Devocionais da Semana 05-11 de outubro de 2025

Devocionais da Semana

Domingo, 05/10: A Nuvem de Testemunhas.

Leitura Diária: Hebreus 12:1

No capítulo 12, o autor da Carta aos Hebreus nos desafia a correr, igual os heróis da fé, apresentados no capítulo anterior, a carreira que nos esta proposta; e dá a dica: A corrida da fé que nos faz avançar e vencer é olhando para Jesus!

Depois de muita interpretação e exegese, ele fala mais e melhor das perseguições e anima aos crentes, consolando e encorajando a enfrentar as perseguições e não esmorecer. E exorta a permanecer na fé e apresentar na vida diária o exemplo de Cristo, isto deve acontecer porque estamos rodeados por uma tão grande nuvem de testemunhas. A nossa fé deve estar fundamentada na pessoa de Jesus, os nossos olhos e a nossa esperança devem estar firmados n’Ele. Dessa forma, devemos considerar as adversidades como disciplina do Senhor Deus, que disciplina a todos os filhos que ama e quer bem.

A santificação é anunciada mais uma vez, ela deve ter papel fundamental na vida do cristão. Por isso, devemos estar atentos à voz do Senhor que bradará mais uma vez, e destruirá todo o mal.

A tão grande nuvem de testemunhas se refere às pessoas de fé mencionadas no capítulo 11. Não são meros espectadores; são testemunhas comprovando a verdade da fé (Hb.11:2,4-6). Esse é o motivo pelo qual devemos jogar fora todo o “embaraço”, que é todo e qualquer empecilho que nos impeça de demonstrar nossa verdadeira fé em Cristo.

O conteúdo dessa carta é recheado de ensinamentos e palavras de incentivo a uma vida perseverante e com os olhos focados em Cristo. Podemos ter a certeza de que, mesmo não sabendo com exatidão quem à escreveu, sabemos quem à inspirou; o Espírito Santo.

 

Segunda-feira, 06/10: O exemplo de Jesus.

Leitura Diária: Hebreus 12:2-3

Devemos fixar os olhos de forma confiante, concentrar-nos de forma constante em Cristo, em lugar de nas circunstâncias. Cristo fez tudo o que foi necessário para que ganhássemos fé e nela permanecêssemos.

Ele é o nosso exemplo e modelo, porque se concentrou no gozo que lhe estava proposto. Sua atenção não estava focada na agonia da cruz que o esperava, mas na vitória sobre o mal, para glória do Pai; não no sofrimento, mas na salvação que iria propiciar à humanidade e na recompensa que isso traria para todos.

Depois de tudo que passou aqui, movido pela fé, assentou-se à destra (à direita) do trono do Pai, para, ao final, vir a ser entronizado também (Ap.3:21). Isso deve nos levar a considerar, ou seja, ponderar, como, por exemplo, um contador que compara e pondera sobre as várias colunas numéricas em um balanço. O que o autor diz é que os cristãos deveriam ponderar, comparando seus sofrimentos às torturas que Cristo suportou por nossa causa.

Quando no início do capítulo encontramos a palavra, “portanto”, nos dando a entender, que o que vem a seguir, é a conclusão do raciocínio exposto anteriormente. Para entender o que o autor quer dizer com clareza, temos que atentar para os 2 últimos versos do capítulo anterior. Ele deixa claro que todos os nomes citados deram bom testemunho de sua fé, porém, não alcançaram o que tanto almejavam, e que Deus tinha planejado que o testemunho de fé deles fosse aperfeiçoado em nós. Então, na sequência do verso 1, ele diz “também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas”, deixa bem claro o nível de nossa responsabilidade, a de dar continuidade do trabalho iniciado pelos heróis da fé descritos no capítulo 11. Estamos rodeados por uma grande nuvem de testemunhas no reino físico e espiritual, por isso temos que estar atentos o tempo todo com nossas atitudes. O que fazemos fala mais alto do que o que falamos.

