Devocionais da semana 15-21 de setembro de 2024

Devocionais da Semana

Domingo, 15/09: Um chamado direto de Cristo.

Leitura Diária: II Coríntios 12:1-2

Paulo defendeu sua autoridade apostólica contra aqueles que o criticaram, e criticou a ousadia dos “super apóstolos” em disseminar confusão e heresias dentro da igreja, exortando os coríntios contra esses falsos profetas que tentavam desestabilizar a igreja. Neste capítulo 12 ele continua a abordar vários aspectos do seu ministério, experiências pessoais e os desafios que enfrentou como apóstolo.

Um dos temas centrais deste capítulo é a confissão de Paulo sobre um “espinho na carne”, que pode ser uma fonte de aflição física ou espiritual. Mas, o que nos chama mais a atenção é o motivo de ele se gabar na fraqueza reconhecendo que as tem e que enfrentou muitas dificuldades em seu ministério, porém enfatiza que sua fraqueza é uma fonte de força, e se orgulha nelas, sabendo que quando está fraco, então é forte no Senhor.

Ao se gabar como um tolo, mostra o quão grandioso ele era em comparação com os falsos apóstolos. Ele tinha sido fruto de um chamado de Deus, e isso foi de forma miraculosa, após uma revelação clara do próprio Cristo. Sua própria conversão ocorreu em resposta a uma visão (At 26:19), e como apóstolo, recebeu revelações diretas de Cristo, coisa que nenhum daqueles que se declaravam “super apóstolos” tiveram. (Gl 1:12).

As visões mencionadas neste capítulo não são relatadas em nenhum outro lugar. Ele usa de é um eufemismo para si mesmo, deixando claro a partir do v.7 que o homem em questão é ele mesmo.

“O terceiro céu” é o lugar da habitação de Deus; o primeiro é o atmosférico, o segundo é o planetário. Á época, que ele cita em que tudo aconteceu “há catorze anos”, deve ter sido por volta de 42 d.C., supondo que esta carta foi escrita em 56 d.C. Portanto, esta visão aconteceu antes das suas viagens missionárias e, evidentemente, não tinha feito menção delas até agora. Uma coisa que era dúvida para ele é se seu corpo fora elevado ao céu ou não durante a visão.

 

Segunda-feira, 16/09: Experiencias de fortalecimento.

Leitura Diária: II Coríntios 12: 3-5

O texto nos fornece esclarecimentos das lutas pessoais que o Apóstolo enfrentou, e da tensão entre seu desejo de alívio do sofrimento e seu reconhecimento do poder da graça de Deus em sua fraqueza. O capítulo sublinha o tema da suficiência de Deus e a ideia de que os crentes podem encontrar força e resiliência em Cristo mesmo em meio a provações e desafios. A experiência de Paulo com o espinho na carne serve como um testemunho poderoso do poder transformador da fé e da confiança na graça de Deus.

Ao compartilhar suas próprias experiências de ser arrebatado ao terceiro céu e receber revelações divinas de Deus, Paulo fala que por causa delas, o Senhor Deus lhe pôs um espinho na carne, impedindo-o de ensoberbecer-se e ele, então, percebe que desse processo, a sua fraqueza na carne resulta em força espiritual, se sentindo mais e mais seguro e estável diante de Deus. Ele somente fará uso novamente deste verbo, “arrebatado”, para se referir ao levantamento do corpo dos cristãos que estiverem vivos ao encontro do Senhor nos ares quando Ele voltar. (I Ts 4:17). O Céu aqui é chamado de “paraíso” o que corresponde a mesma ideia do terceiro céu do v. 2, vai aparecer em outras duas passagens do Novo Testamento, com esse mesmo significado.

A experiência vivida por Paulo pode ser comparada a outras na Bíblia. Deus “desceu” à terra e encontrou-se com Moisés no monte Sinai. Moisés e Elias desceram do céu para encontrar-se com Cristo. Pedro, Tiago e João viram o Cristo transfigurado no monte. João teve visões do trono celestial.

