Devocionais da semana 09-15 de junho de 2024
Devocionais da Semana
Domingo, 09/06: A pregação da Palavra.
Leitura Diária: I Coríntios 14:1-11
Vimos nas devocionais da semana passada
qual é o maior dos dons espirituais, concedidos gratuitamente por Deus. Porém,
a igreja de Corinto ainda precisava de mais orientações, estavam divididos,
segregados, faccionados, o que fez com que o Apóstolo Paulo ministrasse
ensinamentos importantes que perduram até hoje para a igreja contemporânea.
Suas ministrações são como aulas, regadas a chaves espirituais que liberariam
muitas bênçãos sobre aquela comunidade tão importante para Paulo. Neste
capítulo 14 vemos explicações e conselhos sobre outros importantes dons: como o
falar em diversos idiomas e profecia, que é a pregação da Palavra de Deus.
No capítulo, Paulo dedica ao ensino
principalmente ao dom de falar em outros idiomas, o qual é um dom evangelístico
e que serve muito bem para que o Evangelho seja pregado em todas as nações,
raças e línguas, é por isso que ele é explicado juntamente como dom da profecia
que é justamente o dom da pregação da Palavra. Como poderemos exercer esse dom
da Palavra sem conhecer as línguas para as quais podemos ser enviados?
É nesse contexto que vem o dom de falar
diversos idiomas, que se for praticado na igreja sem necessidade alguma, ao
invés de edificar a igreja vai simplesmente causar confusão. Então o Apóstolo
traz a instrução sobre a importância desses dons e seus usos corretos.
É muito importante para Deus em que a
nossa adoração e os nossos cultos sejam de forma ordenada na igreja,
particularmente no que diz respeito ao uso de dons espirituais, como falar em
línguas e profetizar (pregar). Paulo enfatiza que todos os dons espirituais
devem ser usados de forma a edificar a igreja e trazer glória a Deus.
Ele também enfatiza a importância da
interpretação, afirmando que se alguém fala em línguas em uma reunião da
igreja, deve haver alguém presente para interpretar a mensagem para que seja
entendida por todos.
Paulo reconhece o valor na oração
pessoal em particular, que pode até mesmo ser feita em língua estrangeira como
a pessoa preferir, porque Deus entende até mesmo os nossos gemidos desconexos,
mas, isso precisa ficar somente entre nós e Deus e ninguém mais, porque esse
tipo de coisa não edifica ninguém a não ser a pessoa que está falando. O
verdadeiro dom de línguas é proveitoso em seu propósito evangelístico, porém,
seu proveito é limitado a isso.
Segunda-feira, 10/06: A estratégia de
Paulo
Leitura Diária: I Coríntios 14:12-20
Paulo era um grande erudito, tinha
conhecimento de vários idiomas diferentes, e falava fluentemente diversas
línguas, mas se ele tivesse chegado aos coríntios falando línguas de outras
nacionalidades, de que isso serviria para eles? Os coríntios, provavelmente,
teriam respondido com desinteresse ou com escárnio. Em vez de usar esta
abordagem inútil, ele veio com uma revelação da Palavra de Deus, através da
Pregação dessa Palavra, ou seja, profecia, ciência, que é o conhecimento dos
mistérios de Deus, e com o doutrinamento correto daquilo que Deus desejava para
a igreja.
Ninguém pode dominar todas as línguas do
mundo, mas elas têm um ponto em comum: todas transmitem um significado. O
sentido é essencial para a comunicação de maneira clara e compreensível, então
por que Deus iria usar de uma coisa que não tem sentido para ninguém?
Terça-feira, 11/06: Deixar de ser
crianças no entendimento.
Leitura Diária: I Coríntios 14:21-22
O versículo 21 deste capítulo nos traz o
segredo do porquê o Apóstolo fala sobre essa questão das línguas, o que ele
está ensinando é que esse dom foi exclusivo para que o Evangelho fosse pregado
em todas as nações e não para edificação pessoal (Is 28:11). Então ele encoraja
os coríntios a priorizar a profecia que é a pregação da Palavra, e não o falar
em outros idiomas, afirmando que a profecia é mais útil para edificação,
encorajamento e conforto. Ele também enfatiza a importância do entendimento,
afirmando que se alguém fala em línguas sem interpretação, está falando apenas
para Deus e não para a congregação, e muito menos se fazendo entender de tal
forma que alguém venha a se converter ao Evangelho, então isso não é proveitoso
para ninguém.
