Devocionais da semana 11-17 de agosto de 2024
Devocionais da Semana
Domingo, 11/08: A busca pela
santificação.
Leitura Diária: II Coríntios 7:1
II Coríntios 6 nos apresentou como
cooperadores de Deus, dizendo que trabalhamos com Ele e por Ele. O apóstolo
Paulo disse que as adversidades e perseguições devem ser suportadas por amor a
Cristo, deixando claro que, embora sejam difíceis, elas têm um valor
inestimável aos olhos de Deus, e nos aconselha a nos conservarmos puros,
santos, a abandonar o julgo desigual com infiéis e a se separarem do que não
agrada a Deus, só assim haverá favor e acesso as promessas preparadas para os
santos de Deus.
Agora, no capítulo 7, vamos ver que
Paulo exorta a Igreja de Corinto, e consequentemente a nós também, a busca da
santificação em todo o tempo, porque as inúmeras promessas de Deus só podem ser
recebidas mediante o temor e a santificação.
Ele começa esse capítulo com uma
declaração muito forte de afeto, porque tinha realmente um carinho e
consideração muito grande para com aqueles irmãos, apesar das lágrimas que lhe
causaram.
Ele busca levar aquela igreja à uma
“purificação”, e isso não é uma referência ao batismo cristão, e sim à
purificação espiritual diária que os crentes devem experimentar (Jo 13:10),
pois, isso os levaria a um “aperfeiçoamento” da santidade, ou seja a um
crescimento espiritual. Isso não é uma opção na vida do crente e sim uma
obrigação daquele que foi comprado e lavado pelo sangue de Cristo. O cristão
deve se tornar o mais maduro e semelhante a Cristo que puder nesta vida, mas
esta obra só será de fato concluída no dia de Cristo (Fp 1:6).
Segunda-feira, 12/08: Tristeza e
arrependimento.
Leitura Diária: II Coríntios 7:2-3
Os falsos apóstolos persuadiram alguns
dos coríntios de que Paulo os prejudicara, causara-lhes dano e os explorara.
Talvez estivessem o acusando de ter recolhido o dinheiro para os cristãos
pobres em Jerusalém (I Co 16:1-4) e tê-lo gastado consigo mesmo, coisa que foi
negado pelo apóstolo energicamente. Eles
faziam isso procurando tirar a atenção dos coríntios que estavam nos
ensinamentos de Paulo, a fim de os desviarem das verdades por ele ensinadas.
Em todo o tempo, Paulo procurou alertar
aqueles irmãos a respeito dos perigos envolvidos quando a vida cristã fica
paralisada, talvez seja por isso que sua primeira carta fora tão dura e
enfática. O primeiro amor não é um estado inicial apenas, mas deve ser renovado
diariamente, “aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus”. Na mensagem à
igreja de Éfeso, esta verdade fica bem evidente quando Jesus declara: “Tenho,
porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde
caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras” (Ap 2:4-5). Não se
trata de algo forçado ou uma tentativa de mostrar aparência de santidade, mas o
resultado da constante obra do Espírito Santo em um coração submisso.
Por isso é que um dos temas-chave deste
capítulo é a ideia de tristeza e arrependimento segundo Deus. Paulo distingue
entre a tristeza mundana, que leva à morte, e a tristeza piedosa, que leva ao
arrependimento e à salvação. Ele enfatiza a importância do arrependimento
genuíno, que envolve afastar-se do pecado e voltar-se para Deus. Também explica
que o verdadeiro arrependimento produz uma mudança de comportamento e um desejo
de viver de uma maneira que agrada a Deus.
Terça-feira, 13/08: A consolação através
dos irmãos.
Leitura Diária: II Coríntios 7:4-5
Paulo irrompeu em uma exuberante
expressão de gratidão pelo sucesso da missão de Tito em Corinto. O ministério
de Paulo entre os coríntios não tinha sido em vão; no final, provou ter sido
bem-sucedido, e ele estava cheio de consolação e gozo por causa do relato que
recebera de Tito a respeito daqueles irmãos que foram o resultado de seu
ministério naquela cidade.
Ele volta a narrar sobre as suas
viagens, das quais havia plantado igrejas em Filipos e Tessalônica, cidades
proeminentes na Macedônia, e portanto, suas lutas e temores não eram apenas por
causa da pressão diária do ministério, mas principalmente pela sua angústia
quanto ao estado dos cristãos de cada cidade em que ele havia sido enviado por
Deus para pregar o evangelho, e isso dizia respeito também aos irmãos de
Corinto. Ele se importava muito com aqueles seus irmãos.
