Devocionais da semana 22-28 de setembro de 2024
Devocionais da Semana
Domingo, 22/09: O poder da verdade.
Leitura Diária: II Coríntios 13:1-2
Já vimos em nossas devocionais que o
Apóstolo Paulo falou sobre suas visões e que por causa delas, o Senhor Deus lhe
deu um espinho na carne, não permitindo que a soberba entrasse em seu coração.
Ele então percebe que esse processo leva a fraqueza na carne, o que resulta em
força espiritual, isso fez com que se sentisse estável na presença do Pai.
Vimos também que o Apóstolo não queria
se tornar um peso para os irmãos de Corinto, mas desejava ser bênção para
todos. Ele então encerra o capítulo expondo seu medo, seu temor que era de os
Coríntios preferirem as obras da carnalidade, isso poderia destruir a comunhão
da igreja.
Chegamos assim no último capítulo desta
carta, e nele Paulo exorta os irmãos para que estejam atentos, destacando que
Jesus está entre eles. A fim de trazer essa exortação, ele fala sobre o
poderoso princípio da verdade, que vem de Deus, e declara que não podemos nada
contra ela. Este último capítulo é iniciado com uma advertência final aos
coríntios, exortando-os a examinar a si mesmos e testar sua fé para garantir
que estão verdadeiramente em Cristo. Temos aqui uma ideia constante de Paulo, o
autoexame, fazendo isso os irmãos estariam testando sua fé, o que garantiria
permanecer verdadeiramente em Cristo. Ele lembra que Cristo está neles e isso
os levaria a responsabilidade a se examinarem para ver se estão vivendo de
acordo com o evangelho. Caso houvesse pecados, e os pecadores não se
arrependessem voluntariamente, era preciso zelar para que a congregação
executasse o procedimento disciplinar correto de expor e expulsar os
malfeitores. Ele não seria tolerante na terceira visita que planejava fazer aos
cristãos de Corinto. Em nenhum outro
lugar seu senso de autoridade apostólica é mais evidente do que neste
versículo.
Anteriormente ele já havia advertido
aquela igreja contra, especialmente, a imoralidade sexual (I Co 6:12-20).
Agora, nesta carta, estava advertindo-os
uma segunda vez (II Co 12:21), por isso ele estava disposto a confrontá-los,
caso fosse necessário. Seu julgamento seria temperado pela restrição do amor de
Cristo, mas com o poder da verdade vinda de Deus.
Segunda-feira, 23/09: Disciplina e
correção.
Leitura Diária: II Coríntios 13: 3-5
A ideia da disciplina e correção que
esse capítulo nos traz é muito importante para a igreja. Paulo adverte os
coríntios de que está vindo a eles com a autoridade de Cristo e que não
hesitará em usar sua autoridade para disciplinar e corrigir aqueles que vivem
em desobediência ao evangelho. No geral, esse capítulo é um chamado ao
autoexame o que conduzira à disciplina na igreja. Por isso é que ele enfatiza a
importância de testar nossa fé e viver de acordo com o evangelho e nos adverte
sobre as consequências da desobediência.
Ele também nos lembra que somos chamados
a viver vidas santas e obedientes, e que devemos estar dispostos a nos submeter
à disciplina e correção quando necessário para o bem de nosso próprio
crescimento espiritual e da saúde da igreja
Paulo se identificou com Cristo, cuja
autoridade ele possuía. A crucificação de Jesus e o próprio ministério de Paulo
provavam que ambos eram fracos, mas a ressurreição mostrou o poder de Cristo,
do qual o apóstolo participava. Isso lhe dava autoridade para confrontar os
pecadores, uma vez que os coríntios estavam buscando uma prova de Cristo nele.
Aparentemente, os críticos de Paulo afirmavam que o apóstolo tinha de
mostrar-se forte, duro, e ele os responde afirmando que, quando os visitasse
novamente, se fosse necessário agiria assim.
O termo “porque” indica que Paulo
explicaria como Cristo, que é forte, podia falar por intermédio dele, que era
fraco. Como Cristo aparentou ser fraco na cruz, mas foi ressuscitado pelo poder
de Deus, assim também Paulo era fraco, mas por meio do poder do Senhor viveria
com Cristo, em força, diante deles. Ele não estava falando da ressurreição
futura, mas de sua vida no poder de Cristo.