Ele procura redirecionar o zelo deles às
manifestações legítimas do Espírito Santo, que seriam úteis para os
companheiros de adoração. E faz um desafio aos coríntios a reorientarem suas
ideias. Eles deveriam ser adultos, enquanto, na malícia, deveriam ser meninos.
Os coríntios ainda tinham muito o que aprender. Na época em que Paulo escreveu
esta carta, eles não tinham discernimento ético, embora se tivessem em alto
conceito.
Quarta-feira, 12/06: A clareza do
Evangelho.
Leitura Diária: I Coríntios 14:23-26
Paulo passa da discussão teológica para
a aplicação na vida da igreja. Tendo mostrado que o fato de eles falarem em
línguas estrangeiras tinha valor limitado para a igreja e ainda era prejudicial
a ela, então ele mostra vividamente o que o modo desordenado de falarem em
línguas estava causando aos incrédulos. Toda vez que a igreja se reunia, os
indoutos ou infiéis participavam da reunião, e ao falarem em diversos idiomas e
justamente para parecerem mais espirituais, e sem interpretação, estavam
parecendo loucos e o Evangelho não era pregado de forma clara, e era algo sem
objetivo. No entanto, quando esses não cristãos ouviam os cristãos
profetizarem, ou seja, pregarem a Palavra de forma clara e objetiva, a mensagem
os convencia, de modo que, lançando-se sobre seu rosto, eles adoravam a Deus.
Então Paulo, apresenta um exemplo de
como deveria ser conduzida a reunião de uma igreja local. Se cada um trouxer
para o culto a habilidade especial que Deus deu e tudo for feito para
edificação, a igreja como um todo será beneficiada.
Quinta-feira, 13/06: A importância da
pregação no culto.
Leitura Diária: I Coríntios 14:27-32
O fato de Paulo instruir as pessoas que
têm o dom de profecia a falar em turnos e, em seguida, aguardar com atenção a
avaliação dos outros indica que o que ele está tratando aqui é da pregação da
Palavra e não adivinhação de futuro, como muitos quer que seja a profecia; cada
um podia falar sobre determinado texto das Escrituras e depois comentarem um a
um, ou seja, ele estava tratando aqui do ensinamento da Palavra.
Sem dúvida, o profetizar (pregar a
Palavra) é mais importante do que qualquer outra situação dentro de um culto.
Tudo o que se faz dentro da ordem do culto deve levar à pregação.
Uma vez que a profecia serve para que
todos na igreja aprendam e sejam consolados, isso só poderá acontecer se
existir um procedimento ordeiro que garantirá o resultado.
Sexta-feira, 14/06: A autoridade
Apostólica de Paulo.
Leitura Diária: I Coríntios 14:33-36
Deus não é autor de confusão nos cultos
de adoração, por isso é que deve existir a chamada “Ordem do Culto”, visto que
ele precisa ter um direcionamento e ser bastante claro, com um objetivo
específico.
Existia um problema naquela igreja que
fazia com que o culto ficasse tumultuado, é que as mulheres, quando tinham
alguma dúvida, ficavam cochichando e perguntando o que era que realmente estava
sendo ensinado, e isso tumultuava o andamento do culto, por isso é que que o
Apóstolo diz para elas não falarem durante o culto, mas que se tivessem dúvidas
perguntassem aos maridos em casa.
Aqui não deve ser entendido como uma
proibição de que as mulheres falem na igreja, pois isso contradiz o que Paulo
afirmou em outros trechos no qual ele havia dado a permissão às mulheres para
pregarem (profetizarem), principalmente o texto de I Coríntios 11:5. Portanto,
o que nos leva a entender que essa proibição era simplesmente uma questão de
ordem no culto, o qual era o assunto que ele já vinha tratando nos versículos
anteriores.
