A partir de hoje estaremos disponibilizando aqui em nosso Blog as devocionais publicadas nos Boletins Dominicais.

Devocionais da Semana

Domingo, 17/12: O selo da reconciliação.  

Leitura Diária: Romanos 5:1-4

O capítulo 5 da carta aos Romanos continua o assunto que foi iniciado ainda em passagens anteriores, e apresenta vários argumentos aos quais mostram que para haver salvação é necessário haver justificação. Revendo o que o Apóstolo Paulo escreveu desde o capítulo 1, vemos que seu objetivo é que consigamos entender que a salvação vem somente pela graça. Isso significa, como o próprio nome diz, é de forma gratuita que o Senhor nos deu essa justificação a nosso favor, isso foi para que tenhamos condições de sermos salvos. Logo, devemos aproveitar e buscar nossa justificação pela fé e crença no Deus todo poderoso, ele enfoca os benefícios dessa justificação pela fé em Jesus Cristo, e explica que com isso os crentes têm paz com Deus, acesso à graça e esperança de vida eterna por meio de Jesus Cristo.

A justificação é apenas uma das muitas maneiras de se falar a respeito da salvação, e Paulo mostra que ela envolve a reconciliação, visto que fala do nosso sólido status legal diante de Deus, enquanto descreve nosso relacionamento reparado com Ele em termos mais pessoais.

Nós estávamos em guerra contra Deus e pessoalmente alienados de Sua presença, mas o Senhor nos reconciliou por meio de Seu filho, por isso é que o acesso a graça de Deus é o privilégio de todos os cristãos, e temos agora a liberdade de entrar em Sua presença em todo tempo. Por tudo isso é que os cristãos podem se gloriar nas circunstâncias difíceis e nas tribulações porque sabemos que através delas o Pai nos disciplina para maior santidade (Hb 12:10). 

A paz mencionada aqui não é um sentimento subjetivo de sossego, mas um estado, isso significa que não estamos mais guerra e em nosso interior há uma paz que excede o entendimento do mundo. As hostilidades entre Deus e o cristão cessou, pois, ele foi reconciliado com Deus, ou seja, pode entrar e estar na presença de Deus, visto que lhe foi concedido o direito de estar em de pé diante de Deus. Embora, tenha sido rebelde no passado, não precisa enfrentar o julgamento divino, mas pelo contrário, ele se aproxima do trono Real pela graça, ou pelo favor do Rei. Essa é a razão pela qual todos os cristãos gloriam-se na clara expectativa da glória de Deus, pois, estão seguros, porque o próprio Deus colocou, no coração de cada um, o Espírito Santo, que é o selo dessa reconciliação.

 

Segunda-feira, 18/12: O processo da fé em Deus.

Leitura Diária: Romanos 5:5-8

Nos versículos 4 e 5, Paulo diz que a tribulação traz experiência e que essa por sua vez traz paciência, aprendizados e esperança. Junto com a esperança vem à paz que é derramada em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado como garantia da justificação. As tribulações mencionadas aqui fazem referências às dificuldades físicas, como o sofrimento e a angústia. As tentações e as tribulações produzem resistência, quando a fé é exercitada durante esses tempos difíceis (Tg 1:2-3), e a fé produz sua própria recompensa (Mt 5:10-12; II Tm 2:12). Já a paciência desenvolve o caráter, a qualidade de ser aprovado.

Por isso, uma vez que os cristãos suportam a tribulação, Deus trabalha neles para que desenvolvam certas qualidades e virtudes, que os fortalecerão e os atrairão para um relacionamento cada vez mais íntimo com Ele; e o resultado é o fortalecimento da esperança em Deus e em Suas promessas.

É necessário confiar em Deus em todo processo que passamos, e que muitas vezes questionamos as razões. É importante no amadurecimento de nossa fé entendermos que sempre haverá uma experiência aprendida a partir de situações difíceis, logo, trata-se de um processo evolutivo nosso que irá nos gerar virtudes.

Podemos estar seguros do amor de Deus, visto que Ele fez tanto por nós quando ainda estávamos sem força. Nós éramos ímpios pecadores, e Seus inimigos; Jesus, porém, morreu para salvar-nos, Ele morreu em nosso lugar. Deus escolhe livremente nos amar e, ao fazer isso, atribui-nos valor incomparável por meio da fé em Cristo. Antes da justificação, éramos inimigos de Deus e estávamos sob Sua ira por causa do nosso pecado; no entanto, pela fé em Jesus Cristo, fomos reconciliados com Ele e agora podemos ter paz a qual não é apenas um sentimento ou emoção, mas uma reconciliação real e duradoura com Deus. Essa paz está além do nosso próprio entendimento, pois não depende das circunstâncias ou do estado em que nos encontramos.