A primeira coisa que me chama a atenção nesse trecho é que o escritor de Hebreus faz uma distinção entre peso e pecado. Todo pecado nos traz um peso, isso é fato, mas nem todo peso é necessariamente um pecado. Porém, é algo que se não observarmos com atenção pode nos impedir que caminhemos ou corramos com a fluência necessária. O que tem sido um peso em sua vida que tem te impedido de desenvolver sua carreira cristã? Família, trabalho, amigos, estudos, busca pelo sucesso, mágoa, decepção?

Com relação ao pecado, nada é tão voraz e pernicioso que ele, isso tem o sentido de algo que devora, engole, consome, e que não se sacia. O pecado é algo que faz mal, que é nocivo e ruinoso, ou seja, que leva à ruína. E é tudo isso que o pecado faz conosco. Romanos 6:23 nos diz que o salário do pecado é a morte! O pecado escraviza, embaraça! Qual pecado tem te embaraçado? Isso me lembra uma frase que gosto muito: “Você é livre pra fazer o que não quer ou é escravo de suas vontades?”

O autor faz então uma analogia com uma corrida. Um maratonista sabe que milésimos de segundos podem fazer uma grande diferença em sua corrida, podendo determinar de forma satisfatória ou não sua colocação. Por isso corre, e não só corre, mas corre com perseverança! Na corrida, nada mais importa para o corredor, apenas cumprir seu objetivo!

 

Terça-feira, 07/10: A disciplina do Senhor.

Leitura Diária: Hebreus 12:4-11

“Ainda não resististes até ao sangue” com essa expressão o texto nos diz que Cristo derramou por todos o Seu sangue, mas a comunidade judaica que o havia aceitado, e que recebeu a Epístola aos Hebreus, ainda não havia sofrido perseguição mortal. Somos filhos adotados de Deus mediante o sumo sacerdócio de Cristo, o Filho eterno.

Porém, mesmos sendo filhos de Deus, os pecadores nos perseguem para fazer o mal, mas Deus transforma tal perseguição em correção, Sua disciplina paternal, é que nos ensina a tornar-nos como Jesus.

A perseverança é algo tão importante, que algumas vezes marca o nome de algumas pessoas que a tem como característica mais proeminente. Isso me lembra uma história que aconteceu na maratona feminina dos jogos olímpicos de 1984 e que deixou o nome de Gabrielle Andersen marcado na história de uma vez por todas. A suíça entrou no estádio na posição 37ª, e já cansada, com dores e com câimbras, por conta da alta umidade e temperatura que rondava os 30°C, toda dolorida e exaurida. Ela não aceitou ser atendida pelos paramédicos, pois sabia que isso a desqualificaria para continuar a corrida. O esforço dela para terminar a prova foi tão grande que muitos dos espectadores que à assistiam, ficaram emocionados e foram às lágrimas. Quando finalmente ultrapassou à linha de chegada, 20 minutos após a prova já ter acabado, desabou! Os médicos à esperavam para carregá-la e ela se tornou sinônimo de determinação e perseverança. Essa tem que ser nossa postura com relação à nossa vida cristã, correr, com perseverança, olhando fixamente para Jesus que é o autor e consumador de nossa fé! E que tudo suportou por amor a nós e para que nós não cansemos! Se estamos cansados, é porque estamos com o jugo errado, pois o d’Ele é suave, assim como seu fardo é leve (Mt.11:30). E por maior que seja nossa luta, ainda não resistimos até o sangue em nossa luta contra o pecado!

 

Quarta-feira, 08/10: A importância da disciplina na santificação.

