Devocionais da Semana

Domingo, 24/12: Não podemos mais viver no pecado.  

Leitura Diária: Romanos 6:1-2

No capítulo 6 da carta aos Romanos vemos que Paulo apresenta os motivos de não vivermos mais na prática do pecado. Ele enfoca qual deve ser o relacionamento do crente com o pecado e a importância de viver uma vida santa, explicando que os crentes foram libertos do poder do pecado por meio de sua união com Cristo, e que devem viver de uma maneira que reflita essa liberdade. Para esse ensinamento, ele começa fazendo a pergunta: “Vamos continuar pecando para que a graça aumente?” Ele responde a essa pergunta com um retumbante “não!”

Vimos até esse capítulo a importância do sacrifício da cruz no nosso relacionamento com o Pai. Estávamos antes em guerra com Deus, mas agora temos paz, graças a Jesus e seu sacrifício, e Romanos nos fala sobre a importância dessa atitude e do amor de Deus exatamente quando andávamos perdidos em nossos pecados. A morte e ressurreição de Cristo põe fim ao reinado da morte que começou em Adão, e quando Jesus morreu e ressuscitou, ela foi eternamente derrotada.

Mas o tema agora abordado por Paulo é: Pode uma pessoa justificada por Deus viver da mesma maneira que vivia antes da justificação? Essa foi uma pergunta importante nos debates da Reforma Protestante. Se onde aumentou o pecado, transbordou a graça, por que não cometer mais pecado para receber mais graça? Alguns falsos mestres na história da igreja chegaram a defender que a pessoa pode experimentar mais graça cometendo mais pecado, porém, aqui está a explicação pela qual nos mostra que isso é impossível. O que esse texto realmente diz é que a graça é mais evidente onde há abundância de pecado, por isso é que Paulo rejeitou a inferência inválida com a expressão enérgica: de forma alguma! Phillips a traduziu habilmente: “Que ideia medonha!”.

O Apóstolo argumenta que os cristãos morreram para o pecado, mas ele não quer dizer que nossa natureza pecaminosa tenha sido eliminada na cruz ou no momento de nossa conversão ou batismo; ela continua em nossa carne, mas agora não tem mais o controle de nosso ser, visto que somos dominados pelo Espírito Santo que foi a nós dado no momento da conversão, como selo de nossa redenção (Ef.1:12-18).

Em Cl 1:13 lemos: “Deus nos livrou do poder das trevas, e nos transferiu para o Reino do seu amado Filho”, tendo experimentado essa transferência, ousaremos continuar vivendo no pecado? Morremos para o pecado e fomos ressuscitados para uma nova vida com Cristo, isso significa que já não somos mais escravos do pecado, mas agora somos escravos da justiça.

 

Segunda-feira, 25/12: Identificados com Cristo.

Leitura Diária: Romanos 6:3-5

Ao passarmos pelo batismo, declaramos publicamente, que estamos mortos para o pecado e vivos para Deus. Antes éramos escravos do pecado e do diabo, mas agora somos escravos da justiça. Portanto, não podemos viver no pecado como antigamente, recebemos Jesus como Senhor e Salvador e nos declaramos mortos para essa vida pecaminosa.

Paulo destaca ainda que, por meio do batismo, fomos batizados em Jesus Cristo e em Sua morte. Ele usa a experiência do batismo, como um tipo que deve ser identificado com a experiência que tivemos com Jesus Cristo. O batismo expressa a fé da mesma maneira que uma palavra expressa uma ideia, visto que ele é um símbolo da união espiritual de Cristo com o cristão.

Quando aceitamos a Cristo, nos unimos a Ele também em Sua morte, pois ela toma-se a nossa morte, e o batismo torna vívidas essas realidades espirituais. E essa identificação do cristão com Cristo vai mais além, pois assim como identifica com Sua morte, também identifica com Sua ressurreição e isso implica viver uma nova vida.

