Devocionais da semana 10-16 de março de 2024
Devocionais da Semana
Domingo, 10/03: O agir de Deus nos
crentes
Leitura Diária: I Coríntios 1:1-10
Hoje estamos iniciando as devocionais
baseadas na primeira carta do Apóstolo Paulo aos irmãos de Corinto, que era uma
cidade bem importante no litoral da Grécia, e Paulo havia visitado pela
primeira vez, durante sua segunda viagem missionária (Atos 18). Ele permaneceu
ali durante um ano e meio e, como resultado de seu trabalho, muitos se
converteram ao Senhor e uma igreja começou. Depois de Partir dali ele continuou
a pensar nos irmãos que tinha ensinado, e a orar por eles. Nessa primeira carta
ele ensina, adverte e até repreende quanto a vários problemas e questões que se
levantaram na igreja. Portanto, podemos aprender nesse livro, a promover a
união entre o povo, o respeito das coisas de Deus, o papel do corpo físico como
morada do Espírito, a natureza dos dons espirituais, a importância de se tomar
a ceia do Senhor dignamente, e a intensa realidade da ressurreição. Ao estudar
estes temas, aprendemos doutrinas e princípios que ajudam a Igreja a viver em
retidão perante as iniquidades deste mundo.
I Coríntios apresenta em sua introdução
uma característica única, nela a palavra “Senhor” aparece mais do que em
qualquer outra introdução feita por Paulo em suas cartas, e isso nos leva a
entender o quanto o Apóstolo valorizava a autoridade do Senhor sobre a igreja.
Ele reconheceu a fidelidade do Pai ao chamar os coríntios a uma comunhão em um
só corpo com Jesus Cristo, que é o Senhor da igreja. Na própria saudação, ele
reconhece aqueles irmãos como o povo santo de Deus e agradece a Deus pela graça
concedida a eles. No entanto, também aborda rapidamente as questões e divisões
que surgiram dentro da igreja, particularmente as rivalidades entre várias
facções que afirmavam seguir líderes diferentes, como: Paulo, Apolo, Cefas ou
Cristo; isso leva o Apóstolo a advertirem pela falta de unidade, afirmando que
todos são seguidores de Cristo e não deve haver divisões.
Muitos dos problemas aqui citados ainda
são encontrados nas igrejas atuais, como falta de união, ensinamentos
mentirosos, imoralidades e apostasias. Podemos dizer que em relação a isso nada
mudou.
O principal motivo da gratidão de Paulo
em relação aos crentes de Corinto era o dom da graça que Deus lhes dera, e ele
esclarece a natureza desta graça ao se referir aos dons concedidos a eles.
Esses dons espirituais somente confirmavam que eles haviam recebido o
testemunho do evangelho.
Ao declarar que “foram enriquecidos”,
Paulo apontava não apenas para os dons que testificam da fé daqueles irmãos,
mas também daqueles dons que foram mal utilizados e, até mesmo, falsificados
dentro da mesma congregação.
Apesar destes problemas, o fato de terem
aceitado genuinamente o testemunho do evangelho foi confirmado por esses mesmos
dons que pertenciam, não a eles, mas ao Espírito que neles habitava. Essa
convicção da conversão daqueles irmãos, era a chave para a unidade da igreja.
Eles pertenciam a um mesmo Senhor, e faziam parte de um mesmo corpo.
A carta é uma resposta a duas notícias:
A primeira dizia respeito a grandes divisões dentro da igreja; e a segunda
tratava de imoralidade sexual repulsiva que estava acontecendo entre os
membros, e até mesmo líderes, daquela igreja (I Co 5:1-6). Ela era uma igreja
que valorizava muito a sabedoria humana, e isso não era de todo ruim, mas, a
ênfase equivocada levou alguns da igreja a questionarem até mesmo a autoridade
de Paulo. Eles se esqueceram de que Jesus Cristo o chamou para o ministério
como Seu apóstolo.
A verdadeira igreja de Jesus Cristo,
comprada e remida por Ele, é composta de pessoas que se identificam com Deus e
se reúnem para adorar e servir a Ele. A santidade de cada membro dessa igreja é
fruto de seu posicionamento em Cristo, não de sua própria bondade ou esforço.
No entanto, no viver cotidiano, santificação envolve pequenas mudanças diárias
(Hb 10:14). É por isso que Paulo pôde convidar os cristãos de Corinto a se
tornarem santos, ainda que os problemas na igreja deles atestassem que eles
estavam longe do alvo da santificação.
Paulo não elogia os coríntios por suas
boas obras, como faz com algumas outras igrejas (Ef 1:15); em vez disso, ele
louva o Senhor que trabalha neles para os santificar.
Quando nos concentramos nas falhas das
pessoas, a esperança logo desvanece, e o desânimo vem em seguida. Contudo,
quando nos concentramos no Senhor, até os momentos mais sombrios podem ser
cheios de louvor.