Essa experiência provavelmente ajudou o apóstolo a suportar seu sofrimento pela causa de Cristo. Todavia, ele nunca enfatizou a própria experiência em suas mensagens; em vez disso, sempre pregou sobre Cristo crucificado (II Co 4:1-5). Ele não se gabava de si próprio, mas da experiência que o Senhor lhe permitiu ter. Tal favor e privilégio divinos justificam a reação do apóstolo, ele tem o cuidado de manter a atenção dos seus leitores no verdadeiro objeto de seu “orgulho”.

Ele objetivou-se com o propósito de defender suas visões e revelações à vista dos falsos êxtases dos falsos mestres. Sua visão era pessoal; cristã; histórica não uma ficção; misteriosa; estática; revelatória; indelével. Ele não tinha necessidade de contar para ninguém esse acontecimento porque seu objetivo não era enaltecer a si mesmo, mas pregar a “Cristo crucificado”. Se estava fazendo isso agora era somente para combater as heresias dos falsos apóstolos que usavam de visões e sonhos para enganar a igreja.

 

Terça-feira, 17/09: Um espinho na carne.

Leitura Diária: II Coríntios 12:6-8

Se Paulo quisesse, ele poderia ter contado mais, pois sua experiencia era extraordinária, e nenhum dos falsos apóstolos havia realmente passado pela mesma experiencia que ele. Contudo, ele se recusou a fazer isso a fim de que os coríntios pudessem julgá-lo com base no que viram ou ouviram dele.

Não temos como saber o que era seu espinho na carne, pois, ele não disse, mas é provável que os coríntios o soubessem. A incerteza do que era de fato permitiu que os cristãos ao longo das eras aplicassem este conceito a suas próprias circunstâncias.

Existem algumas hipóteses sobre esse “espinho”: enfermidades físicas que pode ser a vista fraca, pois em sua conversão ele ficara cego e a Bíblia não diz que ele recuperou totalmente a visão, somente diz que voltou a ver; saúde fraca, até porque ele mesmo afirma que passou muitas necessidades e isso pode ter comprometido a sua saúde pela desnutrição; enfermidades psicológicas como depressão, pois ele teve até mesmo que abandonar a família por causa do evangelho; a contínua tentação de um desejo físico, é bom lembrar que ele não tinha esposa e ele afirma isso em I Coríntios 7:8 ; e oposição a seu ministério que eram os inimigos dentro e fora das igrejas.

O que sabemos com certeza é que Paulo orou fervorosa e repetidamente até receber a resposta do Senhor, o que nos leva a aprendermos que essas respostas podem ser “sim”, “não” e até mesmo um “espere não é o tempo ainda”, tudo isso são respostas as orações.

Ao compartilhar suas próprias experiências ele enfatiza que as revelações que recebera não são para sua própria glória, mas para o benefício da igreja, e encoraja os coríntios a buscarem os mistérios de Deus com humildade e fé.

Temos, portanto, uma ênfase na importância de confiar na força de Deus em meio às nossas fraquezas e nos encoraja a buscar a revelação divina com um coração humilde e dócil. As nossas fraquezas podem ser uma fonte de força e os mistérios de Deus estão disponíveis para nós quando nos aproximamos d’Ele com fé e humildade.

 

Quarta-feira, 18/09: A suficiência da Graça de Deus.

Leitura Diária: II Coríntios 12:9-11

A suficiência da graça de Deus é mais fácil de compreender intelectualmente do que viver, principalmente para aqueles que naturalmente estão inclinados a confiar em si mesmos. Deus garantiu que Paulo nunca se esquecesse dessa graça.

O poder glorioso de Deus é mais evidente quando mostrado em vasos fracos, e o Apóstolo não apenas se gabava de sua fraqueza, mas, também afirmou que sentia prazer, pois pela sua fraqueza o poder de Cristo tornava-se mais aparente às pessoas. Isso poderia trazer louvor ao Único que merecia recebê-lo. A graça divina alcança seus propósitos apesar da debilidade humana visto que o cristão não é sustentado por sua própria capacidade, força ou satisfação, mas pela graça do Senhor.