Leitura Diária: Hebreus 12:12-15

Provérbios 3:11,12 ensina que a disciplina divina demonstra o amor divino. Açoites significa chicotadas, e nesse capítulo é usado metaforicamente para designar punição. No contexto destes versículos, a disciplina inclui a perseguição. Os filhos são disciplinados por causa do amor de seus pais, e eles precisam aceitar e aprender pela disciplina paterna. Da mesma maneira, Deus nos disciplina porque nos ama como Pai e quer que sejamos perfeitos. Nas sociedades antigas, geralmente o filho bastardo, ou ilegítimo, não tinha direito à herança. Sem sofrer disciplina, ou melhor, ter educação infantil, os crentes que não aceitam a correção do Senhor, não poderão ser considerados filhos legítimos, mas sim bastardos, no sentido de que não serão como o Pai (Hb.2:10). Não irão, portanto, receber herança nem recompensa (Hb.1:14) no Reino. Os cristãos devem não só receber disciplina de Deus, mas estar sujeitos inteiramente ao Pai celestial. Embora os pais disciplinem os filhos como acham melhor, Deus nos disciplina tendo em vista todo o nosso bem. A cada experiência, Deus nos molda como povo santo, separado para os Seus bons propósitos. A consequência da correção de Deus aos seus filhos é o Fruto pacífico da paz e justiça.

Tomando emprestada a linguagem de Isaías 35:3, o autor adverte seus leitores a renovar suas forças para que possam suportar a carreira da fé. Devemos estar na presença do Senhor, e para isso precisamos ser santo, pois na presença d’Ele só entra santidade. Daí se deduz que sem santificação não se pode permanecer em Sua santa presença. Na verdade, até Satanás chega diante de Deus (Jó.1), e um dia todos dobrarão seus joelhos diante do Senhor (Fp.2:10,11). Mas o versículo fala em santidade querendo significar que a retidão prática determina a percepção de uma pessoa. Tal retidão nesta vida nos permite ver o Senhor agora (Gn.32:30; Êx.24:9-11), e permanecer na presença d’Ele.

 

Quinta-feira, 09/10: O exemplo de Esaú

Leitura Diária: Hebreus 12:16-17

O crente que segue a paz e a retidão prática deve ter cuidado com três perigos: Primeiro o de se privar da graça de Deus, isto é, recusar a graciosa oferta de Cristo da salvação e Sua provisão para suas necessidades (Hb.4:16); Segundo, permitir que uma raiz de amargura brote no seu coração ou na sua congregação, talvez permitindo idólatras na igreja (Dt.29:18); e terceiro, tornar-se descrente ou sexualmente imoral. Esaú exemplifica aqueles que são descrentes. De acordo com a lei, o filho mais velho receberia uma herança em dobro (Dt.21:17). Esaú perdeu sua herança, que incluía as promessas preciosas de Deus, ao desprezá-la e trocá-la por um prato de lentilhas, por valorizar muito mais o prazer físico pela comida (Gn.25:34).

 

Sexta-feira, 10/10: O monte Sião e a Jerusalém celestial.

Leitura Diária: Hebreus 12:18-24

Nos versículos 18-24, o autor de Hebreus contrasta o concerto feito mediante Moisés com o novo concerto, ou nova aliança, comparando dois montes: o Sinai e o Sião. No monte Sinai, os israelitas receberam a lei da parte de Deus, com temor e tremor, porque Deus lhes revelava então Seu maravilhoso poder (Êx.19:10 - 20:26). Já os cristãos chegam à Jerusalém celestial, no monte Sião, por meio do sangue de Jesus. Este monte é uma verdadeira celebração de Deus Santíssimo, com a presença de anjos e justos. O autor torna vívido o contraste entre os dois concertos, para, mais uma vez, exortar seus leitores a não rejeitarem a salvação oferecida por Cristo.

Os herdeiros das promessas, estarão no céu (Hb.1:14). Eles são justos aperfeiçoados, ou seja, são os crentes que já deixaram esta vida e agora aguardam o recebimento da herança eterna quando entrarão na Jerusalém celestial, fato esse que acontecerá quando Cristo voltar para levar a Sua Igreja. São justos porque foram justificados pelo Sangue de Cristo, e perfeitos porque, agora, são completos no céu. O sangue de Abel clamou por vingança (Gn.4:10); o de Cristo fala de redenção.

