Devocionais da semana 25/02-02/03 de 2024

 Devocionais da semana

Sábado, 25/02: Suportando uns aos outros em amor.

Leitura Diária: Romanos 14:23

No capítulo 15 da Epistola aos Romanos Paulo continua o ensino sobre a vida e o comportamento do cristão. Aqui ele fala que os verdadeiros discípulos devem se confraternizar uns com os outros, e relata sua diligência em pregar o evangelho.

O capítulo começa dando continuidade no aconselhamento sobre a tolerância em amor, e o cuidado que devemos ter para com os que são fracos na fé, ou, podemos dizer, imaturos espiritualmente, sem a plena consciência e entendimento de como viver conforme os princípios do Reino de Deus. Aqueles que são fortes devem “ceder” à consciência dos fracos, pois, esse é o caminho que o amor exige. Isso deve ser assim, porque, o cristão forte não renuncia à própria consciência ao se abster de algumas de suas liberdades, mas o cristão mais fraco teria de violar a sua para acomodar as liberdades do forte. Portanto, os fortes devem escolher de acordo com os fracos. O cristão forte deve seguir o exemplo de seu Senhor, que não agradou a si mesmo. Como predito na Escritura, Jesus suportou os insultos e a hostilidade das pessoas contra Deus (Sl 69:9).

Colocando dessa maneira, esse capítulo mostra ensinamentos valiosos sobre união, humildade e serviço ao próximo. Ele é focado principalmente em como os crentes devem tratar uns aos outros e como eles podem ser uma luz para o mundo, mostrando amor e compaixão, trazendo, portanto, como um de seus temas centrais a unidade entre os crentes, e a importância de trabalharmos juntos e considerarmos as crenças e práticas dos outros. A luta pela unidade na fé, se faz necessária porque todos nós somos membros de um mesmo corpo e devemos, portanto, trabalhar para um objetivo comum.

Acontece que a ausência de diretrizes claras na Bíblia, a respeito de alguns assuntos, torna os fracos excessivamente cautelosos, e isso faz com que, para alcançarmos os objetivos comum do corpo, nós não devemos agradar a nós mesmos, para que o corpo todo seja edificado. Devemos sim é ajudar o nosso próximo fazendo que aquele que esteja cansado se fortaleça espiritualmente.

Cristo é o principal modelo para os cristãos fortes, Ele renunciou toda autossatisfação, assim pôde glorificar Deus e a Sua causa, mostrando a todos um amor incondicional e supremo (Fp 2:5-8).

Esse ensinamento é a continuação das instruções que vem sendo tratadas desde os capítulos anteriores, mostrando a aplicação prática nas relações entre irmãos. Da mesma maneira que Cristo agiu para agradar a outros e não a si mesmo, nós devemos colocar outros acima de nós, assim demonstrando o verdadeiro amor fraternal. Os fortes devem suportar os fracos; devem mostrar compaixão, compreensão, paciência e tolerância para com os irmãos que não entendem algumas das liberdades que temos em Cristo.

 

Segunda-feira, 26/02: A importância do Velho Testamento.

Leitura Diária: Romanos 15:4-8

Longe de ser irrelevantes à fé cristã, os escritos do Antigo Testamento são para nos ensinar (II Tm 3:16). Nem tudo neles é aplicável ao discipulado do novo pacto, mas tudo aponta para Jesus (Lc 24:27), e neles podemos aprender a viver de maneira agradável a Deus não dando escândalos a ninguém. Por esse motivo é que a oração de Paulo é para que Deus conduza as igrejas a uma convivência sábia e harmoniosa, de amor e unidade, que as capacite a melhor honrar a Deus.