 

Quinta-feira, 19/09: As credenciais do servo de Deus.

Leitura Diária: II Coríntios 12:12-13

Os coríntios desenvolveram um “complexo de inferioridade” pelo fato de Paulo não lhes ter sido pesado financeiramente, e essa talvez seja a única “falha” do ministério paulino em Corinto, pois, ele tratou aqueles irmãos de maneira preferencial, e agora isso estava pesando no relacionamento com os mesmos.

Contra tamanha ingratidão demostrada por aqueles irmãos, a ironia de Paulo lança um golpe mortal, é como se a lâmina não tivesse sido profunda o suficiente, ele intensifica sua ironia com as palavras: “Perdoai-me este agravo”. Ele ainda afirma, de forma irônica, que “tinha se tornado insensato”: pela natureza forçada da autovindicação do apostolado; pela superioridade por ser apóstolo; e por sua humildade essencial. Nada disso era real, mas ele usa essas palavras por causa daquilo que os falsos apóstolos estavam dizendo dele. Mas acontece que, as credenciais do apostolado, no entanto, poderiam ser comprovadas com aquilo que o Novo Testamento exigia para tanto e que existia de maneira evidente em sua vida: uma chamada divina; um encargo divino; uma vida transformada; e milagres comprovadores, e tudo isso de fatos foram comprovados na própria igreja de Corinto. Ao serem comissionados por Jesus como Seus porta-vozes oficiais, os apóstolos receberam d’Ele poder para fazer as mesmas maravilhas e feitos poderosos que Ele fez, e isso autenticava sua autoridade e posição (Mc 6:7). Todos os sofrimentos de Paulo, são recapitulados neste capítulo e se tornaram ocasiões para ele estar satisfeito e contente, como ele afirma em Fp 4:13. O que lhe garantia um lugar de excelência mediante a igreja, visto que suas experiencias com apóstolo eram diferenciadas dos demais que reivindicavam essa posição sem serem.

 

Sexta-feira, 20/09: Constrangido pelo amor.

Leitura Diária: II Coríntios 12:14-17

Os coríntios constrangeram Paulo a gloriar-se, porque deram ouvidos aos falsos profetas e foram ludibriados por eles. Mas, aquela igreja era especial para o Apóstolo e ele estava disposto a ir ter com eles pela terceira vez. A primeira vez fora a longa visita de plantação da igreja em 50-51 d.C; a segunda vez foi a breve experiência dolorosa citada em II Co 2:1. Em nenhuma de suas viagens ele sobrecarregou os coríntios pedindo dinheiro para seu uso pessoal, pois, ele queria o coração e a afeição deles, não o dinheiro. Seu amor paternal resultou em um grande sacrifício de tempo e dinheiro, e ele desejava muito que esse amor fosse correspondido, mesmo não tendo expectativas de que os coríntios o amassem tanto quanto ele os amava.

 

Sábado, 21/09: A conduta impecável do servo de Deus.

Leitura Diária: II Coríntios 12:18-21

Os detratores do apóstolo acusaram-no de ser astuto, e essa sutil insinuação parece ter sido que, embora Paulo não lhes fosse pesado a eles como igreja, conseguiu manobrar de tal maneira a oferta para os irmãos de Jerusalém (I Co 16) que se aproveitou dela. O apóstolo responde a este ataque indecente, mencionando o comportamento impecável dos dois homens que ele enviou a Corinto, afirmando que o seu padrão de conduta era igual ao deles. As perguntas aqui feitas levam, obviamente a um grandioso “não”, pois, ele sabia que a conduta de Tito em questões financeiras era, e continuaria sendo, irrepreensível.

A integridade de Paulo perante Deus era mais importante do que sua reputação diante de qualquer grupo humano; e essa deve ser a preocupação de todo servo de Cristo!

As lições que podemos aprender essa semana é que: a Graça de Deus é maravilhosa e suficiente para nós; apesar de nossas fraquezas existe Glória nelas; precisamos ser humildades para não nos vermos privados da alegria dessa Graça; aceitar que somos fracos exige uma necessidade de fazermos um exame pessoal de nós mesmos.

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