Deus nos amou tanto que enviou o Seu Filho para morrer por nós. Ele nos ama como somos, e nos ama tanto que transforma o nosso modo de vida, naquilo que Ele mesmo sonhou para nós (Jo 15:16; Fl 1:6).

 

Terça-feira, 19/12: Nossa dívida com Deus foi paga.

Leitura Diária: Romanos 5:9-11

Não resta nenhuma dívida de ira para aqueles que foram justificados por meio da fé em Cristo, pois, com a sua morte, fomos reconciliados com Deus, quanto mais garantidas devem ser as boas-novas de salvação, agora que Ele ressuscitou e vive para sempre! Se Deus nos amou quando nós estávamos desamparados, quando éramos inimigos ímpios, Ele não nos amará mais ainda agora que somos os Seus Filhos? Pela morte de seu Filho nós somos justificados, declarados justos e reconciliados. Ou seja, nosso estado de alienação de Deus foi transformado, e agora não somos mais inimigos: estamos em paz com Deus.

Se o amor de Deus e a morte de Cristo trouxeram justificação, o resultado desse amor é que nós já temos, desde o momento em que aceitamos pela fé a Cristo como nosso Senhor e Salvador, a salvação da ira divina. Para experimentar essa verdade, o cristão deve cooperar completamente com o processo descrito em Romanos 6:1-14 que faz ressonância com Jo 8:32. O cristão deve morrer para o pecado e apresentar-se a Deus como instrumentos de justiça (Rm 6:13). Se isso não acontecer é porque ele não passou ainda pelo processo da justificação, e ainda não é verdadeiramente cristão, não porque Deus não concedeu a justificação, mas porque ele realmente ainda não creu.

A pessoa justificada não só está livre da ira de Deus por causa da morte de Cristo, mas também deve gloriar-se em Deus por causa da vida de Cristo. As bênçãos que a justificação traz aos que a recebem culminam na alegria por nosso Senhor Jesus Cristo, e em vida de Cristo neles.

O que Paulo está informando é que vivendo no pecado estamos destituídos da glória de Deus, mas Deus enviou seu filho em missão de resgate aos que estão nessa condição, e reconciliar o que havia se perdido no Éden com o pecado de Adão e Eva. E agora, Deus pela misericórdia perdoou nossos pecados, e fomos comprados a preço alto por Cristo.

 

Quarta-feira, 20/12: O alcance do pecado.

Leitura Diária: Romanos 5:12-14

Paulo encerra sua discussão principal a respeito da justificação pala fé com uma analogia complexa, condensada e controversa.

Ele mostra que a graça na justificação nos alcança e nos afeta em Cristo muito mais do que o pecado e a morte nos afetaram em Adão; e considera o significado universal que o primeiro (Gn 1-3) e o último Adão, Jesus Cristo, têm para a humanidade.

Todas as pessoas cometem pecado e, todos os seres humanos são pecadores e por isso merecem a morte; e isso se estende a toda a humanidade, inclusive bebês recém-nascidos e crianças pequenas, que são incapazes de avaliar o certo e o errado e que, por isso, não são pecadores deliberados, mas também estão sob o domínio da morte, ou seja, todas as pessoas agora nascem espiritualmente mortas (Ef 2:1-3). O pecado de Adão teve esse efeito amplo porque ele era um tipo ou prefiguração de Jesus, daquele que havia de vir, e representou toda a humanidade, tal como Jesus faria na cruz; e através dele entrou o pecado no mundo e o pecado trouxe a morte.

A consequência do pecado de Adão é que a morte se tornou uma experiência universal, e a frase “porque todos pecaram” não é uma referência a qualquer pecado que alguém cometa em algum momento da vida, como se fosse alusiva aos pecados individualmente cometidos. Paulo está conduzindo seus leitores ao início da história humana, conduzindo-os ao pecado original, aquele que acarretou a morte de todos nós. Aqui se manifesta a unidade do gênero humano, em Adão, todos nós pecamos (I Co 15:.22), e o resultado é a morte física e espiritual do ser humano. Todos nós herdamos de Adão a natureza pecaminosa.

O pecado estava presente no mundo desde Adão até Moisés, através do pecado de Adão, mas Deus não levava em consideração os pecados cometidos antes do estabelecimento da Lei porque não havia nenhuma legislação que pudesse ser obedecida ou desobedecida. O pecado que contava para a condenação daquela geração é o mesmo que é considerado até hoje, aquele cometido no Éden, visto que até Moisés era a desobediência de Adão que alcançava o mundo; visto que até então não havia qualquer regulamentação, mesmo assim todos pecaram, porque a desobediência da Lei é simplesmente consequência do pecado original, ou seja, a desobediência do Homem (I João 3:4-24) e a forma pela qual sabemos disso é que a morte reina desde Adão.

