Devocionais da semana 23 de fevereiro -01 de março de 2025

Devocionais da semana

Domingo, 23/02: Viver uma vida em santidade.

Leitura diária:   I Tessalonicenses 2:1-3

Encontramos no capítulo 2 de I tessalonicenses instruções para os cristãos viverem uma vida santa. Paulo fala sobre a importância de evitar os pecados e a vida mundana, e de seguir os ensinamentos de Jesus Cristo. Também fala sobre a importância de amar uns aos outros e de trabalhar juntos para o bem da comunidade, mencionando que os crentes em Cristo devem imitar ele e os demais líderes da igreja, que trabalham duro para servir a Deus e aos outros. Também exorta a igreja a ser paciente e a continuar trabalhando para o bem, mesmo diante das dificuldades, se preparando para a volta de Jesus, e esse é o motivo pelo qual devemos viver uma vida que agrade a Deus.

Paulo faz questão de destacar que jamais foi um peso para a igreja, não permitindo que a ganância o dominasse e que trabalhou, noite e dia, para não sobrecarregar os humildes irmãos, não que ele não tivesse esse direito, mas porque entendia nãos ser necessário e dava mais liberdade para a proclamação do Evangelho. Ao saber que os irmãos estão enfrentando forte oposição, os encoraja a perseverar, relatando que o seu próprio exemplo e de seus companheiros tem sido importante no Reino de Deus para o crescimento das outras igrejas.

Na saudação que ele havia feito no capítulo 1 trouxe a história de dois nomes importantíssimos para a expansão do evangelho e que ajudaram a fundar aquela igreja: Silvano (Silas) que esteve com o apóstolo sempre, e Timóteo.

O trabalho e a perseverança dos cristãos de Tessalônica, mesmo na adversidade e tanto sofrimento, era um destaque, pois, mantinham a convicção no evangelho, sem desanimar, seguindo o exemplo dele mesmo na defesa da obra de Cristo, influenciando muitos outros daquela região, levando a um crescimento expansivo e rápido da igreja de Jesus Cristo.

O ministério de uma pessoa não será inútil se ela tiver motivos puros, se buscar a aprovação de Deus e se amar seu povo com o amor abnegado de uma mãe e o amor encorajador e corretivo de um pai.

Parece que os motivos de Paulo para ir a Tessalônica foram atacados, depois de sua partida, por gentios pagãos e por judeus apegados à sua fé tradicional. Ele então mostrou que os tessalonicenses sabiam, que sua pregação não havia sido vã, mas anunciou sua mensagem diante da oposição, incluindo a dolorosa experiência de ser açoitado e lançado na prisão em Filipos (At 16:22-24). Somente os incrédulos questionaram os motivos de Paulo na tentativa de enfraquecer a fé dos cristãos tessalonicenses. A resposta que ele dá a esses questionamentos, é bem diferente da nossa, ele deixou que seu testemunho falasse por si mesmo. Uma simples crítica ou um olhar repulsivo podem ser como um balde de água fria em nosso testemunho. Que Deus nos ajude a anunciar as boas-novas do Evangelho, a despeito da perseguição que enfrentemos.

Esse trecho serve como um lembrete inspirador para os cristãos contemporâneos sobre a importância de persistir na missão, mesmo quando as circunstâncias são desfavoráveis. A confiança na assistência de Deus é o que capacita os fiéis a manterem-se firmes e corajosos, promovendo o evangelho apesar das adversidades.

 

Segunda-feira, 24/02: Escolhidos por Deus.

Leitura diária:  I Tessalonicenses 2:4-8

Paulo não apenas pregava o evangelho, mas também compartilhava sua própria vida com os irmãos por quem tinha grande apreço. As palavras que encontramos nesses versículos eram uma resposta às críticas quanto aos seus motivos para pregar, ele afirmou ter usado a verdade, não o engano; seus motivos eram puros, não eram fruto de imundícia; sua apresentação era feita com sinceridade, não com fraudulência. Em contraste a essas críticas, ele afirmou que tanto ele mesmo como seus colaboradores eram mensageiros aprovados, missionários que as provações revelaram ser sinceros. O ministério que eles tinham não era escolha pessoal deles, mas designação de Deus.

Ele defende a integridade de seu ministério, assegurando que sua pregação não foi motivada por engano ou ganância, o que reforça o tema bíblico de que a verdadeira liderança espiritual é marcada não por buscar agradar aos homens, mas a Deus. Este princípio é fundamental, visto que Paulo considera Deus como o árbitro final de suas ações e palavras. Esta perspectiva está em consonância com ensinamentos encontrados em Gálatas 1:10, onde ele explicitamente diz que se ainda buscasse agradar aos homens, não seria servo de Cristo.