Pessoas do contexto judaico e do gentílico relutavam em aceitar umas às outras, e então se fez necessário que o Apóstolo lembrasse a todos que Jesus, como o Cristo, nasceu judeu e ministrou a Israel (Mt 15:24) para cumprir promessas e profecias do Antigo Testamento. Seu objetivo primário era Israel, mas Ele também tinha um projeto para as nações, ou seja, os gentios. A esperança do crente é o que faz ele sacrificar todo o seu desejo desta vida, como também o faz suportaras aflições, e é através da paciência e da consolação da Escritura, que aprendemos a ter esperança. Se os cristãos fortes aprendem a ter paciência com os questionamentos dos cristãos fracos, eles têm a esperança de serem recompensados (Rm 14:10; I Co 9:17, 24-27). Por isso é que o Apóstolo Paulo ora pela unidade de todos os cristãos em paciência e esperança, pois, se os cristãos não estiverem unidos em torno disso, Deus não será glorificado por eles quando estiverem juntos (Fp 1:27-2:2).

Esse ensinamento é uma introdução à conclusão da discussão que começou em Romanos 14:1. Embora Paulo tenha mostrado que a Lei do Velho Testamento não salva, e não governa o homem hoje em dia, ele ainda defende a importância do estudo desta parte das Escrituras. Nós não procuramos um padrão para a igreja no Velho Testamento, mas dele aprendemos muito sobre a importância da fé e obediência do homem, e sobre o caráter de Deus, incluindo a sua fidelidade em cumprir as suas promessas. As Escrituras foram escritas para a nossa paciência e aprendizado para que nos tornemos de um só pensamento e isso trará a união do corpo de Cristo, glorificando ao Pai e a Jesus Cristo.

 

Terça-feira, 27/02: Descendentes de Abraão.

Leitura Diária: Romanos 15: 9-12

Paulo usa de uma série de citações do Antigo Testamento demonstrando os planos de Deus. Citações da Lei, dos livros Históricos, dos Salmos e dos Profetas que se referem aos gentios sendo recebidos e louvando diante de Deus. No Salmo 18:49, o Messias está entre os gentios convertidos e oferece o louvor dos gentios, com o Seu próprio, ao Pai, já em Deuteronômio 32:43, Moisés chama os gentios para se juntarem a Israel em alegre louvor a Deus, e no Salmo 117 que é o mais curto, convoca um louvor universal por parte das nações.

Em Isaías, o Messias é descrito como a esperança não apenas de Israel, mas de todas as nações (Is 11:10), o que nos mostra que Jesus Cristo se tornou um ministro aos judeus para que se cumprissem dois propósitos, a confirmação das promessas feitas por Deus a Abraão, Isaque e Jacó; e a demonstração da misericórdia de Deus aos gentios de forma que eles glorificassem ao Senhor. Paulo cita essas quatro passagens do Antigo Testamento para provar que Deus pretendeu que tanto gentios, como judeus, glorificassem o Seu nome.

Aqui o texto nos traz três divisões do Antigo Testamento, a Lei, os Profetas e os Salmos ou Escritos; e três grandes líderes judeus, Moisés, Davi e Isaías, com o propósito de demonstrar que o plano de Deus era abençoar os gentios através de Israel. Embora a nação de Israel esteja apartada da salvação presente por tê-la rejeitado (Rm 11:1-31), a Igreja reúne em seu interior judeus e gentios (Rm 3:1-12; Ef 2:14-22). E a partir de então o novo Israel de Deus seria a composição de judeus e gentios que foram enxertados em Cristo, o verdadeiro descendente da promessa feita a Abraão. “Raiz de Jessé”, é um título dado ao Messias, e isso tem sua origem em Jessé que era o pai de Davi, e era descendente de Judá, que era o quarto filho de Jacó, e o Messias prometido deveria ser Filho de Davi. Jesus é descendente de Davi, e é através d’Ele que os não-judeus louvam a Deus pela sua bondade, pois, é através d’Ele que fomos enxertados e feitos descendentes de Abraão.

 

Quarta-feira, 28/02: O Apóstolo aos gentios.