Segunda-feira, 11/03: Todos pertencem a
Cristo
Leitura Diária: I Coríntios 1:11-16
Paulo ensina que devemos buscar os dons
do Espírito, e relembra aos membros da Igreja em Corinto a importância dos
apóstolos, profetas e mestres, bem como do cuidado que os membros devem ter uns
para com os outros, destacando a importância do amor acima de todos os dons
espirituais. Porém, para aquela igreja, os seus talentos, ao invés de
edificá-los, começaram a serem motivos de divisão e até passaram a dar
preferência por ministros. Ele os repreende firmemente dizendo que, o mais
importante é a mensagem contida na cruz. Independentemente de quem pregue,
Jesus Cristo é o Senhor da Igreja, nós somos somente servos. Deus escolheu os
rejeitados, os fracos, os vis, os insignificantes para o mundo. E é exatamente
isso, Deus quer revelar sua grande obra através dessa pequenez.
Paulo revelou a notícia da casa de Cloe
acerca do espírito de discussão e divisão que havia naquela igreja.
Com um estilo vívido e irônico, o
apóstolo repetiu seus lemas partidários, os quais utilizam o chavão: “Eu sou de
fulano”. Escravos faziam uso desta expressão para identificar seus donos. Além
disso, qualquer pessoa que servilmente pertencesse a um partido ou facção
política poderia usar esta expressão. Mesmo que dissessem “Eu sou de Cristo”,
os cristãos de Corinto, que imitavam meros homens, estavam demonstrando um
espírito de divisão e escravidão contrários ao caminho de Cristo.
Paulo respondeu à pergunta retórica
“Está Cristo dividido?” com sua própria vida e ministério. Ele a responde
usando dois problemas cruciais relacionados a quem ele era e a que tipo de
respeito lhe era devido. Rapidamente, ele interrogou: Foi Paulo crucificado por
vós? Ou fostes vós batizados em nome de Paulo? Obviamente, a resposta para as
duas questões é “não”.
Cristo morreu para cada um de nós e foi
pela autoridade de Jesus que fomos identificados com Ele em um corpo unido que
Lhe pertence. Logo, é a Cristo que a honra é devida.
A mensagem da cruz é loucura para
aqueles que estão perecendo, mas o poder de Deus para aqueles que estão sendo
salvos. A sabedoria deste mundo é loucura aos olhos de Deus e a sabedoria de
Deus é diferente da sabedoria humana.
Como servos de Jesus Cristo, todos os
crentes precisam colocar sua fé não na sabedoria dos líderes humanos ou do
mundo, mas no poder de Deus, que escolheu as coisas loucas e fracas do mundo
para envergonhar as sábias e fortes.
A oração do Apóstolo era para que a
expressão exterior, na vida de cada crente, fosse fruto de uma disposição
interior. Ele não somente incentivou os coríntios a fazerem isso e a terem uma
unidade externa, mas também os encorajou a serem unidos de coração e mente,
expressando a unidade do Corpo de Cristo.
Terça-feira, 12/03: A mensagem da
cruz.
Leitura Diária: I Coríntios 1:17-20
Paulo começou a responder às notícias
preocupantes acerca da igreja de Corinto ao atacar a sabedoria do mundo que
havia dividido a igreja. Ele não tentou aumentar seu número de partidários
batizando pessoas; mas, pelo contrário, ele apenas pregou o evangelho, missão
que Deus lhe dera, porém, não com sabedoria de palavras, mas com aquilo que o
mundo enxerga como a loucura, a saber, a mensagem de “Cristo crucificado”. A
mensagem da cruz de Cristo jamais deve ser diluída em nosso evangelismo, porque
por meio de tal “sabedoria humana” nos arriscamos a invalidar seu poder. Não
podemos tentar explicar a crucificação, morte e ressurreição de Cristo através
da ciência ou da história, pois isso não é necessário quando o próprio Espírito
Santo se encarrega de levar o ouvinte a fé em tudo isso.
A cruz divide a raça humana, e esta
divisão é composta daqueles que perecem, para quem a cruz é loucura, e os que
estão sendo salvos, para os quais a cruz é sabedoria e poder. A defesa desse
argumento, que é a verdade está em Isaias 29:14, texto onde Deus condena a
sabedoria e o conhecimento dos líderes incrédulos de Jerusalém que se
consideravam sábios e cultos. O juízo do Senhor vai expor todas as pretensões
da sabedoria humana que não é fundamentada em Cristo.
Quarta-feira, 13/03: A sabedoria da
Mensagem de Cristo.
Leitura Diária: I Coríntios 1:21-22
O apóstolo introduziu, em seu argumento
na defesa da santidade da igreja, a acusação de Deus contra aqueles que se
consideram sábios neste mundo. A última pergunta da sequência dos
questionamentos retóricos que o Apóstolo faz, “Não tem Deus feito insensata a
sabedoria deste mundo?” mostra a inutilidade da sabedoria humana sem Deus. O
mundo enxerga o evangelho, e sua ênfase na cruz, como loucura, mas o Senhor
decidiu salvar as pessoas justamente com base em sua fé na “loucura” da
pregação anunciada: Cristo crucificado.
