Devocionais da semana 01-07 de setembro de 2024
Domingo,
01/09: A luta para promover o Evangelho.
Leitura
Diária: II Coríntios 10:1-4
Paulo
estimulou a comunidade de Corinto a contribuir com a obra, dando vários e
importantes detalhes, sobre como deveriam fazê-lo. Ele comparou a contribuição
com a obra do Senhor a uma semente, e ensinou que à medida que contribuímos é
também à medida que colhemos. Porém, a generosidade deve ser proporcional ao
que recebemos de Deus, e precisa ser feita com alegria de coração. Também não
se esqueceu de dizer a igreja sobre o que Deus faz com as contribuições que
entregamos, e lembra a generosidade de Deus para conosco, e isso deve fazer com
que tenhamos um desejo cada vez mais forte em relação a contribuirmos com o Seu
Reino.
Agora,
no capítulo 10 desta segunda carta, Paulo começa falando aos coríntios sobre as
armas usadas na luta para pregar o Evangelho. São armas poderosas em Deus para
destruir toda oposição. Ele não prioriza os artifícios humanos, mas restringe a
eficácia da intimidade com Deus, quanto mais busca mais poder tem.
O
enfoque neste capítulo está no tema da autoridade e poder no ministério, e
Paulo defende sua autoridade apostólica contra aqueles que o criticam e
enfatiza a importância de usar as armas espirituais para lutar contra as forças
das trevas.
O
assunto principal tratando aqui é sobre a batalha espiritual, por isso é que a
ênfase do capítulo, é que os crentes estão lutando não contra a carne e o
sangue, mas contra as forças espirituais do mal. É um encorajamento aos crentes
a usarem as armas espirituais, como oração, jejum e a Palavra de Deus, para
lutar contra essas forças das trevas. Essas armas têm poder divino para
destruir fortalezas e levar todo pensamento cativo a Cristo.
O
primeiro versículo deste capítulo marca a transição mais importante da carta,
pois é um dos únicos lugares em que Paulo usou seu nome. Os primeiros nove
capítulos foram calorosos e encorajadores, mas, aqui a linguagem muda
drasticamente para um tom severo e ameaçador, porque ele estava na defensiva
contra as acusações feitas pelos falsos apóstolos. De certo modo, ele atribui o
conteúdo desta epístola a ele e a Timóteo, nos nove capítulos anteriores, mas,
neste trecho da mensagem, ele enfatiza que apenas ele se dirige aos coríntios,
abordando várias questões e desafios que encontrou em seu relacionamento com
aquela igreja, e ele reconhece que alguns dentro da igreja de Corinto o
acusaram de ser inexpressivo pessoalmente e fraco na fala. Porém, ele afirma que,
embora não possua a sabedoria e nem eloquência mundanas, ele carrega a
autoridade de Cristo e de Sua mensagem.
Ele
frequentemente fazia uso da linguagem de luta e batalha (I Co 14:8), mas há uma
maneira certa e uma forma errada de lutar. Para promover o evangelho, os
cristãos não devem recorrer às armas de guerra literais, nem às armas retóricas
do raciocínio filosófico sofisticado. É necessário o poder sobrenatural de Deus
para derrotar as fortalezas de Satanás. Os cristãos experimentam este poder ao
vestirem a armadura de Deus (Ef 6:10-18).
Paulo
então enfatiza a autoridade e a responsabilidade que lhe foram dadas pelo
Senhor para edificar os Coríntios, e não para destruí-los. Ele expressa o
desejo de usar a sua autoridade para fortalecer a fé dos coríntios, mesmo que
isso signifique confrontar e corrigir aqueles que se opõem ao verdadeiro
Evangelho.
Segunda-feira,
02/09: A obediência a Cristo.
Leitura
Diária: II Coríntios 10:5-7
“Toda
a altivez” se refere aos argumentos criados pelos falsos mestres. Mesmo que
eles se esforçassem para desviar os crentes fiéis de sua firmeza, sua fé não
seria derrotada por raciocínios sofisticados, nem pela loucura da mensagem
pregada por eles. Com a expressão “altivez” o que Paulo estava usando como
referência era a colina com mais de 600 metros de altura, cujo no topo dela,
havia uma fortaleza, e ficava próximo à antiga cidade de Corinto. Ele usou essa
imagem como uma ilustração da batalha espiritual que travava. Com o poder de
Deus comedido a ele, destruía fortalezas, derrubava torres, que eram símbolos
de altivez, e fazia prisioneiros. A fortaleza, as torres e os cativos
representavam os conselhos, pensamentos e planos aos quais Paulo se opunha. O
apóstolo derrubou todo tipo de ideologia, que era contrária ao evangelho, e que
impedia às pessoas de ter o conhecimento da verdade. Ele levou cativos à
obediência de Cristo, todo argumento e toda intenção do coração que antes eram
contrários a Deus. Nossas ações revelam nossos pensamentos. Não devemos
apegar-nos a ideias que não se conformam com a vida e os ensinos de Cristo. O
Apóstolo não caminhava de acordo com a carne e os desejos mundanos; em vez
disso, derrotava a carne. Ele explica sua estratégia em I Coríntios 9:24-27, ao
declarar: subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão.