Leitura Diária: Romanos 15: 13-16

Paulo explica que, por serem os gentios tão importantes para o plano de salvação, Deus o chamou para ser o ministro para os gentios a fim de pregar o evangelho a eles. E declara que os sinais e prodígios foram efetuados por intermédio dele para demonstrar que Deus estava por trás de seu trabalho.

Após pronunciar uma segunda bênção para as igrejas com ênfase na esperança em Deus, produzida pela obra do Espírito Santo entre eles, ele então fala que estava convencido de que os cristãos de Roma tinham sido agraciados por Deus para um serviço efetivo e uma vida eclesiástica saudável. O Senhor não edifica Sua igreja sem cuidar dessas necessidades. Além disso, o Apóstolo também sabia que Deus o tinha chamado e preparado como apóstolo para os gentios. Portanto, aquilo que ele escreveu certamente seria útil para apoiar as igrejas de Roma em seu crescimento rumo à maturidade. Ele servia como um sacerdote apresentando os gentios a Deus e queria que essa oferta fosse santa, aceitável e agradável a Deus (Rm 12:1-2). Ele conclui suas exortações com uma oração por ele mesmo, visto que somente pelo poder do Espírito Santo nós seremos capazes de cumprir a vontade de Deus.

Porém Paulo faz questão de afirmar que aqueles irmãos estavam aptos para admoestarem uns aos outros, ou seja, eles não podiam ignorar a vida espiritual dos fracos. Por esse motivo é que ele não escreveu para lhes ensinar algo que eles não sabiam, mas para fazê-los lembrar do que eles já conheciam (II Pe 3:1), e isso nos mostra como é importante recordar sempre aos cristãos acerca das verdades divinas. Paulo se retrata como um sacerdote que oferece um serviço a Deus, levando a Igreja de Deus a ser cuidadosa em seu proceder. Assim como a oferta que ele conduzia a Jerusalém, proveniente dos cristãos gentílicos, era agradável, pois tinha sido santificada pelo Espírito Santo; ele também esperava que a igreja de Roma fosse dessa mesma forma, dedicada pelo Espírito Santo para o serviço de Deus.

 

Quinta-feira, 29/02: A glória de Jesus na vida de Paulo.

Leitura Diária: Romanos 15:17-21

Paulo queria que a gloria de Jesus Cristo se manifestasse na vida dos cristãos de Roma, assim como se manifestava em sua própria vida. Ele então fala sobre o modo como Deus o usou para espalhar as boas-novas desde Jerusalém até a província romana do Ilírico (atual Albânia). Deus aprovou o seu ministério e o confirmou por meio de sinais e maravilhas e por muitas conversões.

Os cristãos de Roma seriam confortados por esse testemunho, pois ele ilustrava a base segura na qual eles depositaram sua esperança de salvação. Por 10 anos, Deus havia usado Paulo como um pioneiro plantador de igrejas na parte oriental do império romano, e ele tinha consciência de que seu ministério estava de acordo com a profecia messiânica do Antigo Testamento (Is 52:15). Mas, como ele mesmo escreve aos Coríntios, ele era somente o plantador; outros viriam regar o solo, e Deus daria o crescimento (I Co 3:3-9), e ele imaginava que a Igreja precisava então assumir o seu papel movido pelo mesmo Espírito.

Como o seu ministério era pela graça de Deus, ele poderia se gloriar nisso, a fim de conduzir os gentios à obediência, quer dizer, para ordenar-lhes que creiam em Cristo, pois, pela graça de Cristo ele tinha essa autoridade dada pelo próprio Cristo a ele. E como ele podia ter a certeza? Pelos sinais e prodígios, isso lhe garantia que Deus havia concedido a ele o poder apostólico (II Co 12:12).

