Devocionais da semana 19-25 de maio de 2024
Devocionais da Semana
Domingo, 19/05: Agradáveis a Deus.
Leitura Diária: I Coríntios 11:1
Até este capítulo da primeira carta do
Apóstolo Paulo aos Coríntios, ele nos advertiu a não cobiçar o que é mal,
dizendo que aqueles que se rebelaram no deserto foram mortos pela justiça
divina. Por isso precisamos buscar por um relacionamento íntimo com Deus,
crendo de todo coração que o seu agir nos livrará da queda. O inimigo nos
conhece e sabe como nos tentar. Sendo obedientes ao Espírito, podemos
reconhecer as tentações e escapar de sua presença. Precisamos pedir a ajuda de
nosso Pai e buscar forças em Jesus, sem Ele, nada podemos fazer.
Agora, temos um capítulo que é uma
continuação da instrução de Paulo à igreja sobre a conduta adequada durante os
cultos de adoração. Ele começa elogiando os coríntios por se lembrarem das
tradições que lhes transmitiu. Sua exortação era que aqueles irmãos fossem seus
seguidores, isso se baseava no fato de que ele era um bom imitador de Cristo.
Ele buscava fazer tudo para a glória de Deus, e isso incluía incentivar os
irmãos cristãos a propagar as boas-novas acerca de Cristo. Ele mesmo fazia isso
com alegria e dedicação. Além disso, se recusava a escandalizar judeus, gregos
ou a igreja de Deus, ainda que, para isso, sua liberdade tivesse de ser
restrita. Como Cristo, Paulo não procurou fazer as coisas como bem entendia
para agradar a si mesmo; pelo contrário, ele desejava ajudar os outros. Esse
deve ser nosso desejo também.
Nesse capítulo, o Apóstolo então aborda
a questão das contendas ocorridas entre os membros da Igreja em Corinto
relativas a costumes religiosos; e enfatizou que homens e mulheres têm papeis
divinos e eternos, sendo essenciais um ao outro no plano do Senhor. Ele também
ensinou os membros da Igreja como se prepararem adequadamente para serem
agradáveis a Deus e dar um bom testemunho diante dos homens.
Segunda-feira, 20/05: Homem e mulher
glorificam a Deus
Leitura Diária: I Coríntios 11:2-9
Nestes versículos, o apóstolo deu um
princípio para ser aplicado na adoração comunitária, o princípio da submissão
voluntária à autoridade. Cristo é o
cabeça da igreja, por isso, Ele certamente tem autoridade suprema sobre todo
homem. A expressão “cabeça de todo homem” significa “autoridade sobre todo
homem” e se ajusta ao tema dominante da carta: a submissão a Cristo. O cabeça
de Cristo é Deus, isso se refere à autoridade do Pai sobre o Messias encarnado,
que é Deus-Homem voluntariamente submisso a Deus.
A situação deste versículo toma
proporções públicas na adoração comunitária. As manifestações externas de
piedade não devem desonrar a cabeça do homem cristão, “Cristo”. A expressão
tendo sua cabeça coberta significa, literalmente, “com algo descendo ao lado da
cabeça”. Esta referência não é a um chapéu, e sim ao costume romano de puxar a
toga sobre a cabeça ao se curvar em adoração pagã, a fim de evitar distrações.
Por causa da associação entre este costume e a adoração pagã, o homem cristão
desonrava sua verdadeira cabeça que é “Cristo”, ao cobrir sua cabeça física com
a toga. Ao imitar este costume pagão, ele envergonhava a Cristo e a si mesmo.
No primeiro século, as mulheres só
falavam com sua cabeça descoberta em ambientes privados. Às vezes as mulheres
oravam com a “cabeça descoberta” em clubes pagãos reunidos em residências
privadas.
Paulo não diz por que as mulheres da
igreja de Corinto estavam com a cabeça descoberta. Pode ser que elas tivessem
trazido para a igreja práticas religiosas semelhantes aos costumes das reuniões
pagãs. Isso explica do porquê a cabeça descoberta de uma mulher coríntia era
uma desonra. Isso vinha do fato de ser uma imitação da prática desses clubes
que tinha na orgia uma maneira de cultuar a seus deuses, por isso era vergonha
quando uma mulher demostrava publicamente sua devoção pagã.
Aquela era uma cidade portuária muito
importante na época, e ali existia um alto índice de prostituição, e uma das
características que revelavam a luxúria das meretrizes era a exposição de seus
cabelos em público. Geralmente essas mulheres prostitutas se identificavam
cortando, ou até mesmo raspando a cabeça, por isso, naquela cidade tinha que
ter uma diferença entre as mulheres cristãs, as pagãs e as prostitutas, e essa
diferença era o corte do cabelo e a maneira com que ele era usado.