 

Terça-feira, 26/12: O pecado não tem mais direito sobre nós.

Leitura Diária: Romanos 6:6-9

O nosso velho homem é tudo aquilo que éramos antes de nos tornarmos cristãos, e em contraste, o novo homem é aquilo que somos assim que nos tornamos cristãos (Ef 4:22-24). Porém, é necessário entendermos que apesar de nos tornarmos nessa nova criatura, ainda pecamos, porque temos a presença do pecado em nosso corpo mortal (Rm 7:13-25), mas não podemos deixar com que ele nos domine. Temos assim a resposta para a pergunta sobre se um cristão pode ainda viver no pecado: Não podemos viver como no passado porque o “velho homem” foi crucificado com Cristo, e n’Ele nos tornamos uma nova criação (II Co 5:17). Portanto, o pecado não tem mais direito algum sobre uma pessoa morta e não pode reivindicar lealdade alguma dela.

Foi por causa do pecado do homem que a morte exerceu seu domínio, mas Cristo ressuscitou para viver eternamente, e agora a morte não tem mais domínio sobre o cristão, porque morremos com Cristo que já não morre mais. A morte de Cristo nos assegura o compartilhar de Sua ressurreição, pois foi pela sua crucificação, que nós somos libertos, ou seja, justificados, do pecado. Isso nos assegura que, tendo sido feitos livres do pecado, nós estamos preparados para viver com Cristo, pois, o velho homem foi crucificado com Cristo (Gl 2:20).

Em suma, o cristão não é a mesma pessoa de antes de sua conversão; porque Cristo morreu uma vez pelos pecados de todos, e Ele agora está vivo, à destra de Deus, e a partir do momento em que o cristão é unido a Ele, em Sua morte e ressurreição, pode crer que também está vivo para Deus. Deus não nos retira deste mundo ou nos torna robôs, nós ainda sentiremos desejo de pecar e algumas vezes pecaremos. A diferença é que antes de sermos salvos nós éramos escravos de nossa natureza pecaminosa, mas agora escolhemos viver por Cristo.

 

Quarta-feira, 27/12: Uma guerra em nós.

Leitura Diária: Romanos 6:10-14

Jesus passou pela morte e ressuscitou ao terceiro dia, e os cristãos também experimentam isso quando O aceitam como Senhor e Salvador de suas vidas: morremos para o velho homem na conversão e, depois disso, vivemos como novas criaturas, e agora assim como Jesus, vivemos para Deus. A partir de sua conversão o cristão passa a ser membro do novo reino, não deve oferecer nenhuma ajuda para o antigo rei, Satanás, que aqui é personificado no pecado e na morte. Ainda somos escravos, mas agora temos um novo Dono.

Paulo continua a personificação do pecado como um rei, e fala de um reino completo com um rei e com súditos, que procura expandir o seu domínio e guerreia contra o reino de Cristo. Portanto, há uma guerra espiritual entre esses dois reinos. Devemos nos oferecer como instrumentos para sermos usados nessa guerra ao lado do nosso Rei legítimo, pois, ajudar e incentivar o inimigo é traição.

A personificação do pecado tem estado em vista desde Rm 5:20-21, mas agora o Apóstolo nos mostra que ele não é mais o dominador do cristão. Ele havia usurpado o poder usando a lei, mas os cristãos agora estão sob o domínio da graça e não da Lei.

A influência do pecado ainda está presente e pode ser expresso no corpo mortal que está sujeito à morte. Assim, Paulo chama a atenção dos cristãos, dizendo: “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências”. Os cristãos não devem apresentar as partes dos seus corpos como instrumentos para o pecado, antes, devem apresentar a Deus cada parte de seus corpos como instrumentos de justiça.

 

Quinta-feira, 28/12: A quem servir?

