Devocionais da semana 27 de outubro à 02 de novembro de 2024

Devocionais da Semana

Domingo, 27/10: Justificados pela fé.

Leitura Diária: Gálatas 5:1-4

No capítulo anterior de Gálatas tivemos a oportunidade de aprender sobre a nossa adoção, através de Cristo. A graça que foi manifestada através d’Ele vale muito mais que a Lei ou observância de doutrinas ou dogmas, e não devemos voltar a esses velhos preceitos, pois somente Cristo é o suficiente para a salvação do ser humano.

Esta carta traz uma sinceridade muito grande, nos mostrando que em Jesus, Sara passa ser a nossa mãe e não Agar, nascemos livres e não escravos, debaixo da benção de Abraão.

Agora, no capítulo 5 temos a defesa de forma enérgica da liberdade dada aos cristãos em Jesus, não importa o que vier acontecer, devemos permanecer na graça de Deus. No entanto, essa liberdade não pode ser pretexto para o pecado, pois, ela deve ser dirigida pelo Espírito Santo.

O Apóstolo Paulo acreditava que, embora os gálatas, por decisão recente, tivessem abraçado o falso evangelho de ser justificado pela “prática da Lei”, eles ainda podiam mudar seus conceitos e se firmarem no Evangelho verdadeiro por ele pregado. O tema central de sua mensagem era a liberdade em Cristo, e isso contrasta com a escravidão do legalismo e as obras da carne.

A recusa de se submeter à circuncisão foi o primeiro sinal do gozo da liberdade, como fomos libertos da escravidão precisamos permanecer livres e não devemos voltar a ela. Sob um certo aspecto é mais fácil viver como escravo do que viver adequadamente a liberdade, e isso fica muito claro no exemplo de Israel no deserto desejando retornar ao Egito. É preciso escolher, entre Cristo e a circuncisão que aqui representa escravidão de leis e doutrinas. O retorno a isso significava uma tentativa deliberada de alcançar um mérito pela adoção através de uma posição legalista, buscando a justificação pelas obras. A circuncisão não tinha essa implicação, ela havia sido um sinal e selo da justificação pela fé de Abraão. (Rm. 4:11).

No decorrer do tempo, a circuncisão se transformou em um símbolo de mérito, por isso é que se fez necessário o Apóstolo Paulo, explicar para aqueles irmãos que aceitar a circuncisão significava abandonar o terreno da graça em Cristo em favor da autojustificação que é inferior e impossível. O verdadeiro crente permanece na graça e não na escravidão de observação dessa ou daquela doutrina ou leis. Procurar ser justificado pela lei é o oposto de ser justificado pela graça de Deus por meio da fé em Cristo. Quem decide tentar se justificar pela Lei, pelas suas próprias obras, está separado de Cristo.

Jesus morreu para pagar o preço exigido pelos nossos pecados, portanto, o preço já foi pago. Não existe nada que precisemos ou que consigamos fazer para ser justificados diante de Deus. Quem fez essa obra foi Cristo e Ele é o único que pode pagar esse preço, uma vez que viveu uma vida perfeitamente santa.

O grande problema que vejo é que até hoje ainda o mundo cristão está caindo no mesmo erro dos gálatas, muitas pessoas acreditam que precisam pagar algum tipo de preço para que se tornem justas. Seja um tipo de obra, um valor financeiro, um certo costume ou qualquer coisa do tipo. Um exemplo disso são as ofertas e os dízimos. É bom ofertar e dizimar? Com certeza absoluta! É algo bíblico, e ninguém vai mudar isso porque não concorda com ele! Todo cristão verdadeiramente convertido deve fazer. Porém, se o nosso coração ao fazermos isso é o de estarmos fazendo algo bom, mostrando como nossa atitude é muito boa, como somos pessoas puras e santas pois estamos entregando aquilo que pertence ao Senhor Nosso Deus, isso se torna muito mais uma obra da carne do que que uma obra do Espírito, e com certeza não agradará a Deus!

Precisamos estar cientes que mesmo coisas boas podem ser usadas com a intenção errada, para tentarmos nos tornar pessoas justas diante de Deus. Não vamos nos justificar pelas nossas obras ou por lei. Somos justificados diante de Deus pela fé, e isso é graça de Deus sobre nossas vidas. Não precisamos fazer nada para sermos amados por Deus. Tudo o que basta é que tenhamos fé que Cristo morreu por nós na cruz e ressuscitou ao terceiro dia.

 

Segunda-feira, 28/10: A esperança que leva a obediência por amor.

Leitura Diária: Gálatas 5:5-6

A esperança por uma justiça permanente diante de Deus nos é dada através de uma vida de fé no poder do Espírito Santo. O legalismo da Lei se atola na insegurança, pois, nunca saberemos se já fizemos o suficiente para satisfazer o padrão da justiça divina, mas, aqueles que estão justificados pela fé, que têm o Espírito como penhor de sua aceitação para com Deus, esperam confiantemente pela fé, a consumação na glória.