Terça-feira,
03/09: Autoridade dentro da igreja.
Leitura
Diária: II Coríntios 10:8-10
Dentro
da igreja, que é composta de pessoas espiritualmente iguais, Cristo deu a
certas pessoas autoridade sobre os outros cristãos, mas isso faz com que
aqueles que recebem essa autoridade tenha também a responsabilidade de
liderança a fim de edificá-los, e jamais destruí-los.
Paulo
tinha poder, autoridade, como apóstolo para edificação. Sua exortação nesta
carta se destinava a corrigir abusos, e não a promover a destruição da igreja.
Na carta anterior ele “entristeceu” os coríntios, mas isso foi para o próprio
bem deles, e não para intimidá-los. Ele sempre falou de maneira simples, para
que o poder de Deus ficasse evidente. Não usava técnicas complexas de retórica
para influenciar seus leitores e ouvintes. Os críticos do apóstolo na igreja de
Corinto tentavam usar esse estilo simples e despretensioso contra ele, mas,
Deus estava em suas palavras, e por isso por mais que tentassem, não conseguiam
tirar a autoridade que ele tinha diante daquela igreja.
Ele
então prepara o terreno para uma defesa da sua autoridade apostólica e da
integridade do seu ministério., ao abordar os desafios que enfrentou dentro da
própria igreja de Corinto, particularmente da parte daqueles falsos apóstolos
que questionavam as suas credenciais e competência. Ao longo da carta, ele
continua a abordar essas questões enquanto enfatiza a importância da humildade,
da sinceridade e da autoridade última de Cristo em todas as questões de fé e
prática.
Quarta-feira,
04/09: A diferença de quem prega a verdade.
Leitura
Diária: II Coríntios 10:11-12
Ao
longo do capítulo, Paulo alude à presença de falsos apóstolos, ou
“super-apóstolos”, que se infiltraram na comunidade coríntia e desafiaram a sua
autoridade. Ele argumenta que não se vangloria da mesma forma que eles,
enfatizando a humildade e a sinceridade de seu ministério. Se fosse necessário,
ele não iria hesitar em exercer a autoridade que Deus lhe dera.
Os
falsos apóstolos eram bons em autopromoção, isto é, em recomendar a si mesmos.
O fato de as pessoas usarem a si mesmas como padrão para avaliar seu ministério
mostra que elas têm falta de entendimento.
Paulo
pretendia demonstrar que suas atitudes correspondiam às suas palavras, e que
elas vinham de Deus, e não de seus próprios pensamentos, diferente daqueles que
se diziam apóstolos e não eram.
As
palavras e obras de Paulo correspondiam, não eram palavras vazias e cheias de
elogios a si mesmo, mas eram provadas e aprovadas por Deus em todas as suas
atitudes. Ele jamais se tornaria um
membro da Sociedade dos Mestres, visto que não era eloquente e muito menos
usava de argumentos contrários aos mistérios de Deus, argumentos esses que eram
usados pelos falsos apóstolos e que eram cheios de filosofia e ideias
agradáveis ao mundo, por isso, o apóstolo não dava valor aquilo que se diziam:
“todos os mestres concordam”.
Quinta-feira,
05/09: O padrão da pregação do servo fiel
Leitura
Diária: II Coríntios 10:13-15
O
motivo de todos nós pertencemos ao Senhor Jesus, deve levar-nos a fazer tudo
também de acordo ao que o Senhor nos ordenou, e a pregar somente aquilo que Ele
nos mandou pregar. O padrão com o qual Paulo se avaliava era a extensão de sua
obediência ao chamado de Deus para sua vida, e não uma comparação de si mesmo
com outros.
A
palavra “medida” sugere ou uma figura agrícola, um campo medido a ser plantado
e colhido; ou uma figura atlética, uma pista de corrida demarcada na qual
correr.
A
própria conversão dos coríntios era prova da obediência de Paulo ao chamado de
Deus. ele se gabava apenas no âmbito do ministério que Deus lhe concedera, e
isso incluía os coríntios. Já os seus críticos gabavam-se de algo com o qual
não tinham trabalhado ou que não tinham cultivado, provavelmente os resultados
ministeriais do apóstolo em Corinto. Um ministro não deve se gloriar nos
trabalhos alheios, ou no que estava já preparado.