O apóstolo não duvidava de que os
coríntios fossem cristãos genuínos, no entanto, desejava que fizessem uma auto avaliação e aplicassem a si próprios os mesmos padrões que exigiam dele. Se
eles não conseguem reconhecer que Jesus Cristo está vivendo entre, ou dentro,
deles, são eles que falharam no teste da fé genuína. Há um jogo de palavras
aqui: eles estavam procurando por “prova” da autoridade apostólica de Paulo,
mas Paulo os exorta: Testem-se, ou provem-se. A falta da presença de Cristo
refutaria sua autenticidade como cristãos. Mas o próprio Paulo demonstrou que
não falhou no teste da autoridade apostólica
Ao entendermos a importância de sermos
disciplinados na autoridade de Deus, pela justificação em Jesus Cristo e pelo
agir do Espírito Santo em nós, somos capazes de compreender melhor a nossa
posição diante de Deus e como podemos nos relacionar com Ele de forma
significativa e transformadora. A ação disciplinar é comumente associada a
punições e consequências negativas, mas o texto nos mostra uma visão diferente
desse conceito. Aqui, a disciplina é vista como uma forma de amor de Deus, que
nos ajuda a crescer espiritualmente e nos aproximarmos mais d’Ele. A disciplina
é necessária para que cresçamos e nos aperfeiçoemos em amor. Isso significa que
a disciplina não deve ser vista como algo cruel ou injusto, mas sim como um
meio de Deus nos ajudar a crescer e amadurecer espiritualmente. Além disso, a
disciplina de Deus é sempre aplicada com justiça e misericórdia.
Terça-feira, 24/09: Profissão de fé e
possessão da fé.
Leitura Diária: II Coríntios 13:6-8
A profissão de fé e a possessão de fé
são duas coisas distintas, e é muito necessário entendermos essas coisas para
que sejamos crentes maduros e consciente de nossa salvação. Paulo certamente
teria concordado com os três testes para a certeza da salvação identificados em
I João: o teste doutrinário, crer na verdade acerca de Jesus Cristo; I Jo
2:22-23; o teste moral, viver de acordo com os mandamentos de Cristo; I Jo
2:3-4; e o teste do amor, ter amor por Deus e por aqueles que são da família de
Deus; I Jo 4:7-8.
Independentemente de como os coríntios
se saíssem nessa avaliação, tinham de ser assegurados de que o apóstolo era um
servo do Deus genuíno, e que orava para que eles se afastassem dos pecados,
para que fossem achados aprovados. Ele estava orando para que houvesse o fim
das divisões, bem como a restauração do amor e da fé. Porém, ele compreendia
que, na visão de muitos naquela igreja, se sua oração fosse atendida, ele
aparentaria estar reprovado, pois não teria de exercitar sua autoridade
apostólica para disciplinar os coríntios, mas isso não era problema já que o
que ele mais almejava era a verdadeira transformação daqueles irmãos.
Quaisquer que sejam os problemas que
Paulo enfrentou em Corinto, não há dúvida sobre seu desejo principal. Ele
prezava o bem maior para essas pessoas, que elas se tornassem maduras e fortes.
Ele sempre se preocupou em promover o bem-estar de seu povo, mesmo quando os
repreende. Sua motivação no ministério é ser fiel, não parecer bem-sucedido.
Ele padronizou seu serviço no próprio Jesus Cristo, que era externamente fraco,
e um aparente fracasso em morrer na cruz, mas que agora é vitorioso, enquanto
vive pelo grande poder de Deus.
Quarta-feira, 25/09: Força na fraqueza.
Leitura Diária: II Coríntios 13:9
Em toda esta carta pode ser vista uma
celebração da fraqueza de Paulo, e ele fazia questão de demonstrar isso, porque
quanto mais ele compreendia sua fraqueza, mais ele entendia que o poder de Deus
é que o mantinha em pés e lhe dava autoridade de apóstolo.
Ao confiarmos em Deus e dependermos da
sua força, somos capazes de enfrentar as adversidades e vencer os desafios que
surgem em nosso caminho, e nos dá capacidade para cumprir a missão que Ele dá a
cada um de nós. Por isso, a temática da força na fraqueza é uma mensagem
poderosa que ressoa ao longo de toda a Bíblia, e que é particularmente
significativa aqui nesta carta. Precisamos aprender com o Apóstolo Paulo a nos
alegrar em nossas fraquezas, confiando na graça e no poder de Deus que nos
sustentam e fortalecem.
Mas para chegarmos a esse ponto é
necessário, assim como ele, atendermos ao chamado à santificação, e o que mais
se trata neste capítulo é sobre isso, ele nos chama não somente à auto avaliação e à reconciliação, mas também à santificação. Nesse sentido, Paulo escreve que
deseja que seus irmãos cresçam em virtude, e não que fraquejem em sua fé.
Quinta-feira, 26/09: O desejo de
edificar.
Leitura Diária: II Coríntios 13:10-11
A expressão “estando presente” é uma
referência à terceira visita que o Apóstolo Paulo faria aos coríntios, e ele
almejava ir ter com aqueles irmãos em autoridade de apóstolo.