Ao mostrar o longo alcance da fé na esperança, nos é apresentado o alcance do amor de Deus. Em Cristo ninguém tem vantagem por possuir uma obediência acima do padrão, nem falta alguma coisa a quem não tem essa “obediência absurda”. O que conta é o amor, que resume em si tudo o que a Lei exige (Rm. 13:9-10). Isso significa que a justificação pela fé não exclui a obediência por amor.

De certa forma a Lei ainda é válida, mas não com um legalismo fora de Cristo. A observância da vontade de Deus para cada um de nós não é movida pela legalidade da Lei, mas sim pelo amor proveniente da fé. A fé, operando através do amor, é apenas o meio viável pelo qual as exigências da Lei podem ser cumpridas.

Alguns afirmam que o Evangelho não é legalista, e estão corretos, mas isso não exclui a obediência aos princípios da Palavra de Deus, pois aquele que ama, e que é amigo de Cristo deve obedecê-Lo em amor. (Jo. 15:14-20)

 

Terça-feira, 29/10: Cuidado com o fermento! 

Leitura Diária: Gálatas 5:7-10

Os gálatas tinham começado correr bem a carreira da vida cristã, mas os mestres judeus os impediram de continuar. O progresso espiritual daqueles irmãos fora impedido pelo legalismo da Lei, o que os levou a se afastarem da verdade. Eles tinham sido enganados dando ouvidos a uma falsa doutrina que o levavam a uma observância de Leis e os prendiam a um julgo sem sentido. Por isso, eles deviam estar em guarda para que o erro não se espalhasse e tomasse conta da comunidade cristã.

A implicação da declaração proverbial “um pouco de fermento leveda toda a massa”, é que, embora o ensino dos judaizantes fosse aceito inicialmente por apenas alguns, e em algumas igrejas da Galácia, ele logo se espalharia. Se aquele problema fosse honestamente enfrentado, poderia ser impedido de se espalhar, não somente entre aqueles irmãos, como também, entre as demais igrejas.

Paulo tinha confiança em uma resolução feliz da dificuldade, não com base nos seus pensamentos ou em seu próprio ministério, mas no Senhor. Em todo caso, uma reviravolta favorável nos acontecimentos não aliviaria a responsabilidade daquele que estava desviando o rebanho o qual sofreria a condenação vinda do próprio Deus.

 

Quarta-feira, 30/10: O Evangelho praticado em amor.

Leitura Diária: Gálatas 5:11-15

Parece que um rumor difundido pelos líderes judeus afirmava que Paulo ainda pregava a circuncisão em determinadas circunstâncias, evidentemente uma compreensão errônea daquilo que o Apóstolo disse: “Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais. E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele.” (I Co 9:19-23).

Além dessa declaração ao escrever aos Coríntios o próprio Apóstolo fez com que Timóteo fosse circuncidado (At 16:3), mas esse foi um caso especial, pois o jovem era meio judeu, a quem o pai, um grego, não circuncidara. Se Timóteo andasse com Paulo por aí nessas condições, teria despertado uma oposição desnecessária entre os judeus. Nenhum princípio fora violado nessa circuncisão particular, mas Timóteo foi circuncidado para tornar-se um judeu no sentido étnico, para que pudesse ministrar a judeus, e isso não tinha nada a ver com tornar-se um cristão.

A prova de que Paulo não pregava a circuncisão estava no fato de que continuava perseguido, pelos judeus. Se ele circuncidasse os gentios, esses mesmos judeus olhariam para ele de maneira mais amigável. Mas se ele pregasse a circuncisão, o “escândalo” da cruz estaria desfeito.

A graça envolve a incapacidade do homem de participar na sua própria salvação, e esta verdade se opõe ao orgulho humano.

Porém, Paulo estava preocupado também com o oposto de escravidão na área do comportamento: a licenciosidade, ou seja, dar ocasião à carne, por isso ele também expandiu sua referência inicial ao amor que leva a obediência no Espírito.

Enquanto a liberdade é inerente à vocação cristã para a salvação, ela não deve ser convertida em licenciosidade, e isso é o que acontece quando a liberdade é considerada como uma oportunidade para a carne satisfazer seus apetites. A única contramedida eficiente é servir pelo amor.

Embora fosse insensatez deixar-se “submeter novamente a um jugo de escravidão”, tentando cumprir a Lei, é correto servir “mediante o amor”. O pensamento pode ser parafraseado assim: “Vocês professam ser muito zelosos pela Lei, a qual eu lhes declarei ser escravidão. Mas, se vocês realmente estão procurando a escravidão, eis aqui um tipo que é inofensiva, até mesmo beneficente. Eu a recomendo a vocês. Sejam escravos uns dos outros na demonstração do amor”.

Todas as ordenanças da lei, das mais simples até as mais estranhas para nossa cultura, ou as mais difíceis de entendermos, se resumem simplesmente em amarmos a Deus sobre todas as coisas (Mt. 22:37). Não temos que seguir a Lei, temos que amar a Deus o que nos levará ao amor ao próximo, e a nós mesmos, ou seja, amar todas as pessoas. O argumento que Paulo está construindo aqui não é que devemos amar para sermos justificados, mas que devemos amar porque somos justificados. Não devemos fazer a vontade de Deus para nos tornarmos pessoas boas diante d’Ele, fazemos a vontade de Deus porque Ele nos justificou em Cristo.