 

Quinta-feira, 21/12: As obras de Adão e de Jesus

Leitura Diária: Romanos 5:15-16

As obras de Adão e de Jesus possuem extensão semelhante, mas têm efeitos completamente diferentes. Apenas um pecado deliberado mergulhou a humanidade na ruína, mas Deus proporcionou a dádiva que resultou em justificação apesar de nossas muitas transgressões. Aquilo que se obtém por meio de Jesus é muito maior do que aquilo que se perdeu por meio de Adão.

As obras de dois homens, Adão e Jesus, não são meramente antitéticas, pois as obras de Cristo são maiores, e por isso a graça de Deus em Cristo pode suplantar a pecaminosidade que tem por origem as obras de Adão.

A condenação veio ao mundo através de Adão, e a punição que segue é uma sentença judicial por causa de suas obras condenatória. Assim, por intermédio de Cristo, recebemos o dom gratuito que resultou na nossa justificação, ou seja, o objetivo ou a meta do dom é a justificação ou a atribuição de retidão.

 

Sexta-feira, 22/12:  O reinado da morte e o Reinado de Cristo

Leitura Diária: Romanos 5:17-18

A morte prendeu toda a raça humana em seu reino, e o autor da Carta aos Hebreus retratou isso de maneira vívida quando escreveu a respeito do que Jesus realizou por Sua morte na cruz: “(Hb 2:14-15). Os cristãos que, com o resto da humanidade, eram outrora escravos, no reino das trevas (Cl 1:13), foram trazidos para o reino de Cristo, como filhos, para reinar com Ele.

O pecado de Adão resultou na condenação de todos os homens, ao passo que a morte substitutiva de Cristo tornou possível a justificação que traz a vida a todos os homens. Quando Cristo reina, somos guiados à vida eterna e passamos a compartilhar da Sua glória, mas quando o pecado reina somos presos no reino da morte.

Paulo conclui a comparação, que iniciou no versículo 12, entre as obras pecaminosas de Adão e a obra completa de Jesus, dizendo que por meio de Adão veio a condenação, e por meio de Cristo veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida, ou seja, a justificação que produz como resultado a vida. A partir do momento em que o pecado entrou no Universo e tornou-se imperante, trouxe consigo a morte, tanto física quanto espiritual. Seu princípio de autoridade estava em separar o gênero humano do Seu Criador e causar o seu fim, tornando-o mortal. Mas, pelo sangue de Jesus Cristo, o pecado foi destronado e a justiça passou a reinar em seu lugar.

Considerando que a morte era a ordem do dia na sociedade adâmica, a vida eterna é a ordem do dia para todos os que aceitam a Jesus Cristo; e a expressão “serão feitos” não se refere ao último julgamento, como se nossa salvação estivesse pendente até o último momento, pelo contrário, ela descreve o fato de que os cristãos foram feitos justos quanto eles vieram a fé, pois, Paulo sabia que muitas pessoas ainda chegariam à fé, então era próprio usar o tempo futuro.

 

Sábado, 23/12: A Lei mostra o pecado.

Leitura Diária: Romanos 5:19-21

Para que reconheçamos que precisamos de Jesus Cristo para a nossa justificação, é necessário entendermos que estamos condenados por causa do pecado, não simplesmente daqueles que cometemos, esses são somente resultado do principal, o pecado de Adão que está inerente em nós como seres humanos. A lei nunca foi um fim em si mesma, mas sua função era fazer com que a transgressão fosse ressaltada, tornando-nos cônscios do pecado; por meio disso, fica realçada a necessidade da graça, fornecendo ocasião para Deus concedê-la de forma transbordante.

Essa explicação é que encontramos em Romanos 5; recebemos a graça de Deus, que nos trouxe justificação e salvação, e essa graça não é algo que ganhamos ou merecemos, mas um presente gratuito que recebemos por meio da fé em Jesus Cristo, e ela está disponível para todos os que creem.

Recebemos a esperança de vida eterna que os crentes têm por meio da fé em Jesus Cristo, isso significa que podemos ter confiança em nosso futuro e esperança na vida eterna com Deus, esses são os benefícios da justificação pela fé. Por isso é que nossa esperança não confunde, porque ela oferece para nós uma base firme e estimulante. Jesus Cristo, viveu, morreu e ressuscitou para nos dar vida, vida eterna, e derramou o Espírito Santo sobre nossos corações.  Somos justificados, ou seja, considerado justos, não por nossas obras, mas pelas obras de Jesus Cristo que pela fé, se tornam nossas obras.

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