Paulo tinha toda a autoridade para
ensinar essas coisas, ainda que isso pudesse causar desconforto na igreja. Com
propensão retórica, ele lembrou os cristãos de Corinto de sua autoridade
apostólica. Ele apelou à própria recordação deles de seu papel como apóstolo
que lhes trouxe a palavra autorizada de Deus. Isso dava a ele a autoridade de
repreender a igreja e dar ensinamentos vindos do próprio Deus.
Sábado, 15/06: O discernimento dos
verdadeiros pregadores.
Leitura Diária: I Coríntios 14:37-40
Os verdadeiros pregadores discernem que
os princípios de Paulo para o uso dos dons eram com ordem e consistência com os
mandamentos do Senhor.
Porém, todos aqueles que desejam
corrigir e manter um culto agradável a Deus terão que enfrentar oposição, assim
como o próprio Apóstolo estava enfrentando, isso não devia desanimá-los a
buscar o que era correto, pois Deus se agrada quando o culto é feito de forma
ordeira e clara para todos. Até mesmo porque o objetivo de um culto é
Glorificar a Deus e levar a mensagem de salvação de forma compreensiva, para
todas as pessoas.
Há uma ênfase no ensinamento de Paulo
sobre a importância da pregação na edificação da igreja. Isso destaca a
necessidade de priorizar os dons espirituais que contribuem para o crescimento
espiritual e o fortalecimento da comunidade cristã.
Essa instrução aos coríntios sobre a
importância de manter a ordem e o decoro durante o culto, especialmente em
relação ao uso dos dons espirituais nos dá a ideia de como o Apóstolo prezava
na edificação e crescimento espiritual da igreja.
Isso ressalta a necessidade de cultos
que sejam conduzidos de forma organizada e respeitosa, de acordo com os
princípios bíblicos. Para que esse objetivo seja alcançado é necessário haver
uma comunicação compreensível durante o culto, as mensagens devem ser claras e
entendidas por todos. Isso nos lembra da importância de comunicar a Palavra de
Deus de maneira acessível e relevante para que todos possam ser edificados.
O valor da pregação da Palavra de Deus
(profecia) em relação a todos os outros dons, por mais que os achemos
importantes, é muito mais proveitoso para a edificação da igreja. Isso nos leva
a valorizar os dons espirituais que contribuem para o ensino e a exortação do
corpo de Cristo.
Porém, em tudo isso que foi ensinado por
Paulo, precisamos nos lembrar de que todas as coisas devem ser feitas com amor,
incluindo o exercício dos dons espirituais inclusive a pregação da Palavra ou
profecia. O que nos leva a compreender que o amor é a motivação central por
trás de nossas ações na igreja e na vida cristã, buscando sempre o bem dos
outros e a glória de Deus.
Todo o ensinamento de Paulo começa em
Jerusalém com o ministério terreno de Cristo, que passou aos discípulos, depois
chegou até Paulo e, naquele momento, havia percorrido grande parte do mundo
romano.
Para estabelecer também seus argumentos
e a autoridade de seu ensino, ele declara que, como apóstolo, o que ele ensina
são os mandamentos do Senhor. Não são opiniões próprias dele e muito menos uma
opção. Portanto, a pessoa que se nega a dar atenção à essas admoestações, e
quiserem ignorá-las, que ignore.
Para compreender os assuntos tratados
neste capítulo adequadamente, é importante contextualizar o capítulo dentro da
epístola como um todo e compreender a relevância cultural daquela cidade em
todos os aspectos dos ensinamentos. Ele escreve essa carta em resposta a
diversos problemas enfrentados por aquela igreja. Em resumo, é crucial que as
igrejas estudem e compreendam essas orientações para aplicá-las adequadamente
em suas reuniões e cultos.
O capítulo tem grande relevância nos
estudos bíblicos e deve ser levado em consideração pelos cristãos, visto que
eles têm grande importância na compreensão e na edificação da igreja. Ele
também contém lições valiosas que devem ser aplicadas nas comunidades cristãs
de hoje para alcançar a unidade e o crescimento espiritual.
Por fim, como o próprio Apóstolo Paulo
nos lembra, tudo deve ser feito de maneira adequada e ordenada, com o objetivo
final de edificação, encorajamento e conforto para todos dentro do corpo de
Cristo.
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