 

Quinta-feira, 31/10: Vivendo o Evangelho no Espírito.

Leitura Diária: Gálatas 5:16-21

Os cristãos, em todos os tempos, vivem, uma batalha espiritual, e essa luta continuada de fortes desejos é a razão pela qual se faz necessário termos consciência que precisamos viver pelo Espírito na fé.

A liberdade de que Paulo tratou nos versículos anteriores, não ficou esquecida aqui, por isso, o que temos a partir desses versículos é um contraste entre a carne e o Espírito. A vida no Espírito é apresentada como o antídoto para as inclinações da carne que ainda está em nós, apesar de sermos justificados pela fé. Portanto, há uma guerra dentro de nós, e andar no Espírito, ou seja, andar pelo Espírito, é o único modo de os crentes levantar-se acima das limitações da carne, e evitar a realização dos desejos dela.

Se o cristão está andando no poder da carne não poderá estar no controle do Espírito e vice-versa; ou estamos no controle de um, ou do outro. A declaração, são opostos entre si, e a conclusão do versículo depende diretamente da segunda das duas declarações citadas no versículo 18, levando-nos a entender que, por trás da resistência do Espírito à carne está o propósito de que os crentes devem ser guardados de praticarem as coisas que eles, de outro modo, fariam. Na realização da vitória sobre a carne, é preciso que a pessoa se coloque sob a liderança do Espírito.

A Lei leva a homem a Cristo, visto que ela aponta nossa incapacidade em salvar-nos a nós mesmos, então o Espírito assume o controle e dirige o filho de Deus para a plenitude da vida em nosso Senhor. Esta plenitude será resultado inevitável, se o Espírito não for limitado pelo pecado no crente (Ef. 4:30). Ser dirigido pelo Espírito significa ser libertado da carne.

Apego à Lei significa multiplicação de transgressões em lugar de redução, pois, as obras da carne se proliferam livremente na atmosfera do legalismo. A sequência que o Apóstolo usa para demonstrar isso é a seguinte: Em primeiro lugar vêm os pecados sensuais; depois vêm os pecados religiosos; um terceiro grupo abrange os pecados de temperamento; e na quarta categoria vem as bebedices e glutonarias. Um crente pode cair em semelhantes práticas do mal se andar de acordo com a carne, por isso é que se faz a inclusão desta lista para que a vida do cristão seja revista.

 

Sexta-feira, 01/11: O Fruto do Espírito.

Leitura Diária: Gálatas 5:22-23

O Apóstolo faz questão de usar palavras diferentes para fazer o contraste: fruto em lugar de obras; o Espírito em lugar de carne; e uma lista de virtudes grandemente atraentes e desejáveis em lugar das coisas feias citadas anteriormente.

A palavra fruto, estando no singular, como se apresenta nas cartas de Paulo, tende a enfatizar a unidade e coerência da vida no Espírito oposta à desorganização e instabilidade da vida sob os ditames da carne. É possível, também, que o singular tenha a intenção de apontar para a pessoa de Cristo, no qual todas essas coisas são vistas em sua perfeição, e o Espírito procura produzi-las reproduzindo Cristo em nós. Passagens tais como Rm. 13:14 sugerem que os problemas morais dos homens redimidos podem ser resolvidos pela suficiência de Cristo quando apropriada pela fé.

Aqui temos a afirmação que, contra a vida no Espírito, não há lei. Ou seja, a lei não faz sentido para os que andam no Espírito, que crucificaram a carne e agora vivem uma nova vida. A reflexão que fica para nós aqui é: quais atitudes temos visto em nossas vidas? Temos visto o fruto do Espírito ou os frutos da carne?

 

Sábado, 02/11: Andando pelo Espírito.

Leitura Diária:  Gálatas 5:24-26

Quando aceitamos a Jesus como nosso salvador passamos a viver pelo Espírito que imediatamente vem habitar em nosso espírito e fazer morada em nós. Somos selados como propriedades particular de Jesus, pois, fomos crucificados com Ele juntamente com as nossas paixões e concupiscências. Essa crucificação é seguida por uma vida ressurreta, pelo Espírito, e o modo lógico de viver é seguir o Espírito e não ceder às paixões e desejos da carne.

Aprendemos, portando que, somos libertos pela fé, e a partir daí passamos a produzir o Fruto do Espírito, vivendo o caminho do Espírito e não da carne, servindo e obedecendo a Deus através do amor. Aqueles que são verdadeiramente de Cristo devem ser como Ele na participação da cruz, temos, portanto, a necessidade de carregarmos o princípio da cruz na vida redimida, uma vez que a carne, com as suas paixões e desejos continua sendo uma realidade sempre presente. Como cristãos, somos chamados a viver uma vida que glorifique a Deus em todas as áreas. O Fruto do Espírito é a evidência de uma fé viva. Que possamos buscar sempre a presença do Espírito Santo, para que Ele transforme nossos corações e mentes, sendo testemunhas do amor e da graça de Deus.

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