Em sua visita aos tessalonicenses, o Apóstolo não usou lisonjas, pelo contrário, ele pregou com ousadia que todos eram pecadores que precisavam ser salvos pela graça de Deus. Além disso, ele e seus companheiros não estavam buscando louvor nem desejando posições de autoridade. Paulo nem exercia seu direito ao suporte financeiro (I Co 9:3-14; II Co 11:7-11), pelo contrário, aqui, como em Corinto, ele arcava com suas próprias despesas. Ele compara seu comportamento com o de uma mãe e de um pai, indicando a profundidade do cuidado e do afeto que tinha pelos Tessalonicenses.

Portanto, o compromisso com a autenticidade e a responsabilidade perante Deus destaca-se como um pilar central para quem deseja servir no ministério. A integridade é essencial, e os líderes devem sempre buscar a aprovação divina em vez da validação humana.

 

Terça-feira, 25/02: Viverem de maneira digna de Deus. 

Leitura diária: I Tessalonicenses 2:9-12

Estava claro que Paulo não estava pregando em troca de dinheiro, e isso ajudava a provar que sua mensagem era verdadeira.

O afeto que ele e seus companheiros tinha pelos tessalonicenses era demonstrado por seu trabalho gratuito. Suas ações mostravam que seu ministério era motivado por um desejo altruísta de promover o bem-estar dos outros, e não investir em suas próprias necessidades.

Além de evitarem qualquer ganho financeiro, deixando bem claro que ele tinha direito a isso, os princípios morais e a devoção a Deus demonstrados por eles respaldavam a mensagem. O principal objetivo era que eles se conduzissem dignamente para com Deus, ou vivessem de um modo que estivesse à altura do Deus a quem serviam. Parece um padrão impossível de ser alcançado. Mas, Deus os havia chamado para esse propósito, e Ele, sem dúvida, iria capacitá-los, pois “aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até o Dia de Jesus Cristo”. Os cristãos deveriam ter os mesmos objetivos que Paulo tinha: receber a aprovação divina e a recompensa diante do tribunal de Cristo (II Co 5:9, 10).

Além disso, “Pois vocês sabem que tratamos cada um como um pai trata seus filhos”, reflete a natureza disciplinadora e encorajadora de seu ministério. Ele destaca a importância de guiar, exortar e incentivar os crentes a viverem de maneira que seja digna de Deus. Essas ações são paralelas às instruções encontradas em Efésios 6:4, onde ele exorta os pais a não provocarem seus filhos à ira, mas criá-los na disciplina e instrução do Senhor.

Esses versículos nos ensinam sobre a responsabilidade dos líderes espirituais em serem exemplos de compaixão e integridade, influenciando positivamente aqueles que estão sob seu cuidado.

 

Quarta-feira, 26/02: O poder da Palavra de Deus.

Leitura diária: I Tessalonicenses 2:13-14

A igreja de Tessalônica foi fundada em meio a perseguição, mas Paulo destacou que eles não foram os únicos a sofrer desta maneira. Desde a crucificação de Jesus, passando pelas igrejas da Judeia, a perseguição sempre esteve presente na igreja primitiva. Geralmente ela começava com judeus hostis, que tentavam usar as autoridades romanas a seu favor. Foi só no reinado de Nero, tempos mais tarde, após o grande incêndio que destruiu Roma (64 d.C.), que a primeira grande perseguição imperial de cristãos passou a ser política oficial romana.

Assim como a Igreja na Judeia foi perseguida por judeus incrédulos, os tessalonicenses estavam sendo perseguidos por judeus e gentios, e tornaram-se imitadores daqueles na Judeia. Às vezes, o sofrimento vem por causa de nossas próprias falhas (I Pd.4:15), mas esses cristãos estavam sofrendo porque representavam a verdade de Deus (I Pd.4:16).

Porém, apesar das perseguições sofridas, Paulo e seus companheiros eram gratos pelo modo como os tessalonicenses haviam recebido a Palavra de Deus. Os cristãos gentios de Tessalônica podiam comparar a Palavra pura de Deus, e seu efeito transformador, com as religiões pagãs imorais, que somente pervertiam ainda mais as pessoas. De igual modo, os cristãos judeus podiam comparar o amor e a graça de Deus no evangelho com o legalismo e o orgulho que a religião judaica muitas vezes produzia. O que era verdadeiro acerca da Palavra pregada em Tessalônica também é verdadeiro acerca da Palavra escrita de Deus, que é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes (Hb 4:12).

Este reconhecimento do Apóstolo para com aqueles irmãos ressalta o poder transformador da palavra de Deus, uma verdade que ecoa através das Escrituras.

 

Quinta-feira, 27/02: A união através do sofrimento em Cristo.

