Devocionais da Semana 24-30 de março de 2024

Devocionais da Semana

Domingo, 24/03: Meninos espirituais  

Leitura Diária: I Coríntios 3:1-4

Anteriormente Paulo havia ensinado que a raiz de sua pregação, era o poder Deus, e tinha um objetivo claro, de que a fé dos coríntios não se apoiasse em conhecimento humano; e o seu desejo era que os crentes nutrissem de um relacionamento íntimo e espiritual com Deus, e não uma mera religião como a dos fariseus e saduceus. Ele então faz uma distinção entre a sabedoria de Deus e a sabedoria do homem, e fala do que está preparado para os que amam a Deus; ele então, encerra o capítulo 2 explicando a real importância do Espírito Santo nessa relação, pois, é Ele que nos ajuda em nossas falhas. Ele é o amigo fiel, o paracleto, que nos resgata do pecado, nos convence do erro, nos faz sentir que algo está fora de alinhamento com o Pai, nos impulsiona a uma atitude de mudança, traz consolo aos tristes, e força aos abatidos.

Neste capítulo, o Apóstolo, traz uma explicação sobre o papel daqueles que pregam o evangelho do reino de Deus. Então, ele declara que não pode falar com aqueles irmãos como a espirituais, mas como a carnais. Como uma pessoa pode ser espiritual e ao mesmo tempo ser carnal? Para entendermos isso precisamos observar que aquele que é natural (I Co 2:14) não possui o Espírito de Deus, porque não é convertido e não tem o selo do Espírito Santo. Mas, o carnal não é igual ao homem natural, ele é semelhante a uma criança em Cristo. Essa pessoa não atingiu a maturidade espiritual, mas é considerada alguém que está unida a Cristo, pois, já creu para a salvação, por isso ele é espiritual no sentido de ter o Espírito de Deus, mas não vive com consistência ou maturidade. Isso, muitas vezes, é o que acontece com os cristãos; porém, se constitui em um problema tanto no primeiro século como em nossa era (Hb 5:11-14).

Muitos coríntios eram imaturos na fé em Cristo, e eles não eram capazes de receber alimento sólido, ou seja, ensino avançado, porque estavam cheios de inveja e divisões. Isso os caracterizava como bebês em Cristo, as quais precisam de leite, que era fundamentos da instrução cristã mais simples, e não da alimentação de adultos, ou doutrinamento mais profundo.

Essa é uma carta que discute a ideia de maturidade espiritual e os perigos da imaturidade espiritual dentro da Igreja. A divisão em facções, leva o Apóstolos refutá-los pela falta de maturidade espiritual. Havia um grande perigo que rondava aquela igreja, pois eles eram muito apegados à sabedoria mundana, e era isso que estava fazendo com que a igreja se desviasse do verdadeiro evangelho por ele pregado.

Paulo não esperava que os coríntios se tornassem maduros em Cristo quando eles se convertiam. Ao depositarem sua fé em Cristo, eles foram justificados, uniram-se com Cristo e com Sua morte na cruz (Rm 6:3-5), e, então, o Espírito de Deus passou a viver neles (I Co 2:12; Rm 8:9). Eles foram considerados justos diante de Deus por causa da justificação de Jesus. Portanto, quando Paulo os instrui, ele lhes ensinou como a novos convertidos, a justificados. Contudo, ele esperava que eles crescessem em sua fé, ou seja, que se santificassem. O comportamento dos cristãos em Corinto deveria ter começado a se alinhar com a posição que eles tinham como justos em Cristo.

Naturalmente, falta ao cristão imaturo muitas características cristãs, mas ninguém deve esperar que essa condição perdure. Paulo ficou surpreso ao ver que os coríntios ainda não haviam chegado à maturidade nem sido capazes de fazer distinção entre o pecado e a santidade.

 

Segunda-feira, 25/03: O crescimento que vem de Deus

Leitura Diária: I Coríntios 3:5-6

Os cristãos de Corinto deveriam se conscientizar de que Paulo e Apolo, os evangelistas fundadores daquela igreja, eram ministros enviados, por meio de quem eles vieram a crer na mensagem do evangelho.

Quem muda o coração das pessoas e leva-as à conversão é o Espírito Santo, e não homem algum, porém precisamos compreender que é nosso dever ajudar outras pessoas a aprender sobre o evangelho de Jesus Cristo, e isso se dá pelo poder do Espírito Santo.

O Apóstolo estava estimulando os membros daquela Igreja a edificar o fundamento de sua fé sobre Jesus Cristo, e permitir que o Espírito habite na Igreja. Por isso é que ele faz questão de destacar que independente de quem esteja semeando ou regando, somente de Deus poderá vir o crescimento, desta forma uma igreja somente será plena se estiver edificada sobre Jesus Cristo.

A tendência entre os membros a um favoritismo pessoal, demonstrava o quanto ainda apresentavam um comportamento mundano, e assim eram estimulados a inveja e as divisões internas, que poderiam enfraquecer a igreja, que é o corpo de Cristo. Isso era como uma infecção no corpo que destrói a resistência do organismo aos vírus.

