Devocionais da semana 08-14 de setembro de 2024
Devocionais da Semana
Domingo, 08/09: A noiva de Cristo.
Leitura Diária: II Coríntios 11:1-6
O Apóstolo Paulo, no capítulo anterior,
falou sobre as armas que possuímos da parte de Deus para pregar o Evangelho.
Elas são extremamente poderosas em Deus, a fim de destruir a oposição do
inimigo. Por causa do poder dessas armas e da força do inimigo, ele mostrou que
não podemos priorizar os recursos humanos, mas reforça que a eficácia está
ligada a intimidade com Deus, quanto mais houver relacionamento, mais poder
teremos por meio d’Ele.
O motivo de possuirmos esse poder, que
não procede de nós mesmos, é que todos nós somos de Jesus, escolhidos e
separados por Ele para essa obra, sendo assim, se alguém busca glória, que a
busque para o Senhor somente, pois, Ele não divide a glória com ninguém.
No capítulo que faremos nossas
devocionais desta semana, Paulo manifesta sua real intenção: “entregar a Igreja
a Jesus como uma noiva, virgem e pura”. No entanto, para isso ele precisa
exortá-la a não entregarem a sua confiança aos novos super apóstolos; não podem
ficar impressionados com o que eles fazem. E a razão de precisarem ter os “pés
no chão”, e não ficarem admirados com sinais e maravilhas, é que até o próprio
Satanás pode transformar-se em anjo de luz para levá-los ao engano e ao pecado.
Falando de seu ministério, ele mostra as
marcas do seu apostolado, as muitas dificuldades e os desafios enfrentados, os
quais não fizeram desanimar de seu chamado, e isso valida o evangelho pregado
por ele em todos os lugares por onde passou. Ele tinha certo orgulho de seus
princípios, e apresenta três motivos para isso: se importava profundamente com
os coríntios; os coríntios pareciam dispostos a tolerar aqueles que pregavam um
outro evangelho; e ele, não era inferior aos apóstolos de maior destaque. Ele precisou
citar algumas de suas virtudes para combater as críticas que recebera. Em sua
opinião, gabar-se de si próprio era loucura, embora neste caso fosse
necessário, como um mecanismo de autodefesa.
A analogia ao casamento feito aqui
permite identificar quatro coisas: Paulo era o pai espiritual dos coríntios; Os
coríntios eram uma filha virgem pura em idade de se casar; Cristo era o noivo a
quem os coríntios foram prometidos em casamento, referência a segunda vinda de
Cristo, (Ap 19:7-9); e a serpente, o diabo, estava agindo por meio dos falsos
profetas e tentando seduzir a filha para longe da sincera e pura devoção a seu
noivo.
Deve haver cuidado na proclamação do
verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo. Onde raia a luz da verdade, prevalece o
espírito de liberdade e alegria. Esses princípios são tão inegociáveis que o
único Evangelho verdadeiro deve ser identificado e pregado, e aqueles que
perverterem essa mensagem devem ser amaldiçoados (Gl 1:9).
Na batalha estilo versus conteúdo, o
apóstolo disse que vencia em termos de conhecimento de Deus. Seu ministério
estava centrado na verdade clara, e não na oratória extravagante. Ele amava os
coríntios e realmente sentia-se zeloso e até enciumado, porque, como “pai
espiritual”, os havia preparado para Cristo e desejava apresentá-los ao Senhor
como uma virgem pura. Ele não queria que os coríntios se deixassem corromper
pelos ensinamentos de falsos mestres, e tinha receio de que Satanás os
enganassem, corrompendo a mente deles e afastando-os da simplicidade que há em
Cristo.
Segunda-feira, 09/09: O cuidado com os
mercenários.
Leitura Diária: II Coríntios 11:7-11
Temos nestes versículos um Paulo falando
sobre sua própria autoridade como apóstolo e sua preocupação com os coríntios.
Ele diz que ele mesmo não recebeu dinheiro da igreja em Corinto, ao contrário
dos falsos apóstolos que estavam lá. Ele também destaca suas próprias fraquezas
e sofrimentos, enfatizando que é a glória de Deus que deve ser vista em suas
fraquezas, não sua própria força.
É óbvio que os “super apóstolos” não
pregavam de graça, eles sempre estiveram com a intenção de extorquir o povo.
Parece que eles insinuaram aos coríntios que o fato de Paulo recusar apoio
financeiro era um sinal de inferioridade. Mas, o Apóstolo dos Gentios não era
ladrão, e nem mercenário como eles, pois, cuidava muito bem de suas práticas
financeiras, ainda que tivesse o direito de receber pelo seu ministério
pastoral. Quando ele teve necessidade de sustento, os irmãos que vieram da
Macedônia, Silas e Timóteo (At 18:5), trouxeram da igreja de lá o sustento que
ele precisava, o que permitiu que dedicasse atenção integral a seu ministério
ali em Corinto.