Diante de uma igreja desunida, Paulo
enfrentou o grande desafio de novamente uni-la pela “palavra da cruz”. E mesmo
que seja “loucura para os que se perdem”, os salvos são chamados para pregar “a
Cristo crucificado”, pregar “a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus”. Essa
mensagem é a que deve ser pregada pela igreja, e isso não causa divisão, pois
aquele que não crê nessa verdade não pode fazer parte da Igreja, assim sendo é
ela que une o corpo em um só pensamento.
Quinta-feira, 14/03: A verdadeira
sabedoria.
Leitura Diária: I Coríntios 1:23-26
Ao se referir aos sábios o Apóstolo
Paulo está pensando nos filósofos gregos; nos poderosos, que se refere às
pessoas influentes e com poder político; e nos nobres que inclui todas as
classes altas formadas por aristocratas; porém, a maioria dos crentes em
coríntios vinha das classes baixas. Muitos dessas pessoas haviam se
convertidos, e agora faziam parte do mesmo corpo, porém, essa reunião de tantas
pessoas com pensamentos diferentes trazia problemas no entendimento da fé nessa
igreja. Para os judeus, a mensagem de Cristo crucificado simbolizava fraqueza e
indicava que Jesus era um Messias falso, por isso é que em vez de acreditar
nessa mensagem, eles buscavam sinais do poder do Messias, logo, a mensagem de
Cristo crucificado era uma pedra de tropeço; ou seja, “um insulto”, para suas
expectativas; já, para os gentios, no entanto, que não tinham “expectativas
messiânicas”, apenas conceitos gerais do que uma divindade deveria ser, a
mensagem de “Cristo crucificado” era tolice; mas, para os que são chamados, tanto
judeus como gregos, Cristo é o poder de Deus, e a sabedoria de Deus.
A loucura de Deus, como o mundo a
enxerga, é mais sábia do que a sabedoria do homem. A questão da divisão tinha
origem num problema mais fundamental: uma exaltação da sabedoria humana, seja a
filosofia grega, ou a visão judaica do rei conquistador, que é totalmente
contrária ao caminho de Deus. O evangelho apresentando um Messias crucificado
parecia absurdo para eles, como se falasse de “gelo frito.”, mas Deus
intencionalmente escolheu redimir o homem de um modo que o mundo considera
loucura, para humilhar os homens
Sexta-feira, 15/03: O Plano de Deus.
Leitura Diária: I Coríntios 1:27-28
Paulo explica a razão da composição do
povo de Deus, e como o povo do Senhor abraça a mensagem “que “nada é”, como o
mundo a considera. Na era vindoura, no entanto, Deus irá confundir os sábios e
os poderosos.
Embora os coríntios se achassem
melhores, Paulo desafiou-os a examinar sua própria congregação e perceber que a
maioria deles não vinha das classes altas, mas dos humildes do mundo. Ele
atacou o orgulho que era a causa de divisões ao comparar o homem com Deus, e
depois, comparar a Igreja com o mundo ao seu redor. Ambos os argumentos revelam
a grandeza da sabedoria de Deus ao salvar os desprezíveis do mundo para que
ninguém tenha em que se vangloriar.
O plano de salvação de Deus não se
conforma às prioridades do mundo. Na verdade, parece loucura! Contudo, na
realidade, a salvação eterna é mais valiosa do que toda a fama, riqueza e todo
sucesso que o mundo busca. Muitos cristãos coríntios eram pessoas que não
tinham valor aos olhos do mundo, mas acharam graça aos olhos de Deus.
Esta deve ser a mensagem a trasbordar de
nossos lábios e de nossos corações! Independente da procedência de nossa
conversão, independente de pôr quem fomos doutrinados ou batizados, diante de
Deus, devemos nos colocar na mesma disposição de servos de Cristo. Porque o
Espírito Santo não escolhe orgulhosos e soberbos, e sim “as coisas humildes do
mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são;
a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus”.
Sábado, 16/03: Somos identificados com
Cristo.
Leitura Diária: I Coríntios 1:29-31
Por obra do Pai, os cristãos estão
identificados em Cristo, e por esta razão, os crentes possuem a sabedoria de
Deus, a saber: Cristo crucificado, a própria essência da sabedoria. Por meio
desta sabedoria os fiéis são justificados no tribunal de Deus, e possuem a
santificação que lhes permite entrar na presença do Senhor e ainda adquirem a
redenção final.
Concluímos, portanto que Deus usa o que é considerado louco e desprezível neste mundo para revelar Sua verdade, a fim de que somente Ele receba a glória; do contrário, os poderosos se vangloriariam por terem descoberto a verdade.
Deus enviou Seu Filho para se tornar um carpinteiro humilde e morrer em uma cruz da maneira mais desprezível. A vida e a morte de Jesus revelam Deus e Sua sabedoria. E, uma vez que Cristo não somente transmite sabedoria, mas também justiça, o cristão não se pode vangloriar, a não ser no Senhor. Portanto, “aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”, para ser encontrado irrepreensível “no Dia de nosso Senhor Jesus Cristo”. A Ele seja toda a honra e toda a glória, desde agora e para sempre!
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