Devocionais da Semana 18-24 de Agosto de 2024
Devocionais da Semana
Domingo, 18/08: A generosidade da
Igreja.
Leitura Diária: II Coríntios 8:1-3
O Apóstolo Paulo está sempre exortando a
igreja para que eles se santifiquem, sendo que as inúmeras promessas de Deus só
podem ser recebidas mediante a santificação. O capítulo 7 mostra que Tito se
une a ele, trazendo alívio e descanso ao seu coração, que enfrentava muitos
conflitos, e Deus o usou esses mesmos conflitos a favor do Apóstolo. Mas, mesmo
com o agir de Deus ele não deixou de sentir tristezas e ele fala delas,
principalmente daquela causada pela primeira carta que enviou aos cristãos de
Corinto, mas ele decidiu que não iria ficar em tristeza naquela situação, por
isso é que agora ele estava alegre e de uma forma muito profunda, pois o efeito
foi exatamente o que ele esperava: o arrependimento.
Chegamos no capítulo 8, e aqui Paulo dá
graças a Deus pela generosidade recebida dos Macedônios em suas ofertas. Com
isso ele enfoca o tema da generosidade e doação, e encoraja os coríntios a
doarem generosamente, como fizeram os macedônicos, para sustentar as
necessidades da igreja em Jerusalém. Isso traz muitos benefícios espirituais na
vida do crente.
As igrejas da Macedônia eram as
congregações em Filipos, Tessalônica e Bereia (Atos 16). Estas igrejas surgiram
em meio a aflição. Além disso, elas tinham recursos financeiros limitados.
Mesmo assim, estes fatores não impediram que eles dessem uma oferta voluntária
e caridosa.
A generosidade é inspirada no próprio
ato de Jesus de se tornar infinitamente pobre para que nos tornássemos ricos. O
amor deve ser a verdadeira motivação para doar e compartilhar. Por isso é que
Paulo chama a atenção dos coríntios para o exemplo de generosidade apresentado
por aquelas igrejas.
Segunda-feira, 19/08: O ministério da
mordomia cristã.
Leitura Diária: II Coríntios 8:4-6
A mesma palavra usada para descrever o
serviço cristão agora é usada para designar a oferta cristã. Precisamos
entender que a mordomia financeira é um ministério, e para se entender isso a
chave é que quando os cristãos oferecem a si mesmos por completo ao Senhor,
eles não têm dificuldade em oferecer suas carteiras a Ele.
Paulo enfatiza que dar não deve ser
feito de má vontade ou por compulsão, mas sim com um coração disposto e
generoso, e ao dar o exemplo da generosidade das igrejas da Macedônia, que
doaram generosamente mesmo em meio à sua própria pobreza, ele está encorajando
os coríntios a doarem sacrificialmente, lembrando-os de que Deus ama quem dá
com alegria.
Essa oferta que deveria ser levantada
ali nessa ocasião, era para os cristãos de Jerusalém e foi um projeto de longo
prazo. Evidentemente, Paulo tinha colocado Tito a cargo de pelo menos uma parte
dessa oferta.
Os coríntios estavam “prontos a
contribuir”, mas não terminaram a tarefa, pois, o recente conflito que ali se
desenrolou, levou Paulo a escrever uma carta severa que causou muita dor e
tristeza, e, certamente, foi o fator principal para que essa oferta não fosse
levantada. Mas, agora que os coríntios foram restaurados era tempo de terminar
a tarefa, porém, ela só seria feita da maneira correta se fosse motivada pela
graça de Deus e não por constrangimento ou por outro motivo qualquer.
Os macedônios eram um excelente exemplo
de pessoas generosas porque contribuíam da maneira que agradava a Deus.
Paulo cita pontos importantes para
demonstrar o quanto as igrejas da Macedônia agradavam a Deus, eles contribuíam
para a obra de Deus: durante a tribulação; apesar de grande pobreza; com
extremo gozo; além do que podiam; e voluntariamente.
Na verdade, eles ansiavam pelo
privilégio de compartilhar suas provisões, e se deram primeiramente ao Senhor e
também aos outros. Por isso é que o Apóstolo Paulo destaca o espírito
voluntário e o ardente desejo desses cristãos em participar da obra de Deus.
Terça-feira, 20/08: Contribuir é
demonstração de amor a Deus.
Leitura Diária: II Coríntios 8:7-9
Os coríntios tinham mais recursos do que
os macedônios; portanto, eles podiam dar com mais generosidade, e era
exatamente isso que Paulo esperava que acontecesse. Pois, a generosidade dos
macedônios estabeleceu um padrão de oferta desafiador. Somente o amor por Deus,
por Sua graça, capacitaria os coríntios a passar nesse teste. Eles possuíam
dons espirituais e graça divina em abundância. Tinham o dom da fé, dons de
palavra (profecia), o dom de ciência etc. Além de tudo isso também eram
abençoados com diligência e caridade para com Paulo. Porém, eles não podiam se
esquecer que algumas das diretrizes para as ofertas: ser motivada por amor; ser
determinada pela disposição e capacidade de contribuir; e ser estimulada pela
igualdade. A generosidade deve ser resultado natural do amor sincero,
primeiramente a Deus, que precisa ser seu motivo principal, e também à obra de
Deus.