Naqueles dias de Paulo, os filósofos e
mestres profissionais na sociedade grega cobravam para ensinar. Paulo não tinha
essa necessidade, pois, tinha sua própria fonte de renda, e contava com a ajuda
financeira, especialmente das igrejas da Macedônia, por isso ele pregava o
evangelho voluntariamente (I Ts 2:9). Seu compromisso pessoal era servir às
igrejas, mesmo que para isso não recebesse pagamento, do qual tinha o direito.
O importante para ele era ressaltar a
doutrina de que a salvação é gratuita para aquele que crê. Mas, ele não deixou
de esclarecer que é responsabilidade da igreja o sustento financeiro cristão
para seus pastores (I Co 9:12-15). Aqueles que pregam o evangelho devem tirar
do próprio evangelho o sustento. Embora ele tivesse esse direito, escolheu não
o fazer para demonstrar sua integridade e desinteresse em aproveitar-se da
boa-fé de seus ouvintes para lucrar materialmente com o evangelho, como faziam
os falsos apóstolos.
Terça-feira, 10/09: As estratégias dos
falsos mestres.
Leitura Diária: II Coríntios 11:12-19
Os chamados “super apóstolos” não eram
simples crentes que discordavam de Paulo em razões e métodos, mas sim agentes
de Satanás que ganharam a atenção da igreja. Isso “não é de admirar, porque o
próprio Satanás se transfigura em anjo de luz”. Os anjos às vezes eram
associados a luz e esplendor (Lc 2:9), por isso, não é de admirar que Satanás
cubra seu mal obscuro com um manto de luz a fim de enganar.
Para se defender dos falsos apóstolos,
Paulo se gabou de experiências que teve, muitas das quais normalmente seriam
consideradas evidências de vergonha e humilhação, mas para ele era “glória”.
Contudo, os falsos mestres nem chegavam perto dessas mesmas experiencias porque
não tinham o real poder de Deus. Suas estratégias incluíam intimidação
psicológica, física e teológica. É possível que Paulo tenha usado as palavras
“estivéssemos enfraquecidos” como ironia.
Os falsos apóstolos e os verdadeiros
apóstolos tinham em comum sua ascendência judaica. Porém, assim como os
judaizantes da Galácia, os falsos apóstolos deviam estar interpretando que a
salvação se baseia em guardar a lei ou fazer boas obras. Provavelmente, eles
eram judeus e aparentemente consideravam que isso os tornava superiores, não
apenas aos gentios, mas também aos judeus de fala grega, que incluía Paulo.
Esse é o motivo de Paulo se gabar de ser
tão judeu quanto seus oponentes, mas não usava isso para se julgar superior a
ninguém.
Cinco verbos, em intensidade crescente,
expressam as indignidades que os coríntios bajuladores espontaneamente suportam
nas mãos dos falsos profetas. Esses homens: os degradaram; os destruíram; os
defraudaram; os ridicularizaram; os difamaram. É exatamente o que os falsos
pregadores continuam a fazer até hoje dentro das igrejas e sendo bajulados por
aqueles que não compreendem o Evangelho verdadeiro.
Esses ministros satânicos participam da
perversidade de seu pai, ostentando suas parafernálias teológica e filosóficas,
e já estão condenados junto com ele. Como tais homens, ainda conosco hoje em
dia, se disfarçam em ministros de justiça? Rejeitando a justiça de Deus;
Negando os fatais efeitos do pecado; Nulificando a justiça imputada de Cristo;
e Duvidando da absoluta justiça de Cristo.
Paulo então diz que está louco, mas que
é por causa de sua dedicação a Cristo. Ele compara sua loucura com a de um
noivo que se preocupa intensamente com sua noiva, e diz que essa loucura é uma
prova de sua dedicação a Cristo e à igreja.
Ao ser comparada com a loucura de outros
que se gloriam segundo a carne, mostra que, diferente deles, ele suporta muitas
coisas em nome de Cristo, e diz que se é vergonhoso para ele que não tenham
sido suficientemente forte para suportar mais, é muito mais para eles, visto
que ele falava a verdade do Evangelho, enquanto eles continuavam ousados e
mentirosos.
Quarta-feira, 11/09: O sofrimento e
perseverança do crente.
Leitura Diária: II Coríntios 11:20-22
Outro tema importante neste capítulo é a
ideia de sofrimento e perseverança no ministério. Paulo descreve as muitas
provações e tribulações que enfrentou como apóstolo de Cristo, incluindo
espancamentos, prisões e naufrágios. Ele lembra aos coríntios que o sofrimento
é uma parte normal da vida cristã, e os encoraja a perseverar com fé e
esperança, em meio às suas próprias provações.