A grande preocupação de Paulo era anunciar o evangelho onde esse ainda não tinha sido anunciado, e seu compromisso com o Evangelho era ensinar aquilo que era concedido pela graça de Deus que ele ensinasse, pois foi escolhido como apóstolo de Jesus, o Messias, para edificação da igreja, tornando assim as nações oferta agradável e santificada pelo Espírito Santo de Deus. Ele próprio era um testemunho vivo do poder do Evangelho, pois o que ele ensina veio por meio de Jesus em sua vida. Ele passou de perseguidor dos que seguiam à Jesus, como o apóstolo das nações gentílicas.

 

Sexta-feira, 01/03: Os planos de Deus são diferentes dos nossos.

Leitura Diária: Romanos 15:22-29

A se aproximar do fim deste capítulo, Paulo adverte que o seguidor de Cristo viverá sob constante perseguição e será sempre pressionado, só conseguiremos suportar e ter vitória através do Deus Eterno, que nos concederá a força para perseverar, e Ele o fará, até a consumação dos séculos, essa é a Sua Gloriosa promessa.

Após falar sobre sua dedicação na pregação do evangelho o Apóstolo fala sobre o que deseja fazer em seu futuro, seus planos.

O trabalho de Deus na parte oriental do império romano o impedira de ir mais cedo a Roma, mas agora o trabalho estava completo e ele planejava visitá-los de passagem, pois, tinha em mente mais uma viagem missionária para a parte ocidental do império romano, a Espanha.

Parece que ele não conseguiu completar o seu plano, pois a Bíblia não registra uma missão de Paulo naquela região da Europa. O que sabemos é que aqui ele estava de partida para Jerusalém, para levar uma doação das igrejas gentílicas para os pobres da igreja judaica naquela cidade. Seus planos era ir em seguida para Roma, mas, ele pouco sabia que seria levado a Roma sob custódia (At 25:11).

Seu desejo de pregar o evangelho onde Cristo ainda não era conhecido foi o motivo apresentado por ele, para justificar o fato do porquê ainda não ter ido até Roma, mas, agora, já havia concluído seu trabalho nesses lugares e ele iria cumprir o desejo de chegar à capital.

Paulo desejava gozar da companhia dos Romanos, ministrar a eles e ser ajudado por eles. Ele não especificou o tipo de ajuda que tinha em mente, mas tinha os olhos postos na Espanha, a região limítrofe do império romano no ocidente, então, provavelmente a ajuda que precisava era que os romanos o auxiliassem em sua missão nessa remota fronteira.

Ele enfim chega a Roma, mas não no prazo ou da maneira que tinha planejado. Deus tinha um plano especial para o apóstolo. Deus lhe daria a oportunidade de testemunhar a respeito da sua fé no tribunal do imperador, mas para isso ele deveria se tornar um prisioneiro (At 27:28). No entanto, em meio a tudo isso, Deus fez com que todas as coisas contribuíssem para o bem (Rm. 8:28). A epístola que ele escreveu a Roma permanecerá até o fim do tempo preparando os crentes para receber a justiça de Cristo.

 

Sábado, 02/03: A importância da oração.

Leitura Diária: Romanos 15:30-33

Paulo fez três pedidos específicos de oração aos irmãos de Roma: Para que ele fosse livrado de forças hostis; para que a doação dos cristãos gentios fosse bem recebida pelos cristãos judeus; e para que ele pudesse ir à capital do império, Roma. Todas as três foram respondidas; (At 23:10)

Sua ida até Jerusalém teria que ser sob muita proteção e por isso ele contava com as orações dos irmãos de Roma, isso nos mostra que em tudo o que fizermos, devemos solicitar orações aos nossos amados irmãos, a fim de reforçar as súplicas perante o trono de Deus.

Unidade total, um só corpo, um só Espírito, um só Deus, um só Senhor; por isso é que a intercessão de uns para com os outros, mostrará o quando a unidade em amor é realidade na vida de uma igreja e a força dessa igreja será multiplicada.

 

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