A epístola de Hebreus foi escrita, provavelmente, antes de 70 d.C., com a finalidade de incentivar a fidelidade a Cristo e à sua nova aliança mostrando que Ele é o novo, último e superior sumo sacerdote. Ele é o nosso alvo proposto. Por esse motivo é que temos a responsabilidade de permanecer fiel até o fim, e essa responsabilidade é intensificada na nova aliança, até mesmo nos tempos mais difíceis. Do versículo 10:19 ao 12:29, veremos esse chamado a perseverar na fé. O autor voltou-se para o seu quinto interesse principal: exortar a ser fiel até o fim.

Vimos dos vs. 1 ao 17 do capítulo, como os verdadeiros filhos de Deus alcançarão a maturidade. Para incentivar a fidelidade, o autor explicou que o sofrimento é disciplina divina e muitas vezes designada para testar os verdadeiros filhos de Deus e levá-los à maturidade. E para não desanimarmos, estamos cercados de uma grande nuvem de testemunhas. Os cristãos estão realmente disputando uma corrida diante de uma multidão de pessoas que já terminaram a corrida com honra. Elas são exemplos do passado que nos incentivam e nos exortam no caso de tropeçarmos. Assim, devemos desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia. Deveremos fixar os nossos olhos em Jesus. A nuvem de testemunhas do Antigo Testamento nos inspira, mas o nosso principal incentivo é encontrado na pessoa e na obra de Cristo, que, tendo ido antes de nós como o “Autor e Consumador da fé”, é o exemplo supremo de fé na corrida.

 

Sábado, 11/10: Deus é fogo consumidor.

Leitura Diária: Hebreus 12:25-29

“Aquele que é dos céus” é, naturalmente, Cristo, que advertiu na terra e agora está junto ao Pai. Quanto maior a revelação, maior a responsabilidade (Hb.2:1-4). Se os israelitas foram sentenciados por não acreditarem nas promessas de Deus (Nm.14:20-25), muito mais o seremos por incredulidade. Assim como a terra tremeu no monte Sinai, também a terra e o céu tremerão nos últimos dias (Mt.24:29). Mas o Reino de Deus não se abalará, porque durará por toda a eternidade (Lc.18:29). O autor conclui sua longa advertência àqueles tentados a abandonar a fé dizendo que O nosso Deus é um fogo consumidor. Ele faz uma descrição vívida do juízo de Deus (Dt.4:24). O Senhor julgará Seu povo (Hb.10:27,30). A disciplina dos nossos pais terrenos é limitada pelo tempo e pela sua falível falta de sabedoria. A disciplina do Pai celestial é planejada pela sua sabedoria infinita para “aproveitamento” e nos torna santos assim como ele é santo (I Pd.1:15-16), nos preparando para esse tão glorioso dia do julgamento do mundo. Assim, nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento da sua execução, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados. Portanto, em conclusão, ele exorta a fortalecer as mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes. A corrida será completada com êxito somente se os ferimentos do passado espiritual estiverem curados, e os perigos do futuro forem evitados.

A voz de Deus revelando o evangelho deve ser ouvida e obedecida com maior atenção ainda do que aquela em que ele revelou a lei no Sinai. O contraste entre a mensagem do Antigo Testamento e a mensagem por meio do Filho do céu no leva novamente a 1:1-4. Ao fechar o círculo, o autor conduziu seus argumentos em direção à conclusão. A comparação é forte: se os que se recusaram a ouvir aquele que os advertia na terra não escaparam, quanto mais nós, se nos desviarmos daquele que nos adverte dos céus?

Se já estamos recebendo, como está escrito, um reino inabalável, sirvamos a Deus de modo agradável ou sejamos agradecidos. A gratidão deriva do conhecimento de que o nosso nome está escrito no céu (Lc.10:20) e da nossa experiência com o “dom inefável” de Deus: Jesus Cristo (II Co.9:15). A reverência e o santo temor vêm do reconhecimento de quem é Deus, e a adoração agradável combina esses motivos. Por isso é que a citação de Dt.4:24 de que “Deus é fogo consumidor” fornece uma conclusão adequada para essa exortação, que enfatiza a santidade de Deus e a finalidade do seu julgamento dos apóstatas (10:27). Portanto devemos reter a graça para servirmos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor.

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