Devemos sim respeitarmos as nossas lideranças, porém não devemos em momento algum esquecermos que não somos de homens, e sim d’Aquele que um dia na cruz deu a sua vida pela salvação de todos aqueles que n’Ele crer.

A igreja de corintos foi inicialmente plantada por Paulo, e depois regada por Apolo, porém eles apenas eram servos usados por Deus para executar a sua obra, somente Jesus através do Espírito Santo pode converter o incrédulo, e nós podemos ser comparados a ferramentas em Suas mãos. Uma igreja não deve ter em seu meio a competição de membros, pois, todos devem estar em união e comunhão para fazer a obra, segundo a direção do Senhor através do Espírito Santo.

Terça-feira, 26/03: Tudo pertence a Deus. 

Leitura Diária: I Coríntios 3:7-10

Deus deve receber todo o crédito pelo crescimento; logo, os servos não são nada. Nenhum servo precisava firmar sua própria reputação em detrimento de Deus, que dá o crescimento. Paulo e Apolo eram servos iguais na obra do evangelho e, quando o Senhor voltar, cada um recebera a recompensa por seu trabalho.

Paulo plantou, ou iniciou, a igreja de Corinto, a seguir, Apolo a regou, mas ambos foram somente servos por intermédio de quem Deus realizou a obra. Os que plantaram e regaram a igreja não têm do que se vangloriar, porque é o Senhor quem dá o crescimento: somente Ele atrai os incrédulos para Si, e nossa responsabilidade é fazer nosso trabalho, sejam lá quais forem os resultados, pois Deus irá recompensar-nos por nossos esforços e pela qualidade de nosso serviço. Somos apenas ferramentas nas mãos do Artífice. Enquanto pudermos ser usados, Deus nos usará.

Paulo desenvolve algumas conclusões a partir de sua observação: Somos servos de Deus, auxiliadores de Cristo, que cumprem a tarefa que lhes foi designada. Sem Ele, não podemos fazer nada (Jo 15:5). Até a fé daqueles que creem por nosso intermédio é um dom de Deus; Os servos em suas diversas tarefas são, na verdade, um só. Eles não estão competindo uns com os outros. Todos estão fazendo a obra de Deus, o qual é Aquele que dá o crescimento; Embora os servos sejam um, o galardão de cada pessoa estará fundamentado na qualidade do trabalho realizado; Paulo conclui que a igreja é o edifício de Deus a ser edificado pelos cooperadores de Deus, ou seja, Paulo, Apolo e outros ministros.

 

Quarta-feira, 27/03: Construindo sobre o Fundamento de Cristo.

Leitura Diária: I Coríntios 3:11-12

O Apóstolo Paulo afirma que o edifício de Deus é a congregação dos salvos, e a palavra traduzida como “edifício” geralmente indica uma estrutura ainda em construção. Esta metáfora adequadamente mostra que a igreja é uma obra terminada, mas, ao mesmo tempo, ainda em andamento: seu alicerce, Jesus Cristo, é seguro e permanente, no entanto, vários construtores dão continuidade à obra de acrescentar pedras, que são os cristãos, à estrutura.

Paulo, que era um sábio mestre, lançou o alicerce, a mensagem de Cristo crucificado. A palavra-chave deste contexto é “sábio”, indicando habilidade e a sabedoria de Paulo como construtor ao edificar com “Jesus Cristo, e este, crucificado”. O cristão que deseja ajudar a propagar o evangelho deve ser instruído de maneira adequada e sabiamente, porque ele também precisa agir sabiamente em seu viver.

A expressão “outro edifica sobre ele” se refere a outros construtores que seriam importantes na edificação do corpo de Cristo, incluindo Apolo e os demais que seguiam Paulo.

Com a palavra “porque”, vem a explicação de que maneira outros construtores deveriam edificar sobre o alicerce que ele já tinha lançado, por isso é que vem a advertência que qualquer líder de construção que o seguisse deveria ter cuidado em como constrói, escolhendo apenas materiais de qualidade, o que simboliza a fidelidade à missão que Deus lhe deu de edificar Sua igreja. A única maneira de construir um alicerce sólido é edificar sobre os ensinamentos de Cristo, não sobre as doutrinas do homem. Ninguém tem a autoridade de mudar aquilo que já foi apresentado na Bíblia como doutrinamento.

 

Quinta-feira, 28/03: Cada um será provado.

Leitura Diária: I Coríntios 3:13-15

Uma das coisas que é necessário todo crente entender é que a igreja é formada por pessoas nas quais habita o Espírito Santo, por isso os membros não podem se acharem mais do que os outros. Todos serão provados pelas obras que fazem.

Mesmo no mundo antigo, os grandes edifícios precisavam ser testados e aprovados. As estipulações dentro do contrato de construção diziam quando seria o dia da inspeção. Paulo usou as próprias palavras que se costumava usar para falar desta inspeção: pois o dia a declarará. O apóstolo estava falando do dia da inspeção escatológica, em que Deus avaliará como os construtores construíram Seu edifício, o corpo de Cristo, em cima do alicerce da “loucura da pregação”.