Ele usa pela segunda e última vez nesta
carta o termo “poder”, e nos dois casos, precisamos observar, que esse poder
vinha de seu chamado para o apostolado, e a finalidade era edificar, e não
destruir. Era necessário confrontar aos coríntios em carta para que não tivesse
de fazer isso pessoalmente, porque isso seria muito constrangedor e traria um
clima tenso, quando deveria ser de alegria em sua visita ali, mesmo porque ele
amava muito aqueles irmãos. Ele não queria tratar severamente os coríntios punindo
os ofensores, o que ele queria era exercer sua autoridade apostólica de maneira
positiva, mas seu ministério exigia que ele fortalecesse e edificasse a igreja.
Parece que o encorajamento do Apóstolo de Paulo ao falar sobre esses assuntos
era porque a própria igreja almeja essa restauração, e isso fica subtendido
porque a necessidade de encorajamento foi um assunto muito proeminente durante
a carta toda.
Como o assunto da disciplina para a
edificação e não para a destruição é muito falado na carta, o que nos leva a
entender é que o Apóstolo almejava que aqueles irmãos compreendessem que Deus
não nos castiga simplesmente pelo prazer de nos ver sofrer, mas sim porque ele
ama e deseja construir em nós uma base sólida de fé e esperança.
A disciplina é um sinal do amor de Deus
por nós e uma oportunidade de crescimento espiritual. Quando passamos por
momentos difíceis e situações desafiadoras, podemos confiar que Deus está
trabalhando em nós e nos moldando à imagem de Seu filho, Jesus Cristo. O seu
objetivo não é destruir a comunidade cristã, mas sim edificá-la, usando a
autoridade que lhe foi dada pelo próprio Senhor. Nesse sentido, podemos
entender que a nossa fraqueza não é um obstáculo para o cumprimento da missão
que Deus nos deu, mas sim uma oportunidade para experimentarmos o seu poder e
graça.
Sexta-feira, 27/09: O chamado para a
santificação.
Leitura Diária: II Coríntios 13:12
O chamado para uma vida cada vez mais
santificada é uma constante na Bíblia. O próprio Cristo, quando esteve na
Terra, ensinou sobre a necessidade de uma transformação interior radical, que
só pode ser alcançada pelo poder do Espírito Santo (João 3:5-6). O chamado à
santificação é um convite para que cada um de nós busque uma vida de comunhão
com Deus, caracterizada pela retidão e pela consagração.
Ao finalizar o tema da disciplina o
apóstolo deixa uma mensagem de esperança e encorajamento, desejando que os
coríntios cresçam em maturidade e plenitude espiritual, e reforça a importância
da unidade entre os irmãos desejando a paz e o amor de Deus sobre todos. Esse
encerramento pode ser visto como uma síntese da mensagem geral do livro,
enfatizando a necessidade de auto avaliação, reconciliação, santificação e
dependência de Deus. A mensagem é encerrada com uma expressão de amor e
esperança, que serve como um incentivo para todos os cristãos que buscam
crescer em sua relação com Deus.
Cinco cartas do Novo Testamento terminam
com esse tipo de encorajamento dizendo que os cristãos devem demonstrar afeto
adequado com um beijo santo, mas isso é uma expressão, uma prática que varia de
cultura para cultura. Não é um mandamento e muito menos uma doutrina que deva
ser adotada por todos. Em todo caso, deve ser algo santo e que não esteja
aberto a acusações de insinuação sexual ou falsidade, como no caso de Judas,
que traiu Jesus com um beijo (Mt 26:48-49).
Paulo desejava que houvesse comunhão
verdadeira entre os irmãos, eles deveriam amar-se mutuamente e conviver bem uns
com os outros, em vez de brigarem e digladiarem-se. E o “beijo paz” era uma
forma comum de saudação na igreja do Novo Testamento, e não era apenas um sinal
de afeição pessoal, mas tinha também um significado nos cultos de adoração que
demonstrava união entre os irmãos.
Sábado, 28/09: Vida fundamentada nos
princípios da verdade.
Leitura Diária: II Coríntios 13:13-14
O Espírito Santo é que tem o poder de
levar a cada um a viver retamente, Ele poderia reconciliá-los uns com os
outros, levando-os a transmitirem amor e estímulo. Eles necessitavam da graça
de Deus, e não do egoísmo; amor, e não da ira; comunhão, e não do conflito.
Analisamos diversos temas importantes
para a vida cristã, auto avaliação, reconciliação, prova da presença de Cristo,
o poder da trindade divina, disciplina e amor de Deus, força na fraqueza, e o
chamado à santificação. É muito importante uma vida fundamentada nos princípios
aqui ensinados, pois, isso é um desafio ao nosso crescimento espiritual,
precisamos buscar a santidade e a harmonia entre os irmãos. Tudo o que
aprendemos é uma fonte valiosa de inspiração e orientação para todos aqueles
que desejam seguir os ensinamentos de Cristo e viver uma vida plena em sua
presença.
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