Leitura Diária: Romanos 6:15-17

Paulo realça o princípio de que tudo no mundo serve a alguém, ou a algo, seja a uma pessoa, a uma possessão ou atividade. As pessoas podem escolher a que senhor elas servirão, pois ficamos debaixo do poder daquele a quem nós oferecemos para obedecer; sabendo que, na verdade, somente existe no mundo dois senhores, Cristo ou o Pecado, personificado em Satanás. A obediência ao pecado traz morte, pois é o único salário que ele paga; mas a obediência a Deus traz justiça e o dom da vida eterna.

O escravo está sob a obrigação de servir o seu mestre até a morte, e uma vez morto, o dono não consegue mandar mais nele. O nosso velho dono, o pecado, não tem mais direito sobre nós uma vez que já morremos com Cristo, e agora estamos ligados a Cristo, Ele é o nosso mestre e Ele nos dá poder para fazer o bem ao invés do mal. O contraste entre o pecado e a obediência indica que o pecado, pela própria natureza, significa desobediência para com Deus.

Há homens que, por causa da condenação em Adão permanecem sob condenação e em inimizade com Deus, e homens que, pela redenção em Cristo, o último Adão, estão justificados e em paz com Deus. Mas, para demonstrar a consistência do que expôs, Paulo retroage no tempo para demonstrar onde e como se deu a condenação de todos os homens, contrastando com a redenção em Cristo (Rm 5:12 -21).

 

Sexta-feira, 29/12: Escravos da justiça

Leitura Diária: Romanos 6:18-19

Escravidão do pecado e redenção são metáforas bíblicas comuns para a morte espiritual e a salvação. Os hebreus estiveram outrora no cativeiro do Egito, mas Deus rompeu o cativeiro para que eles pudessem sair do Egito e adorá-Lo. Semelhantemente, nós os cristãos estivemos também outrora no cativeiro espiritual do pecado, mas o Senhor nos libertou para que tornássemos servos da justiça.

Em tempos antigos, ser um servo ou escravo significava pertencer a um senhor, um mestre. Obedecendo ou não, continuaria sendo escravo, mas o modo como ele servia podia afetar a sua relação com seu senhor (Lc 19:20-26).

A questão apresentada aqui versa unicamente sobre a obrigação. Uma pessoa que foi liberta do pecado poderia agir como se ainda fosse escrava do pecado, ou tal pessoa deveria viver como um escravo da justiça, como um servo de um mestre amável que dá grandes recompensas?

Essa analogia entre a escravidão e a vida cristã pode ser levada muito além, porque os cristãos são, além de escravos, também filhos de Deus (Rm 8:15-16), ainda que não deixem de ser escravos, pois fomos comprados por alto preço (Atos 20:28; I Co 6:19-20). Uma vez libertos do pecado e tendo se tornado escravos da justiça eles deveriam servir à justiça da mesma forma que outrora serviram ao pecado antes de crerem em Cristo, e o resultado disso será a santificação.

Toda pessoa tem um mestre, ou Deus ou o pecado. Um cristão não é alguém que não pode pecar, mas alguém que não é mais um escravo do pecado, pois ele pertence a Deus.

 

Sábado, 30/12: Viver uma vida de santidade.

Leitura Diária: Romanos 6:19-23

Romanos 6, enfatiza a importância de viver uma vida santa, e que os crentes devem se oferecer a Deus como instrumentos de justiça, e não como instrumentos de pecado, pois ele leva à morte, mas a justiça leva à vida. Por isso devemos viver como aqueles que foram trazidos da morte para a vida e oferecer cada parte de nós mesmos a Deus como instrumentos de justiça da qual nos tornamos escravos.

“O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor”. Fomos libertos do poder do pecado por meio de nossa união com Cristo e devemos viver refletindo essa liberdade. A nova relação com Deus resulta em uma nova criatura, que gera uma nova espécie de fruto o qual manifestará em sua totalidade na vida eterna que é um presente gratuito de Deus.

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