Diante deste contexto, o apóstolo não
desmereceu as mulheres da igreja, mas as aconselhou a cobrirem os cabelos para
a proteção de sua própria reputação e para que o nome de Deus não fosse
vituperado. Portanto, o que devemos extrair desta passagem é o princípio que
permanece: que a nossa vestimenta também faz parte da adoração e que transmite
uma mensagem a favor ou contra a fé que professamos ter, principalmente se isso
está igualando o mundo e suas concupiscências. Além disso tudo, ainda havia o
problema de, às vezes, as mulheres pagãs de Corinto raparem seus cabelos e os
dedicarem as mechas como símbolo de adoração, ou do cumprimento de um voto a um
deus pagão.
No contexto de Corinto, a “cabeça
descoberta” para as mulheres, era semelhante às práticas dos clubes pagãos e da
prostituição e, portanto, não deixava nítida a divisão entre a devoção ao
verdadeiro Deus e a devoção a falsos deuses, resultando em desonra para o
marido da mulher cristã, e para Cristo, já que tal mulher seria identificada
como prostituta ou devota de deuses pagãos.
A cabeça descoberta do homem honrava sua
cabeça porque permitia que ele refletisse de imediato a imagem e glória de
Deus. Logo, o homem certamente não devia cobrir sua cabeça imitando o costume
pagão, que via à criação humana como uma criação desprezível de deuses hostis e
vãos, e por isso tinham que cobrir a cabeça em reverência a esses deuses.
Outro motivo de Paulo dizer que a cabeça
descoberta de uma mulher a desonrava é que a primeira mulher foi criada a
partir do homem (Gn 2:21-22). Na ordem criada por Deus, a mulher completa o
homem, no sentido de que o homem espelha a imagem de Deus e a mulher reflete a
glória do homem. Isso não significa que a mulher seja inferior ao homem, e sim
que ela completa a criação do homem por Deus como homem e mulher (Gn 1:27), e
traz glória ao homem (Gn 2:23), ou seja, os dois são uma só carne e glorificam
a Deus dessa maneira.
Estes versículos seguem uma seção
extensa, a qual trata do modo descabido com o qual os coríntios haviam-se
aproveitado de sua liberdade em Cristo. Após uma série de repreensões leves, o
apóstolo começou essa seção louvando os coríntios, porque eles estavam
obedecendo a certas tradições que o apóstolo havia ensinado. Eles haviam
cometido muitos erros, mas não estavam totalmente corrompidos, pois tinham
seguido as instruções em determinadas áreas.
Terça-feira, 21/05: Os Anjos como
testemunhas.
Leitura Diária: I Coríntios 11:10-15
O Apóstolo Paulo ainda traz um terceiro
motivo pelo qual a cabeça descoberta de uma mulher a desonrava e esse é um tema
muito difícil de interpretar, por isso é que temos muitas heresias a esse
respeito. Mas, o que ocorre aqui é que temos um testemunho como igreja a dar
para as hostes angelicais, e isso é afetado negativamente quando não nos
submetemos aos requisitos da Palavra de Deus. A expressão “deve ter poder sobre
sua cabeça” parece se referir a um símbolo externo que, para os anjos,
representava o respeito da mulher à liderança, tanto de Deus como ao homem como
cabeça. Erasmo diz bem: “Se uma mulher perdeu a vergonha ao nível de temer os
olhos dos homens, que pelo menos cubra sua cabeça por causa dos anjos...”.
Homem e mulher precisam um do outro, e,
como criaturas de Deus, ambos dependem d’Ele, e é preciso viverem nos padrões
bíblicos. Nem o homem nem a mulher podem ter algum direito a uma posição
especial a não ser o que Deus intentou para eles como seu Criador.
Quarta-feira, 22/05: A unidade da
Igreja.
Leitura Diária: I Coríntios 11:16-19
Paulo repreendeu os cristãos por seu
comportamento inapropriado e faccioso ao se reunirem como igreja. O que ele diz
aqui pressupõe sua pergunta direta no verso 13 e sua visão do que seja natural
no versículo 14.
Os cristãos em Corinto deveriam observar
os costumes que eram regionais, para que não dessem escândalos, e pudessem
então demonstrar a Glória de Cristo na comunidade. Em nenhuma outra igreja
houve essa orientação, somente aqui é que encontramos esse ensinamento,
justamente porque era uma questão de cidade, ali havia problemas com a questão
do uso do véu, mas nas outras cidades isso não era necessário, e o vs. 16 diz
não ser esse o costume das igrejas.
Isso era um contraste com o elogio de
Paulo no versículo 2, de que os coríntios haviam obedecido a muitos de seus
ensinos, aqui ele expressa preocupação pelas práticas pecaminosas dos coríntios
durante a adoração.