O sacrifício de Jesus é um padrão de
ofertar ainda mais elevado do que o exemplo dos irmãos da Macedônia. Cristo
voluntariamente trocou toda a riqueza de Sua divindade pela pobreza da
encarnação. Os coríntios não precisavam de uma ordem, se seguissem o exemplo de
Cristo e aquilo que Ele lhes ensinara a respeito da oferta de sacrifício.
Em Filipenses 2.7-8, tem uma descrição
eloquente do próprio Apóstolo Paulo de tudo que Jesus abriu mão para vir a este
mundo. E a expressão “Para que... enriquecêsseis” se refere às riquezas
espirituais que Jesus concede a todos que confiam nele: perdão, justificação,
regeneração, vida eterna e glorificação. Jesus nos comprou e nos livrou do
cativeiro do pecado, tornando-nos filhos de Deus. Ele nos dá o direito e o
privilégio de aproximar-nos do Senhor com petições e louvor.
Quarta-feira, 21/08: A igualdade e
justiça da contribuição.
Leitura Diária: II Coríntios 8:9-15
Outro tema importante neste capítulo é a
ideia de igualdade e justiça nas doações. Paulo enfatiza que a doação não deve
ser baseada na riqueza ou status de alguém, mas sim nas necessidades da igreja
e na disposição do doador. Deus está mais interessado na qualidade do ofertar
do que na quantidade ofertada, tal como no caso da viúva que deu duas únicas
moedas (Lc 21:1-4).
A citação de Êx 16:18 vem da primeira
vez em que os israelitas recolheram o maná diário. Paulo traçou uma analogia. O
que muito colheu era um israelita forte, como os coríntios ricos, ao passo que
o que pouco colheu era o fraco, doente ou idoso, como os irmãos empobrecidos de
Jerusalém. Assim como houve uma distribuição igualitária do maná entre os
israelitas, também deveria haver uma divisão justa dos recursos entre os
cristãos. O próprio Dízimo é uma ordem justa de Deus, pois Ele não estabeleceu
um valor específico, visto que isso poderia ser muito pouco para uns, e
impossível para ouros, então ele estipulou percentual daquilo que a pessoa
adquire.
O fato é que ao ofertar, redundaria em
galardão para os coríntios quando se apresentassem diante do trono de Cristo no
dia do juízo (Fp 4:17). Tal oferta poderia ser considerada um investimento
lucrativo, não material, mas espiritual. (Mt 6:19-21; Ap 22:12).
Quinta-feira, 22/08: A visita de Tito
aos coríntios.
Leitura Diária: II Coríntios 8:16-19
Ensinando que a oferta é algo que exige
equilíbrio, Paulo orienta que é aceitável alguém contribuir de acordo com o que
pode e deseja. Então ele estimula a igreja de Corinto a participar, do
privilégio da contribuição, e dá a abençoada e inestimável notícia da presença
de Tito, que era seu amigo, e iria ter com aqueles irmãos, e que ficaria
responsável a supervisionar essa oferta. O próprio Tito se dispôs
voluntariamente a voltar aos coríntios para essa tarefa. Seu papel também seria
a de ser o portador da carta de II aos Coríntios.
Tito não foi sozinho, mas teve mais dois
irmãos que o acompanhara, porém, não foi citado o nome desses irmãos. Um deles
já foi identificado com Lucas, Barnabé, Silas, Timóteo, João Marcos e outros.
As igrejas do primeiro século sabiam quem ele era, mas atualmente não se sabe.
Porém, o primeiro provavelmente era Lucas, que se importava com os coríntios
(II Co 8:16-17), e que em Atos 20:4-5, onde lista todos os mensageiros das
igrejas que iriam acompanhar Paulo, inclui Lucas neste grupo. O segundo era um irmão
com excelente reputação, escolhido pela igreja.
Este trecho final do capítulo serve de
autorização para esses homens que seguiram até Corinto com o intuito de
recolher as ofertas. Paulo havia pedido a Tito que fizesse essa viagem, mas
este partiu voluntariamente, provavelmente custeando a viagem com suas próprias
finanças. Paulo atribuiu esse desejo no coração de Tito a Deus (Fp 2:12, 13).
Sexta-feira, 23/08: O propósito da
contribuição.