Jesus nos diz: “No mundo, passais por
aflições; mas tende bom ânimo; Eu venci o mundo” (Jo 16:33). Somos
constantemente atribulados com “lutas por fora, temores por dentro” e o nosso
“Deus, que conforta os abatidos”, coloca em nosso caminho pessoas especiais
para nos consolar. Paulo e Tito foram estas pessoas na vida dos coríntios e,
por algum momento, eles não souberam reconhecer isso. Precisamos, no entanto,
ser humildes de espírito para reconhecer as nossas faltas e a nossa total
necessidade do auxílio divino. Por vezes, acabamos caindo no perigo da
autodefesa, e demonstramos espírito inquieto quando contrariados. Criamos
nossos próprios mecanismos de defesa e nos armamos de todos eles para ignorar a
voz de Deus através de Sua Palavra ou de instrumento humano.
O Apostolo faz o destaque da chegada de
Tito, pois sua presença aliviou e descansou o coração de Paulo, que enfrentava
conflitos internos e externos, e Deus o usou para lhe trazer conforto. Deus usa
agentes humanos para trazer conforto divino (II Co 1:3-7).
Quarta-feira, 14/08: A necessidade da
repreensão.
Leitura Diária: II Coríntios 7:6-10
Paulo fala sobre a tristeza daquela
igreja causada pela primeira carta que enviou. Ao invés de se lamentar, ele
revela alegria e satisfação, pois o efeito foi o arrependimento. As vezes se
torna necessário a repreensão, ainda que a mesma traga tristezas momentânea.
Por isso é que ele, até certo ponto, se entristeceu por ter sido necessário
escrever uma carta tão ríspida para aqueles irmãos.
Aqui temos uma demonstração da humildade
de Paulo, por ele reconhecer que sua carta causou tristeza e aflição. Ele não
simplesmente diz que foi bom para a igreja, mas confessou que foi sua carta que
trouxe tristeza e aflição, porém, isso foi vantajoso nesse caso, pois, como ela
fez com que eles se arrependessem e se voltassem para Deus, a tristeza do
apóstolo foi transformada em alegria. Tradicionalmente, esta carta tem sido
identificada como I aos Coríntios. Alguns comentaristas mais recentes sugerem que
seria outra carta que Paulo teria escrito logo após I Coríntios, e que não foi
preservada (II Co 2:3,4).
O importante é que a genuína tristeza
gerada pelo arrependimento, quanto ao pecado cometido, leva a pessoa a uma
mudança de mentalidade e a uma reconciliação com Deus. Como o termo
arrependimento significa voltar-se para Deus, que é o Salvador, o arrependimento
resulta em libertação espiritual e salvação (II Co 6.2). Infelizmente, o tipo
de tristeza que o mundo gera opera a morte.
Aquela carta dura e ríspida trouxe um
resultado satisfatório, o que mostrava o zelo que ele tinha para com a vida,
especialmente, espiritual daquela igreja. Isso mostra que ele não tinha orgulho
ou vaidade, mas era humilde o suficiente para reconhecer seus erros, ainda que,
nesse caso, não estivesse errado, pois, eram necessárias aquelas repreensões.
Quinta-feira, 15/08: O amor ao Senhor.
Leitura Diária: II Coríntios 7:11-12
Vemos, portanto, que neste capítulo,
após a admoestação aos coríntios para recebê-lo em seus corações, ele continua
o assunto discutido em 6:11,13, onde trata os coríntios como verdadeiros filhos
na fé, e concentra no tema do arrependimento e reconciliação. Por isso é que
ele não deixa de expressar sua alegria e alívio ao saber que aqueles irmãos se
arrependeram de seus pecados e se voltaram para Deus, e os encoraja a continuar
no caminho da retidão. É nesse ponto que ele fala sobre a natureza do verdadeiro
arrependimento e os frutos que produz na vida de um crente.
O que estava lembrando aos coríntios foi
da ocasião específica, relatada por Tito a ele, em que a tristeza vinda de Deus
finalmente quebrantou a congregação. Ele estava mais preocupado com seu
relacionamento com os coríntios como de discípulos para com seu pai espiritual,
do que com o causador do problema. Embora ele tenha sido ríspido em sua carta
anterior, elogiou bastante os coríntios pela maneira como reagiram às suas
admoestações.
Ele explica que a inquirição e o zelo
dos cristãos foram frutos deste arrependimento, pois sua carta os trouxe a
Cristo. Isso mostra que a tristeza e a aflição que tivera à igreja em Corinto
fizeram com que eles buscassem o Senhor com mais diligência. Esta inquirição
diligente e zelo também prova o amor que os cristãos têm por seu Senhor, pois
eles têm a determinação e o compromisso de seguir os caminhos do Senhor.
O ensinamento que podemos tirar daqui é
que devemos buscar o Senhor com a mesma diligência que os cristãos de Corinto.