Aqui temos um chamado à perseverança e
fidelidade diante da perseguição, é uma ênfase a importância do discernimento e
da vigilância na igreja, e um encorajamento aos crentes a permanecerem firmes
na verdade do Evangelho, mesmo em meio a circunstâncias difíceis. O Apóstolo
nos lembra que a vida cristã não é fácil, mas que temos uma esperança e uma
força que vem somente de Cristo.
Quinta-feira, 12/09: Sofrendo pelo
Evangelho.
Leitura Diária: II Coríntios 11:23-27
Paulo não reconhecia estes falsos
apóstolos como ministros de Cristo. Ele os chama de servos de Satanás. Nem todo
aquele que diz Senhor, Senhor entrará no Reino dos Céus (Mateus 7:21-23).
Contudo, só para continuar sua argumentação, ele aceitou a reivindicação deles.
Em qualquer comparação que eles quisessem fazer, Paulo foi o que mais sofreu
por Aquele a quem eles diziam servir.
A longa lista de problemas apresentada
por Paulo inclui sofrimento físico, viagens longas e difíceis, esforço e
desgaste. Ele sofreu intensamente por seguir a Cristo. Quem imagina que a fé
cristã trará saúde, riquezas e circunstâncias confortáveis se esquece do que
Paulo passou. O apóstolo não se deixava levar por esse engano. Ele sabia muito
bem que a fidelidade a Deus pode atrair dificuldades, e não facilidades.
Todavia, as provações temporárias sofridas em favor do Evangelho, produzem
recompensas eternas.
Tudo o que o Apóstolo mencionou nos
versículos 23-27 foi suportado durante as plantações de igrejas e evangelismos,
depois que vieram as conversões. Paulo se deparou com a tarefa de cultivar a fé
destes cristãos.
Sexta-feira, 13/09: A força de Deus na
fraqueza.
Leitura Diária: II Coríntios 11:28-31
Paulo se identificava emocional e
espiritualmente com as lutas desses irmãos convertidos, e a sua ansiedade em
cuidar de todas as igrejas, principalmente dos cristãos mais fracos, é citada
no clímax de sua lista de provações. Ele se importava com os fracos de tal
maneira que se identificava com sua fraqueza, e ficava indignado com aqueles
que os faziam escandalizar pelo pecado.
Ele recordava-se dos incidentes que
havia passado no começo do seu ministério, como sendo o acontecimento dramático
que estabeleceu o padrão de sua vida por todos os anos que se seguiram. Então
enfatiza que sua fraqueza é a força de Deus, e diz que, se deve se gloriar, que
se glorie em suas fraquezas, e se tiver que se orgulhar, que se orgulhe das
coisas que mostram sua fraqueza, e se tiver que mostrar sua fraqueza, que a
mostre, para que a força de Cristo repouse sobre ele.
Sábado, 14/09: Lições importantes para
nós.
Leitura Diária: II Coríntios 11:32-33
Podemos aprender neste capítulo lições
importantes:
Temos que ter cuidado com a enganação: Paulo adverte sobre os falsos apóstolos
que se infiltram na igreja e tentam enganar os fiéis. Precisamos discernir
entre os verdadeiros e os falsos líderes espirituais, buscando sempre a verdade
de acordo com as Escrituras.
Nosso serviço deve ser com humildade: Paulo destaca sua própria humildade e
serviço abnegado, contrastando com a atitude dos falsos mestres que buscam
apenas benefícios pessoais. Isso nos lembra da importância de servir aos outros
com humildade e generosidade, sem buscar reconhecimento ou recompensa.
Precisamos ser fiéis a Cristo: O apóstolo reitera a importância de
permanecer fiel a Cristo e ao verdadeiro Evangelho, mesmo diante de
perseguições e oposição. Isso nos encoraja a permanecer firmes em nossa fé,
mesmo quando enfrentamos adversidades e pressões para comprometer nossos princípios.
A provisão do ministério vem de Deus e
não de homens: Paulo
compartilha suas próprias experiências de sofrimento e privação, destacando a
fidelidade de Deus em fornecer graça e sustento em todas as circunstâncias.
Isso nos ensina a confiar na provisão divina, mesmo em meio às dificuldades,
sabendo que Deus é nosso provedor fiel.
A prioridade do ministro de Deus é o
Evangelho: Paulo
enfatiza a importância de pregar o Evangelho e exaltar a Cristo acima de tudo.
Ele adverte contra a distorção do evangelho e a busca por ensinamentos que se
afastam da verdade de Cristo. Isso nos lembra da centralidade do Evangelho em
nossa vida e ministério, incentivando-nos a proclamar a mensagem de salvação
com fidelidade e zelo.
Podemos então concluir as devocionais
desta semana dizendo que um dos nossos desafios é discernir um verdadeiro
ministro de um falso, e isso não é uma tarefa muito simples, visto que ela é um
problema antigo enfrentado pela Igreja de Jesus Cristo.
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