Leitura Diária: II Coríntios 8:20-21
O apóstolo encerra o capítulo dando
detalhes de como administra a entrega dessas ofertas e todo o seu cuidado em
fazer o que é agradável e correto aos olhos de Deus e dos homens. Desde o
início do cristianismo, a preocupação cuidadosa com a integridade no lidar com
dinheiro foi importante.
“À vista dos homens” denota pública
prestação de contas. E a preocupação em enviar homens honestos para recolher as
ofertas, e fazer o que era honesto diante do Senhor e dos homens, é um
ensinamento para todas as igrejas em todo o tempo; além disso, evitaria que
qualquer pessoa pudesse culpar Paulo de má utilização dos recursos em benefício
próprio.
O versículo 21 é uma citação de
Provérbios 3:4, nele, Paulo estava animando os coríntios a contribuir para essa
oferta, não porque era obrigatória, mas porque era agradável a Deus. Ele estava
dando ênfase para que os coríntios agissem de boa vontade e ofertassem suas
contribuições de forma generosa e espontânea. Mas também é um lembrete
importante para nós hoje em dia. Em nossa vida diária, muitas vezes somos
movidos por motivações egoístas, pensando somente em nós mesmos e em nossos
próprios interesses. Mas temos de lembrar que devemos honrar a Deus com aquilo
que temos. Quer seja nosso tempo, nossos talentos, nossas habilidades ou tudo
mais que Deus nos deu.
Jesus disse que o dinheiro é o coração
dos homens, pois onde ele está é onde o homem coloca seu coração, e que é
preciso escolher seguir a Deus ou seguir as riquezas (Mateus 6:24). Se temos
dinheiro, devemos usá-lo para a glória de Deus. Quando oferecemos nossas
ofertas a Deus, devemos fazê-lo de boa vontade, de acordo com os princípios
bíblicos, e não por nossos objetivos ou desejos.
Sábado, 24/08: O efeito da contribuição
na vida do crente.
Leitura Diária: II Coríntios 8:22-24
O capítulo que analisamos esta semana em
nossas devocionais, é um chamado à generosidade e doação sacrificial. Enfatiza
a importância de dar de um coração disposto e generoso, e encoraja os crentes a
dar generosamente para sustentar as necessidades da igreja, e para abençoar os
outros. Através deste capítulo, Paulo nos lembra que doar não é apenas uma
questão de atender às necessidades práticas, mas também uma disciplina
espiritual que tem o poder de transformar nossos corações e nos aproximar de
Deus.
As lições que aprendemos aqui é que a
generosidade dos macedônios é um exemplo inspirador de imitar a Cristo, que,
sendo rico, se fez pobre por amor a nós. Isso nos desafia a praticar a
generosidade em nossas vidas, seguindo o exemplo de Cristo. Além disso, a
importância da comunhão na contribuição para as necessidades dos irmãos em
Cristo, nos ensina sobre a importância de apoiar uns aos outros em amor e
solidariedade, especialmente nos momentos de necessidade. Também podemos
aprender que devemos planejar com antecedência, de acordo com a capacidade de
cada um, para que haja igualdade entre os irmãos. Isso nos lembra da
importância de doar com sabedoria e propósito, buscando a justiça e a equidade.
Outra lição que aprendemos neste capítulo é que a generosidade traz bênçãos
abundantes tanto para o doador quanto para o receptor. Isso nos motiva a
praticar a generosidade de coração, confiando que Deus nos abençoará ricamente
em resposta à nossa disposição de dar. Isso tudo precisa ser feito na igreja e
com líderes que administrem bem os recursos financeiros com integridade e
transparência, evitando qualquer suspeita de malversação. Também nos lembra da
responsabilidade de sermos fiéis mordomos dos recursos que Deus nos confiou,
usando-os para Sua glória e para o benefício do Reino.
Infelizmente, há um contexto em nosso
país, algumas denominações desenvolveram um estranho hábito de motivar as
pessoas a ofertar com base naquilo que elas podem receber de Deus como
recompensa, e em muitos casos, as pessoas são motivadas a ofertar muito acima
daquilo que podem, sendo influenciadas a acreditar que Deus a recompensará,
dando o benefício tão desejado. Por isso, muitos param de contribuir
financeiramente com a obra, ao se sentirem enganados e explorados. Contudo,
lendo esse capítulo, vemos Paulo abordar o assunto de maneira clara e
equilibrada. A receita da Igreja deve ser tratada com muita transparência e por
pessoas de confiança, não havendo qualquer tipo de obscuridade na sua
administração. Isso, nos estimula e ensina, como Igreja, a estarmos atentos as
motivações dos nossos líderes no que se refere às finanças, e na maneira como
eles administram as ofertas que são entregues na Casa de Deus. Deus estipulou,
como obrigação do crente, os Dízimos, e isso não pesa a ninguém porque é o
percentual da renda; já a oferta é algo voluntário, e não pode ser com outra
intenção, a não ser o de Glorificar a Deus.
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