Eles foram testemunhas da misericórdia e da bondade de Deus e responderam com
um zelo diligente. Que possamos todos ter esse mesmo zelo para com o nosso
Deus, e que não nos esqueçamos de lembrar do trabalho que Deus já fez em nossas
vidas e de demonstrar o nosso amor ao Senhor com a nossa obediência.
Sexta-feira, 16/08: Evitando o
sofrimento do pecado.
Leitura Diária: II Coríntios 7:13-15
Atentemos para a trajetória de Israel,
de quantas e quantas vezes Deus usou os Seus profetas para alertá-los e
corrigi-los, e de quanto sofrimento poderia ter sido evitado se tão-somente o
povo tivesse dado ouvidos às palavras inspiradas. E de como o povo gozava de
períodos de paz e alegria quando era obediente.
Da mesma forma, hoje, o Espírito Santo
deseja reafirmar o primeiro amor todos os dias em nossos corações. E pode ser
que para isto Ele tenha que nos orientar através de um instrumento escolhido.
Ele quer nos conceder um coração humilde e sempre disposto a ouvir a Sua voz,
discerni-la e obedecê-la.
Muitas vezes, assim como usou Paulo na
vida daqueles irmãos em Corinto, Deus usa pessoas para nos admoestar,
corrigir-nos e orar por nós. A oração de uma pessoa pode mudar outra pessoa.
Quando oramos por alguém, é possível que elas se sintam melhor, recebam bênçãos
de Deus, e até mesmo tenha sua vida transformada.
Ele irá trabalhar de forma mais incisiva
para que aquela pessoa venha reconhecer seus pecados e seja transformada pelo
arrependimento. Vemos este princípio na história de Pedro, quando ele estava
preso, orações estavam sendo feitas pelos irmãos em seu favor, e essas orações
estavam sendo ouvidas por Deus, que interveio e abriu as portas da prisão.
Também quando satanás quis “cirandar” com ele, Jesus orou por ele que teve uma
transformação radical em sua vida (Lc. 22:31-54). Isso nos mostra que as orações
que as pessoas fazem por outras pessoas podem trazer alegria e esperança para
elas, e as fazem desviarem de seus erros.
Sábado, 17/08: Arrependimento, perdão e
reconciliação.
Leitura Diária: II Coríntios 7:16
Podemos afirmar que o tema mais
importante neste capítulo é a ideia de reconciliação. Paulo enfatiza que o
arrependimento e o perdão são fundamentais para restaurar relacionamentos
rompidos, tanto com Deus quanto com outras pessoas. Ele encoraja os coríntios a
continuarem no caminho da reconciliação e os lembra que Deus é a fonte suprema
de conforto e força em tempos de dificuldade. Por isso, é importante nos
afastarmos do pecado e nos voltarmos para Deus, e isso somente é possível
através do perdão e da reconciliação que são essenciais para restaurar
relacionamentos rompidos e viver uma vida que agrada a Deus.
As lições que aprendemos nesta semana em
nossas devocionais através deste capítulo foram:
Arrependimento nos traz vida: Paulo destaca que o arrependimento
genuíno leva à salvação e à vida. Isso nos lembra da importância de
reconhecermos nossos pecados e nos arrependermos, confiando na misericórdia e
no perdão de Deus.
Consolo em meio a Aflição: Paulo ressalta que Deus é o Deus de
todo conforto e que Ele nos consola em todas as nossas tribulações. Isso nos
encoraja a buscar consolo e força em Deus, sabendo que Ele está sempre presente
para nos sustentar.
O objetivo do sofrimento: Paulo enfatiza que o sofrimento pode
ter um propósito redentor em nossas vidas, levando-nos ao arrependimento e à
renovação espiritual. Isso nos ajuda a entender que Deus pode usar até mesmo
nossas dificuldades para nos moldar e nos transformar à semelhança de Cristo.
Tristeza segundo Deus: Paulo contrasta a tristeza segundo
Deus, que leva ao arrependimento e à vida, com a tristeza do mundo, que leva à
morte espiritual. Isso nos desafia a examinar nossos corações diante de Deus.
Fé e Alegria nas Provas: Mesmo diante das lutas e aflições,
Paulo destaca a alegria e a fé dos coríntios, que os ajudaram a perseverar.
Isso nos inspira a cultivar uma fé resiliente e uma alegria que não depende das
circunstâncias, mas que se fundamenta na esperança em Cristo.
Antes de encerrar o capítulo o Apóstolo
deixa uma mensagem muito importante para a igreja: “sempre devemos receber os
mensageiros de Deus e a Palavra do Senhor com reverência e respeito”. Tais
atitudes trazem bênçãos de Deus (Lc 18:13,14) e aumentam a confiança dos
líderes cristãos em seus liderados. Pois, o mesmo Espírito que inspirou o
apóstolo a escrever essas palavras, é o mesmo que arde em nossos corações hoje
ao lermos as mesmas.
Comentários
Postar um comentário