É tentador compararmos as dissensões
aqui com os problemas que aparecem no capítulo 1, mas parece que as dissensões,
nesse versículo, estão relacionadas aos eventos que aconteciam quando a igreja
se reunia para a ceia do Senhor. É possível que as dificuldades estivessem
acima de distinções referentes a classes de ricos e pobres, ou judeus e
gentios. Quando a Igreja se reúne, todos devem se ajuntar como irmãos, mas, ao
que parece, não era isso que acontecia em Corinto. Em vez da união recomendada,
havia divisão entre os cristãos. Especialmente na questão de usos e costumes
Quinta-feira, 23/05: Sendo fiéis a Deus.
Leitura Diária: I Coríntios 11:20-25
O ensinamento aqui fala da importância
da Ceia do Senhor com reverência e unidade, alertando os coríntios contra o
egoísmo e a divisão. Por isso é que ele aborda a questão de cobrir a cabeça,
que era uma prática cultural em Corinto e precisava ser obedecida para não
escandalizar, nem a igreja, nem os gentios e muito mesmo os anjos. Ele explica
que o homem não deve cobrir a cabeça durante a adoração, pois ele é a imagem e
a glória de Deus, mas que a mulher deve cobrir a cabeça como símbolo de
submissão à autoridade, mas ele enfatiza que esta é uma questão de costume e
propriedade cultural, e não uma questão teológica, e que os cristãos devem
respeitar as normas culturais enquanto permanecem fiéis a Deus.
Porém essas regras não devem ser
aplicadas hoje, sendo um problema bem específico para a época da igreja
primitiva e para aquela comunidade em específico.
Porém, os problemas da divisão dentro da
igreja, que estava causando conflitos e desunião são os mesmos que enfrentamos
em nossos dias, em nossas igrejas. Esses versículos enfatizam a importância da
unidade e do amor dentro do corpo de Cristo, encorajando os coríntios a
reconhecer sua dependência mútua e a abordar suas diferenças com humildade e
respeito.
Para vergonha da igreja, a cena que
Paulo descreve parece típica de um ambiente pagão. Em vez de se unirem como um
só, os membros estavam focados em seus próprios desejos egoístas.
A Ceia do Senhor era a peça central da
adoração da igreja do primeiro século. Reunidos em torno de uma mesa, os irmãos
se encontravam com o Senhor e uns com os outros em unidade. Cristo havia
expressado esse tipo de humildade e unidade quando instituiu a Ceia (Mt
26:26-30; Mc 14:22-26; Lc 22:14-23).
Sexta-feira, 24/05: A proclamação da
Morte de Cristo.
Leitura Diária: I Coríntios 11:26-29
A expressão “todas as vezes que comerdes
este pão, e beberdes este cálice” enfatiza que a recordação solene da morte de
Cristo é uma proclamação comunitária de “Jesus Cristo, e este, crucificado” (I
Co 2:2) até que ele venha novamente. A Ceia do Senhor é uma comemoração do
sofrimento e da morte de Cristo em nosso favor. Por isso, participar de maneira
indigna é pecar contra o corpo e o sangue do Senhor. Cada um deve examinar a si
mesmo em relação ao sacrifício de Cristo em favor dos cristãos, e em relação ao
relacionamento que cada crente tem dentro do corpo de Cristo.
Os cristãos devem reconhecer que Jesus,
sem qualquer egoísmo, sacrificou Seu corpo em favor de outros e que este
sacrifício foi planejado para tornar os cristãos um corpo unido e sem egoísmos.
A ceia do Senhor é uma recordação de
Cristo, que se entregou por nós. É uma ceia memorial, que certamente fala ao
coração de cada participante, mas também proclama a todos no mundo um fato de
essencial importância: Aquele que é Senhor teve de morrer. E nós somos
conclamados a anunciar esta morte do Senhor até o Seu retorno. Devemos fazê-lo
tal como fomos instruídos, mediante essa linguagem tão nobre e ao mesmo tempo
tão simples.
Sábado, 25/05: Examine a si mesmo.
Leitura Diária: I Coríntios 11:30-34
Se os cristãos de Corinto julgassem e
examinassem a si mesmos de maneira correta, isso evitaria o juízo de Deus
dentro do corpo de Cristo. Os cristãos precisam de discernimento espiritual ao
participar da Ceia do Senhor, examinando-se a si mesmos para não participarem
indignamente. Essa exortação é para que o nosso coração esteja sempre diante de
Deus, sem nada encoberto e isso, infelizmente, não é um hábito para muitos de
nós, então somos disciplinados.
Se nós nos julgássemos a nós mesmos, o
Pai não precisaria corrigir-nos. Mas, quando os cristãos não estiverem
dispostos a fazer este autoexame, Deus mesmo irá corrigi-los. Por isso é que
Paulo conclui sua discussão sobre a ceia do Senhor com essa exortação prática,
para que os cristãos coríntios demonstrassem a devida preocupação consigo
mesmos e uns pelos outros.
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