Ele apresenta três situações que retratam diferentes tipos de subempreiteiros construindo o edifício de Deus. Ele introduz cada situação com a expressão “se a obra que alguém edificou”. No mundo antigo, dava-se uma recompensa àqueles que construíam o edifício a tempo, dentro do orçamento e de acordo com as especificações. Mas, aqueles que construíam sem o devido cuidado, sofriam perdas.

Paulo havia estabelecido a igreja de Corinto sobre o fundamento de Cristo, o melhor material que poderia usar. Ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, eram materiais de construção que mostrava à qualidade do trabalho feito, e, aqui se refere aos tipos de doutrinas que aqueles crentes estavam usando na edificação da igreja.

O fogo prova a qualidade do ouro, mas consome a madeira, o feno e o restolho. Algumas “boas obras”, na verdade, consistem em uma busca por reconhecimento, mas, o verdadeiro valor desse “serviço" ficará óbvio para todos no dia do Juízo de Deus (Ap 3:17, 18).

Quais têm sido nossas reais intenções no serviço do Senhor? Notem que nem Paulo, nem Apolo, nem apóstolo algum fez nada que pudesse erguer altares em favor deles mesmos. Eram zelosos e tementes servos de Deus que visavam unicamente revelar a glória do Pai. Nunca aceitaram louvores de homens e nem regalias que pudessem envaidecê-los. Mas foi o próprio povo que criou expectativas erradas com relação ao ministério do discipulado, colocando os pregadores acima do Senhor que os governava. O fato de que o fogo provará as nossas obras e o Dia de Deus as revelará deveria causar em nós um profundo exame de coração. Quando lançados na fornalha dos últimos dias, sairemos ilesos, ou o fogo irá revelar que de fato nossas obras não passavam de combustível?

 

Sexta-feira, 29/03: Somos o templo de Deus.

Leitura Diária: I Coríntios 3:16-20

Paulo intimou os coríntios a terem consciência da identidade máxima de cada crente: somos um templo construído por Deus e o Espírito de Deus habita em nós. A igreja é o “Corpo de Cristo” e nós somos seus membros, e aqui o Apóstolo diz que somos um edifício, ou seja, a Igreja é o edifício que Deus está edificando, fundada em Cristo seu alicerce, ou a principal pedra. Cada crente se constitui tanto em uma pedra, como em um construtor.

Paulo neste texto diz que cada cristão é o templo onde Deus habita, assinalando que o Senhor leva muito a sério as nossas ações, porque a adoração está em nós, dentro de nós. Isso significa que aquele jargão que muitas vezes se divulga no meio evangélico de que “Deus está interessado no espírito, e não no corpo” é demoníaco, e não condiz com o evangelho que devemos pregar, pois Deus também está procurando santidade que exalamos através do nosso corpo.

A igreja é constituía de várias pedras, e como templo de Deus o Espírito Santo habita em cada um de nós, e está presente coletivamente quando nos reunimos, destacando a santidade, tanto individual como coletiva, e a importância da unidade na comunidade cristã.

Um conselho de Paulo para aqueles que enganam a si mesmos, que pensam ser sábios: Para Deus, aqueles que abraçam a “loucura da cruz” é que são os verdadeiros sábios. O “louco” que confia na “loucura da pregação” será sábio aos olhos de Deus. A sabedoria deste mundo não corresponde à sabedoria de Deus, a loucura do Cristo crucificado.

O templo do Espírito Santo tem sido profanado em nossa era, e isso acontece quando nossa mente está cheia de meninices, que em nada glorificam o nome do Senhor. Quando julgamos ser a nossa sabedoria alguma coisa, profanamos o santuário de Deus. Quando roubamos a glória de Deus para nós mesmos ou para outros, profanamos o santuário de Deus. E assim, aos poucos, destruímos o que o Senhor declarou ser sagrado. Isso tem ficado em evidência pois estamos trocando a verdadeira adoração por uma idolatria disfarçada. Trocamos o prazer de estar na casa do Senhor pelo merchandising de bons cantores ou bons pregadores, que aliás, são homens como nós. Até quando Deus terá de suportar a nossa futilidade?

 

Sábado, 30/03: Todos são de Deus.

Leitura Diária: I Coríntios 3:21-23

A solução para as divisões na igreja é reconhecer que todos os servos do evangelho, mesmo figuras proeminentes como Paulo, Apolo e Cefas, não pertenciam a si mesmos, e sim a Cristo, que por sua vez pertence a Deus. À luz disso, os servos jamais devem se tornar uma distração para a igreja e os cristãos nunca devem confundi-los com o Mestre.

Estamos vivendo em tempos decisivos e parece que teimamos em permanecer no jardim de infância. Deus não nos chamou para uma competição de talentos, mas para sermos “de Cristo”. É tempo de estarmos com nossas lâmpadas bem acesas a fim de vermos claramente em meio às trevas deste mundo, porque “a sabedoria deste mundo é loucura”.

Que usemos cada um dos dons que o0 Espírito Santo nos deu para a glória de Deus e que sejamos todos um só coração alicerçado num só fundamento: Cristo Jesus, nosso Senhor.