Deus
lhe demarcou um território ou província para evangelizar, e esse território,
incluía Corinto, ele estava muito alegre por Deus tê-lo designado aquela região
para o seu ministério de reconciliação. Ele e seus auxiliares não se
intrometiam presunçosamente entre os coríntios, não ultrapassavam seus limites,
visto que a eles foram designados por Deus para aquela região, a fim de
pregarem a verdade de Deus, o evangelho de Cristo.
Sexta-feira,
06/09: Gloriar-se no Senhor.
Leitura
Diária: II Coríntios 10:16-17
Outro
tema muito importante neste capítulo é a ideia de humildade e “jactância” no
Senhor, ou seja, “gloriar-se no Senhor”. Paulo reconhece que não é perfeito e
que tem fraquezas, mas também lembra aos coríntios que sua autoridade vem do
Senhor. Ele os encoraja a gloriar-se no Senhor, e não em si mesmos, e os lembra
de que a verdadeira grandeza vem de servir a Deus e amar os outros.
Ele
era muito grato a Deus por ter sido escolhido por Ele para trabalhar em Sua
obra, e ter sido instrumento nas mãos de Deus que realizou a obra de
reconciliação naquela cidade. Ele então encoraja os coríntios a avaliá-lo com
base no fruto do seu ministério e não em aparências superficiais. Ele entendia
que seu ministério era, essencialmente, o de um plantador de igrejas, era um
pioneiro na pregação do Evangelho.
Sábado,
07/09: Preferindo a glória do Reino.
Leitura
Diária: II Coríntios 10:18
“Aquele
a quem o Senhor recomenda” é uma referência ao tribunal de Cristo citado pelo
Apóstolo em II Co 5:10, e que tem a explicação em Apocalipse 4. O que Paulo
quer deixar claro é que ele não se incluirá entre os que recomendavam a si
próprios, e o motivo disso era que o Senhor o declararia um obreiro fiel. Sua
preocupação é em gloriar-se apenas no Senhor. Ele sempre preferiu, o bem de
Cristo e de Seu Reino, do que os aplausos dos mestres auto recomendados.
As
lições que aprendemos durante as devocionais desta semana são:
Autoridade
espiritual vem de Cristo: A batalha espiritual não é travada com
armas carnais, mas com armas poderosas fornecidas por Deus. Isso nos lembra da
necessidade de confiar na autoridade espiritual que temos em Cristo para
enfrentar os desafios espirituais.
Humildade
e gentileza fazem parte da vida do servo fiel:
É muito importante a humildade e a gentileza ao lidar com conflitos e oposição.
Paulo modela uma abordagem amorosa e humilde, mesmo ao repreender e corrigir os
Corinto. Isso nos ensina a abordar os outros com amor e paciência, buscando
reconciliação e restauração.
A
obediência tem um poder transformador: Há um desafio para
que os crentes tenham “cada pensamento cativo à obediência de Cristo”,
reconhecendo o poder transformador da obediência à vontade de Deus em suas
vidas. Isso nos lembra que nossa transformação interior ocorre quando nos
submetemos à autoridade de Cristo em todas as áreas de nossas vidas.
Avaliar
a verdadeira espiritualidade: Temos uma advertência contra avaliações
superficiais da espiritualidade com base em critérios mundanos, como aparência
externa ou retórica eloquente. Em vez disso, é necessário entender que a
verdadeira espiritualidade, é manifestada em uma vida transformada pelo poder
de Deus. Isso nos desafia a avaliar nossa própria espiritualidade com base em
critérios bíblicos, não em padrões mundanos.
O
combate espiritual é vencido pela obediência a Cristo:
Nós estamos envolvidos em uma guerra espiritual, por isso vem a exortação a
permanecermos firmes na fé, obedecendo completamente a Cristo e repreendendo
qualquer pensamento que se levante contra o conhecimento de Deus. Isso nos
lembra da importância de estarmos vigilantes e de nos mantermos firmes na
verdade, resistindo aos ataques espirituais com base na Palavra de Deus.
A
nossa luta é espiritual, e nossas armas não podem ser carnais, mas espirituais;
e é sobre isso que o apóstolo Paulo nos exorta, que mesmo sendo humanos, não
podemos lutar essa guerra com a força da carne. É necessário aguçar os nossos
sentidos espirituais e buscar as poderosas armas que Deus nos dá para destruir
as fortalezas de Satanás; e a principal delas é a Espada do espírito, a
poderosa Palavra de Deus, com a qual destruímos todo argumento que se levanta
contra, e assim, promovemos o arrependimento no que cometeu pecado.
É
um grande engano achar que o segredo esteja na psicologia. O segredo está no
relacionamento com Deus e no poder de Sua Palavra. Sejamos guiados pela Palavra
de Deus e nos revistamos do seu poder.
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