o primeiro a passar pela verdadeira ressurreição (I Co 15:20).

Sendo assim, ninguém deve subestimar a Igreja, pois ela é, na verdade, o Corpo de Cristo, e Ele, como Cabeça da Igreja, é quem a lidera e supervisiona. Não é de admirar que Ele tenha tanto zelo por ela.

 

Sexta-feira, 24/01: Se apresentar a Deus de maneira digna.

Leitura diária: Colossenses 1:23-26

Paulo também compartilha sua própria missão de proclamar Cristo, trabalhando arduamente para apresentar cada pessoa madura em Cristo. Ele descreve seu sofrimento em prol do evangelho e vê isso como um privilégio, pois faz parte das aflições de Cristo em favor do seu corpo, que é a igreja.

A única maneira de os cristãos serem apresentados santos, inculpáveis e livres é não abandonando a fé em Cristo como ensina o evangelho. Ele alertou os cristãos de Colossos que abraçar uma fé sincretista perverteria a verdadeira mensagem do evangelho, anulando assim sua esperança.

Antes de conhecerem a Cristo, os colossenses estavam alienados de Deus, vivendo como inimigos em suas mentes e em suas ações malignas. Essa condição de separação era resultado do pecado, que os distanciava da santidade divina. Mas Paulo destaca que, através da morte física de Cristo, eles foram reconciliados com Deus e agora podem se apresentar santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação perante o Senhor (Rm. 5:10).

Mas, essa reconciliação exige, no entanto, que permaneçam firmes na fé, inabaláveis na esperança do evangelho. Paulo os exorta a continuarem enraizados e seguros, para que não se afastem da esperança que o evangelho oferece. Ele lembra que este evangelho foi proclamado a toda criatura debaixo do céu, demonstrando a universalidade da mensagem de salvação (Mt. 28:19).

Esse trecho nos desafia a examinar nossa própria perseverança na fé, e é uma advertência da importância de permanecer firmes, resistindo a qualquer coisa que nos desvie da verdade do evangelho. A perseverança é um sinal da obra contínua de Cristo em nós, garantindo que não apenas fomos reconciliados com Deus, mas que permanecemos seguros n’Ele. Essa segurança é fortalecida pela esperança viva que temos em Jesus, nosso Salvador.

 

Sábado, 25/01: O ministério da reconciliação.

Leitura diária: Colossenses 1:27-29

O capítulo 1 de Colossenses termina com Paulo enfatizando que seu objetivo é proclamar Cristo, advertindo e ensinando a todos com toda a sabedoria, para que todos se tornem maduros em Cristo. O objetivo deste ministério contínuo era apresentar todo homem perfeito em Cristo, em conformidade com o plano de Cristo na reconciliação. O Apóstolo via seu trabalho como algo semelhante à obra de Cristo de purificar a aperfeiçoar a igreja. Ele não fazia isso com sua própria força, e sim com a ajuda de Cristo, que operava nele.

Podemos aprender valiosas lições neste capítulo: A supremacia de Cristo sobre todas as coisas, destacando que Ele é o cabeça da igreja; a importância da gratidão pelos benefícios da salvação e da comunhão com Cristo; a importância da oração persistente em favor dos irmãos na fé; a importância da reconciliação através do sacrifício de Jesus na cruz; a importância da perseverança e da firmeza na caminhada cristã.

Tudo o que foi nos apresentados neste capítulo deixa bem claro qual é o desejo de Deus para as nossas vidas, isto é: Cristo ser formado em nós.

Vemos nessa carta que tudo acontece por causa de Jesus e para Jesus. Além disso, foi por meio da obra de Cristo que Deus reconciliou céus e terra, criador e criação, para que agora vivamos para Ele.

Jesus é a imagem do Deus invisível e agora nós também podemos ser, quando guardamos sua palavra e renunciamos a nós mesmos, tomando a nossa cruz diariamente para segui-lo de maneira fiel. Dessa forma, somos transformados de fé em fé, de glória em glória, e nos tornamos alguém que o Senhor pode contar para expandir o seu Reino.

Para o cristão de hoje, a mensagem continua relevante e desafiadora. Somos chamados a permanecer firmes em nossa fé, acreditando na obra de Cristo na cruz e seguindo-o como nosso Senhor e Salvador. A supremacia de Cristo deve ser o fundamento de nossas vidas e deve impulsionar nossas ações e atitudes diárias.

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