Leitura diária: I Tessalonicenses 2:15-16

Paulo diz aos tessalonicenses que eles não devem surpreender-se com o sofrimento por causa de Cristo, uma vez que os irmãos cristãos da Judéia, incluindo ele mesmo, também haviam sofrido pela causa do evangelho. Tal hostilidade à Igreja, na verdade, representa a hostilidade a Cristo. Além disso, a experiência compartilhada de sofrimentos, tanto pelos cristãos de Tessalônica quanto pelas igrejas na Judeia, reflete um tema recorrente nas epístolas paulinas: a união através do sofrimento em Cristo.

Esses versículos reforçam a ideia de que o sofrimento por causa do evangelho é uma parte integral da jornada cristã, uma perspectiva vista em Filipenses 1:29, onde sofrer por Cristo é considerado um privilégio.

A implicação, porém, para os perseguidores é que Deus permitirá que uma nação, um grupo ou indivíduo acumulem apenas certa quantidade de pecados antes que Seu juízo venha sobre eles (Gn 15:16). Neste caso, Paulo diz que o juízo está próximo. Assim como andar em Cristo levará à completa salvação e a uma recompensa, os pecados dos ímpios levarão ao castigo final.

 

Sexta-feira, 28/02: O amor de um líder cristão.

Leitura diária: I Tessalonicenses 2:17-18

A intensidade do desejo de Paulo de rever os tessalonicenses fica evidente nestas descrições enfáticas: “apressamo-nos o máximo possível para vermos vossas faces… Por isso bem quisemos ir ter convosco, pelo menos eu, Paulo”. Ao contrário do que seus acusadores estavam declarando, o apóstolo desejava ansiosamente voltar a ver os cristãos tessalonicenses. Mas, entre outras coisas, provavelmente a fiança que Jasom havia pagado por ele (At 17:9) o impediu. Se Paulo voltasse e houvesse um tumulto, a fiança de Jasom teria sido confiscada (At 17:1-9). O significado literal de “sendo privados” é ficar sem alguém especial, como no caso de um pai separado de um filho. Paulo estava com o coração partido por ser tirado do meio deles, especialmente quando eles estavam começando a andar em Cristo. As muitas expressões de afeto nesta carta mostram a preocupação genuína que ele tinha com esses novos convertidos.

Essa relação íntima e pessoal que ele mantém com aqueles irmãos, vendo-os como sua esperança, alegria e coroa de glória na vinda de Jesus, é um sentimento profundo que mostra o vínculo espiritual e emocional que os líderes podem desenvolver com aqueles a quem ministram, e serve como um poderoso lembrete do impacto duradouro que a Palavra de Deus e o ministério fiel podem ter na vida das pessoas.

 

Sábado, 01/03: A alegria de um missionário.

Leitura diária: I Tessalonicenses 2:19-20

A despeito da perseguição e da oposição satânica, Paulo enxergava além das provações do presente. Ele via a alegria em estar diante de nosso Senhor Jesus Cristo e com os novos cristãos que haviam encontrado o Senhor por meio dele. Os tessalonicenses seriam a coroa de Paulo porque provariam a genuinidade de sua obra em Cristo.

Aprendemos neste capítulo sobre a importância de um ministério caracterizado pela integridade, honestidade e sinceridade; precisamos valorizar e respeitar a autoridade e a veracidade das Escrituras, reconhecendo que elas são a fonte de verdade e autoridade para nossas vidas; o discipulado genuíno, vai além do ensino de doutrinas, pois, inclui o investimento pessoal e o cuidado mútuo na jornada da fé.

Outras lições que podemos aprender é sobre o desafio a perseverar na fé, mesmo diante das adversidades e perseguições que possamos enfrentar, confiando na força e no sustento que Deus nos oferece. Isso nos incentiva a vivermos vidas consagradas a Deus, refletindo Sua luz e amor para o mundo ao nosso redor.

Ao explorarmos I Tessalonicenses 2, somos convidados a refletir sobre a dinâmica e os desafios da proclamação do evangelho em um contexto de adversidade. A passagem não somente nos revela a integridade e o fervor de Paulo e seus companheiros, mas também nos oferece uma janela para entender a profundidade de sua missão.

Este capítulo não é apenas um relato histórico; ele é uma mensagem viva e ativa que nos desafia a considerar como recebemos e vivemos a Palavra de Deus em nossos próprios contextos. Como a mensagem de Paulo ressoa em você? De que maneira as adversidades que você enfrenta podem transformar-se em plataformas para a demonstração da força e do poder do evangelho? Que a dedicação e a integridade de Paulo e seus companheiros, nos inspire a viver de uma forma que seja digna do chamado que recebemos para o Reino e glória de Deus.

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